Buscar

UNIDADE I -PROCESSO DE CONHECIMENTO - PROCEDIMENTO COMUM

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Fonte: Doutrina Processual (Alexandre Câmara e outros) – ROTEIRO DE AULA 
Prof. Chrystyan Costa - DPC II – ESTACIO FAP 
DPC II – PROCESSO DE CONHECIMENTO – UNIDADE I 
I – Processo de conhecimento 
I.1. Conceito: é aquele em que a parte afirma seu direito, demonstrando 
sua pretensão para conhecimento do Poder Judiciário, através de um 
pedido, que pode ser acolhido ou não, gerando a procedência ou a 
improcedência da ação. 
I.2. Característica: 
a. as partes tem a oportunidade de realizar a produção de provas; 
b. o juiz realiza ampla cognição, analisando fatos alegados pelas partes, 
ponderando sobre eles o direito; 
c. há a chamada cognição exaurente; 
d. Nele há aptidão para a produção da coisa julgada; 
 e. permite o manuseio de várias ações conforme seu resultado (ação 
declaratória, constitutiva, mandamental, condenatória e executiva. 
I.3. Natureza jurídica: processo de cognição exaurente, para assim 
possibilitar a entrega justa do direto. 
II – Procedimento 
II.1. Conceito: é a exteriorização do processo, assumindo diversas feições 
ou modo de ser. Consiste no encadeamento de atos que movimentam o 
processo, sendo sinônimo de RITO PROCESSUAL, ou seja, o modo e a 
forma como se movem os atos no processo. 
 
Fonte: Doutrina Processual (Alexandre Câmara e outros) – ROTEIRO DE AULA 
Prof. Chrystyan Costa - DPC II – ESTACIO FAP 
II.2. Classificação: 
a. Procedimento comum; 
b. Procedimentos especiais (Título III, Livro I da parte especial do 
CPC). 
 
 Procedimentos Especiais. Conceito: são os ritos próprios para 
processamento de determinadas causas pelo legislador constante no 
CPC e em leis extravagantes como p. exemplo a dos Juizados 
Especiais Estaduais (L. 9099/95). 
Assim temos: 
- Processo de conhecimento; 
- Processo de Execução; 
- Processo Cautelar: não tem livro próprio no CPC. Agora é tutela de 
urgência – tutela cautelar, demonstrando-se o fumus boni iuris e o 
periculum in mora. 
II.2.1. Procedimento Comum 
 Segundo Cássio Scarpinela Bueno, o PROCEDIMENTO COMUM 
está fixado a partir do artigo 318 do CPC, não correspondendo mais a 
dois procedimentos: ordinário e sumário. 
 Afirma que agora há apenas um único e novo procedimento comum. 
Este procedimento guarda elementos do antigo rito ordinário e sumário 
e, tem caráter SUBSIDIÁRIO aos PROCEDIMENTOS ESPECIAIS e ao 
PROCESSO DE EXECUÇÃO. 
 
Fonte: Doutrina Processual (Alexandre Câmara e outros) – ROTEIRO DE AULA 
Prof. Chrystyan Costa - DPC II – ESTACIO FAP 
 
