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Apostila-Modulo1-GESTAO

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APRESENTAÇÃO 
O Curso de Gestão escolar com ênfase em coordenação, 
orientação e supervisão é um curso onde procuro situar o aluno 
quanto as questões de Gestão no âmbito educacional, os 
enfoques de Coordenação, Orientação e Supervisão visam a 
melhor classificar a gestão em espaços e pessoas dentro de um 
ambiente (seja ele escolar, secretaria, superintendência, 
departamento, etc.) a fim de que possa entender o papel de um 
gestor focado na modernidade dos dias atuais, com certeza não 
vamos esgotar o assunto que só terá as principais diretrizes (haja 
visto existirem cursos com este tema com mais de 700 horas). Este 
curso é sim um bom início na jornada da Gestão Escolar, espero 
que goste. 
A SECTI - Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação 
Profissional vem oferecer diversos cursos de formação no 
Programa Qualificar ES, dando novas oportunidades e formando 
o cidadão que procura aperfeiçoar seu conhecimento melhorando 
suas oportunidades na vida. Então a todos um bom estudo. 
 
 
 
 
 
 
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INTRODUÇÃO 
Nosso curso tem duração de 4 módulos e neste primeiro veremos 
conceitos de Gestão, Gestão Educacional, Tecnologia da 
Informação para Gestão Escolar, Legislação Federal e Estadual 
para a Gestão Escolar. Fique atento as tarefas de exercícios 
avaliativos e de fichamento. 
 
 
 
 
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GESTÃO 
A administração pode ser definida por quatro pilares funcionais: 
planejar, organizar, liderar e controlar. Este conceito foi elaborado 
a partir dos estudos realizados por Fayol, quando procurou definir 
as teorias administrativas em torno das funções desempenhadas 
pelos dirigentes organizacionais. De acordo com Maximiano 
“Administração é uma palavra antiga associada a outras que se 
relacionam com o processo de tomada de decisões sobre recursos 
e objetivos”. A palavra administração vem do latim 
administratione, assim como manejo e gestão. Estas palavras têm 
o mesmo significado, compreendem a um processo dinâmico de 
tomar decisões sobre a utilização de recursos para possibilitar a 
realização de objetivos. 
Segundo Chiavenato “A administração se refere à combinação e 
aplicação de recursos organizacionais - humanos, materiais, 
financeiros, informação e tecnologia- para alcançar objetivos e 
atingir desempenho excepcional”. O referido autor complementa 
que: “Administrar não significa simplesmente executar tarefas ou 
operações, mas fazer com que elas sejam executadas por outras 
pessoas em conjunto e de maneiras satisfatória e que traga 
resultados. O administrador não é o que faz, mas o que faz fazer. 
A administração faz as coisas acontecerem através das pessoas 
 
 
 
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em conjunto para permitir que as organizações alcancem sucesso 
em suas estratégias e operações. 
Na realidade, a administração não é uma ciência exata, mas uma 
ciência social, pois ela lida com negócios e organizações 
basicamente através de pessoas e de conceitos”. 
O processo administrativo é compreendido por quatro etapas: 
planejamento, organização, liderança e controle. De acordo com 
Bueno o “processo como a maneira de operar, resolver ou 
ensinar”. No conceito de Chiavenato “Processo significa uma 
sequência de ações que sucedem para chegar a um determinado 
ponto. Uma maneira sistemática de fazer as coisas. Em um 
método, ou maneira e conduzir certas atividades. Referimos à 
administração como um processo para enfatizar que todos os 
administradores, independentemente de seus níveis ou funções, 
se engajam continuamente em certas atividades inter-
relacionadas- como planejar, organizar, dirigir e controlar- para 
alcançar os objetivos desejados. Assim, o processo administrativo 
é o conjunto e sequência das funções administrativas. 
As funções administrativas são responsáveis por avaliar os 
cenários, integrar e direcionar os esforços dos indivíduos e unificar 
os interesses coletivos e individuais, tudo isso a fim de alcançar as 
metas pretendidas pela organização, as quatro funções são 
 
 
 
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relacionadas entre si, e caso uma não seja bem executada, vai 
afetar o andamento das demais. O planejamento atua como um 
processo dinâmico, sendo a função administrativa que requer 
maior integração com as mudanças dos ambientes interno e 
externo. Já a organização está presente em todos os aspectos da 
empresa, uma vez que para conseguir se organizar, a companhia 
precisa definir estruturas em volta do planejamento, a fim de 
alcançar maior vantagem competitiva. 
 
Figura 1 – As quatro funções administrativas 
 O administrador para obter sucesso nas organizações precisa ter 
algumas habilidades natas. Para este tema Chiavenato propõe que 
“habilidade é uma capacidade de transformar o conhecimento em 
ação e que resulta em um desempenho desejado”. De acordo com 
Maximiano “as habilidades pessoais estão na categoria das 
 
 
 
 
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aptidões que o indivíduo adquire ou desenvolve, por meio de 
experiência e de observação da experiência alheia”. 
Para Kartz existem três tipos de habilidades importantes para o 
desempenho administrativo bem-sucedido: habilidades técnicas, 
habilidades humanas e habilidades conceituais, definidas assim: 
I-Habilidades conceituais envolvem a visão da organização ou da 
unidade organizacional como um todo, a facilidade de trabalhar 
com ideias e conceitos, teorias e abstrações; 
II- Habilidade humanas estão relacionadas com o trabalho com 
pessoas e referem-se à facilidade no relacionamento interpessoal 
e grupal; 
III- Habilidades técnicas envolvem o uso de conhecimento 
especializado e facilidade na execução de técnicas específicas 
relacionadas com o trabalho. 
Para ocupar posições nas organizações, executar seus papéis 
gerenciais e buscar melhores maneiras de administrar, o 
administrador deve desenvolver e usar de várias habilidades, 
dentre elas as habilidades conceituais, as habilidades humanas e 
as habilidades técnicas. 
A gestão é uma atividade exercida nas organizações por 
profissionais dotados de conhecimento técnico, que possuem 
 
 
 
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espírito de liderança e que conhecem a empresa como um todo. 
O surgimento da gerência se deu desde o século XX. Segundo 
Drucker “Quando surgiram as primeiras grandes organizações - 
com a empresa, por volta de 1870, sendo de longe a mais visível, 
gerenciar o interior era o novo desfio”. O autor defende que 
atualmente, a nova hipótese a e base que a gerência ser inspirada 
é a seguinte: 
A gerência existe para o bem dos resultados da instituição. Ela 
precisa começar com os resultados pretendidos e deve organizar 
os recursos da instituição para atingi-los. Ela é órgão para tornar a 
instituição – seja ela empresa seja uma igreja, universidade, 
hospital ou asilo para mulheres exauridas - capaz de produzir 
resultados fora dela mesma. 
Considerando-se que a gestão está relacionada com a tomada de 
decisão, convém observar o conceito de gestão estratégica, que 
para os autores Braga e Monteiro “é um processo administrativo 
que visa dotar a instituição da capacidade de antecipar novas 
mudanças e ajustar as estratégias vigentes com a necessária 
velocidade e efetividade sempre que for necessário”. 
Para Motta “a função gerencial não se parece com nenhuma outra 
função ou profissão, pois os profissionais que exercem essa 
função necessitam de certo jogo de cintura e muita habilidade, 
 
 
 
