Buscar

Curso de Filosofia Geral Incesto

Prévia do material em texto

Universidade Reges
Curso de Filosofia Geral
Trabalho sobre Incesto
Aluna: Maria Laura dos Reis Fiumari
R.A:200072
CURSO: DIREITO 
Período: Noturno
Casamento Endogâmico - Incesto
A propósito do tabu do incesto enquanto regra social tem um caráter pré-social por ser universal e pelo tipo de relações que a que impõe sua norma. A vida sexual é duplamente exterior ao grupo. Exprime no mais alto grau a natureza animal do homem, e atesta, no próprio seio da humanidade, a sobrevivência mais característica dos instintos.
Assim, a regulamentação das relações entre os sexos constitui uma invasão da cultura no interior da natureza, por outro lado a vida social é, no Intimo da natureza, um prenúncio da vida social, porque, dentre todos os instintos, o Instinto sexual é o único que para se definir tem necessidade do estímulo de outrem.
Isso explica uma das razões pelas quais é no terreno da vida sexual, de preferência a qualquer outra, que a passagem entre as duas ordens pode e deve necessariamente efetuar-se. Regra que abrange aquilo que na sociedade lhe é mais alheio, mas ao mesmo tempo regra social que retém, na natureza, o que é capaz de superá-la.
Os sociólogos preocuparam-se em reduzir essa condição ao invés de tentar explicar essa ambiguidade. Nesse processo de redução pode se distinguir três momentos. No primeiro tipo de explicação, que segue a crença popular vigente em muitas sociedades, inclusive a nossa a dualidade da proibição divide-se em duas fases: para Morgan e Maine, por exemplo, a proibição é realmente natural e social.
Mas, no sentido do social resultar de uma reflexão sobre o natural. A proibição do incesto seria uma medida de proteção, tendo por finalidade defender a espécie dos resultados nefastos dos casamentos consanguíneos. Esta teoria apresenta um caráter notável, o de ser obrigada a estender, por seu próprio enunciado, a todas as sociedades humanas, até as mais primitivas, que, em outros terrenos, de modo algum dão prova de tal clarividência eugênica, o privilégio sensacional da revelação das supostas consequências das uniões endógamas.
O incesto (sexo entre os pais e os filhos), se ambos são maiores e nenhum está sob ameaça ou violência, é permitido pela lei brasileira, ainda que seja um tabu moral e religioso. Mas, do ponto de vista jurídico, ele jamais gerará uma união estável, ainda que os envolvidos queiram criar tal união. Isso porque, ainda que a conduta não seja delituosa, ela é rechaçada do ponto de vista cível, que não quer que pais e filhos, através de um relacionamento sexual entre si, constituam famílias ou relações similares à família (a união estável). Isso porque esse tipo de relacionamento criaria uma enorme instabilidade jurídica. 
Referências: 
http://direito.folha.uol.com.br/blog/incesto

Continue navegando