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3ºAula Momentos de Verdade na Prestação de Serviços Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • interpretar o comportamento e os fatores que podem causar satisfação ou insatisfação dos clientes; • identificar as principais causas da satisfação e insatisfação no relacionamento dos clientes com o seu negócio. Prezados(as) alunos(as), vamos prosseguir na construção dos nossos conhecimentos estudando alguns dos momentos de verdade na prestação dos serviços, cujo tema será essencial para que possamos entender as principais questões relacionadas com uma prestação de serviços adequada e com qualidade, independente do ramo de mercado em que se pretende atuar, afinal, quando lidamos com pessoas todo o cuidado é pouco! Para começarmos, é preciso considerar que a percepção do cliente a respeito do serviço é formada em cada um dos momentos da verdade, ou seja, em cada momento em que o cliente entra em contato com qualquer aspecto da prestação de serviços. Vamos começar a nossa aula pensando sobre a seguinte questão: De forma geral, os momentos de verdade estão sendo considerados corretamente na prestação de serviços? Boa aula! Bons estudos! Marketing de Serviços e Tecnologias EAD 30 1 – Momentos de Verdade na Prestação de Serviços 2 – A percepção do cliente perante o serviço 3 – O processo de serviços: conceito e fatores relacionados Seções de estudo 1 - Momentos de verdade na prestação de serviços 2 - A percepção do cliente perante o serviço Como vocês já podem ter imaginado, a maioria dos serviços é resultado de ações sociais que ocorrem no contato direto entre clientes e o prestador de serviços. O termo serviço, segundo Nunes (2012), designa um tipo específico de bem com características de intangibilidade, isto é, sem existência física. Distingue-se, portanto, do produto, o qual apesar de ser também um bem, é um bem tangível. Outra forma de caracterizar um serviço (e de distingui-lo de um produto) é pelo fato deste não poder ser armazenável, isto é, apenas é possível de ser consumido no momento em que está a ser produzido. A prestação de serviços pode não estar diretamente influenciada pela empresa. É a experiência, a motivação e as ferramentas utilizadas por uma empresa e pelo representante da empresa além das expectativas e comportamento do cliente, que juntos criarão o processo de prestação de serviço (NORMANN, 1998). A partir dessas considerações, é possível afirmar que a Prestação de Serviços, segundo UFMG (2012), é entendida como a realização de trabalho oferecido ou contratado por terceiros (comunidade ou empresa), incluindo assessorias, consultorias e cooperação interinstitucional. A prestação de serviços se caracteriza pela intangibilidade, inseparabilidade (produzido e utilizado ao mesmo tempo) e não resulta na posse de um bem. Uma grande empresa prestadora de serviços pode experimentar diariamente dezenas de milhares de momentos da verdade em um ciclo de serviço. Esse atributo específico dos serviços também permeia muitas outras características típicas que têm de ser consideradas quando o sistema de prestação eficaz do serviço está sendo projetado. Esse ciclo de serviço refere-se a uma cadeia contínua de eventos pela qual o cliente passa à medida que experimenta o serviço prestado ou ainda seria o mapa de todos os momentos da verdade, conforme vivenciados pelos clientes, em sua sequência habitual, ao receber o serviço (FILHO, 2012). O ciclo de prestação de serviço pode ser maior ou menor, dependendo dos serviços que o cliente necessitar. O interesse de um cliente por um determinado produto ou a necessidade de tirar alguma dúvida com o “gerente” mudará o ciclo do serviço, podendo aumentar ou diminuir os momentos da verdade. Nesta seção, iremos abordar as principais questões relacionadas à avaliação, vantagens, estratégias e ferramentas utilizadas para a obtenção da Qualidade em Serviços. Esse saber voltado às possibilidades e práticas é importante para subsidiar a prática no contexto do Marketing e o entendimento da Qualidade. Bons estudos! VOCÊ SABIA? Uma das principais tendências no mundo dos negócios nos últimos anos é o crescimento sensacional dos