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SISTEMA DIGESTIVO DO EQUINO

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SISTEMA DIGESTIVO DO EQUINO
 CELIOTOMIA OU LAPAROTOMIA
- nem sempre quando se coloca um animal na mesa de cirurgia sabe-se o que ele tem, por isso é
importante o procedimento da laparotomia exploratória. E é importante que saiba reposicionar todas as
alças intestinas no devido local para não causar uma cólica iatrogênica.
- se tem deslocamento de colón maior precisa de cirurgia. Não importa o lado, se direito ou esquerdo
ambos são procedimentos cirúrgicos que é identificado por palpação retal.
- na mesa as manobras para cada lado de flexão são diferentes, mas não é necessário saber o lado
anteriormente a mesa para não agravar o quadro clinico do animal.
- conhecimento anatômico é FUNDAMENTAL.
- sequência do intestino delgado: duodeno, jejuno e íleo
TRATO GASTROENTÉRICO DESCRIÇÃO ANATÔMICA
- Estômago: lado esquerdo:
Cárdia no cavalo é extremamente calibrosa com musculatura muito forte e ângulo muito fechado
de inserção gástrica e isso dificulta a passagem do conteúdo do estomago para o esôfago ou seja refluxo
gastroesofágico (processo passivo, ao contrário do vômito que é um processo ativo). O esôfago dos cães
gatos e ruminantes tem contração retrógrada como forma de proteção e o vomito sai em jato porque tem
contração esofágica, o cavalo não tem essa contração esofágica, entendendo o vomito como essa saída
pressurizada do alimento então pode-se dizer que o cavalo não vomita porque ele não tem essa contração.
Ele apenas regurgita, é um ato raro mas acontece por causa dessas características da cárdia. É muito mais
comum o estomago romper pela pressão exacerbada do que o refluxo gastroesofagico.
Piloro: transição entre estomago para o instestino delgado. É importante saber que o estomago
está do lado esquerdo e está protegido pelo gradil costal, por maior que seja a dilatação estomacal por ele
estar protegido pelas costelas esse aumento de volume nunca sera percebido visualmente porque ele não
vai conseguir vencer a costela. O volume estomacal é muito pequeno, 18L no máximo.
- Intestino delgado: duodeno, jejuno e íleo.
No cavalo o duodeno é a porção fixa do intestino delgado, sabendo disso se houver um
encarceramento do intestino delgado já pode excluir o delgado porque ele não pode encarcerar em outra
estrutura porque ele é fixo! O duodeno sai do lado esquerdo porque está saindo do estomago, chegou no
gradil costal ele dobra e vai para trás até a altura do ceco, chegou um pouco acima do ceco ele volta para a
região mediana, voltando para região mediana quando chegou bem na região mediana ele deixa de ser fixo
e passa a ser móvel, ele deixa de ser duodeno então e passa a ser jejuno. Aquele mesentério bem curto que
esta aderindo ele ao teto da cavidade abdominal e passa a ser um mesentério bem longo, nesse momento
deixou de ser duodeno e vira jejuno. Ele vai bem solto até chegar na sua porção final quando fica um pouco
mais musculoso, ganha mais musculatura porque é a região onde precisa de um pouco mais de contração
para que o conteúdo seja jogado dentro do ceco. Para ser jogado dentro do ceco a válvula íleo cecal tem
que ser superada, sua força tem que ser superada, então é por isso tem que ser musculoso para que não
tenha um quadro de obstrução por falta de força. Outra forma de diferenciar o ceco: tem um aumento de
volume por causa do aumento de musculatura, e ao longo de todo intestino delgado com exceção do íleo,
os vasos mesentéricos eles chegam perpendicular a parede saindo da mesma raiz mesentérica. O íleo tem
outro tipo de irrigação, ele tem uma vascularização paralela a parede. Porque no íleo especificamente
desenvolve esse tipo de vascularização: uma obstrução de um vaso não tem grande comprometimento do
íleo como um todo, porque o sangue consegue chegar por outros vasos porque sua vascularização é mais
elaborada porque a sua função é mais elaborada. Enquanto que se uma parte da vascularização do jejuno
for obstruída todo o restante ficará sem nutrição também. (VER FOTO CADERNO)
O íleo se comunica com o ceco pela válvula íleo cecal. Cuidado para não confundir a nomenclatura
com a válvula ceco cólica, que são diferentes mesmo que estão próximas. As duas encontram-se na base do
ceco mas uma é de entrada e a outra é de saída, a nomenclatura já deixa isso claro.
Esse conteúdo vai pro ceco, um grande saco de fundo seco dividido em: base que é a parte fixa
dele, corpo e o ápice. Ele sai do lado direito do cavalo, parte mais alta, sua base faz uma virgula e aos
poucos vai tomando uma posição ventro medial e deixando seu ápice repousando sobre a cartilagem
xifoide.
O conteúdo vai ficar fermentando dentro do fundo cego, e vai sair e cair no colon maior. São dois
grandes tubos unidos por uma estrutura, um maior e um mais estreito que ficam dobrados dentro da
cavidade porque não tem espaço para ficarem estendidos. Dois tubos unidos por um tecido mesocólon
unindo um colon ao outro. Um é ventral e outro dorsal. Porque ainda existe um pouco de processos
fermentativos nesse colon ventral para depois ir pro colon dorsal, por isso que esse colon é saculado para
haver processo fermentativa que produz gás como subproduto e essa saculaçao facilita essa distensão na
hora da produção dos gases durante o processo de fermentação.
Colon ventral: saculado
Conlon dorsal: liso
Por causa de sua acomodação ele fica dobrado por isso ele fica uma parte do lado direito e outra do
lado esquerdo. Então tem colon maior ventral direito e esquerdo. E colon maior dorsal direito e esquerdo.
Do ceco fermentou contraiu e o conteúdo cai no colon ventral direito, e ai vai até chegar no esterno
mas não tem como passar então ele dobra mas continua sendo colon ventral e essa dobradura não é
anatômico é só acomodação, que deu-se o nome de flexura esternal. Continua sendo ventral e agora passa
para o lado esquerdo e chega até uma estrutura que é a transição entre colon ventral e dorsal, é anatomica
e é o primeiro ponto de estenose do colon maior é o principal ponto de obstrução do colon maior: flexura
pélvica porque está na pelve do animal. Esse ponto é anatômico, e tem um ponto de estenose porque tem
um colon maior mais dilatado e ele vai afunilar para se unir a um colon dorsal mais estreito porque este
não tem tanta função fermentativa então não tem necessidade das saculações.
Porque é o principal ponto de obstrução? Primeiro porque tem uma estenose. E segundo porque o
alimento tem que ir de baixo para cima, ele tem um movimento anti gravidade para ir do ventral para o
dorsal então a chance desse conteúdo não subir e ficar ali acumulado é maior.
Colon maior ventral esquerdo flexura pélvica  colon maior dorsal esquerdo
O dorsal continua sendo esquerda até chegar até o esterno e dobrar formando uma outra flexura
que é um ponto de acomodação não é anatômico: flexura diafragmática. Agora passa a ser colon dorsal
direito.
Esses pontos que não são anatômicos quando estendidos na mesa não podem ser reconhecidos.
Terminou colon dorsal direito e vai começar então o segundo ponto de estenose do colon maior:
ponto de transição entre o colon maior e o colon menor. Tem o colon maior com diâmetro x que tem que
ser ligado ao colon menor com um diâmetro menor, e para fazer essa ligação tem que ter uma adaptação,
como se fosse um funil chamado de colon transverso é o segundo ponto de estenose do colon maior.
