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EMANCIPAÇÃO CONCEITOS

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Nome: Letícia Bernardes de Lucena 
R.A.: 22002600
Turma/Campus: 1° semestre/B/ Taguatinga Sul
Turno: Matutino
1. Conceitue emancipação.
A emancipação é a antecipação da maioridade civil, antecipação da capacidade civil plena, aos relativamente incapazes. Essa concessão da maioridade pode ser concedida pelos pais ou por sentença judicial, pelo casamento, pelo exercício de emprego público efetivo, por colação de grau em curso de ensino superior ou pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência da relação de emprego, desde que, em função deles, o menor de dezesseis anos completos, comprove que tenha economia própria.
A incapacidade cessa com o fim da causa que lhe determinou ou com a aquisição da maioridade civil, uma vez constatada uma dessas situações, opera-se a aquisição da capacidade plena. No entanto, a emancipação não excluiu a responsabilidade dos pais decorrentes dos atos ilícitos do filho menor de dezoito anos.
· Incisos da Emancipação
II- Casamento Putativo-Jurisprudência
· Putatividade do casamento (CC, art. 1.561), quando um ou ambos, os cônjuges estiverem de boa-fé. Nesse caso juiz pode reconhecer a produção de efeitos desse casamento, e por isso, não retornará o cônjuge de boa-fé à incapacidade, confirmando a emancipação;
· Casamento anulável produz efeitos até que sobrevenha uma decisão judicial, desta forma haverá emancipação dos noivos, que não retornam ao estado anterior, mesmo se reconhecida à invalidade;
· Casamento nulo, não há produção de efeitos, portanto não há emancipação;
· União estável não abarca emancipação.
Há uma hipótese específica de emancipação no sistema jurídico pátrio. É a cessação da incapacidade, do homem e da mulher, para fins de serviço militar,´´ para efeito de serviço militar, cessará a incapacidade na data em que completar dezessete anos.`` (art. 73 da Lei n° 4.375/64)
2. Analise suas espécies
Tipos de emancipação:
· Voluntária: Concessão voluntária dos pais para emancipar o filho. Não precisa de autorização jurídica, pois os pais possuem poder familiar.
Outorgada pelos pais, em conjunto ou na falta de um deles, pelo outro, através de escritura pública, registrada no Cartório de Registro Civil do lugar onde está assentado o registro de nascimento da pessoa-emancipanda (CC art. 9°, II- a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz)
Somente é cabível ao juiz deliberar sobre a emancipação na hipótese de falta de ambos os pais ou de conflito de opinião entre eles
A emancipação voluntária, sempre será irrevogável e irretratável e só pode ser concedida a menores que já tenham 16 anos.
· Legal- Quando o menor com pelo menos 16 anos de idade, vem a praticar determinado ato reputado incompatível com a sua condição de incapaz. Em determinadas situações entende-se que a prática de certos atos, por si só, implicam no reconhecimento da plena capacidade. Trazem consigo uma presunção implícita de amadurecimento psicológico. Estão expressos no art. 5° do CC
Pode-se mencionar a emancipação judicial que ocorre quando menor-emancipando está sob tutela, ou na hipótese da falta de ambos os pais ou na existência de conflito entre a vontade paterna e materna.
Outra classificação para os tipos de emancipações:
· Legal
· Expressa- documento solene
Concessão dos pais;
Tutor autorizado pelo juiz a comparecer no cartório;
Um pai na falta de outro, pede a emancipação.
3. No texto encontramos algumas jurisprudências. Deste modo, análise e faça uma crítica com relação às jurisprudências descritas.
A primeira e a segunda jurisprudência apresentadas são semelhantes, afinal em ambos os casos os indivíduos, apesar de emancipados, não possuíam 18 anos completos e por isso não cumpriam os requisitos impostos pelos editais para serem convocados ou assumirem o cargo.