DO PROCEDIMENTO COMUM – DISPOSIÇÕES GERAIS 
I – Petição Inicial 
a) Conceito: é a manifestação forma da demanda, que revela ao juiz a 
lide e contem o pedido de providencia jurisdicional frente ao réu. 
a.1. Temos então duas manifestações: 
a) A demanda da tutela jurisdicional do Estado, que causará a instauração 
do processo, com a convocação do réu; 
b) o pedido de uma providência contra o réu, que será objeto do 
julgamento final da sentença de mérito. 
 Por isso mesmo, “petição inicial e sentença são os atos extremos do 
processo. Aquela determina o conteúdo desta. Aquela, o ato mais 
importante da parte, que reclama a tutela jurídica do juiz; esta, o ato mais 
importante do juiz, a entregar a prestação jurisdicional que lhe é exigida”. 
I.1 – Requisitos da petição inicial (artigo 319 do CPC): 
 A petição inicial, que só pode ser elaborada por escrito, há de ser 
firmada por advogado legalmente habilitado, deverá conter os seguintes 
requisitos indicados pelo art. 319 CPC: 
I – o juiz ou tribunal, a que é dirigida: indica-se o órgão judiciário e não o 
nome da pessoa física do juiz; 
II – os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e 
residência do autor e do réu: os dados relativos à qualificação das partes 
Fonte: Doutrina Processual (Alexandre Câmara e outros) – ROTEIRO DE AULA 
Prof. Chrystyan Costa - DPC II – ESTACIO FAP 
são necessários para a perfeita individualização dos sujeitos da relação 
processual e para a prática dos atos de comunicação que a marcha do 
processo reclama (citações e intimações); 
 Temos aqui uma aparente inovação com a exigência de indicação do 
CPF ou CNPJ, que já era uma exigência da Lei n. 11.419/2006 
(processo eletrônico); 
III – o fato e os fundamentos jurídicos do pedido: todo direito subjetivo 
nasce de um fato, que deve coincidir com aquele que foi previsto, 
abstratamente, pela lei como o idôneo a gerar a faculdade de que o agente 
se mostra titular. Incumbe ao autor, para tanto, descrever não só o fato 
material ocorrido, como atribuir-lhe um nexo jurídico capaz de justificar o 
pedido constante da inicial. 
 Quando o Código exige a descrição do fato e dos fundamentos 
jurídicos do pedido, torna evidente a adoção do PRINCÍPIO DA 
SUBSTANCIAÇÃO da causa de pedir. 
 A substanciação adotada orienta que o exercício do direito de ação 
deve se fazer à base de uma causa petendi que compreenda o fato ou o 
complexo de fatos de onde se extraiu a conclusão a que chegou o 
pedido formulado na petição inicial. A descrição do fato gerador do 
direito subjetivo passa, então, ao primeiro plano, como requisito que, 
indispensavelmente tem de ser identificado desde. 
IV – o pedido, com suas especificações: é a revelação do objeto da 
ação e do processo. Demonstrado o fato e o fundamento jurídico, conclui o 
autor pedindo duas medidas ao juiz: 
 1°, uma sentença (pedido imediato); e 
Fonte: Doutrina Processual (Alexandre Câmara e outros) – ROTEIRO DE AULA 
Prof. Chrystyan Costa - DPC II – ESTACIO FAP 
 2°, uma tutela específica ao seu bem jurídico que considera 
violado ou ameaçado (pedido mediato, que pode consistir numa 
condenação do réu, numa declaração ou numa constituição de 
estado ou relação jurídica, conforme a sentença pretendida seja 
condenatória, declaratória ou constitutiva). 
Exemplo: numa ação de indenização, o autor alega ato ilícito do réu, 
afirma sua responsabilidade civil pela reparação do dano e pede que seja 
proferida uma sentença que dê solução à lide (pedido imediato) e condene 
o demandado a indenizar o prejuízo sofrido (pedido mediato). 
V – o valor da causa: a toda causa o autor deve atribuir um valor certo 
(artigo 291 CPC). 
VI – as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos 
fatos alegados: não basta ao autor alegar os fatos que justificam o direito 
subjetivo a ser tutelado jurisdicionalmente. Incumbe-lhe, sob pena de 
sucumbência na causa, o ônus da prova de todos os fatos pertinentes à 
sua pretensão. 
VII – O REQUERIMENTO PARA A CITAÇÃO DO RÉU: como o processo 
é relação jurídica que deve envolver três sujeitos – autor, juiz e réu -, cabe 
ao autor, ao propor a ação perante o juiz, requerer a citação do 
demandado, pois este é o meio de forçar juridicamente, seu ingresso no 
processo. 
NOTE-SE QUE NO TEOR DO ARTIGO 319 do CPC, este não é mais um 
requisito expresso, mais é indispensável ao processo, não podendo 
deixar de ser observado e requerido pelo autor na INICIAL. 
Fonte: Doutrina Processual (Alexandre Câmara e outros) – ROTEIRO DE AULA 
Prof. Chrystyan Costa - DPC II – ESTACIO FAP 
 Finalmente, de acordo com o art. 106, I, CPC, deve o advogado 
declarar, na petição inicial, o endereço em que receberá as 
intimações no curso do processo. 
VIII – REQUISITO NOVO. FACULDADE DO AUTOR REQUERER A 
REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO OU CONCILIAÇÃO. 
Distinção geral entre mediação e conciliação: 
MEDIAÇÃO: existência de vinculo pré-existente entre as partes. Ex: 
demandas de direito de família. 
CONCILIAÇÃO: existência de questão pontual entre as partes, sem um 
vínculo pré-existente. Ex: contrato de compra e venda não cumprido 
 Tal requisitose constante na petição inicial, influencia na 
contagem do prazo de defesa do réu, na forma do artigo 335, inciso 
I e II do CPC. 
2 – PEDIDO E SUAS ESPÉCIES 
a. Conceito: é a demonstração da pretensão do autor, pois expressa o 
desejo de recebimento de um provimento jurisdicional que seja apto 
a resolver o litígio levado à juízo. É aquilo que o autor espera da 
atividade jurisdicional. 
 