Tem dois pontos de estenoses significativos: flexura pélvica e colon transverso. Como saber quando
abrir ou palpando o animal em qual lugar está essa obstrução? Se a obstrução for no colon transverso tanto
o colon dorsal quanto o ventral estarão compactados, e se estiver na flexura só o ventral estará
compactado. Esse é o parâmetro para dizer onde está a obstrução.
Cirurgicamente: olhando ventralmente o ceco está deslocado para o lado direito
Fluxo natural do alimento: intestino delgado-> Ceco-> fermentando-> base do ceco-> colon ventral
direito-> flexura esternal-> colon ventral esquerdo-> flexura pélvica -> colon dorsal esquerdo-> flexura
diafragmática -> colon dorsal direito -> colon transverso -> colonmenor
LAPAROTOMIA MEDIANA
- cavalo na mesa em decúbito dorsal, tricotomia ampla, pano de campo devidamente colocados, incisão na
linha mediana/ linha alba ajuda na hora de escolher a incisão, procurar sempre fazer nela porque fizer fora
vai atingir musculatura já vai gerar um ponto de tensão na sutura. A cicatrização é mais rápida e melhor,
com menos intercorrências.
- palpar a linha mediana, sentir para saber onde vai passar o bisturi, ela tem uns 2cm de largura então não é
difícil. Faz uma fenestra no peritônio, pode segui com a tesoura do inicio ao fim ou com os dedos mesmo.
- feita a incisão a primeira estrutura que vai aparecer será o ceco repousando sob a cartilagem xifoide.
Pontos críticos ao começar inspecionar: palpar os anéis inguinais direito e esquerdo com a mao dentro da
pelve procurando se não tem nenhuma alça encarcerada ou estrangulada. Depois vai palpar do lado direito
o fígado e na transição entre estomago com duodeno tem o forame epiplóico ou de Wislow que é um
ponto de encarceramento do intestino delgado.
- medial ao fígado próximo ao duodeno, do lado esquerdo palpar o baço -> procurar pelo ligamento que
liga o baço ao rim, ligamento nefroesplenico que fica encostado no gradil costal, verificar se está no local
certo com contato direto. As vezes ele está um pouco solto porque o colo esquerdo pode ter passado entre
ele e a parede, e o ligamento nefroesplenico pode prender a alça fazendo um encarceramento
nefroesplenico.
- não tendo alteração continua começa a exteriorizar o ceco. A base do ceco está presa na cavidade. Pode
abordar deixando esse ceco fora da cavidade e ir atrás de outras estruturas ou já reposicionar o ceco para ir
para outras estruturas, isso vai depender de quão repleto ele está. Se estiver bastante repleto drena ele
primeiro tira todo gas e volta pra dentro da cavidade para não desidratar, se deixar muito tempo para fora
da cavidade a alça vai desidratando.
- reposicionou o ceco passa então para o intestino delgado. Avalia os segmentos vendo as áreas repletas ou
não. Posicionamento: região mediana na hora de colocar ele tem que colocar mais cranial o colon do
intestino delgado e mais caudal o colon menor.
- duodeno não avalia visualmente, só via palpação.
- no lado esquerdo tem flexura pélvica, do lado direito ceco
- exteriorizar o intestino grosso, colon maior...do lado esquerdo procura pela flexura pélvica.
- reposicionamento: tem uma prega que liga o ceco ao colon- prega ceco-colica. Procurar pela flexura
pélvica e vai procurar a prega cecolica tracionando o ceco e segue para a base dele encontrando a prega,
localizando a prega e tendo a flexura pélvica na mao e ver qual é o meio do caminho entre essas duas
estruturas que seriam a flexura esternal e a diafragmática. Pega esse ponto médio e coloca para dentro da
cavidade e encostar no diafragma. Encostou ta normal, volta pega a flexura pélvica coloca na pelve, pega o
ápice do ceco coloca sob a xifoide e fecha.
- Cuidado porque esse animal está em decúbito dorsal, ou seja, quem é ventral está para cima, na hora da
cirurgia o que é ventral está para cima e o que é dorsal para baixo, se não posicionar certo vc fecha o
animal torcido.
-plano de síntese: fechar peritônio junto com musculatura padrão de sutura simples continuo com algumas
paradas americanas para dar mais firmeza. Subcutâneo com cushing para aproximar bastante
PATOLOGIAS CIRURGICAS DO TGI
- o diagnóstico cirúrgico não deve ser um diagnóstico objetivo, porque essas patologias tratam-se de uma
síndrome tem inúmeros fatores influenciando e na hora que trata isso de maneira objetiva a chance de erro
é grande. Então tem que ter uma visão mais ampla unida a conhecimentos anatômicos, fisiológicos, e etc e
vai se fazendo um diagnóstico por EXCLUSÃO.
- partindo dessa metodologia diagnostica a chance de erro é bem menor, então parte para a questão:
intestino grosso ou delgado, o que está ruim? Partindo dessas possibilidades eu tenho que classificar se é
uma obstrução simples ou estrangulativa!
- os quadros de obstrução simples sem comprometimento vascular
- a sintomatologia aparece de uma hora para outra e é significativa, porem o processo vai se
desenvolvendo há alguns dias.
- com a redução da motilidade tem uma redução na passagem do conteúdo que vai sendo acumulado e
quando se menos espera começa um quadro doloroso.
- qualquer quadro que leve a cólica no cavalo é gerada por um quadro de obstrução
- compactação de colon maior: simples
- torção de colon maior: estrangulativa
- deslocamento: dependendo da região simples ou estrangulativa
- compactação de íleo: simples ou estrangulativa se tiver enterólito
- hipertrofia musculatura de íleo: simples
- limpoma peduncular: estrangulativa
- todos os quadros cirúrgicos caem nessa classificação!
- o diagnóstico mais preciso não é tao necessário porque independente da causa o procedimento para
obstrução é cirúrgico. O tempo que se perde tentando estabelecer um diagnostico preciso é crucial para
que o animal sobreviva na mesa de cirurgia.
PROCESSOS PATOLÓGICOS QUE ENVOLVEM O INTESTINO DELGADO
- quadros de compactação: primeiro saber que a compactação é qualquer processo que vai permitir a
junção/compressão do alimento muito próximo um do outro e vai compactar, esse quadro pode ser a causa
ou a consequência da obstrução.
- animal que se alimenta com fibra de má qualidade pode causar a obstrução
- como consequência por passar muito tempo no local por causa da obstrução o alimento irá compactar.
Ou ainda uma hipertrofia da musculatura de íleo, que tem como característica precisar de maior força
contrátil para superar a resistência da válvula íleo cecal e pode acontecer uma parasitose nessa válvula e
que vai aumentar seu tônus e há necessidade de mais contração do íleo, aumenta a contração e aumenta a
força de contração.
- independente de qual seja a causa um quadro obstrutivo tem uma redução parcial ou total do transito.
- então o fluxo vai estar diminuído ou ausente e o alimento vai começar a chegar, e isso compacta por
causa da motilidade. O animal vai sentir dor quando tiver uma distensão significativa.
- a interpretação da lesão é focal. A sensibilidade é focal. Se tem só um foco a princípio a hora que retirar
vai perceber que só um segmento está parado e quanto mais distante do local da lesão mais motilidade vai
ter. Vai ter um acumulo de alimento anterior ao local da obstrução.
- o intestino delgado não é palpado em um cavalo hígido.
- não importa a localização, se tiver sintomatologia de obstrução vai para a mesa resolve o problema e
descobre em qual região está obstruída.
- obstrução leva a aumento de volume -> aumento de volume gera dor -> dor gera redução de motilidade -
> que gera um aumento de volume  ciclo da cólica
- seja no intestino grosso pela produção de gás ou no delgado pela produção de líquidos ->
independentemente de ser liquido ou gás, se não retirar a causa base o ciclo da cólica vai girar e se não
intervir a chance de perder o paciente é muito grande.
