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Processos de Transformação de Alimento Operações Unitárias Temperatura Ambiente

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Tecnologia de Alimentos
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Luciane Gomes Faria
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Processos de Transformação de Alimento – 
Operações Unitárias Temperatura Ambiente
• Introdução;
• Operações Unitárias;
• Redução de Tamanho em Alimentos Líquidos, Emulsificação
e Homogeneização;
• Equipamentos Utilizados no Processo de Mistura.
• Apresentar o conceito de operações unitárias; 
• Identifi car as operações unitárias mais utilizadas na indústria de alimentos;
• Apresentar o fl uxo de produção de produtos alimentícios,
• Equipamentos envolvidos em tecnologia de alimentos que não utilizam calor em
sua transformação. 
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Processos de Transformação de Alimento – 
Operações Unitárias Temperatura Ambiente
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Processos de Transformação de Alimento – Operações Unitárias Temperatura Ambiente
Introdução
Retomando o conceito já visto, a preocupação com a qualidade e a sanidade do 
produto inicia-se na origem da matéria-prima, passa pela manipulação industrial, 
artesanal e/ou comercial, segue pelo transporte e completa-se nos setores de arma-
zenamento, estocagem e exposição para a venda ao consumidor. O procedimento 
correto na preparação da matéria-prima com a utilização das técnicas adequadas 
de preparo e manipulação permite a preservação da pureza, da palatabilidade e da 
qualidade microbiológica dos alimentos. Assim sendo, contribui de maneira muito 
eficaz para a obtenção de um produto de melhor qualidade nutricional e sensorial, 
garante que o alimento tenha boas condições higiênico/sanitárias. Para isso, vamos 
dar um passeio pelo mundo das operações unitárias.
Operações Unitárias
Conforme já abordamos na unidade anterior, não conseguimos falar de tecnolo-
gia de alimentos sem abordar as operações unitárias que consistem em um fluxo-
grama de produção de um alimento.
Operações: fundamenta-se nas transformações físicas sofridas pela matéria prima na sua 
forma, dimensão e temperatura.
Processo: quando durante a transformação da matéria prima ocorrem reações químicas.
Processo de fabricação: conjunto de operações e processo que objetivam transformar uma 
determinada matéria-prima em um determinado produto final.
Fluxograma: representação gráfica de um procedimento, problema ou sistema, cujas 
etapas ou módulos são ilustrados de forma encadeada por meio de símbolos geométri-
cos interconectados.
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As Operações Unitárias no processamento de alimentos envolvem vários proce-
dimentos para atingir as modificações desejadas, sendo que cada operação possui 
um efeito específico, identificável e previsível no alimento.
• Operações de obtenção da matéria prima:
 » Colheita;
 » Ordenha;
 » Abate;
 » Pesca;
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9
 » Grau de maturação (cor, tamanho, aroma, textura, Brix, acidez, idade ou 
peso do animal).
• Transportes, Recepção e Armazenamento de Matérias-primas;
• Limpeza:
 » Secos; 
 » Úmidos.
A qualidade dos alimentos que chegam à mesa de todas as pessoas a cada 
dia tem grande parcela de responsabilidade dos processos de armazenamento e 
transporte destes produtos. Segundo o Departamento Nacional de infraestrutura 
de transportes (DNIT), o país possui pouco mais de 1,7 milhões de quilômetros de 
estradas, dos quais apenas cerca de 10% são pavimentados, num total de apro-
ximadamente 172.897 quilômetros. Desses, 57.211 km são de estradas federais 
(33%), 94.753 km são de estradas estaduais (55%) e 20.914 km são de estradas 
municipais (12%). Oitenta por cento dos pavimentos tem mais de dez anos, isso 
justifica a importância do transporte na qualidade dos alimentos.
A limpeza é um processo que deve ser realizado antes do processamento, visto 
que tem o objetivo de remover contaminantes, areia, insetos etc. Esse cuidado é 
essencial tanto para a proteção do processo como para o produto final. Ela deve 
ocorrer tão logo seja possível, pois a partir desta remoção evita-se o contato do ali-
mento com microrganismos ou outros fatores que possam acelerar sua degradação.