 O pedido pode objetivar em face do réu: condenatório; mandamental, 
declaratório e outros; 
 
 O pedido é quem delimita a decisão, pois dentro dele é que o juiz 
decide em sentença. 
 
Fonte: Doutrina Processual (Alexandre Câmara e outros) – ROTEIRO DE AULA 
Prof. Chrystyan Costa - DPC II – ESTACIO FAP 
b. Classificação: 
b.1. Pedido Imediato: é dirigido ao Poder Judiciário, a quem cabe a 
prestação jurisdicional. É a solicitação de tutela jurisdicional, a espécie de 
providencia que o autor deseja obter. 
* É este pedido que define a natureza da ação e delimita o modo de como 
será obtido o julgamento do que fora requerido. 
b.2. Pedido Mediato: se refere ao bem da vida que se pretende obter 
através da ação, dirigida contra o réu. Ele expressa o direito material que o 
autor alega ter, definindo também o conteúdo da decisão jurisdicional. 
c. Principio da congruência ou correspondência (pedido limitador 
da atividade jurisdicional) – artigo 141 e 492 do CPC 
 
 Deve haver relação entre o pedido formulado pelo autor e a sentença 
proferida pelo juiz. O pedido mediato limita a extensão do direito em 
que se fundará a decisão judicial. 
 Não respeitado esta orientação a sentença pode ser: extra pepita (a 
decisão é sobre pedido diverso daquele requerido no pedido da inicial; 
ultra petita (a sentença aplica o pedido com mais extensão do que o 
requerido); e, citra petita (a sentença não julga todos os pedidos 
formulados na inicial). 
 
d. Pedido determinado (artigo 324 do CPC): o pedido deve ser claro 
e expresso, não se admitindo pedido implícito. Caso não seja 
liquidável no momento do inicio da demanda, precisa ter elementos 
que garantam ser determinável no futuro. 
 
Fonte: Doutrina Processual (Alexandre Câmara e outros) – ROTEIRO DE AULA 
Prof. Chrystyan Costa - DPC II – ESTACIO FAP 
e. Pedido genérico (artigo 324, parágrafo 1º, NCPC): 
 
 A vedação da generalidade do pedido não é absoluta, pois o pedido 
mediato pode ser determinável, em face do direito material. O pedido 
imediato deve ser sempre determinado. 
 
 
 
Cabe o pedido genérico: 
a. Ações universais. Que versam sobre direitos de universalidades. Ex: 
herança. A parte pode pedir o seu quinhão sem ter clareza no 
começo da totalidade dos bens e quais lhe pertencerão; 
b. Nas consequências de ato ou fato ilícito. Ex: ações de indenização 
cuja extensão do dano e o valor do ressarcimento depender de 
tratamento médico a ser finalizado; 
c. Quando a extensão do dano depende de ato a ser praticado pelo 
réu. Ex: ação de prestação de contas. O saldo devedor depende ao 
final do que foi comprovado pelo réu. 
 
 Nesse caso o juiz pode proferir sentença ilíquida. (artigo 492 
CPC). 
 
f. Pedido alternativo (artigo 325 CPC): o autor poderá formular 
pedido alternativo sempre que a natureza da obrigação expressa no 
pedido for alternativa, permitindo ao devedor cumprir de uma forma 
ou de outra. 
Fonte: Doutrina Processual (Alexandre Câmara e outros) – ROTEIRO DE AULA 
Prof. Chrystyan Costa - DPC II – ESTACIO FAP 
 
 Artigo 252 do CC. É prerrogativa do devedor escolher como cumprir 
a obrigação, sendo de forma diversa se constar no contrato. Assim o 
autor não pode pedir como lhe aprouver, mas na forma do cumprimento 
da obrigação. 
 
g. Pedidos sucessivos (artigo 326 do CPC): é aquele em que o autor 
expressa uma sequencia de pedidos, em uma escala de 
preferências. 
 Aqui o autor formula o pedido principal SUBORDINANTE, que 
expressa aquilo que ele realmente deseja com a demanda e, na 
hipótese do pedido não ser acolhido ou a coisa não mais existir, 
efetiva outros pedidos chamados de SUBORDINADOS. Ex: ação 
para entrega de uma moto. Se a moto não existir mais, aceita 
indenização equivalente. 
 
h. Pedido de prestação periódica (artigo 323 CPC): é permitido este 
tipo de pedido em relações de trato sucessivo, ou seja, aquelas 
em que as prestações são periódicas como p. exemplo alugueis, 
alimentos. 
 