- levar em consideração a coloração da parede do mesentério para avaliar se teve comprometimento
vascular
- dependendo do grau de desidratação e do tempo de evolução pode ter um TPC levemente aumentado.
Mas se pegou o quadro no início, fez um diagnóstico precoce encontrará uma serosa normocorada,
brilhosa, hidratada, sem alterações de motilidade.
- em um quadro mais complicado que levou mais tempo para ser colocado na mesa, mesentério mais
congesto que pode evoluir para hemorrágico.
- quando se tem integridade de mucosa intestinal tem um impedimento de que as toxinas produzidas no
processo digestivo sejam absorvidas. Processos que alterem a continuidade da mucosa iram levar a
quadros endotoxêmicos.
- os quadros obstrutivos não precisam ser causados por grandes quantidades de alimento, basta que se
tenham lesões discretas mais suficientes para causar uma lesão nervosa em parede entérica e que causa
uma disfunção neurológica que irá causar uma disfunção na motilidade.
- se não tiver lesões vasculares significativas então fazuma secção e anastomose enterotomia.
- Dependendo de quanto material esteja compactado entra com uma solução fisiológicas e com agulha e
começa a bombear liquido para dentro da alça, vai apertando e jogando agua e o cirurgião vai
massageando até desafazer todo o quadro de compactação. Se o ponto estiver mais próximo do ceco vai
ordenhar delicadamente até jogar o conteúdo dentro do ceco. Pode abrir para retirar mas uma incisão de
intestino delgado gera um processo de cicatrização que vai causar uma reclusão de lumen frente ao
processo cicatricial, por menor que seja a redução de lumen pode comprometer e gerar um ponto de
estenose futura. Se o ponto estiver mais próximo do estomago manda pro estomago e a hora que o cavalo
levantar coloca uma sonda nasogástrica.
- se tiver uma distensão generalizada de intestino delgado vale a pena fazer uma enterotomia e não essa
ordenha.
- cuidado que tem que ter: a enterotomia sempre é realizada na borda antimesentérica.
- desfez a compactação, para e olha o intestino delgado se não tiver motilidade joga um pouco mais de
liquido e faz um pouco mais de pressão para dentro, e se tiver um soro morno é melhor porque causa um
pouco mais de vasodilatação. E aguarda para saber se no local vai voltar a motilidade.
- pode fazer fármaco para estimular a motilidade desde que se tenha o conhecimento exato de como esta
esse trato entérico para saber se não tem obstrução em outro local.
- tem que ter cuidado na seguinte situação: quando não quer fazer uma enterotomia por causa da
contaminação tem que levar em consideração que o tempo que vc vai passar massageando o local pode
causar lesões desnecessárias no mesentério então é mais viável que se faça uma pequena incisão no
mesentério entra com uma sonda entra na alça lavar a região fazer uma lavagem mais rápida do que ficar
massageando demorando em um processo que pode lesionar muito mais. Vai introduzir a agulha pra sugar
liquido ou gás.
PROCESSOS PATOLÓGICOS QUE ENVOLVEM O INSTESTINO GROSSO
- o grande problema das afecções de intestino grosso em quadros não estrangulativos é que o tempo de
evolução é silencioso, como não aparece sintomatologia quando se vê o quadro já está bem avançado
- os quadros obstrutivos simples sem comprometimento vascular eles são mais simples de tratar no
intestino grosso do que no delgado, mais fáceis de tratar. Lesões estrangulativas são menos complexas no
intestino delgado do que no grosso, que as vezes não dá nem tempo de colocar o animal na mesa.
- embora muitas vezes o problema seja muito parecido do ponto de vista sintomatológico são problemas
com causas muito diferentes.
QUADROS DE TIMPANISMO E COMPACTAÇÃO DE CECO
- timpanismos gera um quadro doloroso maior frente a exposição gasosa
- é uma câmara fermentadora que por algum motivo diminui a motilidade do ceco, que não consegue sair
do ceco para o colon, que pode ser causada por uma obstrução ou intoxicação ou etc.
- o que está alterada é a motilidade e não a flora bacteriana, ou seja, as bactérias estão ali e vao continuar
fermentando e assim continuam a produzir mais gás cada vez mais gerando dor -> redução de motilidade ->
aumento de volume -> dor -> redução de motilidade e a cada dia que passa o quadro se agrava e vai tendo
mais obstrução
- quando se fala em intestino grosso tem que ter idéia de que o cavalo vai continuar comendo normal
porque o problema está la no final da digestão então ele continua com fome e continua comendo.
- a fome só vai cessar depois de muito tempo de evolução quando tiver um comprometimento secundário
das câmaras que antecedem o intestino grosso, vai ser um comprometimento secundário e não primário. O
estomago esta contraindo e está sendo despejado dentro do intestino delgado que consegue jogar dentro
do ceco e a fome continua.
- para esse animal ficar repleto precisa de uns 15 dias de evolução e esse é o grande problema. Para os
parâmetros se alterarem demora um certo tempo mas o animal pode demonstrar-se mal.
- as fezes são um forte indicador, a primeira coisa que vai acontecer é a redução das fezes. Boa parte do
conteúdo das fezes é liquido e quanto mais tempo ele passa dentro do colon maior vai haver mais
reabsorção então consequentemente o volume vai diminuir, assim como acontece uma redução no
tamanho das fezes, redução da umidade, alteração de odor, ver as fibras se estão muito mastigadas se
estão muito secas... é importante fazer essa avaliação em um paciente com cólica.
- vai aparece muco em um quadro mais avançado, tem que ter um olhar clínico não restrito aos parâmetros
apenas.
- compactação de colon maior, inflamação do ceco, uso de antiiinflamatório prolongado causam lesões
intestinais, ingestão em demasia de carboidratos principalmente aqueles altamente fermentados como a
ração.
- timpanismo cecal ele algumas vezes é um achado da laparotomia exploratória. Pode ter um quadro de
compactação de colon maior e o gas não esta conseguindo passar e o ceco vai ficando repleto, como
consequência da cólica.
- mas também pode ser a causa do processo tendo um volume mais localizado do lado direito.
- quando só tem o ceco envolvido tem uma distensão, inflamou e com essa inflamação tem redução da
motilidade que causa uma diminuição na liberação dos gases
- quando o cavalo está bem distendido tem que tomar cuidado ao abrir o animal porque o ceco pode estar
com o ápice preso.
- não se manipula alça com conteúdo distendido. A primeira coisa que tem que ser feita é desfazer a
distenção. Com uma agulha acoplada na ponta da sonda vai fazer então tiflocentese para liberar o gás.
Entra com a agulha não perpendicular à parede para que a perfuração das camadas da parede não venham
a coincidir. Poderia fazer só com a agulha direto desde que não tenha compromisso com a sobrevida desse
animal, porque tem uma quantidade de bactérias muito grande saindo desse intestino então deve ter um
sugador cirúrgico para não contaminar o animal e nem o ambiente cirúrgico.
- o ceco tem 4 bandas fibrosas, são as tenias cecais. São bandas fibrosas que funcionam dando mais
sustentação ao ceco, principalmente as regiões que vao distender bastante. Pode usar essa banda fibrosa
para drenar o gás.
- distenções de ceco causadas por gás não permite que sejam vistas as saculaçoes do ceco e ele fica em pé
na cavidade. Isso é uma avaliação ótica, na hora que está operando só de tocar já percebe se é gás ou
líquido. E os procedimentos dai são diferentes, se é gas a tiflocentese resolve numa boa. Se for conteúdo
liquido ou solido não adianta fazer a tiflocentese então tem que fazer uma incisão -> tiflotomia. É um
procedimento um pouco mais invasivo.
