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Inicial trabalhista - Rito Sumaríssimo (peça 02)

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA __ VARA DO TRABALHO DE DOIS VIZINHOS/PR.
MAURICÍO NUNES, brasileiro, estado civil, desempregado, inscrito no RG de nº xxx, CPF nº 111.123.222-00, CTPS nº xxx, PIS nº xxx, residente e domiciliado na Rua das Virgens, nº 1199, na cidade de Cascavel/PR, por meio da sua advogada que esta subscreve, nos termos da procuração (anexa), vem, perante a Vossa Excelência, com fulcro no Artigo 840, §1º e Art. 852-A , ambos da Consolidação das Leis do Trabalho, propor a presente
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA (Pelo rito Sumaríssimo)
Em face de MULTIMARCAS LTDA, Pessoa Jurídica de Direito Privado, inscrita no CNPJ nº 18.111.788/0001-89, com endereço na Rua Riveira, s/n, na Cidade de Dois Vizinhos/PR, o que faz em conformidade com os fundamentos fáticos e jurídicos a seguir expostos:
I. DOS FATOS:
O Reclamante foi admitido pelo Reclamado no dia 01/02/2018, para exercer a função de mecânico, com remuneração de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais). Com jornada de trabalho de segunda a sexta-feira, que compreendia das 08h00min às 17h00min, com 30 (trinta) minutos de almoço.
Entretanto, no dia 15/06/2018 foi notificado da sua dispensa sem justa causa, extinguindo a relação laboral no dia 15/07/2018. O reclamante até o presente momento não recebeu nenhuma verba rescisória, sendo que, o FGTS fora recolhido em 8% durante o contrato de trabalho (extrato bancário anexo), contudo, ao procurar o reclamado, foi surpreendido com a ausência de verbas e das guias rescisórias.
II. PRELIMINARMENTE:
1. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Cumpre salientar que o Reclamante não possui condições financeiras de arcar com custas processuais e honorárias advocatícios, sem prejuízo ao seu próprio sustendo, uma vez que se encontra desempregado como consta declaração anexa, requerendo desde já os benefícios da justiça gratuita, nos termos do art. 790, §3º da CLT.
De acordo com a Súmula 463, I do TST temos também: “ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. COMPROVAÇÃO (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 304 da SBDI-1, com alterações decorrentes do CPC de 2015)- Res. 219/2017, DEJT divulgado em 28, 29 e 30.06.2017 – republicada - DEJT divulgado em 12, 13 e 14.07.2017. I – A partir de 26.06.2017, para a concessão da assistência judiciária gratuita à pessoa natural, basta a declaração de hipossuficiência econômica firmada pela parte ou por seu advogado, desde que munido de procuração com poderes específicos para esse fim (art. 105 do CPC de 2015). Ou seja, a declaração de hipossuficiência anexa a exordial garante a gratuidade de justiça ao reclamante.
Sendo assim requer a concessão do benefício da gratuidade de justiça ao reclamante por não ter condições de arcar com as custas do processo.
III - DO DIREITO
1. DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
O Reclamante, como já informado anteriormente trabalhava de mecânico para a reclamada, onde laborava na oficina em condições insalubres, sendo que não usava EPI’S capazes de neutralizar os agentes químicos nocivos à saúde.
Assim, como o Reclamante não recebia EPI's que pudessem neutralizar os fatores de risco individuais e coletivos, faz jus ao devido adicional no percentual máximo.
Posto isto, vê-se que o art. 192 da CLT dispõe: 
“Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo.” 
Ainda, o Reclamante ficava exposto a óleo e graxas enquanto laborava para a Reclamada, sendo assim, entende o Tribunal Regional do Trabalho:
“ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. GRAXAS E ÓLEO MINERAL. Comprovado que o autor mantinha contato habitual com óleo mineral e graxa, não elidido pela utilização de EPIs, é devido o adicional de insalubridade em grau máximo, de acordo com o Anexo nº 13 da NR-15 da Portaria nº 3.214 do MTE. Recurso da reclamada desprovido, no tópico. (TRT-4, Relator: ANDRÉ REVERBEL FERNANDES, Data de Julgamento: 20/03/2014, 2ª Vara do Trabalho de Canoas)”
Diante disto, o cálculo abaixo demonstra cabalmente o valor devido pela Reclamada ao Reclamante. Vejamos:
- 40% do salário mínimo, sendo assim:
Diante do exposto, requer que seja pago ao Reclamante o adicional de insalubridade no valor de R$2.092,80 (dois mil e noventa e dois reais e oitenta centavos) conforme cálculo demonstrativo acima, uma vez que devido e de direito ao Reclamante.
