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Serviço Social Administração e Planejamento em Serviço Social Professora: Rosane Ap. Belieiro Malvezzi Formação: Mestre em Metodologias para o Ensino de linguagens e suas tecnologias TA 5 Formulação de Planos, Programas e Projetos Resumo Unidade de Ensino: Formulação de Planos, Programas e Projetos Competência da Unidade de Ensino: Conhecer e compreender as fases de planejamento social dando aplicabilidade tanto no trabalho do/a assistente social, como no âmbito das políticas sociais. Resumo: Nessa unidade o aluno poderá compreender o passo a passo da produção de um projeto social Palavras-chave: Ciclo de projeto, projetos, metodologia Título da teleaula: Formulação de Planos, Programas e Projetos Teleaula nº: Nº 05 A Consultoria Práxis Social foi contratada pela Secretaria de Assistência Social para realizar diversas atividades na comunidade de Paraisópolis, onde situa-se uma das maiores favelas da cidade de São Paulo. O contrato preconiza atividades desde diagnóstico social até a elaboração de um projeto social. Atenção a Meta 3: Cadastrar as famílias com beneficiários do BPC (Benefício de Prestação Continuada) no CadÚníco. Convite ao estudo A comunidade Paraisópolis apresenta diversas problemáticas com relação a infraestrutura, assistência social, educação e cultura, segurança, porém o que aparentemente tem ocorrido muito e inviabilizado a implantação de novos projetos é o fato da população não participar dos Conselhos Municipais de Assistência Social, não se utilizando desse espaço de luta pelas garantias sociais e reivindicação. Convite ao estudo Planejamento é uma ferramenta fundamental no cotidiano profissional de um assistente social; É necessário desenvolver habilidades e competências para realizar as fases metodológicas de um bom planejamento; Compreender que há dimensões políticas, éticas e racionais e que o processo de planejamento é cíclico; Inicia-se por conhecer a realidade territorial utilizando-se de uma escuta qualificada instrumento de fundamental importância para a elaboração e execução das ações. Contextualizando a TA Pensando a aula: situação geradora de aprendizagem O desafio será acompanhar a assistente social Maria Tereza, no engajamento da comunidade para a participação de todos no processo de diagnóstico. Também será o de pensar, a partir do território, em ferramentas e indicadores sociais, que possam evidenciar mudanças a longo prazo. Por onde começar o nosso primeiro desafio? Compreendendo que necessitamos utilizar os indicadores sociais; Origem do termo “indicador” que, conforme Calil (2013, p. 61), tem origem do latim, indicatore, e significa “aquilo que indica ou serve de indicação”. No cotidiano os indicadores servem para nos ajudar a compreender e a realizar leituras sobre diversos fenômenos existentes em nosso cotidiano sejam eles no âmbito público ou privado. Indicadores sociais • No âmbito das políticas públicas, há diversos indicadores que são acompanhados e avaliados, como nível de desemprego, Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), programas como Bolsa Família e tantos outros que são possíveis acompanhar através de leituras dos relatórios apresentados pelos órgãos gestores. Indicadores sociais Os indicadores são fundamentais para que se possam tomar decisões, fazer comparações e mensurar resultados que colaborem para a leitura da realidade. No entanto, os indicadores não podem ser os únicos meios de verificação. Problematizando a Situação-Problema 1 Observe que os indicadores são ferramentas que devem nos auxiliam na tomada de decisão e pode ser uma das formas de conhecer a realidade da qual se deseja realizar alguma intervenção. Por isso é importante saber ler os indicadores, ter um olhar sensível para os números, caso contrário ele também pode nos auxiliar a tomar decisões equivocadas. Lembre-se que por trás dos diversos indicadores de acompanhamento do programa Bolsa Família por exemplo, há famílias, sujeitos, ou seja, seres humanos e que precisam ser tratados de forma igualmente sensível! O papel dos indicadores sociais nos programas, projetos e nas políticas públicas é de acompanhar o desempenho dos objetivos das iniciativas e poder realizar, de forma eficaz, uma leitura mais aproximada da realidade. O