serviços. Hoje, a prestação de serviços nos EUA corresponde a 74% do produto interno bruto (PIB). Enquanto a prestação de serviços no país representava 55% do total dos empregos em 1970, em 1993 correspondia a 79%. Os serviços crescem ainda mais rápido na economia mundial, per fazendo um quarto do valor de todo o comércio internacional. As empresas de serviços respondem por quase 30% de todas as exportações dos Estados Unidos, resultando num substancial excedente comercial de serviços versus um grande déficit de produtos (COLA DA WEB, 2012). Não se esqueça! “Você não tem que ser o melhor no que você faz, você tem que ser o ÚNICO que faz o que você faz” (JERRY GARCIA, s/d.) Para finalizar as nossas reflexões, vamos conhecer a relação da qualidade em serviços com a satisfação do cliente e com o Marketing de uma forma geral. Partindo desse conhecimento podemos aprofundar o nosso entendimento da visão e dinâmica da qualidade no que se refere à satisfação do cliente, bem como ao Marketing. Pensem nisso... Conseguiram compreender os conceitos de prestação de serviço e momento de verdade? Em caso de resposta afirmativa: Parabéns! Mas, há muitos outros conhecimentos a serem agregados sobre o tema. Para tanto, sugerimos que consultem as obras, periódicos e sites indicados ao final desta aula. Agora, vamos conhecer melhor a percepção do cliente perante o serviço. Segundo Normann (1998), uma empresa de serviços pode experimentar diariamente dezenas de momentos da verdade em um ciclo de serviço. Esse atributo específico dos serviços também permeia muitas outras características típicas que têm de ser consideradas quando o sistema de prestação eficaz do serviço está sendo projetado. O Momento da Verdade, segundo Siqueira (2007), consiste no instante em que o cliente entra em contato com qualquer setor ou pessoa da empresa e forma a sua opinião sobre a qualidade do serviço. As interações podem ser face a face, por telefone, pela internet ou por mala direta. Esses momentos podem ser potencialmente críticos para determinar a satisfação e lealdade do cliente. Os Momentos de Verdade são oportunidades para: a) Agregar valor aos produtos e serviços; b) Criar confiança e reforçar a imagem da empresa; c) Conquistar a lealdade dos clientes. A percepção do cliente a respeito do serviço é formada 31 em cada um dos momentos da verdade, ou seja, em cada momento em que o cliente entra em contato com qualquer aspecto da empresa fornecedora de serviços. Durante a prestação do serviço, o cliente vivencia uma série de momentos de verdade, os quais ocorrem numa sequência específica para a qual se dá o nome de ciclo do serviço, conforme abordado anteriormente, cujo exemplo é mostrado na figura a seguir. Figura 3.2 - Exemplo do ciclo de serviço de um escritório de advocacia Fonte: Acervo pessoal. Fonte: Adaptado de STRACK, Jair. Campo competitivo e valor percebido. Disponível em: <http://jair.strack.nom.br/?p=81>. Acesso em: 3 mar. 2012. Do latim cliens, o termo cliente permite fazer alusão à pessoa que tem acesso a um produto ou serviço mediante pagamento. A noção tende a ser associada a quem recorrer ao produto ou serviço em questão com assiduidade, ainda que também existam os clientes ocasionais (ou pontuais). Dependendo do contexto, a palavra cliente pode ser usada como sinônimo de comprador (a pessoa que compra o produto), utilizador (a pessoa que utiliza o serviço) ou consumidor (quem consome um produto ou serviço). Os especialistas em marketing e vendas fazem a distinção entre diferentes classes de clientes. Os clientes ativos são aqueles que, atualmente, realizam compras com frequência. Os clientes inativos, por sua vez, não realizam compras há já algum tempo, pelo que é provável que estejam a satisfazeras suas necessidades na concorrência. Outra classificação reúne os clientes em clientes satisfeitos ou clientes insatisfeitos. Ou seja, os clientes têm necessidades que a empresa ou o vendedor tem todo o interesse em satisfazer e que, quando da realização da compra do produto ou do pagamento do serviço, o cliente tem expectativas quanto àquilo que adquiriu. Se as necessidades não forem satisfeitas ou as expectativas não forem cumpridas, é muito provável que o