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isso devido às inúmeras tarefas e situações (uma diferente da 
outra) a serem resolvidas”. Raufflet propõe que o “objetivo geral 
do trabalho dos gerentes é, antes de mais nada, fazer funcionar 
uma unidade administrativa”. 
Ainda de acordo com Maximiano, o planejamento, a organização, 
a liderança, a execução e o controle são considerados decisões e 
funções, sem as quais o ato de administrar estaria incompleto. 
A administração é uma das formas de gestão, pois define metas e 
quais recursos serão necessários para alcançá-lasenvolvendo e 
organizando os colaboradores para o alcance destas metas, além 
de a realização das atividades corrigindo-as quando necessário. 
Conforme Daft, administração é o atingimento das metas 
organizacionais de modo eficiente e eficaz por meio do 
planejamento, organização, liderança e controle dos recursos 
organizacionais. 
Gestão é o ato de gerir, ou seja, realizar ações que conduzam à 
realização dos objetivos e metas propostas. 
O termo gestão deriva do latim gestione e significa gerir, gerência, 
administração. Administrar é planejar, organizar, dirigir e 
controlar recursos, visando atingir determinado objetivo. Gerir é 
fazer as coisas acontecerem e conduzir a organização para seus 
 
 
 
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objetivos. Portanto, gestão é o ato de conduzir para a obtenção 
dos resultados desejados. 
Administração e gestão não são sinônimas, porém são processos 
complementares pois processos de gestão bem-sucedidos estão 
intimamente ligados a bons procedimentos de administração. 
Já situados nos conceitos de Gestão, devemos partir então para 
uma conceituação mais específica de gestão, a que diz respeito a 
gestão escolar (ou educacional) que é a gestão voltada para 
educação. 
GESTÃO EDUCACIONAL 
A gestão está presente em todas as empresas e instituições 
públicas e particulares, sendo atualmente fundamental e 
necessária no setor de educação. 
A gestão escolar engloba as incumbências que as unidades 
escolares possuem, tais como: elaborar e executar a proposta 
pedagógica, administrar o pessoal e os recursos materiais e 
financeiros. 
A gestão escolar constitui uma das áreas de atuação profissional 
na educação destinada a realizar o planejamento, a organização, 
a liderança, a orientação, a mediação, a coordenação, o 
monitoramento e a avaliação dos processos necessários à 
 
 
 
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efetividade das ações educacionais orientadas para a promoção 
da aprendizagem e formação dos alunos. 
A gestão educacional não surgiu para substituir a administração 
escolar e sim para complementá-la em aspectos até então não 
contemplados. 
O conceito de gestão educacional, portanto, pressupõe um 
entendimento diferente da realidade, dos elementos envolvidos 
em uma ação e das próprias pessoas em seu contexto; abrange 
uma série de concepções, tendo como foco a interatividade social, 
não considerada pelo conceito de administração, e, portanto, 
superando-a. 
Sabemos que as pessoas são o centro de todos os processos em 
uma escola, pensamos a escola para formação de pessoas 
(alunos), onde outras pessoas são formadoras (professores), 
existindo suporte de pessoas no administrativo/pedagógico 
(secretaria e pedagogia) e pessoas no apoio estrutural do prédio 
da escola (limpeza/segurança/manutenção). Sem contar com 
outras pessoas que são atores que não se encontram o tempo 
todo na escola, mas estão no dia a dia de toda a escola, pais, 
comunidade, secretaria da educação etc. A gestão de pessoas em 
diversos níveis com resultados diferentes é uma arte complexa 
que deve ser levada em consideração por todos da comunidade. 
 
 
 
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Os gestores (em diversos níveis da escola) são pessoas que devem 
reunir aptidões e disposição que já foram descritas 
anteriormente. Todo bom gestor é um artista, conhecedor de sua 
área e entusiasta de sua atividade levando a meta da instituição 
como algo possível e atingível, sendo o principal vetor de sucesso 
no processo da instituição. 
O Gestor Escolar é a peça chave da equipe gestora para o sucesso 
de qualquer escola. Há quem diga, inclusive, que a escola tem a 
cara do seu Gestor, pois a marca de sua administração fica 
evidenciada em todos os setores do espaço escolar. 
Comprova-se, desse modo, que todo Gestor é responsável por 
criar condições adequadas de trabalho onde haja respeito e 
confiança, definindo e distribuindo tarefas, dando apoio aos que 
estão sob sua liderança, revendo e avaliando resultados, 
assegurando, assim, condições para o alcance dos objetivos 
estabelecidos coletivamente. 
Oportunizar condições para os estudantes, famílias e demais 
integrantes da comunidade participarem do cotidiano escolar nas 
suas variadas e múltiplas dimensões é atribuição de uma gestão 
escolar considerada eficiente. 
O caminho que abre as portas para a constituição de um ambiente 
escolar democrático e inclusivo passa necessariamente pelos 
 
 
 
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exercícios de reflexão das ações e planejamento. É por meio deles 
que as equipes gestoras se deparam com seus avanços e 
fragilidades, e identificam o que é preciso fazer para que os 
processos de ensino se aproximem, cada vez mais, do que a 
comunidade escolar considera uma educação de qualidade. 
As organizações escolares, apesar de integradas a um contexto 
cultural e social mais amplo, produzem uma cultura interna que 
lhes possibilita a construção de uma identidade única, expressa 
pelos valores, crenças e concepções que os membros da 
organização partilham. Essa cultura organizacional de cada escola 
permite ainda, que ela não seja apenas um receptáculo passivo de 
instruções exteriores, mas um elemento ativo na sua 
reinterpretação e operacionalização. 
Nesse sentido, a gestão escolar pode ter um papel muito 
significativo para promover a articulação da equipe escolar e criar 
condições que propiciem uma cultura organizacional da escola 
numa perspectiva de educação justa, responsável e democrática. 
No contexto da chamada sociedade do conhecimento, novas 
demandas e exigências se colocam para a escola, e esta não pode 
desconsiderar o seu importante papel na formação do cidadão. 
Implica em não focar a atenção apenas às questões rotineiras do 
processo ensino e aprendizagem, mas também garantir um 
processo educacional mais amplo, voltado para as relações intra e 
 
 
 
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extraescolares, numa articulação que envolva comunidade 
interna, formada por alunos, professores, funcionários, direção, 
pais e de toda a comunidade externa. 
Segundo Paro, uma gestão escolar comprometida com os 
interesses da comunidade reconhece a complexidade de sua área 
de atuação e considera que “se a racionalidade externa da escola 
depende de sua articulação com os interesses da classe 
trabalhadora, é preciso que estes interesses sejam conhecidos o 
mais rigorosamente possível”. 
Por outro lado, deve ainda buscar a racionalidade interna, 
definindo, a partir de um trabalho coletivo com a comunidade 
escolar, metas possíveis, que atendam à realidade prática e, acima 
de tudo, que se concretizem. Assim, importa muito o nível de 
consciência crítica sobre a realidade social, por parte dos gestores 
escolares, para que sejam capazes de melhor atender às 
necessidades das classes trabalhadoras. 
Desse modo, é pertinente a reflexão de Barroso quando nos diz 
que a elaboração e execução de um projeto educativo exigem que 
a gestão escolar seja capaz de “conhecer o passado, avaliar o 
presente e construir o futuro”. Nesse processo, será preciso 
considerar que conhecer o passado é uma forma de reconstruí-lo, 
uma vez que o presente determina a percepção que temos ou 
 
 
 
