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TUTORIAL MORTE CELULAR

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FACULDADE MADRE THAÍS
DOCENTE: MÁRCIA FLÁVIA; DISCIPLINA: PATOLOGIA.
DISCENTE: JEIZA SANTOS DA SILVA; CURSO: FARMÁCIA, 4 SEMESTRE.
TUTORIAL MORTE CELULAR
1. O que é lesão celular?
R: Conjunto de alterações morfológicas e moleculares e/ou funcionais que surgem nos tecidos após agressões. A resposta celular ao estimulo nocivo depende do tipo de agressão, da sua duração e sua intensidade. As consequências da lesão celular dependem do tipo, estado e adaptabilidade da célula. A lesão celular é resultante de diferentes mecanismos bioquímicos que agem em vários componentes celulares essenciais.
2. Quais os tipos de lesões celulares podem ocorrer? Defina-as.
R: As lesões celulares podem ser reversíveis e irreversíveis, ou seja, podem sobreviver ou morrer.
Reversíveis: a célula agredida pelo estímulo nocivo sofre alterações funcionais e morfológicas, porém mantém-se viva, recuperando- se quando o estímulo nocivo é retirado ou cessa.
Irreversíveis: a célula torna-se incapaz de se recuperar depois de cessada a agressão, caminhando para a morte celular.
3. Quais os fatores que influenciam para uma lesão se tornar irreversível?
R: 1) Privação de oxigênio (hipóxia ou anóxia) - asfixia altitudes extremas;
 2) Isquemia - obstrução arterial;
 3) Agentes físicos - trauma mecânico, queimaduras, radiação solar;
4) Agentes químicos - álcool, medicamentos, poluentes ambientais, venenos;
 5) Agentes infecciosos - vírus, bactérias, fungos;
 6) Reações imunológicas - doenças auto-imunes, reação anafilática;
 7) Defeitos genéticos - anemia falciforme;
 8) Alterações nutricionais - obesidade, má-nutrição. 
4. Quais as consequências de uma lesão irreversível?
R: Morte celular, necrose, apoptose. 
5. O que é morte celular?
R: Com a persistência do dano, a lesão torna-se irreversível e, com o tempo a célula não pode se recuperar e morre. Existem dois tipos principais de morte celular, necrose e apoptose.
6. Quais os tipos de morte celular? Defina-as.
R: Necrose é o padrão de morte celular encontrado em diversas agressões comuns, como as que se seguem a isquemia, exposição a substancias tóxicas e várias infecções e traumas. Foi considerada uma forma acidental e desregulada de morte celular resultante de danos a membranas celulares e perda da homeostase dos íons. Quando a lesão das membranas é grave, as enzimas lisossômicas entram no citoplasma e digerem a célula dando origem a um conjunto de alterações morfológicas descritas como necrose. Conteúdos celulares são perdidos através da membrana plasmática lesada, para o meio extracelular, onde despertam uma reação no hospedeiro – inflamação. 
Apoptose é a via de morte celular que é induzida por um programa intracelular altamente regulado, no qual as células destinadas a morrer ativam enzimas que degradam seu DNA nuclear e as proteínas citoplasmáticas. Os sinais que induzem a apoptose incluem a ausência de fatores de crescimento ou hormônios, a ação específica dos receptores de morte e os agentes nocivos. Esse fenômeno, portanto, pode estar presente em situações fisiológicas e em condições patológicas.
7. O que é autólise e a que está relacionada?
R: A autólise corresponde à destruição da célula por liberação de enzimas no citoplasma. Ela resulta da ruptura dos lisossomos no interior da célula, liberando suas enzimas digestivas, o que leva à destruição da célula por dissolução.
8. Quais as principais características macroscópicas da necrose?
R: Necrose isquêmica de órgãos de circulação terminal: Coloração esbranquiçada, tumefação (fazendo saliência na superfície do órgão ou na superfície do corte).
Necrose anóxica em órgão de circulação dupla: Extravasamento de sangue e aspecto hemorrágico (vermelho escuro ou vermelho vinho).
Na tuberculose (necrose caseosa): Aspecto de massa de queijo, esbranquiçada e quebradiça. 
Na sífilis: Aspecto semelhante à goma (necrose gomosa);
Tipo liquefeito (necrose por liquefação ou coliquativa): Tecido digerido até a liquefação, aspecto semifluido;
9. E microscópicas?
R: Picnose: Retração nuclear, aumento de basofilia, condensação do DNA, redução do volume nuclear (Núcleo Hipercromado).
Cariorrexe: Núcleo sofre fragmentação, dispersão da cromatina nuclear e perda dos limites nucleares.
Cariólise ou Cromatólise: Dissolução da cromatina, devido a DNAse e núcleo sem coloração ou muito pouco corado.