cliente deixe de comprar. No que se refere a prestação de serviços jurídicos, a satisfação do cliente é ainda mais complexa, uma vez que, nem sempre o resultado do serviço prestado depende exclusivamente do advogado ou de seus auxiliares, como é o caso de uma decisão controversa de um juiz ou a lentidão do serviço prestado pelo cartório. Em ambos os casos, se a pessoa que estiver atendendo diretamente o cliente, seja o advogado ou algum auxiliar de escritório, tiver perpassado satisfatoriamente por tudo que abordamos anteriormente, ou seja, ter prestado um atendimento cordial, de qualidade e alcançado um bom nível de confiança e satisfação do cliente, resultados inesperados podem ser remediados e não prejudicar a boa imagem do escritório, caso contrário, dificilmente o cliente ficará satisfeito. Esse princípio básico de marketing deu lugar à famosa expressão “O cliente tem sempre razão”. A empresa deve, portanto, centrar os seus esforços na satisfação do cliente, tendo em conta que um cliente satisfeito acaba não só por voltar, mas também por continuar a confiar na dita empresa. Ao considerarmos especificamente o cliente de serviços, Fitzsimmons e Fitzsimmons (2000, p. 231) dão a seguinte definição: a) O cliente poupador: o que quer maximizar o valor obtido pelo seu gasto de tempo, esforço e dinheiro. É um cliente exigente que está sempre à procura por maior valor; b) O cliente ético: esse cliente sente a obrigação moral de apoiar empresas socialmente responsáveis; c) O cliente personalizado: esse cliente quer gratificação interpessoal, como reconhecimento e conversação em sua experiência de serviço; d) O cliente conveniente: esse cliente não tem interesse em ir buscar o serviço; conveniência é o segredo para atraí-lo. A avaliação da diferença existente entre o serviço esperado e o percebido é um processo rotineiro de retorno da informação do cliente, praticado pelas principais companhias de serviço (FITZSIMMONS; FITZSIMMONS, 2000). A imagem a seguir demonstra essa diferença que deve ser constantemente monitorada pelas empresas e profissionais do Marketing para evitar a perda dos clientes: Figura 3.3 - Diferenças de valor percebido: empresa x cliente Desse modo, para Gordon (1999, p. 28), “a parceria com os clientes surge através do compartilhamento de benefícios durante uma vida, obtidos com a identificação e criação de novos valores com clientes individuais, através de um processo contínuo”. Entretanto, para atrair clientes para o seu negócio, definindo ele mesmo seus próprios interesses, é necessário uma contínua colaboração entre os terceirizados, rede de apoio e clientes internos selecionados, criando assim uma estrutura para compartilhar valores mútuos, através de independência e alinhamento de objetivos. Portanto, para se obter sucesso no mercado de trabalho Marketing de Serviços e Tecnologias EAD 32 nos dias de hoje é necessário ter o cliente como o centro de tudo, e para tanto, faz-se necessário conquistar a confiança dos clientes, para que tenham satisfação e principalmente não se sintam enganados pelas empresas prestadoras de serviços (COSTA, 2002). Viram como é fundamental considerar o cliente em primeiro lugar e buscar satisfazer as suas expectativas e necessidades aumentando, assim, a qualidade dos serviços prestados? Logo a seguir, veremos um texto que demonstra um exemplo de como melhorar a produtividade usando a qualidade nos serviços. É fundamental que o leiam com atenção e façam as suas análises! Quando o aumento da produtividade colide com a qualidade do serviço, mesmo transportadoras bem sucedidas, como a United Parcel Service (UPS), têm passado por declínio no atendimento ao cliente devido a implementação de estratégias internas de aumento da produtividade sem ligação direta com as prioridades do cliente. A UPS, por exemplo, partiu para a premissa de que a entrega no prazo era o aspecto mais importante do serviço para seus clientes. A empresa realizou estudos de tempos em tempos e movimentos para verificar como os processos de entrega poderiam tornar- se mais eficientes e forçou seus funcionários a atender exigentes programações de entrega. Para sua surpresa, a UPS descobriu, a partir de pesquisas sobre