O procedimento de limpeza pode ser classificado em seco, onde geralmente 
são utilizados para produtos pequenos com maior resistência e menores teores de 
umidade, normalmente tem custo baixo produzindo efluente industrial concentrado 
seco, os principais equipamentos utilizados nesse procedimento são: separação por 
jato de ar por meio de peneira e magnetismo ou métodos físicos. Métodos Úmidos 
para higienização tem a vantagem de ser eficiente para remoção de resíduos como 
terra, pós, pesticidas, agrotóxicos etc., porém há a desvantagem de gerar maior 
volume de efluente, o que obriga o tratamento dos mesmos.
Efluentes industriais são os resíduos líquidos e gasosos provenientes das atividades indus-
triais, que liberados no meio ambiente sem o devido tratamento têm gerado efeitos danosos 
para toda a biodiversidade do planeta.
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Equipamentos utilizados para lavagem por imersão, spray de água em esteiras de roletes, 
lavagem por flotação e limpeza ultrassônica: https://bit.ly/2TPB5yWEx
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UNIDADE Processos de Transformação de Alimento – Operações Unitárias Temperatura Ambiente
 
Figura 1 – Mesa de lavagem de frutas e legumes por aspersão
Fonte: ufrgs.br
Figura 2 – Esteira lavadora de batatas por imersão
Fonte: Reprodução
Seleção: é o processo de verificação e separação das matérias-primas impró-
prias ou indesejáveis. Esse processo tem como objetivo a padronização e a unifor-
midade da matéria-prima.
Esteiras Classificadoras: mais comuns utilizados na classificação de frutas e hortaliças: (1) 
Correia de Lona Furada. (2) Rolete Longitudinal. (3) Rolete Transversal. (4) Taça ou Bandeja. 
(5) Esteira de Grades: http://bit.ly/2V6gA6T 
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Esteira de roletes: utilizada para fazer uma pré-escolha da fruta, transportando-a 
até o módulo de escovas. Pode ser adaptado a uma rampa em que as caixas de 
frutas são despejadas quando não houver um virador automatizado e pode ser 
adaptado para o tombador de bins.
Classificação: é a operação de separação dos lotes diferentes, mas que estão 
perfeitamente sadios para processamento ou consumo. Em outras palavras, significa 
1011
“a avaliação da qualidade global de um alimento”. Geralmente esse procedimento 
é realizado por operadores treinados para avaliar simultaneamente uma série de 
variáveis. Por exemplo, avaliação de ovos contra lâmpadas de tungstênio para 
verificar até 20 fatores e remover aqueles que, por exemplo, estão fecundados ou 
mal formados, que contêm manchas de sangue ou podridão.
Classificadores: 
• Classificador de tela;
• Classificador de rolos;
• Classificador de esteira e rolo;
• Classificador de tambor;
• Classificador de disco.
Classificador rotativo de frutas: http://bit.ly/2GLUJaP 
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Descascamento: Para a matéria-prima in natura (hortaliças e frutas), este pro-
cessamento é utilizado com o objetivo de remover partes indesejáveis, melhorando 
assim a aparência do produto final. O descascamento pode ser por:
• Jato de vapor: o descascamento por vapor é utilizado para matérias-primas 
cuja casca é sensível ao calor úmido, como é o caso de tomates ou tubérculos. 
Nos equipamentos de batelada, a matéria-prima é alimentada em um vaso 
pressurizado que recebe vapor a alta pressão, que auxilia na remoção da casca 
sem penetrar muito no vegetal, que, assim, não sofre muito o cozimento.
• Facas: equipamento composto por facas que por contato retiram a pele
dos produtos.
• Abrasão: descascamento abrasivo é realizado por máquinas que apresentam 
muitas configurações, sendo o tipo mais comum as que empregam grupos de 
rolos abrasivos. A quantidade de casca eliminada é determinada pelo tempo de 
permanência na máquina descascadora. Os rolos giram sobre seus eixos e ao 
redor da broca situada no centro, conforme a figura abaixo. Isso permite que a 
água pulverizada procedente do centro da broca realize a limpeza destes rolos 
abrasivos sem entrar em contato com as hortaliças.