- tiflotomia pode ser feita em outra situação também, quando se tem um processo obstrutivo no delgado e
você não quer fazer uma incisão e dá para massagear e ordenha o conteúdo para o ceco se estiver mais
próximo do ceco e daí faz a tiflotomia, deixa o delgado limpo e faz o procedimento no ceco. É a mesma
técnica.
- o ceco na maioria das vezes é um problema secundário!
- tiflocentese: gás
- tiflotomia: conteúdo solido ou liquido.
- após feita a centese de maneira corretamente após a incisão da agulha é só colocar um PVPI tópico e o
problema está resolvido
- mas se precisar ser feita uma tiflotomia tem que entra com uma sonda para jogar liquido e descompactar
o material solido. Faz uma incisão e depois dois planos de sutura: simples continuo e cushing. Invaginar o
segundo plano de sutura para não gerar uma região que vai estimular um processo inflamatório e gerar um
ponto de aderência.
- manipulou vai gerar ponto de inflamação que vai desencadear um processo de aderência! Cirurgia ideal é
que é feito em tempo hábil.
- em animais idosos tem uma predisposição a maior compactação de ceco e de colon maior por causa do
desgates causado pelo tempo como padrão odontológico mais comprometido, redução da flora bacterina
que reduz o processo de fermentação e é a bactéria quem faz questão das fibras alimentares.
COMPACTAÇÃO DE COLÓN
- a maioria dos casos estão relacionados a compactação de colon, principalmentecasos cirúrgicos.
- os quadros clínicos estão mais relacionados com sobrecarga primária.
- problema dentário, fibra de ma qualidade, pouco acesso a agua, estresse, parasitose -> pode desencadear
um quadro de compactação
- os pontos em que acontecem a compactação: flexura pélvica porque é o primeiro ponto de estenose;
colon transverso segundo ponto de estenose. Os dois são diferenciados porque a compactação da flexura
pélvica quem compacta é o colon ventral, colon transverso esta compactado o colon dorsal e ventral.
- pode ter um enterólito também que pode ficar parado/preso onde ele quiser, mas mais provalvemente
nesses pontos de estenoses.
- sintomatologia: o acumulo de conteúdo começa
- se passar muito tempo compactado vai ocorrer isquemia vascular do local compactado, da mucosa do
local porque vai ter retroabsorção de liquido, e isso vai ficar cada vez mais áspero causando uma reação da
mucosa e quando mais ressecada esse conteúdo estiver pior vai ser ou mais dificil sera o quadro de
descompactação, tem que umedecer ou massagear o conteúdo para sair.
- faz enterotomia e entra com a sonda para lavar, na ponta da sonda está acoplada uma mangueira que vai
mandando liquido para dentro e vai massageando até ficar fluido e então solta o conteúdo que sairá.
Depois de descompactar o colon dorsal entra com a sonda no ventral e faz o mesmo procedimento.
- se não tiver compactação: esvazia ou não esvazia o colon? SIM completamente esvaziado, porque tudo
isso gera processo inflamatório e por melhor que seja a capacidade técnica do cirurgião vai gerar
inflamação intestinal que vai levar a redução de motilidade, e vai levar a compactação. Mesmo que não
tenha muito conteúdo e mesmo que não seja a causa primaria tem que esvaziar.
ENCARCERAMENTO NEFRO ESPLENICO
- algumas vezes pode ser confundido com quadro de compactação, e que se não for tratado corretamente
pode levar a um estrangulamento.
- tratamento cirúrgico é de eleição, o clinico é muito arriscado para o animal.
- o ligamento nefro esplênico liga o rim ao baço e está do lado esquerdo do animal.
- o colon por alguma razão entra entre o baço e a parede abdominal.
- em alguns casos pode-se tornar encarcerativo porque o baço está encostado na parede do lado esquerdo
do animal, por algum motivo tipo alteração de motilidade ou um quadro de compactação, o colon sobe e o
baço está encostado na parede e o colon começa a subir e vai entrando entre a parede e o baço passando
por esse baço medialmente e o baço as vezes volta um pouco e desce por outro lado e na hora que desce a
flexura fica presa e dependendo do quanto ela fica presa esse quadro é agravado quando junto com o
deslocamento e o encarceramento tem-se uma esplenomegalia. A quantidade de alça é suficiente para
pressionar a raiz nervosa e vascular que está indo para o baço e dai tem um comprometimento na saída, na
drenagem venosa do baço e esse baço vai distender.
- esplenomegalia agrava ainda mais a hipovolemia da alça que está encarcerada.
- gera um quadro inflamatório que clinicamente vai se apresentar com uma dor leve ou moderada, fezes
diarreia ou pastosas com cheiro desagradável porque essa posição vai gerar processo inflamatório que
aumenta a fermentação e as fezes ficam diarreicas além do aumento de volume do lado esquerdo do
animal. Na palpação transretal encontra-se a flexura pélvica em lugar diferente.
- não tem quadro de compactação mas tem inflamação então vai ter diminuição da motilidade que pode
levar a compactação então é importante abrir para não ter que abrir depois.
- é um quadro de deslocamento leve.
VOLVULO DE COLON MAIOR
- é a torção dentro do próprio eixo
- é comprometimento de intestino grosso, o único tratamento é cirúrgico
- causas: parasitose, coisas que aumentem a motilidade,
- praticamente não tem sintomatologia clinica porque a evolução é muito rápida e a dor é muito grande, o
animal morre rápido.
SISTEMA LOCOMOTOR DO EQUINO
- cinesiologia/biomecânica: estudo do movimento.
- o mais importante no ato cirúrgico é o diagnóstico preciso, e no sistema locomotor é fundamental que se
saiba a anatomia!!
- conhecimento mínimo necessário. Não perder tempo decorando técnica cirúrgica é mais importante que
se saiba diagnosticar para depois ir pesquisar a técnica.
- primeira divisão que vai ser feita do ponto de vista didático: lesão de tecido ósseo ou lesão de tecido
mole.
- tecido mole: musculo, tendão e ligamento
- tecido ósseo e o mole são dependentes !
 TECIDOS MOLES
- músculos, tendões e ligamentos
- principais alterações: deformidades flexoras, constricções de ligamentos – ligamento reduzindo espaço,
contraturas tendíneas, frouxidão do ligamento, rupturas tendíneas, miopatias.
- as vezes as contraturas podem ser causadas por deformidades – elas estão relacionadas.
- da mesma forma que pode ter um ligamento restringindo uma área, ele tem uma exacerbação da sua
função. Da mesma forma que ele pode ter uma exacerbação da sua função pode também ter uma
subexecução da sua função – frouxidão ligamentar.
- o ligamento que é uma estrutura estabilizadora, sua função é estabilizar uma articulação e por isso que
ele é pouco elástico e chega uma hora que dependendo do movimento ele pode estender e pode ficar
frouxo reduzindo a eficiência do desempenho da sua função.
- em algumas patologias ele aumenta a sua função ou diminui.
- nas rupturas não existe mais o tendão porque ele rompeu.
- cavalo tem dois tendões extensores principais: extensor comum e extensor lateral dos membros
dianteiros e dois flexores: superficial e profundo.
- animal pisando em cima do casco pode ser tanto uma contratura excessiva como pode ser uma ruptura do
tendão. Tem excesso de função do flexor ou tem uma ausência de função do extensor – os dois tem a
mesma sintomatologia.
- miopatias: problemas musculares.
DEFORMIDADES FLEXORAS
- as duas principais enfermidades são: contraturas de tendão flexor digital profundo e contraturas de
carpo/contratura de tendão flexor digital superficial.