satisfação de seus clientes, que eles realmente desejavam mais tempo para interação com seus motoristas. Após a realização de uma análise de retorno sobre a qualidade, a empresa projetou um programa que permitia aos motoristas passarem mais tempo com os clientes mediante a flexibilização dos horários de entrega e contratação de mais motoristas. Os motoristas recebiam uma pequena gratificação por todas as indicações de vendas que gerassem. As estimativas de custo para o primeiro ano foram de 4,2 milhões de dólares, o que foi rapidamente compensado por mais de 10 milhões de dólares em receitas adicionais. Fonte: KURTZ, David; CLOW, Kenneth E. Services marketing. Nova York: Wiley, 1998, p. 122. Quadro 3.1 - Colisão entre aumento da produtividade e a qualidade do serviço Fitzsimmons e Fitzsimmons (2000) explicam que a presença do cliente como um participante no processo de serviço requer atenção nas instalações, isso porque para ele o serviço é uma experiência, onde a qualidade do serviço é reforçada nas instalações, por isso é fundamental a compreensão de que o cliente pode ser uma parte ativa do processo. Alguns exemplos que podem afetar diretamente o desempenho do sistema de serviços em relação à experiência e a motivação do cliente são: a) A popularidade de supermercados e lojas de descontos é um indicador de que os clientes estão dispostos a assumir um papel ativo nos processos de venda a varejo; b) A exatidão dos fatos relatados pelo cliente numa petição apresentada ao juiz pode decisivamente aumentar as chances de êxito em um processo; c) A educação de um estudante é determinada principalmente pelos seus próprios esforços e contribuições. Para Rocha (2006), conhecer o cliente nos dias atuais é muito mais complexo que tempos atrás, devido à falta de opção que se tinha. Hoje, a todo o momento são lançados no mercado produtos novos, tecnologias mais avançadas, para um número de consumidores que não aumenta na mesma proporção. Por essa razão, há necessidade de conhecer o mercado e principalmente o consumidor. Para consolidarmos as noções apresentadas sobre a prestação de serviços é preciso a compreensão de que ela se encontra dentro de um processo de serviços. Um processo, para Davenport (1994), seria uma ordenação específica das atividades de trabalho no tempo e no espaço, com um começo, um fim, inputs e outputs claramente identificados, enfim, uma estrutura para ação. Já Harrington (1993) o define como sendo um grupo de tarefas interligadas logicamente, que utilizam os recursos da Organização para gerar os resultados definidos, de forma a apoiar os seus objetivos. 3 - O processo de serviços: conceito e fatores relacionados Deste modo, uma empresa e/ou organização voltada para a estrutura de processos entende o seu funcionamento conforme mostra a figura a seguir. Figura 3.4 - Visão processual da organização Fonte: Acervo pessoal. Fonte: SCHMENNE (1999). Podemos, portanto, olhar de maneiras diferentes os processos de serviços em uma matriz que faz um contraste entre intensidade de mão de obra do processo de um lado e o grau de interação e customização do serviço para o consumidor de outro. No quadro a seguir essa matriz será mostrada mais detalhadamente: Quadro 3.2 - Amatriz dos processos de serviços GRAU DE INTENSIDADE DE MÃO DE OBRA GRAU DE INTERAÇÃO E CUSTOMIZAÇÃO BAIXO BAIXO ALTO Fábrica de serviços: Companhias aéreas. Transportadoras. Hotéis. Centros de lazer e recreação. Loja de serviços: Hospitais. Funilaria e mecânica de automóveis. Outros serviços de reparo. ALTO Serviços de massa: Varejo. Atacado. Escolas. Aspectos de varejo das atividades bancárias comerciais. Serviços profissionais: Médicos. Advogados. Contadores. Arquitetos. 