2. DAS HORAS EXTRAS
O Reclamante laborou segunda a sexta das 08h00min às 17h00min com 30 (trinta) minutos de intervalo intrajornada, totalizando 08 horas e 30 minutos de trabalhos diários.
Veja Excelência, o Reclamante claramente laborou para o Reclamado em horário que viola o dispositivo legal estipulado, conforme prevê o art. 58 da CLT, que diz:
“Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.”
Ainda que assim não fosse, é direito constitucional do Reclamante, previsto expressamente na Carta Magna, no art. 7º, inciso XIII da CF, que trás: 
Art. 07 – São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
[...]
XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.
Acerca do tema, o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª região dispõe:
“Ementa: CARTÃO DE PONTO. VALIDADE. HORAS EXTRAS NÃO PAGAS NA TOTALIDADE. Embora não elidida a presunção de validade dos cartões de ponto, verificou-se que a totalidade das horas extras anotadas não era quitada, impondo-se a manutenção da sentença que deferiu as diferenças de horas extras. Recurso nãoprovido, no ponto. (Processo: RO - 0001488-72.2016.5.06.0313, Redator: Milton Gouveia da Silva Filho, Data de julgamento: 18/04/2018, Segunda Turma, Data da assinatura: 19/04/2018) Encontrado em: , por unanimidade, dar parcial provimento aos recursos para autorizar a dedução das parcelas já pagas”
Segue cálculo das horas extras devidas pelo Reclamado:
Pelo exposto, requer que seja concedido as horas extras trabalhadas no montante de R$ 990,39 (novecentos e noventa reais e trinta e nove centavos). 
2.1 - REFLEXOS DAS HORAS EXTRAS EM REPOSUO SEMANAL REMUNERADO:
A CLT trás expressamente em sua redação, que o empregado terá direito a um descanso semanal remunerado, sendo assim, vejamos o disposto no art. 67 da CLT:
“Art. 67 - Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte.”
Sendo assim, é devido ao Reclamante o descanso semanal remunerado conforme previsão legal acima, conforme a seguir: 
Diante disto, requer que seja pago a título de descanso semanal remunerado, o valor de R$152,37 (cento e cinquenta e dois reais e trinta e sete centavos), conforme cálculo acima.
2.2 – DO INTERVALO INTRAJORNADA:
O Reclamante laborou pelo período de cinco meses e meio para a empresa Reclamada, das 8h00min às 17h00min, com intervalos diários de 30 minutos, sendo trabalhado 8 horas e 30 minutos por dia. 
Sobre o intervalo de trabalho, o art. 71, §4º da CLT, menciona o seguinte: 
Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
[...]
§ 4o  A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento)sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.
O Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região entende que: 
“Ementa HORAS EXTRAS E INTERVALO INTRAJORNADA. Restando provado nos autos que a reclamada não pagou corretamente ou compensou o labor extraordinário, correta a decisão monocrática que deferiu parcialmente as horas extras pleiteadas pelo reclamante. A supressão ou concessão parcial do intervalo intrajornada pelo empregador, implicará no pagamento integral da hora intervalar. (TRT-11 00128420110141100, Relator: Solange Maria Santiago Moraes).”
Segue cálculo das horas extras devidas pelo Reclamado:
Posto isto, de acordo com o dispositivo legal trazido pela CLT conforme já mencionado, requer que seja pago o intervalo infrajornada no montante de R$990,39 (novecentos e noventa reais e trinta e nove centavos), conforme cálculo demonstrativo acima.
2.3 REFLEXOS DAS HORAS EXTRAS NAS FÉRIAS PROPORCIONAIS + UM TERÇO: 
Vale ressaltar que, as verbas indenizatórias não foram pagas pela Reclamada ao Reclamante quando foi dispensado sem justa causa, sendo que, as férias proporcionais ao tempo de trabalho fazem parte da ausência de pagamento.
Nesse sentido, o artigo 147 da CLT menciona: 
“Art. 146 - Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, será devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o caso, correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido.”