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fazemos desse passado, da mesma forma que estará 
determinando e orientando o futuro. É interessante, ao voltar o 
olhar para o passado, observar que com relação a algumas 
concepções sobre um determinado tema, embora hoje haja 
muitos elementos que permitem questioná-las, representaram 
avanços, portanto, ao analisá-las não se pode prescindir de 
considerar o contexto histórico, político, econômico e social da 
época. 
Nessa perspectiva, é fundamental promover uma maior reflexão 
sobre os programas de formação continuada dos diretores de 
escola, assim como de todos os educadores, analisando os 
contextos em que surgiram e as concepções de educação e gestão 
que neles se encontram implícitas ou explícitas. Da mesma forma, 
deverá ser objeto de análise as relações de poder que estão 
subjacentes àsdiretrizes e formas de regulação e organização do 
sistema educacional. Desse modo, a gestão escolar, dentro de 
uma concepção democrática, poderá se transformar em um 
instrumento de resistência à exclusão social e à transformação do 
homem em simples mercadoria. 
É assim que devemos ver a educação, na transformação do 
homem como cidadão e não como simples mercadoria, como a 
escola tem “a cara do seu gestor”, um gestor democrático formará 
cidadãos para a vida, onde a comunidade junto com a equipe 
 
 
 
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escolar definem diretrizes educacionais, veja o quão importante é 
o gestor e a gestão escolar, como podemos transformar o mundo 
em coisas boas com pessoas preparadas a partir de uma gestão 
escolar democrática, ou como pode ser catastrófico o rumo da 
escola com uma gestão conturbada. 
Lima afirma que as escolas que estão totalmente subjugadas às 
normas da administração central acabam tornando-se um espaço 
de reprodução, impedindo o aparecimento de qualquer 
manifestação de autonomia. Não é tão simples a percepção de 
que a escola embora seja um espaço determinado por vários 
fatores externos, ela também pode ser um espaço determinante 
e provocar mudanças. Como dizia Teixeira “é na escola que se 
trava a última batalha contra as resistências de um país à 
mudança”. 
Nessa perspectiva, assume importância significativa o papel do 
diretor no debate sobre as decisões do sistema de ensino e sua 
legitimidade. Entretanto, muitos documentos e diretrizes 
emanadas da administração central, têm colidido frontalmente 
com o discurso de maior autonomia para a escola construir o seu 
projeto pedagógico (PPP). 
A Gestão Escolar não pode ficar atrelada a vontades alheias a 
democracia, assim como não pode ignorar regras centrais dos 
 
 
 
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órgãos reguladores da educação como as secretarias municipais, 
estaduais e o MEC (Ministério da Educação). Gestão Escolar é uma 
arte difícil, que requer dedicação e compreensão de todos, 
inclusive do gestor, que deve entender que não pode controlar 
tudo e deve pensar nos percalços antes deles acontecerem. 
 
Figura 2 - Elementos fundamentais para a implementação de um processo de gestão democrática e participativa na 
escola 
De acordo com a especialista em educação Heloísa Lück: 
“A gestão escolar aborda questões concretas da rotina 
educacional e busca garantir que as instituições de ensino tenham 
as condições necessárias para cumprir seu papel principal: ensinar 
com qualidade e formar cidadãos com as competências e 
habilidades indispensáveis para sua vida pessoal e profissional.” 
Para desempenhar tal função, existem 6 pilares da Gestão Escolar 
a serem considerados: Gestão Pedagógica, Gestão 
 
 
 
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Administrativa, Gestão Financeira, Gestão de Pessoas, Gestão de 
Comunicação, Gestão de Tempo e Eficiência dos Processos. 
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PARA GESTÃO ESCOLAR 
Façamos uma reflexão e uma discussão teórica sobre as 
constantes inovações sociais e tecnológicas produzidas pelo 
homem, no decorrer da história, de forma a acompanhar os 
desafios da sociedade contemporânea. 
Neste contexto a formação do gestor escolar, no uso das TIC’s na 
educação, poderá transformar sua práxis enquanto 
administrador, de modo a vivenciar, além de desenvolver novas 
propostas de gestão utilizando os recursos tecnológicos no espaço 
escolar, permeada por uma abordagem teórica que pode resultar 
numa aprendizagem significativa. 
A escola deve fazer uma profunda reflexão sobre o uso de novas 
tecnologias, utilizando-as, não como um fim, mas como uma 
ferramenta a mais nas práticas pedagógicas, de modo que o 
ensino-aprendizagem aconteça com maior qualidade. A educação 
tendo como apoio o uso das TIC’s exige novas habilidades, dos 
gestores e professores, utilizando métodos incorporados à 
realidade do ambiente escolar, para que as inovações não se 
tornem um problema, no cotidiano administrativo. 
 
 
 
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Os recursos utilizados para contribuir para uma aprendizagem 
significativa são: TV multimídia, máquina fotográfica, 
retroprojetor, giz, quadro branco, lousa digital, aparelho de som, 
computadores das Secretarias (Municipal/Estadual) e do 
MEC/PROINFO, projetor de slides, pendrive, tablete, entre outros. 
Diante deste novo paradigma na educação, é premente que a 
formação continuada do gestor escolar aconteça, antes que esses 
recursos se tornem ultrapassados. 
“O único tipo correto de pedagogia é aquele que segue em avanço 
relativamente ao desenvolvimento e o guia; devem ter por 
objetivo não as funções maduras, mas as funções em vias de 
maturação” (VYGOSTSKY). 
No espaço escolar da atualidade, o uso de tecnologias, em 
especial o computador, serve de apoio para as atividades de 
cunho pedagógico e administrativo. 
E são estas atividades que as TICs devem apoiar dentro da 
educação, e o gestor, junto com seu corpo administrativo e de 
forma democrática, deve utilizar da melhor forma esta 
ferramenta tão atual e que já está a tanto tempo entre nós, as TICs 
já não são novidades para os alunos, nem mesmo para os 
professores, muito menos para o setor administrativo da 
instituição, o que ainda falta é foco e treinamento. As pessoas 
 
 
 
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sabem usar o computador, navegar na internet, mas não 
conseguem anexar um arquivo para mandar para um grupo de 
alunos no e-mail, sofrem com a falta de ética dos alunos nas redes 
sociais e não conseguem usar de forma adequada as ferramentas 
que as TICs disponibilizam para todos, falta o domínio, e claro, a 
formação adequada. 
As secretarias não conseguem automatizar os processos para os 
professores, que reclamam do computador largado na sala dos 
professores, ou da internet deficiente na escola, são várias 
reclamações, mas nenhuma atitude para solucionar estes 
problemas, cabe ao bom gestor o papel de ação, buscando 
soluções para os problemas computacionais tanto administrativos 
quanto pedagógicos, passando por aqueles que atingem as duas 
áreas de uma vez, como a pauta digital! Notas online, trabalhos 
online, apresentações no Data Show, a equipe de gestão deve 
atuar para que estes problemas sejam resolvidos e metas devem 
ser estipuladas para que não existam problemas no futuro. 
Vejamos se a Coordenação, a Pedagogia e a Supervisão tivessem 
a formação para o uso correto de TICs, poderiam ser os 
replicadores nas unidades escolares, podem atuar indicando e 
buscando formação para os professores, alunos, pais e quem sabe 
quem mais da comunidade escolar. 
 