• Lixiviação: o produto é submetido à solução de NaOH 3% a 80°C durante 2 
minutos. Em seguida, é lavado com água corrente até resfriar e retirada da pele 
manualmente ou por equipamentos.
Veja o processo de descascamento de batatas no vídeo: https://youtu.be/skv6NIKsd3w
Ex
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UNIDADE Processos de Transformação de Alimento – Operações Unitárias Temperatura Ambiente
Figura 3 – Exemplos de descascadores
Fonte: Reprodução
Veja como são descascados alguns legumes, assistindo o vídeo: https://youtu.be/LF1C7zXNyek
Ex
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�������
�������������������
�����������
��������
Figura 4 – Esquema de descascador por abrasão
Fonte: Adaptado de ufrgs.br
Veja o descascamento por abrasão: https://bit.ly/2PTP5HW
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Processo de Redução de Tamanho
Em muitos processos na indústria de alimentos, pode haver a necessidade de 
redução do tamanho (ou cominuição) da matéria prima (sólida, semilíquida), uti-
lizando para isso forças mecânicas por meio de equipamentos sólidos, como por 
exemplo: para a produção da farinha de trigo se faz a moagem do trigo.
A redução tem o objetivo aumentar a superfície de contato que por vezes facilita 
a secagem, a extração, homogeneização entre outras facilidades, mas pode promo-
ver a degradação de compostos pela liberação de enzimas naturais.
12
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A matéria-prima pode ser reduzida pela utilização de vários métodos, como, 
por exemplo: 
• compressão, compactação e esmagamento; 
• impacto – choque; 
• atrito superficial (esfregar); 
• corte por facas (cisalhamento agudo). 
Os processos de redução de tamanho da matéria-prima são classificados de 
acordo com a faixa de tamanho das partículas produzidas em trituração, corte, 
fatiamento e corte em cubos:
• grande a médio: pedaços de carne, queijo e frutas fatiadas para enlatamento;
• médio a pequeno: bacon, vagens fatiadas e cenouras em cubo;
• pequeno a granular: carne moída ou triturada, nozes e vegetais triturados;
• moagem a pós ou pastas: produtos ralados, temperos, farinhas, néctar de 
frutas, açúcar, amidos, pastas lisas;
• emulsificação ou homogeneização: maionese, leite, óleos essenciais, man-
teigas, sorvete e margarina.
Equipamentos para Redução de Tamanhos
Com a evolução e a busca pela agilidade em processar os alimentos, existem 
hoje muitas inovações e tipos de equipamentos. Porém, a escolha do equipamento 
para redução de tamanho depende das características do alimento, os processos 
de redução de tamanho são geralmente empregados durante o processo para con-
trolar as propriedades reológicas. Esta propriedade está normalmente relacionada 
com as características organolépticas do alimento, porém é importante notarmos 
que o processo de redução de partículas favorece o rompimento das células e pode 
propiciar reações de deterioração oxidativa, microbianas e enzimáticas.
Reologia é o campo científico que se ocupa em estudar e descrever a viscosidade, 
plasticidade, elasticidade e o escoamento da matéria prima; estuda as transforma-
ções e os movimentos destas.
Grupo de alimentos fibrosos (carnes, frutas, hortaliças) 
• Equipamentos para fatias e flocos: são utilizados no fatiamento de vários 
alimentos, tais como bacon, carnes cozidas, pepinos, tomates, frutas mais du-
ras como banana( com velocidade de até 2 mil fatias por minuto e 6 toneladas 
por hora), podem ser controlados por computadores ou por operadores.
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UNIDADE Processos de Transformação de Alimento – Operações Unitárias Temperatura Ambiente
Assista ao vídeo demostrando seu funcionamento: https://youtu.be/K1649mP9Kg8
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• Equipamentos para cubos: são utilizados em frutas, carnes etc. Os alimentos 
são cortados em fatias e na sequência no formato de cubos, utilizando lâminas.