planejamento, passa por fases, ou seja, por ciclos, que denominamos ciclo de vida, em projetos; Segundo Armani (2009, p.30), “os projetos têm um ciclo de vida, elas nascem, crescem, tomam forma, modificam-se e, eventualmente morrem. Ciclo de vida dos projetos “O processo de elaboração do projeto não é a mesma coisa do que redigir o documento de apresentação do mesmo. Redigir o “projeto” é, em verdade, apenas o último passo do processo de elaboração” (ARMANI, 2009, p.30). Por aproximações sucessivas podemos dizer que podem ser definidas em cinco etapas: 1ª identificação, 2ª elaboração, 3ª aprovação, 4ª implementação do Sistema de Avaliação e Monitoramento. 5ª avaliação do projeto (mensuração dos dados levantados). Etapas para a elaboração de um projeto Ciclo de vida dos projetos IDENTIFICAÇÃO E REPLANEJAMENTO AVALIAÇÃO ELABORAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO M&A APROVAÇÃO Segundo Armani (2009, p. 31), a cada novo ciclo, devem-se produzir mudanças significativas nas condições materiais de vida e no aprendizado dos beneficiários, na sua capacidade organizativa e no fortalecimento de seu poder de influenciar o contexto mais amplo. FASE DE IDENTIFICAÇÃO: identificação da oportunidade de intervenção, pelo exame preliminar da sustentabilidade do projeto e pelo diagnóstico da problemática. Objeto: É o segmento da realidade que lhe é posto como desafio, é um aspecto determinado de uma realidade total sobre a qual irá formular um conjunto de reflexões e de proposições para a intervenção. (Batista, 2007, p. 30) OBJETO Objeto = situação adversa = condição negativa Não existe um modelo padrão para escrever um projeto. Várias formas/roteiros podem ser utilizadas. Além disso, na captação de recursos e na solicitação de apoio financeiro, você encontrará agências financiadoras que têm roteiros e formulários próprios e exigências de documentação específica a ser anexada. De qualquer maneira, a natureza de seu projeto é que determinará qual deve ser o roteiro de seu documento. Modelos 1. Titulo do projeto 2. Sumário executivo 3. Apresentação da organização 4. Análise de contexto e justificativa 5. Objetivo geral, objetivos específicos e metas 6. Público alvo 7. Metodologias 8. Sistemas de Avaliação 9. Cronograma de atividades 10. Cronograma físico-financeiro e Orçamento 11. Anexos Problematizando a Situação-Problema 2 Situação-Problema O contrato com a Consultoria Práxis Social iniciará com a atividade de conhecer o território, identificando as demandas prioritárias da comunidade. É um grande desafio visto que o a comunidade tem aproximadamente 42 mil habitantes. Então, como realizar o planejamento das ações para atender a meta 20? Suponha que no diagnóstico da comunidade realizado pela Consultoria Práxis Social, evidenciou-se os seguintes dados: 50% das pessoas e usuários do CRAS e CREAS que estiveram nas ações desenvolvidas informaram que não participavam dos Conselhos Municipais porque não tinham conhecimento dessa atividade, da sua importância, muito menos como deveria ser a sua ação nesse mecanismo de participação popular. Considerando os dados levantados, como farão um projeto que vise intervir em tal realidade? • Podem ser agendadas algumas reuniões a tarde e aos sábados pela manhã afim de aumentar a participação para apresentar a função do conselho de assistência social. • Elaborar um cronograma com as datas e horários das reuniões; • Cada reunião seja fomentada a presença de ao menos cinco participantes. • Estas pessoas serão responsáveis por apresentar os pleitos da comunidade e apresentar as discussões realizadas no conselho.Resolvendo a situação problema Resolvendo a situação problema Indicadores de acompanhamento QUALIDADES ESPERÁVEIS DE UM BOM PROJETO 1. Simplicidade e clareza na redação. 2. Disposição gráfica adequada. 3. Clareza e precisão nas ilustrações. 4. Objetividade e exatidão nas ilustrações. 5. Suficiência precisão. 6. Ser compatível e coerente. 7. Apresentar limitação temporal e espacial. Encerrando a TA Na construção dos objetivos o técnico deve observar o acompanhamento da dinâmica da vida social em sua totalidade, identificando as múltiplas dimensões da realidade particular na qual incide a prática profissional. (IAMAMOTO, 2003)
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