 
 
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Pensando então nestas duas vertentes das TICs na educação, a da 
escrituração administrativa e a pedagógica, que a gestão escolar 
com seus atores (direção, coordenação, pedagogia, professores, 
pais, grêmio estudantil, comunidade escolar) tem de se debruçar, 
a escola e sua gestão tem como meta principal a formação do 
aluno, é este seu intuito e finalidade e todos se empenham na 
educação para isso “formação do aluno”, a gestão da escola junto 
com seus atores gestores não pode ignorar que os caminhos para 
esta meta passa pelas TICs, e o futuro não vai chegar, é hoje. 
TICs – Visão pedagógica 
A presença no mundo atual de vastos recursos digitais e 
eletrônicos faz com que a sociedade prioriza interesses, e formas 
de aprendizagem das pessoas “... encontrasse em um processo de 
transição na busca de uma civilização mais harmoniosa...” 
segundo Brito e Purificação. 
A escola dentro desse contexto encontra dificuldades em 
organizar as novas aprendizagens, através de seus conteúdos 
curriculares, espaços em salas de aulas, e livros didáticos, porque 
ela “... ainda se encontra calcada no paradigma edificado por 
procedimentos dedutivos e lineares, desconhecendo o substrato 
tecnológico do mundo contemporâneo.” Brito e Purificação. 
 
 
 
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Pensar uma formação adequada no ato de aprender e no uso dos 
modernos aparatos tecnológicos que caminhe “na direção de uma 
realidadeque seja boa para todos capazes de produzir e constituir 
laços institucionais afetivos e sociais” (Nunes), de forma que 
conduza à autonomia e a emancipação. 
Paulo Freire, ao falar da autonomia destaca que, "formar é muito 
mais do que puramente treinar o educando no desempenho de 
destrezas". 
A presença das novas tecnologias é um desafio na sociedade e na 
escola, para Moraes, “não é suficiente adquirir televisão, 
videocassetes, computadores, sem que haja uma mudança básica 
na postura do educador”. 
Pensar a formação do ser humano e a construção de novas 
relações interpessoais, utilizando a tecnologia no âmbito escolar, 
como um meio e não fim, criando espaços de discussão das 
questões educacionais. 
O seu simples uso no espaço escolar não garante mudanças e ou 
rupturas nas formas tradicionais de ensino e aprendizagem Brito 
e Purificação. 
O gestor escolar é antes professor, depois administrador, sendo a 
formação do professor uma das preocupações dos sistemas 
 
 
 
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educacionais e constitui-se segundo Nóvoa num “eixo estratégico 
fundamental” para o desenvolvimento de homens e organizações. 
O ato de educar significa alimentar, criar, fazer sair, “é a prática 
mais humana, considerando-se a profundidade e a amplitude de 
sua influência na existência dos homens” Gadotti. 
De acordo com vários autores a formação do professor não deve 
ser concebida como algo acabado tendo em vista que há um 
conjunto de atividades que ocorre geralmente após a formação 
inicial e têm como objetivo o desenvolvimento do conhecimento, 
de competências. É um processo que não se desenvolve a margem 
dos projetos das escolas, ao contrário, se apoia a implementação 
desses. 
Estar em formação é considerar “... a valorização das formações 
informais, desde os processos de autoformação até ao 
investimento educativo das situações profissionais e a articulação 
com os projetos educativos da escola...” Nóvoa implica, que não 
se ignore a forma como ocorre a aprendizagem, suas 
necessidades, motivações e pesquisas acerca métodos 
inovadores. 
A formação representa um desafio à pedagogia tradicional, 
porque significa um processo de ensino e aprendizagem, que se 
desenvolve ao longo da carreira profissional, podendo se 
 
 
 
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prolongar por toda uma vida, encorajando o processo de 
reconstrução de novas práticas pedagógicas. 
Embora os cursos de formação continuada estejam sendo 
efetivados, e sejam extremamente importantes e necessários ao 
desenvolvimento de novas metodologias, nem sempre são 
suficientes em termos de propiciar mudanças reais no contexto da 
prática docente. 
A atual estrutura curricular, embasada na racionalidade técnica, 
revela que a dificuldade do professor é reconstruir a sua práxis, 
tendo em vista que nem sempre ele está atuando em sala de aula, 
portanto alheio à orientação e utilização das novas tecnologias. 
Para o gestor escolar atuar com eficiência na gestão e uso dos 
recursos tecnológicos é necessário, além da formação continuada 
para os profissionais da educação, uma formação específica, 
...Evidencia-se a importância de se desenvolver programas de 
formação voltados para as especificidades do trabalho dos 
gestores, alicerçados na articulação entre as dimensões 
administrativas e pedagógicas, na integração entre tecnologias e 
metodologias de formação, tendo as tecnologias como artefatos 
que favorecem os encontros entre pessoas, valores, concepções, 
práticas e emoções. 
 
 
 
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É necessário, que o gestor seja formado para perceber as diversas 
redes que compõem o conhecimento, é um processo que envolve 
muito mais do que “controlar” o uso e o acesso às tecnologias 
disponíveis, já que na formação, ele também aprende a buscar os 
caminhos possíveis para desempenhar o seu papel. 
O papel de gestor escolar requer comprometimento, liderança, 
capacidade administrativa, sobretudo, ações permeadas pela 
liberdade, autonomia, responsabilidade e atitudes democráticas. 
Se deve reafirmar que para educadores e educandos a questão 
cronológica tem que considerar a disparidade entre um tempo 
convencional da hora-aula e um tempo de interatividade e 
instantaneidade das informações na web. A velocidade com que 
as informações são baixadas e elevadas pode gerar um grande gap 
na ação pedagógica, isto é, enquanto uma informação numa 
atividade educacional preenche um amplo tempo de utilização e 
discussão, no universo da web, com as TIC, as informações 
ganham rápida complementação ou substituição, o que impõe 
dinamicidade maior, ou até mesmo reformulação teórica que 
sustente com igual interesse a produção de conhecimento ou o 
fomento de discussão. 
Desta forma, conforme o filósofo Bergson, temos que intuir o 
tempo e o lugar do agir para transformar, o que significa realizar 
 
 
 
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o contato direto com o real e o objeto em si, ao que ele entende 
como puramente ação consciente do fazer como resultado do 
movimento inicial que é a interação. Logo, precisamos intuir que 
a dinâmica da ação pedagógica precisa se atualizar, admitindo que 
a interatividade promovida pelo uso das TICs pode tornar uma 
ação pedagógica mais questionadora e produtiva, gerando 
ampliação das aprendizagens, que tão logo partilhadas podem ser 
revisadas ou reformuladas, eis o princípio do crescimento do 
saber: a contraposição argumentativa como um risco, o que nada 
mais tem a seu favor do que tão logo seja questionada logo possa 
ser revisada (e isto é reflexo da duração do tempo), tal como nos 
demonstra a utilização pedagógica de provedores, sites e outras 
mediações digitais da web, que proporcionam a educadores e 
educandos mais ganho e otimização de informações. 
Se trouxermos o pensamento do filósofo para nosso tempo 
cronológico, de nossas ações educadoras, percebemos que nosso 
tempo digital requisita uma ação direta de intuição que nos 
estimule a vencer os riscos de admitir o novo como o fato e as 
atitudes de gestão educacional, porque o novo é o real, e o real é 
o presente dos nossos educandos, que antecipa o futuro da 
educação, ou seja, “efetivamente já estamos no amanhã”. Assim, 
dentro de uma perspectiva de antropologia filosófica, Bergson 
escreve: “[...] de modo geral, na evolução do conjunto da vida, 
 
 
 
