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RESENHA CRITICA DOCUMENTÁRIO "MUITO ALÉM DO PESO"

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
DEPARTAMENTO DE SAÚDE
CURSO: FARMÁCIA
MANUELA SANTOS DE ADOLFO
DISCUSSÃO CRÍTICA DO DOCUMENTÁRIO “MUITO ALÉM DO PESO”
FEIRA DE SANTANA - BA
2020
MANUELA SANTOS DE ADOLFO
DISCUSSÃO CRÍTICA DO DOCUMENTÁRIO “MUITO ALÉM DO PESO”
Discussão crítica do documentário “Muito Além do Peso” apresentado a Universidade Estadual de Feira de Santana, como critério parcial de avaliação do componente curricular SAU 526, no Curso de Farmácia, sob orientação da Profa. Ingrid Stefania. 
FEIRA DE SANTANA - BA
2020
O documentário brasileiro “Muito além do peso”, dirigido por Estela Renner e apoiado pelo Instituto Alana, foi exibido pela primeira vez em 2012, e retrata de forma crítica o problema da obesidade infantil como uma pandemia global, ao apontar que, pela primeira vez na história crianças apresentam sintomas e desenvolvem doenças que se apresentam mais comumente em adultos, como problemas cardiovasculares, onde é apontado como a maior causa de morte no mundo, doenças respiratórias, que muitas vezes estão associadas como consequência do sobrepeso, depressão, que está relacionada ao uso tecnológico abusivo, diabetes tipo 2, tipo mais agressivo da doença, canceres, entre outras.
O problema da obesidade infantil retratado no documentário se apresenta mais agravante a cada ano que passa, e foi muito bem abordado, quando trouxe que não só os pais têm culpa do desenvolvimento desses problemas nos filhos, mas também as indústrias e o governo de forma geral. As industrias, por sua vez, se aproveitam do marketing como estratégia para associar as propagandas, por exemplo, personagens de desenhos animados como campanhas para atrair os olhares das crianças, colocando isso como um vetor para indução da venda de forma exacerbada de alimentos não nutritivos, o que ao longo dos meses e anos, acarreta nesses problemas de saúde já citados. 
Outra estratégia de vendas muito adotada pela indústria, é a associação desses alimentos não nutritivos com brinquedos de baixa qualidade, ou seja, esses brinquedos também são utilizados como um vetor para o aumento das vendas nesses estabelecimentos, já que seduzem as crianças induzindo a compra. 
Nesse quesito, o documentário faz uma critica muito forte aos fast foods, em especial ao McDonald's, que apresenta todas essas estratégias, além de usar o mascote como via direta de indução de compras para as crianças, como foi mostrado no documentários, e também espaços como brinquedotecas em ambientes que deveriam ser destinados a alimentação, visando a atração das crianças.
	Outra crítica muito forte abordada, foi a alimentação infantil nas escolas e a falta da prática de atividades físicas tanto no âmbito escolar, como a falta de atenção aos pais com relação a esse quesito no ambiente domiciliar. Com relação a alimentação infantil nas escolas, foi mostrado o uso de muitos alimentos industrializados e processados, que contém quantidades muito grandes de sal, açúcar ou gorduras para pouco alimento e que estão além do recomendado para uso diário, sendo os principais apontados como causadores dos principais problemas de saúde que afetam a população atualmente. Com isso, chega a ser chocante as entrevistas com as crianças. Camila de 12 anos falou que não dá para competir as frutas com os salgadinhos. Além de absurdo, cada fala de cada criança ali mostrada, mostra o reflexo da educação alimentar que nós temos, e essas consequências são mostradas em gráficos nas variantes de saúde no mundo.
	O uso da tecnologia de forma exacerbada pelos jovens, como já abordado anteriormente, também interfere muito nos maus hábitos adquiridos pela sociedade, uma vez que, já foi comprovado que esse descontrole pode levar uma pessoa a uma possível compulsão alimentar, como foi citado pela psicóloga Susan Linn, onde ela ainda acrescenta que a publicidade enfraquece o poder criativo, e a tecnologia ela vem atropelando as brincadeiras infantis, levando-as, principalmente as crianças ao comodismo. Crianças obesas tendem a ser adultos obesos, e como consequência disso teremos uma sociedade cada vez mais doente.