 Pode abranger tanto as prestações vencidas, as que venham a 
vencer no curso do processo e as vincendas, a fim de evitar o 
ajuizamento de novas demandas com base no mesmo fato ou no 
mesmo negócio jurídico. 
3. Cumulação de pedidos (artigo 327 do CPC): 
-> Trata-se de cumular mais de uma ação contra o mesmo réu, já que 
cada pedido autoriza uma ação independente; 
-> Homenageia o princípio da economia processual. 
Fonte: Doutrina Processual (Alexandre Câmara e outros) – ROTEIRO DE AULA 
Prof. Chrystyan Costa - DPC II – ESTACIO FAP 
3.1. Requisitos para cumulação (parágrafo 1º, do artigo 327 do CPC): 
a. Compatibilidade: os pedidos cumulados não podem excluir um ao 
outro, mas devem ser cada um deles atendidos. Ex: condenação de 
indenização e condenação em juros e determinado índice de 
correção; ação de investigação de paternidade com pedido de 
alimentos (Súmula 277 do STJ); pedido de indenização de dano moral 
dano estético (Súmula 387 do STJ) 
b. Competência: o juízo que decide a demanda deve ter competência 
para decidir todos os pedidos ao mesmo tempo, sob pena de nulidade da 
sentença; 
c. Procedimento Adequado: não cabe ao autor escolher o procedimento 
que deseja, mas sim o que a lei lhe impõe como o adequado. Nesse 
passo os pedidos devem ser comportados pelo mesmo rito processual. 
Ex: ação de execução por quantia certa fundada em titulo executivo 
extrajudicial e cobrança de alugueis. 
4. Aditamento do pedido (artigo 329 do CPC): autoriza o réu a aditar ou 
alterar o pedido ou a causa de pedir da inicial, até antes da citação do 
réu e dispensa seu consentimento (inciso I); pode também até o 
saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir 
com o consentimento do réu, assegurado o prazo de 15 dias para 
manifestação e facultado requerimento complementar. 
EMENDA À INICIAL 
I – Conceito: ocorre quando o juiz verifica que a inicial não preenche os 
requisitos do artigo 319 e 320 do CPC, ou apresenta defeito ou 
irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito. 
Fonte: Doutrina Processual (Alexandre Câmara e outros) – ROTEIRO DE AULA 
Prof. Chrystyan Costa - DPC II – ESTACIO FAP 
-> Entende-se por PETIÇÃO INICIAL DEFEITUOSA E CARENTE DE 
SANEAMENTO a que não preenche os requisitos exigidos pelo art. 319 e 
320 CPC, a que não se faz acompanhar dos documentos indispensáveis à 
propositura da ação; ou a que apresenta defeitos e irregularidades 
capazes de dificultar o julgamento de mérito. 
II – FINALIDADE DA EMENDA: 
a. Esclarecer o juiz sobre os elementos da causa; e, 
b. Se, presta a dar ao réu amplitude para sua defesa, pois esta 
somente é possível se o réu entender integralmente a pretensão do 
autor expressa a inicial. 
 
 
 
INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL 
Dispõe o art. 330 do CPC, que o indeferimento da petição inicial 
ocorrerá: 
I – quando for inepta: entende-se por inepta a petição inicial quando: 
§ 1o Considera-se inepta a petição inicial quando: 
 
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir; 
 
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se 
permite o pedido genérico; 
 
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; 
 
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si. 
 