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como na evolução das sociedades humanas, como também na 
evolução dos destinos individuais, os mais retumbantes êxitos 
couberam àqueles que aceitaram os maiores riscos”. 
Trata-se de um imperativo da ação humana sobre a vida objetiva 
que se concretiza com ações interventoras, em que o ser humano 
encontra um caminho de gestão dos riscos que suas ações 
produzem. Ora, a história da educação nos mostra que em todos 
os tempos as aprendizagens foram sendo ampliadas à medida que 
os riscos foram sendo assumidos. 
O pedagogo Paulo Freire para demonstrar a utopia do poder da 
educação, pensa para si incluindo no seu pensar todos os 
educadores, reforçando uma necessária convicção acerca da 
consciência do alcance de ação educadora. 
“Outro saber de que não posso duvidar um momento sequer na 
minha prática educativo crítica é o de que, como experiência 
especificamente humana, a educação é uma forma de intervenção 
no mundo. Intervenção que, além do conhecimento dos 
conteúdos bem ou mal ensinados e/ou aprendidos, implica tanto 
esforço de reprodução da ideologia dominante quanto o seu 
desmascaramento. Dialética e contraditória, não poderia ser a 
educação só uma ou só outra dessas coisas. Nem apenas 
 
 
 
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reprodutora nem apenas desmascaradora da ideologia 
dominante”. 
Vê-se que o pedagogo coloca o agir humano acima da mera 
compreensão teórica, o que, portanto, atribui à função gestora a 
participação especial que implica um colocar-se contra a 
tendência de resistir a esse novo, ou, mais, de aprender a 
aprender com a utilização de novas formas. 
Paulo Freire compreende a importância que os computadorestêm para a educação hoje, como um caminho de acesso por 
todos. Ele entende serem os computadores frutos da inteligência 
humana, desenvolvimento das próprias aprendizagens 
tecnológicas, que o homem alcançou porque ousou sair dos 
limites do seu tempo histórico e acreditou na sua potência 
criadora. Todavia, ele manifesta uma preocupação qualitativa 
acerca de que tipo de educação os computadores irão realizar, só 
repetidores de informações, tantas vezes distorcidas e mentirosas 
ou capazes de evoluir o pensamento histórico e a criticidade de 
todos os envolvidos no processo educacional. Assim escreve para 
a Revista BITS em maio de 1984, referindo-se às novas 
tecnologias: “Por isso mesmo, as recebo da melhor forma 
possível. Para mim, a questão que se coloca é: a serviço de quem 
as máquinas e a tecnologia avançada estão?”. 
 
 
 
29 
 
A propósito, é necessário alçar um pensamento social que 
conjugue a acessibilidade com a mobilidade, para que o processo 
educacional não fique alijado de suas potencialidades. 
Trata-se de uma prática educacional que solte o pensamento para 
elaborar suas aprendizagens, como viés de entrada no perfil 
cultural dos tempos hodiernos, ou seja, não só se pesquisa na 
escola, em seus diversos ambientes com tecnologia digital 
disponível, como também fora dos muros desta, através dos 
dispositivos móveis (prolongamento do corpo relacional das 
crianças e adolescentes) como notebooks e smartphones que 
acessem conteúdos, conectem colegas de classe, troquem 
informações, realizando uma grande rede social do saber, isto é, 
ampliando as possibilidades e qualidades educacionais. Daí se ter 
que assumir um compromisso social em nossas políticas 
educacionais de se lutar por mais possibilidades de acesso à web 
e utilização de toda a potencialidade que a mobilidade favorece. 
Pelo que vimos, tanto nosso filósofo como nosso pedagogo 
reconhecem, na ação humana, especial responsabilidade pela 
construção da história, sobretudo reconhecem o lugar do 
indivíduo e das instituições como espaço de gestão humana, para 
o qual o envolvimento e a consciência demonstram uma 
compreensão muito mais antropocêntrica do que institucional 
para a escola como um todo. O que significa que a escola tem que 
 
 
 
30 
 
se voltar muito mais para a liberdade e o desenvolvimento do ser 
humano como realidade qualitativa de serviço à vida do que para 
as determinações institucionais de busca de resultados 
quantitativos. Daí a necessidade de atualizar constantemente o 
modo de pensar e viver a educação, sobretudo a constante 
necessidade de se atualizar. Eis o tempo de uma nova cultura 
educacional! 
Nesse sentido, um grande educador e estimulador do uso das 
tecnologias digitais no universo educacional, José Manuel Moran, 
ao pensar numa educação do futuro, dentre muitas orientações, 
descreve o papel e a importância de um gerenciamento inovador, 
onde tecnologia, criatividade e projetos pedagógicos 
institucionais se tornem marcas fortes da gestão educacional. E, 
nesse sentido, antecipa a importância e o papel de todos os 
envolvidos na ação educadora, tal como escreve: “Todos os 
envolvidos com educação são gestores”. Ora, essa compreensão 
ampliada de gestão lança pressupostos de uma educação e gestão 
mais participativas e democráticas como o link para a inovação 
do conceito de gestão, que ultrapassa os domínios de uma 
interpretação simplesmente administrativa, corroborando assim 
nossa acepção, menos semântica e mais conceitual. O foco 
sempre vai ser o aprendizado do aluno, podemos passar por 
diversos momentos pedagógicos, mas nosso objetivo na gestão é 
 
 
 
31 
 
o aprendizado do aluno. Observe que o porteiro, o professor, o 
diretor, a pedagoga, a carteira, o livro, o pátio, tudo tem o mesmo 
foco, nosso objetivo é: O aprendizado do Aluno. 
TICs – Visão administrativa 
O conceito de gestão escolar nos remete ao gerenciamento e 
administração de uma determinada instituição de maneira 
eficiente. O objetivo da gestão escolar, portanto, é organizar 
todas as áreas, aspectos e determinantes para que o processo fim 
(a educação) ocorra de maneira eficaz, garantindo seu objetivo 
principal, que é a aprendizagem efetiva por parte dos alunos. 
O software de gestão escolar é na prática, um sistema que faz o 
controle de todos processos da escola: financeiro, contábil, 
recebimento, retenção entre outras tarefas que são 
indispensáveis para a gestão escolar. 
Atualmente, diante de tantas possibilidades digitais e do avanço 
tecnológico, os softwares de gestão escolar estão em pauta. A 
automatização garante uma integração de todos os fatores do 
processo educacional (tanto a atividade fim como as atividades à 
sua volta) garantindo, assim, uma gestão eficiente. Mas, quais são 
os benefícios desse tipo de ferramenta? 
Os benefícios ligados à utilização desse tipo de ferramenta são 
diversos. Para começar, citaremos: 
 
 
 
32 
 
● Aumento na captação de alunos; 
● Diminuição da evasão escolar; 
● Diminuição dos níveis de inadimplência; 
● Controle e gestão financeira eficiente; 
● Aumento da produtividade das equipes envolvidas; 
● O foco passa a ser o cliente e não os processos operacionais; 
● Melhoria na tomada de decisão das áreas gerenciais; 
● Fidelização de clientes (pais e responsáveis). 
Sabemos que a inadimplência é algo com que todas as instituições 
precisam lidar. E por poderem prejudicar o andamento de 
algumas atividades e projetos, é importante preparar-se para ela. 
Mas, como? 
● Conheça os pais e o seu aluno: a melhor maneira é através 
de formulários e reuniões mensais. O software auxilia no 
cadastramento dos estudantes! 
● Tenha um departamento financeiro estruturado: aqui 
também entra o software de gestão, pois ele auxilia no 
gerenciamento das finanças da escola, ajuda a saber quem 
está inadimplente e acompanhar as datas de vencimento; 
● Cobrança automática; 
● Departamento jurídico preparado. 
 