33 Considerando o Quadro 3.2, é importante a definição dos seus conceitos relacionados: a) Fábrica de serviços: é quando a mão de obra, a interação com o cliente e a customização tem uma intensidade relativamente baixa. b) Loja de serviços: a partir do momento em que aumenta o grau de interação ou customização para o consumidor, a fábrica de serviços dá lugar à loja de serviços e o mesmo acontece quando a customização torna-se necessária a uma empresa industrial, dando lugar à operação de atendimentos de pedidos. c) Serviços de massa: tem um alto grau de mão de obra, mas tem um baixo grau de interação ou customização para o consumidor. d) Serviços profissionais: quando o grau de interação ou customização aumenta, então o serviço de massa dá lugar ao serviço profissional. Agora vamos conhecer algumas distinções adicionais sobre o processo de serviços que podem ser úteis, na visão de Kotler (2006): a) Os serviços podem ser realizados por equipamentos (máquinas automáticas de refrigerantes, máquinas de lavar louças) ou por pessoas (lavagem de carro, serviços de contabilidade e jurídicos). Os serviços que são realizados por pessoas podem ser de duas maneiras: serviços que não necessita de nenhuma qualificação, e os que necessitam de alguma qualificação e há também os que exigem especialização. b) As empresas prestadoras de serviços podem escolher diferentes processos para fornecer o serviço. Os restaurantes, por exemplo, se apresentam em diferentes formatos: self-service, fast-food, churrascaria. c) Alguns serviços exigem a presença do cliente e outros não. Um tratamento de canal é necessário a presença do cliente, já o conserto de um carro não. Quando a presença do cliente é necessária é importante que o prestador de serviços leve em consideração as suas necessidades. Os proprietários de lojas de roupas infantis investem em músicas infantis, ambiente decorados com desenhos e área de recreação para as crianças se entreterem enquanto suas mães fazem as compras, além de funcionários para cuidarem delas. d) Os serviços também podem se diferenciar de acordo com tipo de atendimento das necessidades. Há serviços que atendem apenas uma necessidade pessoal (serviços pessoais) e outros que atendem a uma necessidade empresarial (serviços empresariais). Por isso os prestadores de serviços devem desenvolver programas de marketing diferentes para mercados pessoais e empresariais. e) Prestadores de serviços também podem se diferenciar dependendo do objetivo que pode ser com ou sem fins lucrativos e em propriedade que podem ser privados ou públicos. O hospital, por exemplo, os programas de marketing são bem diferentes de um hospital privado, dos de um hospital beneficente. Avançando um pouco mais no processo de prestação de serviços é de extrema importância a determinadas regras de etiqueta sejam respeitadas. Vamos a seguir conhecer algumas dicas de etiqueta necessárias para a prestação de serviços. 3.1 - Boas Maneiras ao Telefone: Alô, Tchau e a Conversa Vocês provavelmente nunca pensaram em como atender ao telefone. Mas, nos negócios, a maneira como alguém fala ao telefone não cria uma impressão para quem ligou, mas pode, na verdade, fazer ou quebrar uma venda, um acordo ou um relacionamento. Desse modo, é importante ficarem atentos(as) como os outros veem sua etiqueta ao telefone! Vejamos algumas dicas dos especialistas para fazer com que suas conversas ao telefone ocorreram tranquilamente, segundo Business (2004): a) Ao atender ao telefone diga seu nome e o da sua empresa claramente. Pergunte como pode ajudar a pessoa que está ligando. Se você está atendendo à linha de outra pessoa, cite o nome dela, depois se identifique. b) Se você está ligando para alguém, cite seu nome e o da sua firma e peça para falar com quem você quer entrar em contato. Se um assistente se oferece para anotar um recado, educadamente deixe um recado curto indicando o motivo de sua ligação. c) Seja um ouvinte ativo durante a conversa ao telefone. A outra pessoa não consegue ver você sorrir nem balançar a cabeça, então, não esqueça de falar ocasionalmente “Entendi” ou “Sim” ou “Deixe ver se posso ajudá-lo”. Assim, a outra pessoa tem certeza de que você está ouvindo. d) Perto do final da conversa, tente recapitular os pontos importantes como: “Vejo você na conferência na sexta “ ou “Darei um retorno a você na terça pela manhã”, ou “ Entendo seu problema e faremos o possível para resolver rapidamente”. Mesmo que a conversa tenha ficado um pouco tensa, tente terminá-la de maneira positiva. Agradeça a pessoa pelo seu tempo, independente de quem ligou para quem. e) Quando estiver conversando com alguém sobre assuntos de negócios, respeite o tempo de outra