Cubeteira: http://bit.ly/2WePKWr 
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Assista ao vídeo deste equipamento em funcionamento: https://youtu.be/JJdkXWSNpX8
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• Equipamento para despolpamento: equipamentos que associam a combina-
ção de compressão e cisalhamento para extração de suco de frutas e hortali-
ças, produção de óleo, produção de patês, etc.
Conheça um pouco mais, assista ao vídeo disponível em: https://youtu.be/rTZ-hYcWkVE
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Grupo dos alimentos secos
• Moinhos de bolas: utilizado para produzir pós finos como por exemplo: fari-
nhas, corantes etc. Equipamentos constituídos por um cilindro de aço horizon-
tal que gira lentamente, existindo no seu interior bolas e aço.
Moinhos de bolas: https://bit.ly/2PTP5HW
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• Moinho de discos: estes equipamento utilizam força de cisalhamento ou força 
de cisalhamento e impacto, obtendo material mais grosso.
Cisalhamento: é o ato de cisalhar, isso significa cortar ou causar deformação numa superfí-
cie a partir da tensão provocada por forças que atuam em sentidos iguais ou contrários, mas 
seguindo uma mesma direção.
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• Moinho de martelos: reduz para um tamanho intermediário a pequeno, 
o material é reduzido pelo impacto dos martelos e pulverizado
• Moinho de rolos: São apresentados em duas versões, são eles: 
 » Moinho de rolo liso típico onde os rolos giram em direções opostas e a velo-
cidades diferentes; 
 » Moinhos de rolos únicos, que giram contra uma superfície fixa.
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Redução de Tamanho em Alimentos 
Líquidos, Emulsificação e Homogeneização
A emulsificação é empregada quando se incorpora dois líquidos imiscíveis para 
que essa mistura não se separe, formando uma emulsão estável pela mistura íntima 
de dois ou mais líquido.
Já a mistura significa homogeneizar substâncias que não tendem a se separar. 
Um dos equipamentos utilizados para preparo de emulsões é o moinho coloidal.
Veja como funciona um moinho coloidal para a fabricação de pastas disponível em:
https://youtu.be/50sa5iFLxtAEx
pl
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Mistura: esta operação unitária consiste em movimento aleatório de duas ou 
mais fases inicialmente separadas, podendo ser homogênea ou heterogênea. Exis-
tem vários processos de mistura e são utilizados para combinar ingredientes para 
que se possa no fim do processamento industrial alcançar diferentes propriedades 
funcionais ou características sensoriais. 
Pode-se dizer que o sucesso da mistura é observado pela uniformidade do lote 
que promove a qualidade aceitável doproduto, considerando-se as propriedades 
sensoriais, funcionais, homogeneidade, integridade das partículas, adequação de 
sanidade, design higiênico, adequação a legislação, eficiência do processo e ainda 
flexibilidade das mudanças do processo de fabricação.
Em uma mistura em que as quantidades são diferentes, denomina-se fase con-
tínua aquela que estiver em maior quantidade e de fase dispersa aquela em que o 
componente está em menor quantidade.
Equipamentos Utilizados
no Processo de Mistura
A escolha do equipamento de mistura ideal que atinja a eficiência de mistura 
ideal dependerá das características do tipo de mistura, quantidade, velocidade etc. 
Parâmetros como tempo e temperatura no processo de mistura são essenciais para 
o seu sucesso.
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UNIDADE Processos de Transformação de Alimento – Operações Unitárias Temperatura Ambiente
Figura esquemática da operação unitária mistura: http://bit.ly/2LkRbBE 
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Mecanicamente, os misturadores e agitadores são utilizados na formulação e 
fabricação de uma grande variedade de produtos e a escolha depende do produto.
Configurações de misturadores para cada tipo de produto (1) misturador para 
líquido; (2) misturador para líquido e sólido; (3) misturador para pós; (4) misturador 
para sólido e líquido.