 
 
 
33 
 
Como você pôde perceber, fica muito mais fácil lidar com a 
inadimplência quando se tem um software de gestão escolar. 
Mesmo quando o ensino é público, a cobrança pode não ser 
financeira direta, mas a mantenedora (seja municipal, estadual ou 
federal) quer saber do andamento dos alunos, o gestor tem de 
caminhar de acordo com solicitações que são feitas a todo tempo, 
onde um software gestor integra e agiliza as informações, 
facilitando a tomada de decisão em qualquer nível. 
Observe que a própria coordenação pode fazer lançamentos em 
um software de gestão, a pedagoga acompanha toda a vida do 
aluno, qualquer supervisor pode ter uma situação dos alunos a 
qualquer tempo, assim como os pais que tem o espaço exclusivo 
de informações de seu filho e das atividades da turma de seu filho, 
além de eventos da escola. Este tipo de software pode ser pago, 
ou pode ser gratuito, existe este software sem custo para a escola, 
as secretarias e o MEC ainda se movem como um elefante numa 
cristaleira, desenvolvem softwares que nunca acabam ou que 
estão incompletos e sem função efetiva, mas nada impede que o 
grupo gestor de uma escola adote um software de gestão escolar, 
com certeza com algum custo, pois mesmo os softwares livres 
(gratuitos) precisam ser instalados e configurados, o que hoje não 
é uma realidade do pessoal administrativo atuando na escola, e os 
 
 
 
34 
 
órgãos gestores centrais não se prontificam em mandar alguém 
com capacidade técnica para isso. 
Temos que reconhecer que a unidade central (Secretarias 
municipais/estaduais e MEC) não tem pessoal suficiente e 
parecem viver num momento de 20 anos atrás, as equipes são 
ínfimas e sem formação adequada, não conseguem dar conta das 
solicitações atuais, imaginem instalação e configuração de um 
software gestor nas escolas. 
Esta realidade não impede que a gestão escolar (no papel do 
gestor) de forma democrática, solicite ao conselhode escola que 
possa gastar com pessoal para instalação e configuração de 
software gestor escolar. 
A administração escolar deve ser pensada estrategicamente para 
oferecer uma educação de qualidade, promover eficiência nas 
atividades e garantir sustentabilidade financeira da instituição. A 
gestão escolar deve ser vista de forma holística, evitando os erros 
que comprometem a qualidade gerencial. 
Nesse sentido é importante levantar as principais demandas, 
apontar as falhas existentes, instituir metas que possam reverter 
às situações desfavoráveis e incentivar as tarefas inovadoras. Por 
isso, é preciso o engajamento de todos os envolvidos em prol da 
melhoria dos serviços. 
 
 
 
35 
 
Pensando nisso, uma das formas de organizar a rotina escolar se 
faz por meio da implantação de softwares que são classificados 
com uma solução completa para as empresas. 
A rotina escolar envolve matrícula, inserção do plano de ensino, 
indicação de materiais complementares, divulgação das notas, 
comunicação entre professores e alunos e tantas outras 
demandas. 
Com um software de gestão escolar essas tarefas poderão ser 
alimentadas com o objetivo de facilitar o acesso imediato às 
informações acadêmicas e melhorar a comunicação entre 
docentes e discentes. 
Alguns recursos serão inseridos uma única vez necessitando 
apenas de atualização, o que garante praticidade e comodidade 
para os gestores e professores. Outros poderão ser plotados do 
semestre anterior e adaptados para a nova jornada. 
Em um sistema informatizado será possível levantar todos os 
dados dos alunos: situação de inadimplência, pendências de 
disciplinas, falta de lançamento de notas e outras questões 
poderão ser facilmente detectadas. 
Além disso, será possível emitir relatórios sobre taxas de evasão 
escolar, alunos que fizeram a rematrícula, número de discentes 
 
 
 
36 
 
por turma, relação de reserva de vaga e outras informações 
gerenciais pertinentes. 
Com um software de gestão escolar será possível acompanhar 
todas as mensagens entre professores, alunos e equipe 
administrativa. Solicitações não atendidas, mensagens não lidas, 
linguagem inapropriada, tudo isso será acompanhado pelos 
gestores. Para alunos da educação infantil os pais é quem 
acompanham as mensagens. 
Sendo assim, os conflitos acadêmicos tenderão a diminuir, as 
respostas serão mais objetivas e todos sairão satisfeitos com essa 
nova modalidade de comunicação, pois as conversas poderão 
ocorrer em tempo real. 
Também será possível emitir solicitações e relatórios que não 
necessitam de autenticação da gerência escolar, tais como o 
quadro de horário dos alunos, declaração de vínculo com a escola, 
dentre outros. 
A implantação de um sistema informatizado na escola pode 
favorecer a relação com os pais e responsáveis. Por meio de 
senhas será possível visualizar as notas e acompanhar o 
desempenho acadêmico dos filhos, assim como será de grande 
valia comunicar-se virtualmente com os professores e questionar 
 
 
 
37 
 
possíveis divergências ou elogiar as metodologias de ensino e 
aprendizagem adotadas pelo docente. 
A administração escolar é uma tarefa árdua que deve ser bem 
gerenciada. A implantação de um software de gestão escolar 
poderá otimizar as tarefas burocráticas, facilitar a comunicação 
entre alunos, pais e professores e organizar a rotina acadêmica. 
Agora que você já compreendeu os benefícios da implantação de 
um software de gestão escolar, não hesite em pensar seriamente 
na implantação de um software de gestão escolar. 
LEGISLAÇÃO FEDERAL E ESTADUAL PARA A GESTÃO ESCOLAR 
Existem em nosso país diversas políticas públicas aplicadas à 
educação pública nos níveis federais, municipais e estaduais de 
ensino. Dentre as regulamentações, principalmente na LDB (Lei de 
Diretrizes e Bases), das quais envolve as unidades de ensino que 
são as escolas. 
Todas as unidades federativas têm completa autonomia para 
aplicar suas propostas pedagógicas de acordo com os seus 
métodos e objetivos. Para que as escolas possam desenvolver-se 
dentro da organização, estrutura e da proposta pedagógica, é de 
fundamental importância a gestão no processo de organização da 
escola. 
 
 
 
38 
 
Todo o sistema de educação no Brasil é legitimado por leis 
específicas que tentam viabilizar políticas que possam contribuir 
para o crescimento da educação pública no país. Essas leis estão 
contidas na LDB (Leis de Diretrizes e Bases/1996). De acordo com 
elas a gestão da educação no Brasil está organizada em sistemas 
de ensino federal, municipal e estadual. 
Na LDB, Art. 12, Incisos I a VII, estão às principais delegações que 
se referem à gestão escolar no que diz respeito às suas respectivas 
unidades de ensino: 
Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e 
as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: 
I - elaborar e executar sua proposta pedagógica; 
II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros; 
III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula 
estabelecidas; 
IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada 
docente; 
V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor 
rendimento; 
 
 
 
39 
 
VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos 
de integração da sociedade com a escola; 
VII - informar os pais e responsáveis sobre a frequência e o 
rendimento dos alunos, bem como sobre a execução de sua 
proposta pedagógica; 
Como está escrito acima, para a LDB, o planejamento, a 
elaboração e a execução de uma proposta pedagógica são as 
principais atribuições das unidades de ensino, devendo ela, assim, 
na sua gestão trilhar um caminho orientado por esta finalidade. 
(VIEIRA). 
A proposta pedagógica é a bússola da escola. Ela define os 
caminhos e trajetos que a escola vai tomar para alcançar os seus 
objetivos. Por isso, é muito importante que ela seja bem 
formulada e estruturada pela escola e seus representantes. 
É obrigação da escola a gestão das pessoas que integram a 
unidade. Além da gestão dos recursos financeiros e materiais, a 
escola precisa gerir o seu maior patrimônio que são as pessoas 
que trabalham na unidade de ensino. As pessoas são as 
responsáveis pela cultura de ideias que surgem no interior das 
escolas. Lidar com o patrimônio pessoal é tarefa primordial na 
gestão escolar. 
 