pessoa, afinal é um dia útil e ela provavelmente tem outras coisas para resolver. Faça sua chamada ser informativa e curta sem ser grosso. f) A etiqueta pelo telefone tem um grande papel nas atividades de atendimento ao cliente, bem como em outras estratégias envolvidas em levar serviços ao mercado. Uma voz amigável, uma atitude agradável e vontade de ajudar podem ir longe em direção a concretizar o relacionamento de marketing pelas linhas telefônicas. Mas, quais são esses momentos de verdade e eles estão sendo considerados corretamente na prestação de serviços? Marketing de Serviços e Tecnologias EAD 34 Na modernidade, onde a comunicação extrapola as ligações tradicionais e contamos com recursos tecnológicos como: conferências via Skype, mensagens de áudio por aplicativos de smartphones (como whatsapp), enfim, toda e qualquer forma de contato com o cliente a distância deve ser mediada por atenção, profissionalismo e cordialidade! Vamos conhecer, agora, alguns momentos práticos de verdade na prestação de serviços! ATENÇÃO É preciso considerar que a percepção do cliente a respeito do serviço é formada em cada um dos momentos da verdade, ou seja, em cada momento em que o cliente entra em contato com qualquer aspecto da empresa fornecedora de serviços. 3.1.1 - Coca-Cola O texto a seguir foi escrito a partir da consulta às seguintes fontes: • DEAN, Faust. Coke: wooing the TiVo generation. Business Week, 1 mar 2004, p.77; • KLEBNIKOV, Paul. Cokes sinful world, Forbes: 22 dez. 2003, p. 86; • Coca-Cola Japan to debut beer-flavored soda next month. AsiaPulse News, 13 fev. 2004. • How Coke moulded our view os Fanta Claus to fuel winter sales, Marketing, 18 dez. 2003. • KHERMOUCH, Gerry; BRADY, Diane. The top 100 brands. Business Week, 4 ago. 2003; • WARNER, Fara. Chris Lowe time to get real. FastCompany, abr. 2003. Disponível em: <www. coca-cola.com>. Acesso em 11 fe. 2012. A Coca-Cola é a marca mais conhecida da história. A cada dia, milhares de pessoas em 200 países ao redor do mundo bebem o equivalente a 1,2 bilhão de latas desse refrigerante. O marketing para o século XXI significa alavancar os princípios duradouros desta ciência que funciona e, ao mesmo tempo, inventar novas maneiras de continuar relevante. Fundada em 1883, a Coca-Cola vem conseguindo manter sua marca relevante há mais de cem anos. Suas receitas em 2003 ultrapassaram 21 bilhões de dólares. O primeiro presidente da Coca-Cola, Asa Candler, instituiu muitas das táticas de marketing que são hoje princípios fortemente sedimentados. Para conquistar novos clientes, ele imprimia cupons que permitiam experimentar o refrigerante gratuitamente. E, para favorecer o reconhecimento da marca, distribuíarelógios, calendários e balanças com o logo da Coca-Cola aos farmacêuticos que vendiam a bebida. Também foi ele quem contratou a primeira celebridade da empresa, a cantora de ópera Hilda Clark, na década de 1890. A Coca-Cola se expandiu igualmente para vários países. Durante a Segunda Guerra Mundial, quando o Exército dos Estados Unidos enviava o refrigerante aos soldados na Europa e na Ásia, a Coca-Cola sedimentou sua imagem de “a bebida norte-americana”. Com o tempo, entretanto, a empresa percebeu que precisaria de certa adaptação em cada país. Assim, embora use seu característico logotipo vermelho e branco em todo o mundo, ela utiliza agências de propaganda diferentes em cada país, para que a marca tenha um toque local. Por exemplo, os anúncios da Coca-Cola na Espanha mostram o produto como algo para misturar com vinho, refletindo o uso do produto naquele país. A Coca-Cola também vende uma variedade de refrigerantes de diferentes sabores em diversos países. Visitantes do museu da empresa em Atlanta podem experimentá-los — há de tudo, de refrigerante de melancia fresca (China) a um de ervas muito amargo (Itália), passando por um outro de gengibre (África do Sul). Em 2004, foi lançada no Japão uma bebida carbonatada com sabor de cerveja. Hoje, dois terços da receita da Coca-Cola são provenientes de fora dos Estados Unidos. De fato, é mais fácil enumerar os países onde a Coca não está: Mianmá, Cuba e Síria. Em todo o resto — inclusive em mercados difíceis como