Acidofilia (eosinofilia): Em razão da redução do pH local, lise do citoplasma (Que se mostra pálido e vacuolizado), perda do contorno celular e redução na afinidade tintorial do citoplasma e do núcleo aos corantes de rotina (H&E).
10. Diferencie necrose de coagulação ou isquêmica da necrose de liquefação. Cite exemplos.
R: Necrose de Coagulação: é característica da morte por hipóxia em todos os tecidos, à exceção do cérebro. Com isso a acidose intracelular desnatura proteínas e enzimas, bloqueando a proteólise celular. O tecido, ainda, apresenta a textura firme e a manutenção da sua arquitetura, com preservação do contorno celular por pelo menos alguns dias.
Figura 1: Necrose de coagulação.
Necrose de liquefação: é característica de infecções bacterianas ou fúngicas, pois estas estimulam o acúmulo de células inflamatórias, sendo as células mortas completamente digeridas por enzimas. O resultado final é a transformação do tecido em massa viscosa.
Figura 2: Necrose de liquefação.
11. Diferencie a necrose gordurosa da necrose caseosa. Cite exemplos.
R: Necrose caseosa: Esse termo é derivado da aparência semelhante a queijo branco da área necrótica. É uma forma distinta de necrose de coagulação, encontrada comumente em focos de tuberculose, os quais são caracterizados por reação granulomatosa.
Figura 3: Necrose caseosa.
Necrose gordurosa: se refere a áreas de destruição de gordura que ocorre como resultado da liberação de lípases pancreáticas ativadas no parênquima pancreático.
Figura 4: Necrose gordurosa.
12. De que forma a necrose evolui? Explique cada um dos tipos de evolução da necrose.
R: Geralmente como consequência da necrose há um processo inflamatório que se encarrega de digerir as células mortas para que possam ser reabsorvidas e substituídas por células semelhantes àquelas destruídas (regeneração) ou por tecido fibroso (cicatrização). Em algumas ocasiões o tecido necrótico pode sofrer calcificação (calcificação distrófica), como por exemplo, na tuberculose primária e na pancreatite ou encistamento (pseudocisto do pâncreas) ou ainda eliminação (caverna tuberculosa).
Regeneração: o tecido morto é substituído por outro morfofuncionalmente idêntico. Há a substituição de células perdidas por células semelhantes, estrutural e funcionalmente completas. A regeneração depende da nobreza das células.
1. Células lábeis: epitélios, pele, mucosas, ductos, tecido hematopoético;
2. Células estáveis: células parenquimatosas (fígado, rim, pâncreas) e tecido osteocartilaginoso;
3. Células permanentes (perenes): sistema nervoso (neurônios), músculo estriado, cardíaco.
Cicatrização: Processo pelo qual o tecido lesado é substituído por tecido conjuntivo vascularizado. 
Primeiro passo: instalação de reação inflamatória – células do exsudato de células fagocitárias reabsorvem restos celulares e sangue extravasado. 
Em seguida – proliferação fibroblástica e endotelial formando o tecido conjuntivo cicatricial (tecido de granulação). 
Finalmente – remodelação com redução do volume da cicatriz.
Gangrena: condição em que há a morte do tecido corporal devido a uma interrupção do aporte sanguíneo naquela região ou em decorrência de uma infecção bacteriana. A gangrena pode ser classificada em seca, úmida e gasosa, e pode atingir qualquer parte do corpo, entretanto, geralmente, é mais comum nas extremidades periféricas, como pés e mãos.
Gangrena Seca: É também chamada de "Mumificação" e está usualmente associada à necrose isquêmica de extremidades, quando esta se desenvolve lenta e gradualmente, possibilitando a perda de líquido através da insuficiência do fluxo de líquidos nutrientes, da drenagem e da evaporação dos mesmos no local afetado pela isquemia.Gangrena Úmida: É também chamada de "Gangrena pútrida" e quando afeta a cavidade oral recebe a denominação especial de "Noma" (denotando a contaminação com Fusobacterium spp). Pode ocorrer tanto em extremidades (pele, membros apendiculares, glândula mamaria) quanto em vísceras internas (útero, pulmões, intestinos, etc...) O importante é que haja fácil acesso de bactérias ao tecido necrótico.
Gangrena Gasosa: É também conhecida como "Gangrena enfizematosa", "gangrena crepitante" ou "gangrena bolhosa". Trata-se de um grupo de entidades nosológicas específicas ("Edema maligno" e "Carbúnculo sintomático"). São causadas por bactérias anaeróbicas produtoras de gás (H2, CO2, CH4, NH3, SH2), de ácido butírico (de onde o odor característico de manteiga rançosa) e de ácido acético. Enzimas proteolíticas produzidas degradam os tecidos tornando-os escuros, tumefeitos e crepitantes.

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