Figura 5 –Esquema de tipos de misturadores utilizados na indústria de alimentos 
Fonte: Adaptado deufpa.br
Modelagem: é uma operação unitária muito importante que complementa o 
processo da mistura e a modelagem incorpora formas e dimensões que contribuem 
para a conveniência de produtos produzidos pela indústria. Esta técnica é aplicada 
em alimentos de alta viscosidade ou de textura similar a massa, as quais são mol-
dados em uma variedade de formas. Os equipamentos utilizados na fabricação de 
pães, biscoito, bolos, salgadinho, balas entre outros fazem parte desta lista.
Equipamento utilizado para modelagem: http://bit.ly/2GLGymd 
Ex
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or
Veja como são modelados os biscoitos. Vídeo disponível em: https://youtu.be/mkDP2vPKCYk
Veja como são moldados alguns tipos de massas: https://youtu.be/I7CM2JFbeQwE
xp
lo
r
Filtração
Acelerado
Sedimentação
Forças
centrífugas
Força da
gravidade
Pressão
Figura 6 – Separação - Processos de separação e concentração 
dos componentes dos alimentos: Centrifugação e filtração
16
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A operação unitária de separar pode envolver:
• Separação de alimentos sólidos em sólidos: peneiramento;
• Separação de um alimento sólido de um líquido (sucos de frutas, pectina).
Os alimentos são misturas complexas e a operação unitária de separação pode 
envolver a segregação de alimentos para fornecer ingredientes e serem utilizados 
em outros processos ou, ainda, para separação de componentes que são importan-
tes no seu processamento. 
Como exemplo, temos: óleos das sementes de azeitonas, que geram o azeite, 
gelatina a partir do tecido conjuntivo, recuperação de enzimas etc.
Os métodos podem ser classificados em três categorias:
• Separação de líquidos e sólidos a partir de pastas fluidas, massas ou farinhas 
em que tanto um quanto os dois componentes podem ter valores como, por 
exemplo, sucos, pectina, enzimas, óleo, creme de leite e solúveis do café.
• Separação de pequenas quantidades de sólidos a partir de líquidos como, 
por exemplo, purificação de água, clarificação de líquidos como vinhos, cerve-
jas, sucos etc.
• Extração de pequenas quantidades de materiais suspensos podendo ser 
utilizadas as operações unitárias de peneiração, sedimentação, flotação, centri-
fugação, filtração, extração, concentração ou ultrafiltração.
Separação sólido líquido – Os métodos de separação empregados são classifica-
dos de acordo com 2 critérios:
1. O movimento relativo das fases, ou seja: 
a) Decantação (sólido se move através...);
b) Filtração (liquido se move).
2. A força propulsora:
a) Gravitacionais;
b) Centrifugas (por diferença de pressão).
A combinação dos critérios citados anteriormente conduz à seguinte divisão:
• Separação por decantação (Sedimentação):
 » Clarificação;
 » Espessamento;
 » Flotação;
 » Separações centrífugas;
 » Filtração;
Então, vamos entender isso melhor:
Sedimentação – significa quando a separação de uma suspensão for por deposi-
ção gravitacional até resultar na separação, entenda com o esquema a seguir:
17
UNIDADE Processos de Transformação de Alimento – Operações Unitárias Temperatura Ambiente
A
B
Alturas variam
([ ] uniforme)
(não uniforme)
(pesadas, canais)
<vel.
Ponto de sedimentação crítico
C
D
Figura 7
É importante saber que existem vários fatores que vão interferir na velocidade da 
decantação, tais como a densidade dos componentes (sólidos ou líquidos), diâmetro 
e forma das partículas.
Também existe a possibilidade de ocorrer um aumento do tamanho do coloide, 
isso é o mesmo que dizer que as partículas podem se unir e formar uma partícula 
maior e isso é uma constante da física denominada repulsão elétrica, em termos 
técnicos denomina-se floculação (aglomerar as partículas à custa das forças de van 
Der Waal, dando origem a flocos de maior tamanho).
Para se controlar os floculados, conforme a necessidade, pode-se utilizar a agi-
tação ou ainda a adição de agentes floculantes.