Paquistão, Camboja, Libéria, Zimbábue e Colômbia —, a Coca-Cola é um gênero de primeira necessidade amado pelos consumidores. Na verdade, a marca é tão forte e estabelecida que nem mesmo os sentimentos antiamericanos despertados após os atentados de 11 de setembro afetaram suas vendas — a avaliação da marca Coca-Cola aumentou de 68,95 bilhões de dólares em agosto de 2001 para 70,45 bilhões de dólares em agosto de 2003 (o valor da marca rival Pepsi-Cola é de meros 11,78 bilhões de dólares). A Coca-Cola continua, assim, a ser a principal marca global no seu mercado de atuação, tendo ficado em 2003 novamente em primeiro lugar na Global Brand Scorecard da Business Week. Apesar de seu poder, o marketing da Coca-Cola precisa evoluir continuamente. A eficácia dos comerciais de TV, por exemplo, está declinando devido à fragmentação da mídia. Anúncios no horário nobre que atingiam 70 por cento dos norte- americanos na década de 1960 atingiam somente 15 por cento deles em 2004. Diante disso, ela está desviando dinheiro antes usado em televisão para atividades mais experimentais como, por exemplo, o teste em shopping centers de uma área de reunião para adolescentes chamada Coke Red Lounge. Nessa sala, além de ter acesso a videoclipes e videogames exclusivos, os jovens podem comprar Coca-Cola em uma máquina transparente. No Reino Unido, o site mycokemusic. com permite aos internautas baixar legalmente mais de 250 mil canções. Chris Lowe, um executivo de marketing da Coca-Cola, explica como a empresa permanece no topo: “Você não pode jamais trair os valores essenciais da marca, mas pode trabalhar para fazer com que esses valores pareçam renovados e relevantes. Se não conseguir comunicar-se com as pessoas de hoje, vai se tornar um velho ícone”. Lowe descreve os passos para gerar uma campanha sempre renovada: “Há a estratégia de comunicação que você quer transmitir. É preciso testar sua validade e seu impacto entre os consumidores. Então você pega aquele significado essencial da marca e faz com que ganhe vida por meio da propaganda. Depois, você o leva de volta aos consumidores e o testa novamente”. 35 Ainda não se conhecem os resultados da última mudança no marketing da Coca-Cola, mas em 2003 o presidente da empresa, Douglas Daft, disse aos investidores que a Coca-Cola Co. tinha “o que pode ser considerado o mais forte e difuso sistema de marketing e distribuição do mundo”. E, como a Coca-Cola foi o primeiro refrigerante bebido no espaço, talvez até mesmo o céu não seja o limite. O ciclo de serviços é uma sequência específica de momentos de verdade. Momento de Verdade é o instante em que o cliente entra em contato com qualquer setor ou pessoa da empresa e forma a sua opinião sobre a qualidade do serviço. Processo de serviços é uma organização sequenciada de atividades com foco no resultado final para o cliente. Realizem as atividades propostas no Ambiente Virtual e, caso vocês tenham ficado com dúvidas sobre a Aula 3, acessem as ferramentas “fórum”, “quadro de avisos” ou “chat” para interagir com seus colegas de curso e com seu tutor. Participem, afinal vocês são o personagem principal de sua aprendizagem! Retomando a aula Para encerrar a Aula 3, vamos relembrar os conteúdos estudados: 1 – Momentos de verdade na prestação de serviços: introdução Na seção 1, você teve a oportunidade de construir conhecimentos sobre a prestação de serviços que é realizada na forma de um ciclo de atividades no qual estão inseridos os momentos de verdade que consistem nas situações em que o cliente entra em contato com a empresa prestadora. Além disso, verificamos que para garantir a qualidade nos serviços fornecidos é preciso que os momentos de verdade satisfaçam às necessidades demandadas pelos clientes. 2 – A percepção do cliente perante o serviço Já na Seção 2, ficamos conhecendo a importância – na elaboração e oferta dos serviços – de considerar a visão do cliente, bem como, percebemos que é essencial para a satisfação do cliente que haja uma sintonia entre a visão do cliente e da empresa sobre o serviço a ser oferecido. 