 
 
40 
 
Dentre os sete incisos descritos anteriormente, é interessante 
observar a dimensão da gestão escolar na relação com a 
comunidade escolar. A relação escola-comunidade é uma relação 
onde ambas requerem a visibilidade e transparência da 
participação tanto da escola quanto da comunidade no processo 
de educação de qualidade 
Sabemos que toda escola tem uma estrutura de organização 
interna, normalmente regida por regimentos escolares ou 
legislações específicas estaduais ou municipais. Nas organizações 
é comum a inter-relação entre várias funções e serviços. Segue 
abaixo um exemplo de como está estruturada a maioria das 
escolas. 
Assim como descrevemos algumas leis para mostrar como a 
gestão escolar tem finalidades jurídicas e todas as suas ações são 
legitimadas por elas, a gestão democrática também tem sua 
legitimação na constituição e na LDB. 
A Constituição Federal de 1988 dispõe no inciso VI, do artigo 206, 
que a educação escolar será ministrada com base em princípios, 
estando entre eles a “gestão democrática do ensino público, na 
forma da lei”. 
 
 
 
 
41 
 
A LDB também tem em seu conteúdo diversas menções a gestão 
democrática, segue: 
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes 
princípios: 
... 
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e 
da legislação dos sistemas de ensino; 
... 
Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão 
democrática do ensino público na educação básica, de acordo 
com as suas peculiaridades e conformeos seguintes princípios: 
I - participação dos profissionais da educação na elaboração do 
projeto pedagógico da escola; 
II - participação das comunidades escolar e local em conselhos 
escolares ou equivalentes. 
Art. 56. As instituições públicas de educação superior obedecerão 
ao princípio da gestão democrática, assegurada a existência de 
órgãos colegiados deliberativos, de que participarão os 
segmentos da comunidade institucional, local e regional. 
 
 
 
42 
 
Parágrafo único. Em qualquer caso, os docentes ocuparão setenta 
por cento dos assentos em cada órgão colegiado e comissão, 
inclusive nos que tratarem da elaboração e modificações 
estatutárias e regimentais, bem como da escolha de dirigentes. 
Ainda na LDB, mas de forma, mais sutil e indireta de 
regulamentar a gestão democrática, aqui estão outros Artigos 
que também afirmam a forma de gestão democrática e gerencia 
de recursos. 
Art. 27. Os conteúdos curriculares da educação básica observarão, 
ainda, as seguintes diretrizes: 
I - a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos 
direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à 
ordem democrática; 
Art. 53. No exercício de sua autonomia, são asseguradas às 
universidades, sem prejuízo de outras, as seguintes atribuições: 
I - criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e programas de 
educação superior previstos nesta Lei, obedecendo às normas 
gerais da União e, quando for o caso, do respectivo sistema de 
ensino; (Regulamento) 
II - fixar os currículos dos seus cursos e programas, observadas as 
diretrizes gerais pertinentes; 
 
 
 
43 
 
III - estabelecer planos, programas e projetos de pesquisa 
científica, produção artística e atividades de extensão; 
IV - fixar o número de vagas de acordo com a capacidade 
institucional e as exigências do seu meio; 
V - elaborar e reformar os seus estatutos e regimentos em 
consonância com as normas gerais atinentes; 
VI - conferir graus, diplomas e outros títulos; 
VII - firmar contratos, acordos e convênios; 
VIII - aprovar e executar planos, programas e projetos de 
investimentos referentes a obras, serviços e aquisições em geral, 
bem como administrar rendimentos conforme dispositivos 
institucionais; 
IX - administrar os rendimentos e deles dispor na forma prevista 
no ato de constituição, nas leis e nos respectivos estatutos; 
X - receber subvenções, doações, heranças, legados e cooperação 
financeira resultante de convênios com entidades públicas e 
privadas. 
§ 1º Para garantir a autonomia didático-científica das 
universidades, caberá aos seus colegiados de ensino e pesquisa 
 
 
 
44 
 
decidir, dentro dos recursos orçamentários disponíveis, sobre: 
(Redação dada pela Lei nº 13.490, de 2017) 
I - criação, expansão, modificação e extinção de cursos; 
(Redação dada pela Lei nº 13.490, de 2017) 
II - ampliação e diminuição de vagas; (Redação dada pela 
Lei nº 13.490, de 2017) 
III - elaboração da programação dos cursos; (Redação dada 
pela Lei nº 13.490, de 2017) 
IV - programação das pesquisas e das atividades de extensão; 
(Redação dada pela Lei nº 13.490, de 2017) 
V - contratação e dispensa de professores; (Redação dada 
pela Lei nº 13.490, de 2017) 
VI - planos de carreira docente. (Redação dada pela Lei nº 
13.490, de 2017) 
§ 2o As doações, inclusive monetárias, podem ser dirigidas a 
setores ou projetos específicos, conforme acordo entre doadores 
e universidades. (Incluído pela Lei nº 13.490, de 2017) 
No PNE, os Conselhos são citados na meta 19: 
"19.5) estimular a constituição e o fortalecimento de conselhos 
escolares e conselhos municipais de educação, como 
 
 
 
45 
 
instrumentos de participação e fiscalização na gestão escolar e 
educacional, inclusive por meio de programas de formação de 
conselheiros, assegurando-se condições de funcionamento 
autônomo;" 
Todas as atividades desenvolvidas pelas instituições públicas 
visam o avanço dos indicadores nos sistemas de avaliação e a 
contribuição da comunidade escolar (diretores, coordenadores, 
professores, alunos, ex-alunos, pais, etc.). 
A gestão democrática é definida com os princípios de integração 
do sistema/escola com a família, comunidade e sociedade, 
descentralização, participação democrática no processo 
educacional, maioria dos professores em colegiados e comissões. 
Mas, a gestão democrática não está restrita apenas as unidades 
escolares. Ela é um valor público definido em forma de lei que 
remete tanto a gestão escolar quanto, no nível mais geral, à 
gestão educacional. A gestão democrática é um eixo 
importantíssimo de ações públicas. Para Rosar, isso significa: 
(...) a redefinição da estrutura de poder, desde o nível macro do 
Ministério da Educação na sua forma de organização e 
funcionamento, até o nível micro de cada escola. As ações do MEC 
deveriam estar adequadas às deliberações de um Fórum Nacional 
de Educação que pudesse definir, a partir de amplo debate 
 
 
 
46 
 
nacional, as diretrizes político-pedagógicas, as prioridades 
educacionais, a garantia de recursos para todos os níveis de 
ensino considerados como um todo, e as formas de avaliação dos 
mesmos, com a participação de diversos setores sociais. 
A LDB regulamenta a gestão democrática do ensino público em 
geral, contribuindo de forma transparente para que as leis sejam 
aplicadas na educação básica oferecendo autonomia as unidades 
federativas para um planejamento adequado as pretensões de 
cada unidade. 
Sabemos que toda escola tem uma estrutura de organização 
interna, normalmente regida por regimentos escolares ou 
legislações específicas estaduais ou municipais. Nas organizações 
é comum a inter-relação entre várias funções e serviços. Segue 
abaixo um exemplo de como está estruturada a maioria das 
escolas. 
SETOR TÉCNICO-ADMINISTRATIVO 
● Secretaria escolar 
● Serviços de zeladoria, limpeza, vigilância 
● Multimeios (biblioteca, laboratório, videoteca, etc) 
CONSELHO ESCOLAR DIREÇÃO 
● Assistente de direção ou coordenador 
 
 
 