Tipos de floculantes:
• Eletrólitos: que neutralizam a dupla camada elétrica existente nas partículas 
sólidas em suspensão, eliminando a repulsão, deixando assim os flocos com 
dimensões convenientes;
• Coagulantes: que provoca a formação de precipitados gelatinosos, como, por 
exemplo, a utilização de hidróxidos de alumínio e ferro ou silicato de sódio são 
utilizados para clarificação de águas;
• Agentes tensoativos: que diminuem a tensão superficial e arrastam consigo 
as partículas finas de difícil decantação;
• Polieletrólicos: são polímeros de cadeias longas que por afinidade facilitam a 
fixação de partículas sólidas.
Vamos falar um pouco sobre os equipamentos utilizados como decantadores 
para sólidos grosseiros, esse processo pode ser em batelada ou contínuo.
Existe processos em bateladas e processos contínuos. Um processo industrial é con-
tínuo quando a matéria-prima entra num lado do sistema e o produto final sai do 
outro, continuamente. No processo em batelada, uma dada quantidade de material 
é processada por meio de passos unitários, cada passo sendo completado antes de 
passar para o seguinte. 
18
19
Hidroseparador: o mais usual é o tanque cilíndrico de fundo cônico e equipado 
com rastelos que giram lentamente.
Ciclone classificador: a alimentação é feita tangencialmente na seção superior 
cilíndrica do cone por meio de uma bomba, os finos saem pela abertura no topo, 
enquanto os grossos saem pelo fundo da parte cônica inferior, através de uma vál-
vula de controle.
Decantador de rastelos finos;
Decantador helicoidal;
Existem também os decantadores para sólidos finos que de acordo com o tipo 
de processo são classificados em:
• Descontínuos: tanque retangular ou cilíndrico com saídas laterais que são 
abertas à medida que o líquido da parte superior clarifica. O lodo é retirado 
pelo fundo.
• Contínuo: mais comum é o cone de decantação. O líquido clarificado é reco-
lhido numa canaleta periférica, sendo a lama retirada pela parte inferior por 
meio de uma bomba ou por gravidade. 
Centrifugação: utiliza a força centrípeta para isolar partículas suspensas em 
seu meio. De um modo geral, as centrífugas podem ser divididas em centrífugas 
de filtração e centrífugas de sedimentação. O quadro a seguir destaca os diferentes 
tipos de centrifugas e suas características.
Desenformadora
Rosca e tela
Cesta cônica
Vibratória
Decantadora de tela
Filtrante
Invertida
Opções de Centrífugas
Peeler
Cesta
Vertical
Decantadora
Contínuas BateladaContínuas Batelada
Centrífugas �ltrantes Sedimentadoras
Discos
Tubular
Tubular
Cesta não
perfurada
Figura 8 – Fluxograma de centrifugação
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UNIDADE Processos de Transformação de Alimento – Operações Unitárias Temperatura Ambiente
Material Complementar
Indicações para sabermais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Leitura
Operações Unitárias
https://bit.ly/2He5Ids
Higiene e Segurança Alimentar no Transporte de Produtos Alimentares
https://bit.ly/2PSqFOZ
A Extrusão em Tecnologia Alimentar: Tipos, vantagens e equipamentos
https://bit.ly/2Hba4TP
Centrifugação no Processamento de Alimentos 
https://bit.ly/2RqWMVe
20
21
Referências
BARUFFALDI, R., OLIVEIRA, M.N., Fundamentos de Tecnologia de Alimentos. 
São Paulo: Atheneu, 1998.
FELLOW P. J. Tecnologia do processamento de alimentos: princípios e prática. 
2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
GABAS, A.L.; MONTERREY-QUINTERO, E.S.; VALADÃO, N.K.; RODRIGUES, 
C.E.C.; Apostila de Referência - Operações Unitárias. 2008. 155p.
GEANKOPLIS, C.J. Procesos de transporte y principios de procesos de separación. 
Compañía Editorial Continental, 2006.
JUNIOR, J.; FERNANDES, C., Agitação e mistura na indústria. Rio de Janeiro: 
LTC, 2007.
TADINI, C.C., TELIS, V.G.N., MEIRELLES, A.J.A, PESSOA FILHO, P.A.
Operações Unitárias na Indústria de Alimentos. São Paulo: LTC Editora/Grupo 
GEN, 2015. vol. 1.
21

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