3 – O processo de serviços: conceito e fatores relacionados Finalizando esta aula, foram apresentados os principais conceitos e fatores relacionados com o processo de serviços. Essa abordagem foi importante, uma vez que permitiu consolidar os conhecimentos sobre o processo de serviços com as suas grandes questões inerentes, como a adequação desse processo às necessidades do cliente bem como boas práticas de etiqueta. Vale a pena FILHO, Vinícius de Luca. Serviços em centros de informações turísticas. Revista de Estudos Turísticos, 18. ed., jun. 2006. FITZSIMONS, Mona. Administração de serviços: operações, estratégia e tecnologia da informação. Tradução de Gustavo Severo de Borbaet. 4. ed. Bookman: Porto Alegre, 2005. GORDON, Ian. Marketing de relacionamento: estratégias, técnicas. São Paulo: Futura, 1999. GRAVES, Philip. Por dentro da mente do consumidor. Porto Alegre: Elsevier, 2011. KOTLER, Philip. Administração de marketing.Tradução de Monica Rosenberg et al.12. ed.São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. KURTZ, David; CLOW, Kenneth E. Services marketing, Nova York: Wiley, 1998. NORMANN, Richad. Administração de serviços: estratégia e liderança na empresa de serviços. Tradução de Ailton Brandão Filho. São Paulo: Atlas, 1998. PARASURAMAN, A .; ZEITHAML, V. A .; BERRY, L. L. A conceptual model of service quality and its implications for future research. Journal of marketing.49 ed. 1985. SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert. Administração da produção. Tradução de Ailton Brandão Filho. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002. Vale a pena ler CIDADEMARKETING. Marketing e assuntos correlatos. Disponível em: <http://www.cidademarketing. com.br/>. Acesso em: 3 mar. 2012. COLADAWEB. Marketing de serviços. Disponível em: <http://www.coladaweb. com/marketing/marketing-de- servicos>. Acesso em: 3 mar. 2012. ESSORTMENT. Business telephone etiquette for success. Disponível em: <http:/ny.essortment.com/ businesstelephon_rti.htm>. Acesso em: 15 mar. 2005. HILSDORF, Carlos. Agregando valor através dos serviços. Disponível em: <http://www.cidademarketing. com.br/2009/ar/125/agregando-valor-atravs-dos-servios. html>. Acesso em: 3 mar. 2012. LEDGERWOOD,Marilyn. Telephone etiquette PageWise.Disponível em:<http:/mt.essortment.com/ telephoneetique_rbpa.htm>. Acesso em: 2 de abr. 2004. MARKETING. Referência brasileiraem marketing. Disponível em: <http://www.marketing.com.br/>. Acesso em: 3 mar. 2012. NUNES, Paulo. Conceito de serviço. Disponível em: <http://www.knoow.net/cienceconempr/economia/ Vale a pena acessar Marketing de Serviços e Tecnologias EAD 36 servico.htm>. Acesso em: 3 mar. 2012. SIQUEIRA, Jairo. Excelência em serviços (2007). Disponível em: <http://www.slideshare.net/Siqueira/ excelencia-em-servios>. Acesso em: 2 mar. 2012. STRACK, Jair. Campo competitivo e valor percebido. Disponível em: <http://jair.strack.nom.br/?p=81>. Acesso em: 3 mar. 2012. UFMG. Prestação de serviços. Disponível em: <http://www.ufmg.br/proex/arquivos/co_coordcomext_ relatorio1999/prestacao.html>. Acesso em: 3 mar. 2012. UFSC. Qualidade percebida em serviços. Disponível em: <http://www.lgti.ufsc.br/planejamento/aulas/serv04. pdf>. Acesso em: 2 mar. 2012. Apolo 13: aborda questões relacionadas com a elaboração de trabalhos de marketing que perdem o foco no cliente. O ponto que estamos evidenciando é realmente o de maior peso e o mais valorizado pelos consumidores? É este o produto que o cliente busca. À procura da felicidade: Aborda questões relacionadas a como adequar as suas práticas empresariais aos desejos dos clientes tendo o sucesso como resultado conseqüente. O Diabo veste Prada: mostra, de forma bem incisiva e interessante, as grandes questões do marketing e do foco no cliente para a obtenção do sucesso. SEBRAE. Quais as melhores maneiras de manter o cliente fiel? Disponível em: <http://www2.rj.sebrae.com.br/boletim/ video-quais-as-melhores-maneiras-de-manter-o-cliente- fiel/>. Acesso em: 4 mar. 2012. YOUTUBE. Conceito de momento de verdade. Disponível em: <www.youtube. com/watch?v=tEO1t4u4t7U>. Acesso em: 4 mar. 2012. ______. Dica do Prof. Marins: prestação de serviços. Disponível em: <http://www.youtube.com/ watch?v=t6dFM91zuhI>. Acesso em: 2 mar. 2012. Vale a pena assistir Minhas anotações
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