- região do carpo
9: rádio
19: terceiro metacarpiano ou metacarpiano principal
15: tendão flexor digital superficial
16: tendão flexor digital profundo
12: ligando o rádio ao tendão flexor digital superficial, pela posição que ele tem e a função de flexão desse
membro sua função é reduzir a dimensão do tendão. Na hora do movimento ele vai reduzir a extensão do
tendão, na hora que o animal coloca o membro no chão ele estende o tendão e o ligamento vai
reduzir/limitar. Ligamento frenador superior/ check ligamento superior/ ligamento acessório do tendão
flexor digital superficial.
- o superior é superficial
- tem dois frenadores: superior (12) e o inferior (17). A posição é a mesma, o que muda é a altura e o
tendão onde estão inseridos.
17: ligamento acessório do tendão flexor digitial profundo/ check ligamento inferior/ ligamento frenador
inferior.
- check ligamento superior liga superfície caudal do rádio ao tendão flexor digital superficial. O check
ligamento inferior liga a superfície palmar do metacarpiano principal e a extremidade distal da fileira distal
do carpo.
- do carpo para baixo o que caudal vira palmar e do tarso para baixo o que é caudal vira plantar.
- para compreender a sintomatologia preciso saber onde eles se inserem para que se comece a entender a
sintomatologia e dai tem o diagnóstico e pode-se saber a técnica cirúrgica.
- o tendão flexor digital superficial sobe até a articulação metacarpofalangeana e se divide. Quando chega
no terço médio da terceira falange ele se divide porque tem que se inserir na articulação interfalangeana
proximal.
- o tendão flexor digital superficial vai se inserir na terceira falange – na superfície solear da terceria
falange, ou seja, embaixo da terceira falange.
- ligamento: liga osso a osso. Ligamento palmar interfalangeana proximal.
- tendão: liga osso a músculo.
- avaliação do eixo podofalangeano: linha paralela que mede a manutenção do eixo podofalangeano. Eixo
entre o casco e a falange, a manutenção desse eixo é uma linha reta passando pela falange e essa linha tem
que serparalela a região dorsal do casco, ou seja, casco e quartela (região compreendida entre a coroa do
casco e a articulação metacarpo ou metatarsofalangeana) a quartela tem que estar alinhada com o casco!
- os animais podem ter o casco achinelado ou encastelado e isso pode alterar o eixo podofalangeano.
- quem orienta o crescimento do casco é o posicionamento da terceira falange. Ou seja, se tiver orientada
pra cima o casco cresce para cima. Quanto mais ela for inclinando mais inclinado ficará o casco.
- uma ruptura de tendão normalmente é aguda, então quando se tem um desgaste desigual do casco quer
dizer que é uma situação que já vem a algum tempo então pode-se descarta a opção de ruptura do tendão.
- a terceira falange flexionada tem alguma coisa tentando puxar ela. O tendão flexor digital superficial se
insere na região interfalangeana proximal e profundo passa e se insere na superfície solear ou palmar da
terceira falange. Se conhece a anatomia e a interação consegue dar o diagnóstico. Nesse caso é a
contratura do tendão flexor digital profundo.
- o casco encastelado tem sua pressão muito mais na ponta é como se tivesse pisando com a ponta
deslocando o peso do talão que vai crescer mais. O casco tende ficar com os talões maiores
- o animal achinelado tende a ficar com o talão pequeno e a pinça longa.
- essa diferença não é abrupta, ela leva um certo tempo para que se desenvolva e por isso já se exclui o
diagnóstico de ruptura.
- uma frouxidão pode acontecer secundaria a contratura tendínea.
CONTRATURA DO TENDÃO FLEXOR SUPERFICIAL
- pode dividir em graus: depende do quanto esse tendão esta encurtado, dividido em: leve, grave e severo.
Vai depender da angulação da superfície dorsal do casco com o solo. Quanto menor o ângulo maior a
contratura. Noventa graus tem uma contratura moderada, passou de noventa graus é severo, e antes de
noventa é leve.
- causas: hereditário, crescimento rápido
- precisa saber qual é o grau porque dependendo do grau tem correção cirúrgica.
- se tiver contratura do tendão profundo – encurtamento. Então faz a tenotomia do tendão flexor digital
profundo ou desmotomia do check inferior que vai liberar a extensão do tendão. Com relação a tenotomia
existe diferença em qual região fazer a tenotomia, se fizer tenotomia proximal ao check inferior ainda vai
ter o check segurando o segmento tendíneo. Se seccionar embaixo não vai ter mais nada segurando.
- em casos leves se faz a desmotomia do check, ou seja, a angulação está maior que noventa graus. O
cavalo vive normalmente porque a principal estrutura não foi seccionada.
- casos moderados: tenotomia acima do check.
- casos severos: abaixo do check.
- antes da cirurgia pode tentar um casqueamento corretivo. Dentro de 40/60 dias não resolver tem que ir
para o procedimento cirúrgico.
- pisando sobre a superfície dorsal da quartela – diagnóstico: pode ser ruptura de extensor ou contratura
severa de tendão flexor digital profundo.
- ligamento anular funciona como se fosse uma braçadeira na região metacarpofalangeana. Ele faz uma
pressão restringindo ou minimizando o movimento desse tendão flexor profundo, e limitando as estruturas
que estão atrás ficarão mais estáveis.
Tenotomia: tendão
Desmotomia: ligamento
- luxação x entorce x subluxação  todos esses processos se devem a um movimento excessivo das
articulações, quando é sobrecarregada além da sua capacidade.
- luxação: é um deslocamento completo de uma articulação, onde há perda total de contato entre as
superfícies articulares.
- subluxação: é um deslocamento parcial
- entorce: quando a perda de contato entre as superfícies é momentânea.
- região do boleto: região metacarpofalangeana
- quando feita uma cirurgia de tenotomia do flexor profundo abaixo do boleto na altura da quartela pode
ocasionar uma luxação da articulação interfalangeana distal porque tem o ligamento anular que está acima
de onde a cirurgia foi feita. Esta abrançando o boleto na articulação metacarpofalangeana. Ocasiona a
luxação porque a cirurgia foi feita abaixo do ligamento anular, qual a ligação do ligamento anular com o
tendão flexor profundo e com a luxação? quando faz a tenotomia esse tendão vai perder tensão, mas
depende do ponto. Quando faz abaixo da articulação do boleto é onde mais perde tensão porque abaixo
dele não tem mais nada que exerça uma pressão sobre a articulação, e a função desse tendão nessa região
é estabilizar palmarmente ou plantarmente.
- eixo podofalangeano: tem que existir um paralelismo entre a parte dorsal da quartela e o dorso do casco.
- tem que existir uma angulação entre a quartela e o metacarpiano principal, não pode ter uma
verticalização da quartela. Quanto mais verticaliza a quartela maior o ângulo formado.
- verticalização da quartela  diagnóstico de encurtamento do tendão flexor  tendão flexor profundo se
insere na superfície solear da terceira falange, ele contraído tenta rotar essa terceira falange tende a
potencializar sua ação sobre a estrutura.
- o tendão flexor superficial se insere na articulação interfalangeana proximal, mais precisamente na
extremidade distal da primeira falange e na extremidade proximal da segunda falange. Se essa região
encurta a região da quartela verticaliza, fica em pé.
- para diferenciar se é profundo ou superficial, pela posição do casco. Quem manda é o profundo. Se o
casco não estiver contraído, se não estiver na posição normal é contratura do tendão flexor profundo.
- quartela verticalizada + casco normal no chão: tendão flexor profundo está normal, o que não está normal
é o posicionamento da quartela, e dai tem a quartela verticalizada. O tendão que age diretamente sobre o
posicionamento da quartela (articulação interfalangeana proximal) é tendão flexor digital superficial.
- diagnóstico: contratura do tendão flexor digital superficial. A contratura de casco é decorrente da
contratura do tendão flexor digital superficial, vai depender de qual é o grau dessa contração, de quão
contraído ele está.