Sendo assim, o cálculo do valor proporcional das férias pelo Reclamante percebidos seria:
Diante disto, requer o pagamento do valor do reflexo das horas extras nas férias com acréscimo de um terço seria no valor R$109,77 (cento e nove reais e setenta e sete centavos) conforme cálculo acima.
2.4 REFLEXO DAS HORAS EXTRAS NO 13º SALÁRIO PROPORCIONAL
Tendo em vista que não lhe foi pago o montante devido de horas extras, a Reclamada deverá pagar o valor que é devido ao Reclamante correspondente ao valor do reflexo das horas extras no 13º salário proporcional. 
A Constituição Federal, em seu art. 7º, inciso VIII, menciona que é direito dos trabalhadores o décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria. Diante disto, vejamos.
Posto isto, requer que seja pago o valor dos reflexos das horas extras no décimo terceiro salário proporcional no valor de R$82,53 (oitenta e dois reais e cinquenta e três centavos), conforme cálculo acima.
2.5 REFLEXOS HORA EXTRA NO FGTS + MULTA 
O pagamento correspondente ao valor do Fundo garantia por tempo de serviço – FGTS foi recolhido em 8% durante o período laboral cumprido pela Reclamante. 
Diante disso, vê-se a possibilidade de pagamento com base nos reflexos das horas extras que não foram pagas a Reclamante pela Reclamada. Senão, vejamos: 
· Total correspondente ao adicional de insalubridade ao período trabalhado: R$2.098, 80;
· Total correspondente a horas extras: R$990,39;
· Saldo de salário não pago: R$900,00 + R$280,83 = R$1.180,83
Posto isto, requer que seja pago o valor correspondente ao FGTS e reflexos das horas extras que sobre ele recaíram, no valor de R$1.905,33 (mil novecentos e cinco reais e trinta e três centavos), conforme cálculo acima.
2.6 DO SEGURO DESEMPREGO:
O Reclamante, desde que foi demitido sem justa causa, além de não ter recebido as verbas indenizatórias e demais valores devido como já mencionado acima, não teve as guias liberadas para que pudesse dar entrada em seu seguro desemprego, para que pudesse assim, ter um respaldo para manter sua subsistência até que possa encontrar nova atividade para ser desenvolvida. 
É Direito Constitucional garantido pela carta magna o recebimento do seguro desemprego, conforme previsão expressa no art. 7º, inciso II da CF. Vejamos:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
[...]
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
Ainda no plano constitucional, há outra previsão, contida no Art. 201, III, abaixo transcrito:
Art. 201 – A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:
III – proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
Diante do exposto, requer que sejam liberadas as guias para que o Reclamante possa dar entrada ao seguro desemprego.
2.7 DAS VERBAS RESCISÓRIAS 
O Reclamante não recebeu as verbas rescisórias desde que foi dispensado pelo Reclamado sem justa causa no dia 15/06/2018, sendo seu direito de receber os valores corresponde ao período por ele trabalhado.
Conforme prevê a Consolidação das Leis do Trabalho, na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas rescisórias no prazo e na forma estabelecidos no artigo 477.
O Reclamado não fez o pagamento de nenhuma das verbas, não liberando as guias contratuais para o Reclamante, e, sequer preocupou-se em pagar-lhe o que lhe era de direito. 
Sendo assim, requer que seja realizado o pagamento das verbas rescisórias devidas ao Reclamante pelo Reclamado, conforme previsão legal disposta no art. 477 da CLT.
2.8 SALDO DE SALÁRIO 
Ao tempo em que foi dispensado pelo Reclamante, sequer recebeu qualquer verba rescisória, bem como, o salário que lhe era devido, ainda, ao tempo em que laborou para a Reclamada, não recebeu os adicionais de insalubridade e as horas extras que lhe eram de direito. 
Ainda, laborou por 15 dias no mês de Julho de 2018, que também não lhe foi pago. Vejamos.
Pelo exposto, requer que lhe seja pago juntamente com todas as verbas rescisórias, correção dos valores salariais e demais razões já expostas anteriormente, o salário correspondente aos 15 dias trabalhados no mês de Julho, no valor de R$1.180,83 (mil cento e oitenta reais e oitenta e três centavos), conforme cálculo acima.