No primeiro caso, apesar de a candidata não ter completado 18 anos na data da posse, ela já havia sido emancipada, o ministro também ressalta que o cargo de auxiliar de biblioteca não possui exigências que requeiram uma rigorosa observância da idade mínima, além disso o artigo 5° do Código Civil estabelece como hipóteses da cessação da incapacidade a emancipação voluntária concedida pelos pais, como no caso dos autos, e o exercício de emprego público, sendo assim é permitido o acesso ao emprego público efetivo aos menores de 18 anos.
No segundo caso um candidato ao cargo de oficial da Polícia Militar foi excluído do concurso, pois no dia da convocação para o programa de formação, não havia completado 18 anos.
Para o tribunal (TJMT), a natureza do cargo de policial militar exige e justifica que a idade seja preconizada no edital e que isso não implica em lesão ou afronta aos princípios constitucionais.
No entanto, o relator do caso, afirmou que a atividade administrativa deve se pautar, entre outros, no princípio da razoabilidade e consequentemente adequação entre meios e fins, além de observância do interesse público.
Segundo o ministro, a exigência do edital se baseou na Lei Complementar que prevê a limitação de idade para o ingresso da carreira militar, no entanto, neste contexto do caso concreto, o cumprimento da lei acabou por feri-la, pois excluiu o candidato e não considerou a adequação de meios e fins, impôs uma medida de restrição além da necessária e não interpretou a lei da maneira que melhor garantisse o atendimento do fim público.
No âmbito do direito privado, a quarta turma analisou o pedido de indenização de um ciclista que foi atropelado por veículo conduzido por menor antecipado. As instâncias ordinárias condenaram o menor e seus pais a indenizar esse ciclista. Entretanto, os pais do menor alegaram que não poderiam ser responsabilizados solidariamente pelo acidente já que o filho é emancipado, possuía atividade profissional e não dependia mais deles.
A jurisprudência do tribunal foi a de que, a emancipação voluntária, diferente da operada por força da lei, como é a hipótese do casamento, não excluí a responsabilidade civil dos pais pelos atos praticados pelos seus filhos menores de dezoito anos (18), sendo assim os pais e o filho emancipado menor são obrigados a pagar indenização ao ciclista.
O filho maior inválido tem direito à pensão do segurado falecido caso a invalidez seja anterior ao óbito, mesmo que posterior à emancipação ou maioridade, sendo assim, o TRF1 considerou devida pensão por morte a filha de segurado falecido que demonstrou dependência econômica em relação aos pais. Entretanto a autarquia previdenciária sustentou a improcedência do pedido de pensiona mento.
O ministro manteve o acórdão do TRF1, apontando que a jurisprudência do STJ no sentido que o decreto 3.048/1999, ao exigir que a invalidez seja anterior ao implemento da idade de 21 anos ou de emancipação, extrapolou os limites do poder regulamentar, afinal isto é irrelevante, pois nos termos do artigo 16, I, da lei 8.123/1991, será dependente o filho maior inválido, presumindo-se assim sua dependência econômica.
No âmbito do direito de família a Terceira Turma do STJ decidiu em 2003 que a emancipação do alimentado e sua declaração dando quitação das verbas vencidas constituem prova de não haver motivo para a manutenção do cárcere.
O devedor alegou que fez o depósito referente aos três últimos meses e que, além disso, juntou cópia de escritura de emancipação do alimentado e a declaração de quitação, sendo assim, para o relator os documentos juntados aos autos representavam a ‘prova plena da desnecessidade da prisão civil. Apesar de que o crédito alimentar foi constituído antes da emancipação do credor e de que o sustento deste foi suprido apenas pela genitora, que deve buscar receber tal valor, este fato não reveste de legalidade a prisão decretada.
Referências Bibliográficas: LÔBO, Paulo. Direito Civil 1: Parte Geral. Saraiva, 2017.
CHAVES DE FARIAS, Cristiano e ROSENVALD, Nelson. Direito Civil: Teoria geral. Lumen Juris, 2010.

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