- o tendão flexor digital superficial é o numero 15
- numero 11: é o músculo onde o tendão esta se inserindo: musculo flexor digital superficial.
- qual estrutura também atua sobre a movimentação do tendão flexor digital superficial ? Check superior/
ligamento frenador superior/ ligamento acessório do tendão flexor digital superficial. Número 12. Sua
função é limitar a extensão. Ele está inserido proximal ao carpo, e o check inferior é distal ao carpo.
- as contraturas de tendão flexor superficial não são tao graves quanto as contraturas de tendão flexor
digital profundo porque é um tendão menos potente. O profundo pela sustentação que ele dá ao animal é
muito mais significativa e por isso ele é muito mais espesso. Alguns animais jovens que apresentam essa
contratura de carpo que o tratamento pode ser medicamentoso.
- essas contraturas são normais em animais muitos jovens, um dois meses de idade. O que tem que ser
avaliado é quando precisa intervir, porque não raras vezes pega um animal com essa contratura e nem é
uma necessidade cirúrgica.
- a maioria dos quadros de deformidades flexoras estão relacionadas ao crescimento rápido e os melhores
exemplares são os que são mais alimentados, mais suplementados então vai crescer mais rápido.
- o potro com essas contraturas precisam se movimentar, soltar o potro para se movimentar e fortificar
essa musculatura e melhorar o poder de sustentação
- umas das possíveis correções pode ser cirúrgica, em raríssimos casos se faz a tenotomia do superficial. Na
maioria dos casos se faz a desmotomia do check superior.
- a castanha fica na superfície medial do membro.
- constrição de ligamento anular: boleto fica inchado e forma uma cintura. Essa patologia geralmente é
secundária a uma causa que não estava relacionada com ligamento e sim com tendões. O ligamento ele é
pouco elástico quando comparado a um tendão. Sua função é de restringir, estabilizar o movimento junto a
musculatura, tendões. O ligamento estabiliza a articulação. Se ele tivesse a mesma elasticidade que um
tendão a articulação luxaria mais facilmente.- o ligamento anular tem função de limitar o movimento.
- o tendão inflamado tem como característica o edema, o aumento de volume e começa a expandir. Ele
consegue edemaciar mas não na região do ligamento anular porque não é elástico e não permite a
expansão. Nessa fase não adianta mais tratar o tendão porque o ligamento também inflamou então quanto
mais inflama mais inflama o outro e vai esse ciclo até o animal não conseguir colocar o pé no chão e reduz
sua função.
- correção cirúrgica: secção do tendão – desmotomia do ligamento anular.
ARPERJAMENTO
- tem duas causas: traumática e outra causa é secundaria a um quadro de intoxicação causada por uma
planta encontrada na Austrália.
- articulação do tarso, superfície dorsal.
- o principal tendão extensor do membro posterior dos cavalos é o tendão extensor longo assessorado na
função de reestender o membro é tendão extensor lateral. Outras estruturas importantes para se observar
são: ligamento anular que é considerar um retináculo pelas funções que ele desempenha, ele não delimita
ele orienta o trajeto tendíneo.
- o objeto de estudo é o tendão extensor lateral. Causas traumáticas: na grande maioria dos casos deve-se
a formação de fibrose nesse tendão ou uma injuria direta que gerou um processo inflamatório que leva a
um encurtamento, fibrose – tem uma tendinopatia do extensor lateral levando a esses quadros. Pode estar
associado ao tendão extensor longo mas a grande maioria dos casos é do lateral.
- correção cirúrgica: tenectomia! Do tendão extensor lateral.
- qual a diferença de tenectomia para tenomia? Na tenectomia vai retirar uma região do tendão, retirar um
segmento tendíneo.
Porque tem que fazer uma tenectomia e não só uma tenotomia?
- depois da cirurgia o animal não ficou 100% a movimentação porque esse aumento de volume e toda a
fibrose que tinha impediu durante a cirurgia de localizar o terço distal do tendão extensor só conseguiu
localizar a porção proximal, então a única coisa que foi feita foi a tenotomia porque a fibrose distal era
muito grande e não conseguiu divulsionar para achar esse tendão. E ai o resultado não foi suficiente porque
o grande problema é a extensão do músculo extensor lateral então secciona o tendão extensor lateral e
não tem mais ação do musculo extensor lateral nessa região. Se fizer só a tenotomia devido a existência
dos retinaculos o tendão pode andar um pouco para o lado, fibrosar e vai continuar tendo a ação do
musculo sobre a região, ele fibrosa ao longo de todo o trajeto e quem garante que ele não saia do lugar
facilmente são os retinaculos. Como está fibrosado ele puxa toda a extensão mas de uma região em diante
a que não tem mais nao terá mais função. No ponto de aderência vai ter uma exacerbação da função.
- pós operatório: terapia antiálgica
- hiperextensão do membro posterior esquerdo, ele vai arrastar a pinça ao caminhar: diagnóstico
APRISIONAMENTO DORSAL DE PATELA
- aprisionamento é uma coisa, e luxação de patela é outra. Para luxar a patela, a patela tem que sair do
sulco patelar, no caso do cavalo ela não sai do sulco patelar. Não acontece luxação de patela em cavalo. Em
cavalo é aprisionamento dorsal de patela, a patela não sai do sulco patelar! O cavalo tem 3 articulações
nessa região: articulação femuro-patelar a patela articula com o fêmur, a patela só corre com o fêmur;
articulação femuro tibial lateral; articulação femuro tibial medial. Não existe articulação femuro tíbio
patelar!
- a articulação nesse caso que se leva em consideração é a femuro patelar, ou seja, a patela correndo
dentro do sulco patelar. É importante compreender da anatomia nessa região: humanos, caninos, ovinos e
caprinos só tem um ligamento patelar – a patela é um grande sesamóide, o maior que existe, e o que
caracteriza um sesamóide é que sua superfície articular é palmar ou plantar, ou seja, esses ossos eles estão
em equilíbrio dinâmico não tem equilíbrio estático. O tendão do quadricepes, principal tendão que se
insere na patela, e puxa a patela para cima e não consegue levar para cima porque tem um ligamento
patelar sem leito muscular nem nada segurando a patela em baixo. O musculo ele alonga e contrai mas a
patela praticamente não sai do lugar porque o ligamento não é elástico. O cavalo e o bovino tem três
desses ligamentos e por isso não luxa a patela, são eles: ligamento patelar médio ou intermédio, ligamento
patelar medial e ligamento patelar lateral. Os três confluem para um único ponto, saem de pontos
diferentes na patela e se juntam em um ponto, na crista da tíbia.
- essa patologia acontece da seguinte forma: o condilo femoral medial, o ligamento que passa por aqui
naturalmente não passa por ali ele desce reto só que existem algumas possibilidades desse ligamento ao
invés de descer reto dependendo do movimento que o cavalo faça, que ao invés de descer reto ele passa
pelo condilo femoral e na hora que ele passa se o animal desejar dobrar essa articulação ele não vai
conseguir porque a patela está presa em cima. O ligamento patela está preso, por isso o nome é
aprisionamento dorsal de patela porque ela ficou presa dorsalmente, ela não saiu do sulco patelar. Quem
se desloca é o ligamento patelar medial, ele está por cima do condilo, e era pra passar na frente. Isso
acontece na grande maioria dos casos por frouxidão ligamentar, que acontece quando por exemplo em um
animal que emagrece muito rápido e tem atrofia muscular, degeneração muscular e esse ligamento fica
mais frágil. Outra possibilidade o animal que passou muito tempo com o membro estendido, ele enroscou
numa cerca e ficou mt tempo com membro estendido. Outra possibilidade éguas próximas a época de
parição também apresentam isso por causa da relaxina, poucos dias antes do parto o animal vai liberar
relaxina que é um hormônio com a função de dilatar a pelve, dilatar o canal do parto, isso acontece
naturalmente pela ação da relaxina que é liberada e começa a ter o relaxamento de tendões e ligamento e
o canal do parto fique de tamanho compatível com o animal. Essa ação não consegue ser especifica sobre o
ligamento especifico então ela acaba agindo sobre os ligamentos como um todo! E relaxa também o
ligamento patelar.