2.9 DAS FÉRIAS PROPORCIONAIS + UM TERÇO
Como já mencionado acima, diante do não pagamento de nenhum valor rescisório que lhe era de direito por parte da Reclamada, vale ressaltar que restaram vagos os pagamentos correspondente às férias proporcionais.
Nesse sentido, o artigo 147 da CLT diz: 
“Art. 146 - Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, será devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o caso, correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido.”
Sendo assim, passamos aos valores:
Sendo assim, requer que seja pago o valor de R$1.097,25 (mil e noventa e sete reais e vinte cinco centavos) correspondentes as férias proporcionais mais um terço conforme cálculo acima.
2.10 13º PROPORCIONAL 
O décimo terceiro de direito do Reclamante também não foi pago pela Reclamada, sendo assim infringido o disposto Constitucional que em seu art. 7º, inciso VIII, menciona que é direito dos trabalhadores o décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria. Diante disto, vejamos.
Sendo assim, requer que lhe seja pago o valor correspondente ao décimo terceiro proporcional no valor de R$825,00 (oitocentos e vinte e cinco reais), conforme cálculo acima.
2.11 DA MULTA DE 40% SOBRE O FGTS
O pagamento correspondente ao valor do Fundo garantia por tempo de serviço – FGTS foi recolhido em 8% durante o período laboral cumprido pela Reclamante. 
Posto isto, requer que seja pago o valor correspondente ao FGTS que sobre ele recaíram, no valor de R$1.905,33 (mil novecentos e cinco reais e trinta e três centavos), conforme cálculo acima.
2.12 DAS GUIAS RESCISÓRIAS SOB PENA DE INDENIZAÇÃO
A Reclamada sequer forneceu ao Reclamante qualquer prestação que era de Direito do Reclamante, nem as verbas rescisórias, bem como, nem as guias que este necessitava para dar entrada ao seguro desemprego. 
Ainda, a CLT é clara quanto ao pagamento de multa a quem não proceder a entrega das guias rescisórias, conforme prevê expressamente o art.477, §6 e §8 da CLT:
Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste artigo.
§ 6o  A entrega ao empregado de documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes bem como o pagamento dos valores constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverão ser efetuados até dez dias contados a partir do término do contrato.
§ 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à mora. 
Diante disto, requer que lhe seja entregue as guias rescisórias sob pena de multa conforme previsão legado do art. 477, §6 e §8 da CLT.
2.13 MULTA DO ART. 467 e 477 DA CLT
Diante do claro conjunto probatório já acostado aos autos do não pagamento das verbas rescisórias que lhe são devidas, ainda, a ausências das guias rescisórias, há de se mencionar que a falta de interesse e clara contrariedade ao que dispõe as leis trabalhistas e constitucionais, veja Excelência, é importante que seja pago tudo que lhe devido, e, ainda, as multas previstas nos artigos da CLT a seguir. Vejamos:
“Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinquenta por cento".” 
Ainda, o artigo 477 da CLT menciona:
“Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste artigo.”
Portanto, os valores a serem recebidos da empresa ora Reclamada seriam: 
3. DOS PEDIDOS
Requer a procedência da ação e a condenação do reclamado ao pagamento das verbas especificadas:
· Da insalubridade: R$2.092,80;
· Da hora extra: R$990,39;
· Do reflexo da hora extra: R$	152,37;
· Do intervalo intrajornadas: R$990,39;
· Reflexo nas horas extras nas férias proporcionais + 1/3: R$109,77;
· Reflexo das horas extras no 13º proporcional: R$82,53;
· FGTS Reflexo das horas extras na multa de 40%: R$579,88;
· Do aviso prévio reflexo das horas extras: R$180,07;
DAS VERBAS RESCISÓRIAS 
· Saldo de salário: R$1.1180,03;
· Férias + um terço: R$1.097,25;
· 13º proporcional: R$825,00;
· Multa artigo 467 e 477 da CLT: R$7.015,09;
Requer ainda que seja concedido a justiça gratuita, condenação do Reclamado aos honorários de sucumbência.
Dá-se a causa o valor de R$16.181,01 (dezesseis mil cento e oitenta e um reais e um centavos). 
Termos em que, pede deferimento.
Dois Vizinhos/PR, 15 de agosto de 2018.
Advogado
OAB/PR

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