	Segundo os dados mostrados no documentário, de cada cinco crianças obesas, quatro permanecem na vida adulta, o que é um dado muito preocupante. São notórias as publicações e pesquisas que comprovam que a prática esportiva traz inúmeros benefícios para a saúde de crianças e adolescentes e da população no geral, pois, além de trazer a sensação de bem estar, essas práticas podem prevenir doenças que causam muitas mortes, como as que já foram citadas acima. 
A falta da prática de atividades físicas nas escolas, é um fator de extrema irresponsabilidade do Estado, pois, tendo em vista as vantagens na prática e incentivo ao esporte, este ainda é garantido como um dos direitos sociais na Constituição Federal de 1988, no artigo 217, e em leis correlatas que visam assegurar este direito para o público infanto-juvenil, como o Estatuto da Criança e do Adolescente. Assim, cabe aos entes federativos, através de seus órgãos e entidades, criar políticas públicas que visam garantir o que a norma constitucional exige como direito para todos os cidadãos. 
Outro fator importante que foi abordado é a falta de informações que a população apresentou e a falta da educação nutricional para mães, de forma que, foi mostrado que cerca de 56% dos bebês menores de um ano de idade já consumiram refrigerante e muito deles tiveram a amamentação, que é essencial para a sua saúde, suspensa e substituídas por formulas infantis. Nesse quesito, podemos retomar novamente para falar sobre as estratégias de marketing que as indústrias apresentam para seduzir a população. Tendo em mente isso, e que a maioria dos brasileiros e da população do mundo inteiro fica maior parte do tempo conectadas com aparelhos eletrônicos, como TVs, smartphones, tablets, as indústrias usam como estratégias muitas propagandas para a sedução daqueles possíveis clientes, em que abusam das propagandas onde fazem a associação de alimentos processados com saúde e bem estar, e muitas vezes induzindo-os as compras. Além dos brindes, propagandas, ainda temos também a distribuição em fast foods de refis grátis de refrigerantes, bebida que contém altos níveis de açucares.
Com todas essas estratégias apresentadas pelas indústrias e o descaso que muitas vezes o governo apresenta com relação a alimentação infantil nas escolas e as práticas de atividades física, podemos associar que eles agem de forma conjunta, ou seja, governo e indústrias trabalham juntos em prol do capitalismo, que atualmente predomina no mundo. Associando ainda a esse fator, podemos perceber que alimentos naturais, orgânicos, são bem mais caros que os industrializados, e isso pode sim ser proposital, uma vez que usando o marketing para seduzir futuros clientes e aumentar o número de vendas, vai contribuir para o aumento da economia local, gerando dinheiro não apenas paras as industrias responsáveis, mas também para o governo. Associando a essa crítica, no documentário ainda foi mostrado que o Ministério da Saúde já esteve como parceiro do McDonald's, ou seja, pessoas associadas diretamente a movimentação do capital tem em mão boas estratégias para movimentar tal, que é o próprio investimento do dinheiro e das boas técnicas do marketing. 
Diante de tudo isso, podemos analisar que da mesma forma que propagandas enganosas e abusivas podem influenciar na indução de maus hábitos, e que muitas pessoas tem acesso de forma exacerbada a meios tecnológicos, vem sendo necessário o investimento também em boas propagandas para que boas influencias sejam transmitidas para as pessoas e que essa movimentação gere um efeito dominó para a formação de bons hábitos. 
É necessário que exista essa comunicação direta não só com pais e adultos de forma geral, mas com todo o público, inclusive as crianças, que futuramente serão os principais responsáveis pela sociedade. As pessoas têm que ter consciência alimentar, do que bons e maus hábitos podem causar paraas suas vidas, e aprender a importância disso, pois muitas vezes o consumidor é enganado pela indústria e a informação é veiculada de forma incorreta. Palavras são trocadas em cardápios e informações nutricionais são maquiadas para aparecerem de forma mais bonita ao consumidor. Educação alimentar também deve ser responsabilidade do governo e de suas entidades em prol da saúde dos cidadãos, já que nós somos reflexo da nossa alimentação e dos nossos hábitos.

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