- Existem também características genéticas relacionadas a essa patologia, como a conformação do
curvilhão quanto mais reto for o curvilhao mais alto está a patela – quanto mais alta está a patela mais
tracionada ou mais tracionada vai estar o tendão do quadríceps da coxa que não vai conseguir puxar a
patela para cima porque o ligamento está mais frouxo porque a tíbia está mais vertical.
- o aprisionamento dorsal de patela pode ser temporário ou intermitente, o animal anda – trava – solta. Ou
em alguns momentos pode ser permanente, o tempo que ele fica preso não é tao curto. E tem alguns
animais que podem chegar a ter um aprisionamento que chega a calcificar de tanto tempo que fica
travado.
- os animais que apresentam isso tem que ser tratados de forma urgente! Tem que conhecer como as
estruturas se relacionam, o animal querendo dobrar esse membro tem seu quadríceps fazendo força
absurda para conseguir mas não consegue porque tem uma restrição mecânica gerando uma pressão
muito grande sobre o sulco patelar e a patela vai sendo esmagada sobre o sulco patelar, se isso vai se
repetindo por muito tempo a chance de ter uma lesão articular uma erosão de cartilagem é muito grande.
E daí quando não é tratado e esse aprisionamento torna-se permanente e leva a calcificação, e para
conseguir calcificar uma articulação tem que destruir a superfície articular dele para conseguir calcificar
porque quem calcifica é osso que daí vai calcificar porque o osso vai ser exposto.
- correção cirúrgica: secção do ligamento patelar medial ou desmotomia do ligamento patelar medial. O
problema dessa técnica é que você secciona um dos ligamentos mas o animal precisa dos três ligamentos e
a ausência de um deles vai causar uma instabilidade. O quadríceps da coxa puxa e agora só tem dois
ligamentos para segurar então as chances dela desestabilizar é muito maior, se não der odescanso ideal
para esse animal ele vai ter uma degeneração patelar – malácia de patela. O animal precisa ter uma
restabilização da patela, isso acontece uns 6 meses depois da cirurgia, o animal precisa ficar em repouso.
- frente a essas possibilidades opta-se sempre pela técnica conservativa que pode ser com intervenção
cirúrgica querendo inflamar esse ligamento para edemaciar e diminuir o ligamento e a chance dele
aprisionar é menor. Esse ligamento pode ser inflamado de duas formas: cirurgicamente ou quimicamente.
Quimicamente usando um blister – uma substancia revulsivo que estimula muito a inflamação – injeta no
ligamento. Tem que ter cuidado e fazer uma anestesia local subcutânea porque é muito irritante.
- primeiro a infiltração com o revulsivo. Espera uma semana e coloca o animal para trabalhar, a região vai
ficar muito grande inchada como se fosse uma bola. Deixa inflamar para formar uma fibrose! O animal fica
meio duro por uns dias e vc exercita ele a pasto. Se não resolver em mais de uma semana vai para a técnica
conservativa cirúrgica chamada de Desmotix.
- na técnica vai ser pego uma lamina de bisturi, geralmente a 15, e faz vários furos nesse ligamento
transcutaneo mesmo, entra e gira um pouco umas 15 a 20 vezes para inflamar o ligamento. É conservativo
pelo aspecto de manter o ligamento. O animal estabulado por 15 dias mais ou menos e faz ele trabalhar. Se
ainda não melhorar tem que fazer então a desmotomia.
- pós operatório: terapia antiálgica, que não pode ser com anti-inflamatório.
- repouso: se usar as técnicas conservativas: 1 sem 15 dias; e a desmotomia: 6 meses.
RUPTURA DO FIBULAR TERCEIRO
- posicionamento da tíbia e do metatarsiano
- lesão: ruptura do fibular terceiro
- tem uma estrutura ou aparato, dependendo da literatura, que chama aparato/aparelho recíproco que é
composto pelo flexor superficial do dedo, que da origem ao tendão do musculo superficial do dedo, e pelo
fibular terceiro.
- fibular terceiro tem origem no fêmur, desce por cima da tuberosidade do calcâneo sustentada pelo
retináculo para que o tendão não se desloque para os lados, desce tendão flexor superficial e se insere na
articulação interfalangeana proximal.
- o fibular terceiro ele impede que o metatarsiano/ tarso hiperextenda
- origem no fêmur e extensão no metatarsiano principal e tarso.
- o músculo está impedindo que o tarso se hiperestenda
- o flexor superficial junto com o gastrocnêmico se insere e traciona, a hora que contrai o calcâneo sendo
puxado joga a articulação e quem impede o posicionamento errado da tíbia é o fibular terceiro.
- fibular terceiro vai impedir que fique alinhado o metatarsiano com a tíbia em um ângulo de quase 180º
- impede a hiperextensão do tarso, quando rompe o fibular terceiro acontece a hiperextensão de tarso
- o animal vai ter uma alteração na movimentação e na hora que esticar o
membro o paralelismo entre o metatarsiano e a tíbia vao formar um ângulo próximo a 180º.
- o gastrocnêmico e o flexor superficial trabalha em antagonismo com ele.
- tuberosidade do calcâneo chegando mais próximo do fêmur, e o musculo vai ficar menor vai enrugar e daí
observa o tendao do gastrocnemio enrugado.
- animal com ruptura de fibular terceiro: paralelismo do metatarsinao com a tíbia + tendão do
gastrocnêmico enrugado.
- o tendão pode romper em algumas regiões:
Próximo a sua inserção no tarso, algumas lesões traumáticas levam a isso.
Mas também pode romper lá em cima promovendo uma avulsão do fêmur que ocorre em potros e
animais mais velhos ou em situações quando a ruptura é espontânea, mas a ruptura pode ser traumática e
daí depende da idade. O tendão não rompe, ele traz um pedaço do fêmur junto.
Geralmente as lesões distais são por ruptura.
- animal não flexiona completamente o membro, ele puxa o membro como se fosse um peso morto. É
possível perceber a articulação fêmur-tibial movimentando mas o tarso não é possível perceber a flexão
completa, ele tenta flexionar mas não consegue.
- o tendão do gastrocnêmico está enrugando porque a articulação esta estendo mais do que deveria por
causa da ruptura do fibular terceiro.
- não apresenta região inchada nem dolorida
- tratamento: repouso para que forme-se um ponto de fibrose, uma região fibrótica e o animal pode voltar
a trabalhar como se nada tivesse acontecido.
- dependendo da região onde lesiona o prognostico muda
Se fizer avulsão do fêmur o prognostico é pior
- para saber se rompeu ou não, se foi avulsão ou não: raio x da região do joelho. E daí tentar observar se
tem algum fragmento ósseo destacado.
- 6 meses de repouso
- tem casos mais graves em que se tem a ruptura do fibular terceiro junto com a ruptura do tendão
extensor: o animal tem um paralelismo entre metatarsiano e tíbia, não precisa nem puxar pra visualizar.
Indicado usar ferradura ortopédica, a região foi tricotomisada para saber se não havia abertura da capsula
articular da região metatarsiana – a lesão foi traumática e rompeu. Junto com a hiperextensão da região do
tarso tem uma hiperflexao da articulação metatarsofalangeana por causa da ausência do antagonista do
flexor, no caso o tendão extensor longo que é antagonista do flexor profundo. Não tem o antagonista tem
então a exacerbação do outro tendão. São dois tendões lesionados.