47 
 
PROFESSORES, ALUNOS, PAIS, COMUNIDADE 
SETOR PEDAGÓGICO 
● Conselho de classe 
● Coordenação 
● Pedagogia 
Geralmente as escolas seguem um modelo parecido com o que 
está descrito acima. A estrutura se diferencia conforme a 
legislação dos Estados e Municípios e, obviamente, conforme as 
concepções de organização e gestão adotada. 
Já na concepção estadual (estado do Espírito Santo) buscamos na 
ALES (Assembleia Legislativa do Espírito Santo) em suas leis 
promulgadas e em vigor a LEI Nº 10.382, DE 24 DE JUNHO 2015. 
Que aprova o Plano Estadual de Educação do Espírito Santo – 
PEE/ES, período 2015/2025. 
No seu Artigo define como diretrizes do PEE/ES o item VI a 
promoção da gestão democrática da educação, ainda assim os 
conselhos de escola tem atuação limitada dentro das unidades o 
que pode ser revertido com o uso efetivo da gestão democrática. 
Não menciono o fato de o diretor das unidades escolares, o nosso 
gestor, ser de indicação de alguém num órgão superior, assim 
como todos os outros cargos, virem da mesma forma, 
infelizmente a lei não está sendo exatamente bem cumprida. 
 
 
 
48 
 
Mesmo assim a escrita está perfeita já em seus primeiros itens, 
onde as diretrizes estaduais são a promoção do princípio da 
gestão democrática da educação, isso cabe ao gestor e a toda a 
comunidade escolar efetivamente acompanhar o andamento 
desta gestão, com auxilio, com sugestão, com participação com 
democracia no andamento da unidade escolar, pensando sempre 
no principal objetivo: O aprendizado do aluno! 
Art. 2º São diretrizes do PEE/ES: 
(...) 
VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação 
pública; 
(...) 
Já no seu artigo 4º falamos da referência e avaliação, inclusive a 
avaliação da gestão escolar,acompanhe no item II, como existe a 
ferramenta para o acompanhamento da gestão escolar. 
Art. 4º Constituem referências para as metas estabelecidas no 
Anexo Único desta Lei a Pesquisa Nacional por Amostra de 
Domicílios – PNAD, o censo demográfico e os censos nacionais da 
educação básica e superior mais atualizados, disponíveis na data 
de publicação desta Lei, sem prejuízo da produção de outras 
informações mais específicas. 
 
 
 
49 
 
§ 1º O Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito 
Santo – PAEBES constituirá fonte de informação para a avaliação 
da qualidade da educação básica, mediante a produção, a cada 
dois anos, de: 
I - indicadores de rendimento escolar, referentes ao desempenho 
dos estudantes, apurados em exames estaduais e por meio do 
censo escolar da educação básica; 
II - indicadores de avaliação institucional relativos a dimensões 
como corpo docente, corpo técnico e corpo discente, 
infraestrutura de escolas, recursos pedagógicos, currículos e 
processos de gestão, dentre outros. 
Há diversas citações na lei sobre a gestão educacional 
democrática, estes anteriores são apenas os dois primeiros, são 
citados por diversos motivos inerentes ao cargo de gestor e a ação 
de gestão educacional democrática nas unidades escolares, ainda 
define alguns papéis dos órgãos superiores, tais como CEE 
(Conselho Estadual de Educação), SEDU (Secretaria da Educação) 
Superintendência (Superintendências regionais), etc. 
O bom gestor deve conhecer a legislação para que possa cumprir 
as metas de gestão do estado, assim como do seu município que 
define conforme a Secretaria da Educação Municipal as diretrizes 
 
 
 
50 
 
que pretende seguir para cumprir as metas de educação do 
município, sempre com o foco de aprendizado do aluno. 
Um mundo de coisas gira ao redor desta meta, tais como os 
recursos que a escola recebe do poder publico e tem de gerir para 
melhor suprir as necessidades no ano letivo, esta gestão escolar 
se dá principalmente pela figura da direção da unidade escolar, 
mas com suas especificidades e com democracia, onde todos 
devem participar, tanto nos direitos como (e principalmente) nos 
deveres. 
A SEDU – ES em 2010 lançou o REGIMENTO COMUM DAS ESCOLAS 
DA REDE ESTADUAL DE ENSINO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, 
que com diversas regras, também fala da gestão educacional, é 
um documento que está baseado na LDB e na Lei Estadual 10.382 
(PEE/ES). 
Na sua redação este regimento descreve assim no item V. 
CAPÍTULO V 
DA GESTÃO EDUCACIONAL 
Art. 53A gestão educacional, exercida pelo gestor educacional 
compreende: planejamento, coordenação, desenvolvimento, 
acompanhamento e avaliação de atividades que promovam o 
fortalecimento do potencial educativo da unidade de ensino, o 
 
 
 
51 
 
relacionamento entre a unidade de ensino, a família, e a 
comunidade e a criação de condições apropriadas à convivência 
pacífica e ao desenvolvimento integral do educando. 
Art. 54 São atribuições do gestor educacional: 
I - participar do planejamento e da implantação de ações 
socioeducativas que integram metas e ações da proposta 
pedagógica na unidade de ensino; 
II - coordenar a elaboração e garantir o cumprimento de normas 
de convivência, visando à saudável interação do educando; 
III - articular-se continuamente com o gestor pedagógico e o corpo 
docente para atuação conjunta, em especial no que se refere ao 
educando com baixo rendimento escolar; 
IV - desenvolver, junto à família e à comunidade, ações de 
combate à evasão, de melhoria do rendimento escolar e da 
disciplina na unidade de ensino; 
V - atender aos pais/responsáveis, aos educandos e aos visitantes, 
encaminhando-os a quem de direito, quando a demanda em 
questão estiver além de suas atribuições; 
VI - planejar e implementar ações articuladas junto às famílias; 
 
 
 
52 
 
VII - buscar auxílio de órgãos e instituições que possam apoiar a 
unidade de ensino e a família quando isso exigir atuação conjunta 
e conhecimento específico, em especial quanto à orientação no 
que tange à sexualidade, à prevenção às drogas e à violência; 
VIII - organizar atendimento individual ao educando que 
demonstre necessidade, com base na análise dos registros 
disponíveis; 
IX - organizar reuniões regulares com educandos para ouvir 
sugestões e fornecer informação e orientação necessária; 
X - organizar e desenvolver projetos e atividades que auxiliem o 
educando no processo de autoconhecimento e em relação ao 
mundo do trabalho; 
XI - participar da elaboração e implementação do plano de 
desenvolvimento da unidade de ensino; 
XII - participar do conselho de classe, em todas as fases, 
recolhendo informações que subsidiem ações futuras; 
XIII - coordenar e organizar o grêmio estudantil e a representação 
de turmas; 
XIV - outras atribuições que lhe forem conferidas. 
 
 
 
53 
 
A coordenação é o próximo item, mas a ideia não é transcrever as 
leis, é que você entenda que elas normatizam as ações da gestão 
educacional, o gestor, seja ele em que papel que esteja atuando, 
tem de procurar e conhecer estas leis e normas para não cometer 
erros, excessos ou omissões, que seja sempre atuante e 
comprometido e tenha em mente que na função que estiver, a 
gestão escolar requer muito comprometimento, dedicação, 
registro de informações, transparência, democracia, participação, 
paciência e liderança. 
Neste nosso primeiro módulo temos bastante conteúdo de 
diversos autores, aproveitem e pesquisem também o material 
complementar. 
Bons estudos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ALMEIDA, M. E. B de. Gestão de tecnologias na escola: 
possibilidades de uma prática democrática. In: Salto para o 
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