II – quando aparte for manifestamente ilegítima; 
Fonte: Doutrina Processual (Alexandre Câmara e outros) – ROTEIRO DE AULA 
Prof. Chrystyan Costa - DPC II – ESTACIO FAP 
III – quando o autor carecer de interesse processual; 
IV – quando não atendidas as prescrições dos art. 106 e 321 do CPC 
(quando o autor não proceder à diligência determinada pelo juiz para sanar 
omissões, defeitos ou irregularidades da petição inicial). 
EXTENSÃO DO INDEFERIMENTO 
Pode haver indeferimento TOTAL OU PARCIAL da petição inicial. 
Será parcial quando, sendo vários os pedidos manifestados pelo 
autor, o despacho negativo relacionar-se apenas com um ou alguns deles, 
de modo a admitir o prosseguimento do processo com relação aos demais. 
Será total quando o indeferimento trancar o processo no 
nascedouro, impedindo a subsistência da relação processual. 
O primeiro é decisão interlocutória, e o segundo, sentença 
terminativa. 
EFEITOS DO DESPACHO DA PETIÇÃO INICIAL. 
Do despacho positivo, decorrem os efeitos inerentes à propositura 
da ação, admitindo-a e mandando citar o réu. 
Do despacho negativo, decorre a extinção do processo e a extinção 
dos efeitos da propositura da ação, pois não admite a inicial por mostrar-se 
inadequada (passível de indeferimento). 
IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO 
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, 
independentemente da citação do réu, julgará liminarmente 
improcedente o pedido que contrariar: 
Fonte: Doutrina Processual (Alexandre Câmara e outros) – ROTEIRO DE AULA 
Prof. Chrystyan Costa - DPC II – ESTACIO FAP 
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior 
Tribunal de Justiça; 
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior 
Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; 
Art. 1.036. Sempre que houver multiplicidade de recursos extraordinários 
ou especiais com fundamento em idêntica questão de direito, haverá 
afetação para julgamento de acordo com as disposições desta Subseção, 
observado o disposto no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal 
e no do Superior Tribunal de Justiça. 
§ 1o O presidente ou o vice-presidente de tribunal de justiça ou de tribunal 
regional federal selecionará 2 (dois) ou mais recursos representativos da 
controvérsia, que serão encaminhados ao Supremo Tribunal Federal ou ao 
Superior Tribunal de Justiça para fins de afetação, determinando a 
suspensão do trâmite de todos os processos pendentes, individuais ou 
coletivos, que tramitem no Estado ou na região, conforme o caso. 
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas 
repetitivas ou de assunção de competência; 
Art. 976. É cabível a instauração do incidente de resolução de demandas 
repetitivas quando houver, simultaneamente: 
 O IRDR ocorre quando temos questões de direito ou jurídicas 
idênticas em múltiplos processos em um mesmo TJ ou TRF. É 
preciso que tenhamos questões de fato semelhantes (e os fatos 
sejam incontroversos) e, exista polêmica quanto a questão de direito, 
que também pode ser de ordem processual. Ex: pessoas que 
trabalharam no mesmo período e função e, não conseguiram se 
aposentar com a inclusão da mesma gratificação assegurada por 
determinada lei. 
 O IRDR é de competência do TRIBUNAL, e, será possível quando 
há decisões em 1º grau nos processos (demonstrando realidade 
física da multiplicidade de demandas, decisões divergentes que 
geram insegurança jurídica). 
 O juiz na remessa dos autos em recurso de apelação; em remessa 
necessária, pode suscitar ao tribunal a instauração do IRDR; assim 
Fonte: Doutrina Processual (Alexandre Câmara e outros) – ROTEIRO DE AULA 
Prof. Chrystyan Costa - DPC II – ESTACIO FAP 
com o MP, as partes e, a defensoria pública (esta nos processos de 
sua atuação); e, o Relator dos recursos ou remessa necessária do 
Tribunal. 
 É escolhido o caso – modelo que orientará os demais julgamentos 
em 1º grau posteriores, assegurando a isonomia e segurança jurídica 
das decisões sobre o tema. 
Art. 947. É admissível a assunção de competência quando o julgamento 
de recurso, de remessa necessária ou de processo de competência 
originária envolver relevante questão de direito, com grande repercussão 
social, sem repetição em múltiplos processos. 
 ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA: É admissível quando o 
julgamento de recurso, de remessa necessária ou de processo de 
competência originária envolver relevante questão de direito, com 
grande repercussão social, sem repetição em múltiplos 
processos. Somente os tribunais terão competência para decidi-lo. 
(AQUI QUEM JULGA É O ÓRGÃ INDICADO PELO REGIMENTO 
INTERNO DO TRIBUNAL, como p.ex. o PLENO ou o ORGÃO 
ESPECIAL). 
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local. 
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA 
§ 1o O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se 
verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição. 
PROCEDIMENTO (parágrafo 3º) 
 Da sentença cabe apelação no prazo de 15 dias; 
 Havendo recurso de apelação, antes de despacho o juiz terá 05 dias 
para JUÍZO DE RETRATAÇÃO; 
 Não havendo retratação, CITA O RÉU, para em 15 dias apresentar 
contrarrazões ao recurso de apelação e, remete aos autos para o 
respectivo TRIBUNAL; 
Fonte: Doutrina Processual (Alexandre Câmara e outros) – ROTEIRO DE AULA 
Prof. Chrystyan Costa - DPC II – ESTACIO FAP 
 Se o tribunal reformar a decisão remete os autos ao juízo a quo, 
para intimar o réu a apresentar contestação em 15 dias; 
 Se não acolher a apelação, cabe recurso para STJ.

Continue navegando