- quando tem a ferida tem que debridar a ferida e quer impedir que o tendão hiperextenda e hiperflexione
- para impedir a hiperflexao usa a ferradura ortopédica, pinça prolongada para dificultar virar o membro,
um peso atrás pra fixar o talão no chão para fazer a função do extensor e atrás coloca uma tala ->
estabilização.
- associada a tala: terapia antialgica, se a ferida for profunda antibiótico terapia. Muito importante nesse
tipo de lesão é conferir se não há contaminação articular! Ocorre daí a contaminação bacteriana que pode
gerar uma artrite séptica, é importante que se perceba isso antes porque uma artrite com abertura de
cavidade articular muda completamente o prognostico que passa de reservado a ruim.
- as articulações dessa região são: tíbio-társica, intertarsica proximal, intertarsica distal e tarsica-
metatarsica.
RUPTURA DE LIGAMENTOS
- ligamento: estabiliza articulações, orienta o trajeto tendíneo.
- conjunto de tendões: gastrocnêmico e tendão flexor superficial – um em cima do outro o primeiro é mais
profundo e se insere na tuberosidade do calcâneo e o tendão flexor superficial passa sobre a tuberosidade
do calcâneo e desce para se encontrar abaixo do tarso com o flexor profundo que descem juntos até o
final.
- tendão do gastrocnêmico desce dorsal, como se fosse a nossa panturrilha, e chegando próximo a
tuberosidade do calcâneo ele passa de dorsal para ventral porque ele vai se inserir a tuberosidade e o
tendão flexor superficial ele emerge passa atrás e vai descer, só que nessa passagem ele tem dois
ligamentos um que segura a bainha lateral e um que segura a bainha medial. Esses ligamentos impedem
que o tendão saia por um dos lados da tuberosidade.
- quando tem ruptura de um desses dois ligamentos: luxação de tendão flexor superficial na altura do
calcâneo, ele deveria estar passando encima da tuberosidade mas um dos ligamentos rompeu e o tendão
luxa ou para o lado de fora ou para o lado de dentro.
- o trajeto do tendão é se deslocar lateralmente, imagine o tendão trabalhando- esticando sua tendência é
se alinha e ficar reto e ele vai jogar o tendão flexor superficial para dentro.
- pela ação do posicionamento e ação do gastrocnêmico tem a maioria das lesões desse retináculo lateral
mais facilmente.
- retináculo do tendão.
 Tratamento
- fazer uma sutura em massa, o tendão dentro da bainha dele está luxado então ele não volta para a
posição normal porque tem seu trajeto mais curto
- ele luxou medial então traz ele para a posição anatômica e faz uma sutura em massa na bainha do tendão
para tentar estabilizar essa região.
- para ajudar a segurar essa região e impedir que os pontos rompam principalmente na hora que o cavalo
for levantar -> coloca um gesso.
- o animal levanta com gesso e passa 30 dias engessado paraque forme uma fibrose. Por mais que o fio de
sutura seja calibroso a força da região não é suficiente.
- é a fibrose que vai segurar, a sutura só vai orientar o posicionamento tendíneo.
- tomar cuidado com o posicionamento do gesso! O gesso quando o animal tiver andando faz uma pressão
maior na parte da frente, na hora que o animal flexiona o membro faz muita pressão e se fizer o gesso
muito baixo pode romper o fibular terceiro.
- cuidado se o gesso ficar baixo e o animal movimentar demais a parte dorsal do gesso pode romper o
fibular terceiro. E na hora que tira o gesso do cavalo ele apresenta hiperextensão de tarso, pelo
posicionamento errado do gesso.
- tomar cuidado com a formação de escaras! Sempre quando for engessar cavalo tem que ter cuidado com
as tuberosidades ósseas e nos pontos onde faz a alavanca para articular.
- os tendões flexores podem deslocar para as laterais pela ruptura do ligamento anular e com isso ter:
LUXAÇÃO DO GRUPO FLEXOR.
- ruptura de ligamento anular com luxação do grupo flexor na altura da região metatarsofalangeana.
- relembrando a anatomia: tendões flexores sendo segurados pelo ligamento anular.
- tratamento -> mesma coisa que fez na luxação do tendão flexor. Sutura em massa.
- a única estrutura que sustenta todo o calcâneo é um único tendão, o tendão gastrocnêmico. E se tiver a
ruptura do gastrocnêmico toda a estrutura do calcâneo cai e animal cai.
- tratamento -> pode suturar o tendão, o agravante desse animal é que a ruptura é bilateral e assim ele não
ia suportar ficar em pé com os dois membros engessados. Se fosse unilateral sutura o tendão do
gastrocnêmicos deixa engessada pelo tempo que for necessário- mais ou menos- com 45 dias anestesia o
cavalo, tira o gesso, faz o ultrassom ve se tem uma fibrose satisfatória, engessa novamente, levanta o
cavalo e pode deixar mais uns dias. Se a fibrose estiver ótima e o animal já suportar o peso tem que
engessar para levantar mesmo assim para que não corra o risco de romper o ligamento quando o cavalo
levantar e assim que o cavalo levantar daí tira o gesso.
- para descobrir se um membro está inchado ou atrofiado vai depender da clínica do animal. Um animal
com o membro inchado vai estar hiperêmico além de dolorido.
MIOPATIA FIBRÓTICA OU MIOPATIA OSSIFICANTE.
- quando tem uma sobrecarga na musculatura posterior da coxa surge
- surge quando tem uma condução inadequada de um processo cicatricial. O tratamento de um processo
inflamatório com uma ruptura muscular independente de qual seja a magnitude quando tem um
tratamento inadequada, como medicamento inadequado, repouso inadequado, não realização de
fisioterapia se houver a necessidade.
- na fase da cicatrização tem uma hora em que tem que ter a maturação da ferida e para que haja a
maturação tem que ter um metabolismo celular intenso para que essas células sejam substituídas ou
reparadas, a partir de células do próprio tecido e não células do tecido fibroso para que se forme
pseudoregeneração e não uma grande fibrose.
- mesmo que hajam formação de células do mesmo tecido (se tratando de músculo e tendão) há a
necessidade de uma fisioterapia para que promova o realinhamento dessas fibras. O realinhamento é
conseguido com o exercício controlado.
- há deposição de células do mesmo tecido na fase proliferativa mas elas estão desordenadas e
desalinhadas, que conferem rigidez mas não confere a elasticidade que é a função do tendão ou de um
musculo, e o que promove a elasticidade é o alinhamento das fibras.
- arco da passada é a trajetória que ele faz no ar
- fases do passo é a trajetória que o membro faz no chão
- fase cranial e fase caudal
- o animal aumenta a fase caudal e diminui a cranial para que o animal tenha o mesmo espaço de passada e
não ande em círculo. Ele está diminuindo a cranial pela miopatia do posterior.
- dificilmente tem um único grupo muscular envolvido nesse tipo de lesão, vai depender da movimentação
do animal são vários grupos musculares que tem função sinérgica um com os outros.
- tratamento conservativo: anti-inflamatório não esteroidal, ducha de agua quente para melhorar a
vascularização, terapia antiaderencia, pomadas quentes, pomadas antiinflamtórias, laser e ultrassom,
fisioterapia.
- o animal tem que sentir dor, a dor é um processo fisiológico. Ele tem que perceber que não pode jogar o
peso ali. Vai aumentando a carga, vai aumentando a vascularização.
- tratamento cirúrgico:
Tenotomia do semitendinoso, mas na grande maioria das vezes são grupos musculares que estão
envolvidos.
Se no raio x observa-se radiopacidade próxima ao osso quer dizer que está ossificada então é
miopatia ossificante. E se não tiver radiopacidade está fibrosada só.

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