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METABOLISMO DOS ÁCIDOS GRAXOS E AMINOÁCIDOS

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AULA  DE  BIOQUÍMICA-­  Parte  1  
  
"Uma  dúvida  sobre  a  aula  passada,  não  era  para  decorarmos  aquelas  enzimas,  
então  o  que  especificamente  o  senhor  vai  pedir  na  prova?"  
"Eu  quero  que  vocês  entendam  sobre  os  processos,  eu  fiz  um  resumo  aqui  do  
que  a  gente  aprendeu  na  semana  passada.  Eu  quero  que  vocês  entendam  os  
processos   de   geração   de   energia,   desde   a   glicólise   até   a   CPE   e   hoje  
completaremos  esse  estudo."  
Na  aula  de  hoje  veremos  metabolismo  de  ácido  graxo  e  de  aminoácidos.  
Na  aula  que  vem  completaremos  com  o  metabolismo  de  ácidos  nucleicos  e  a  
regulação  1,  a  qual  será  dividida  em  várias  aulas,  pois  é  muita  estratégia  que  o  
organismo  tem  para  consertar  o  metabolismo.  
Na  aula  passada,  basicamente,  vimos  como  é  que  o  corpo  gera  energia,  
partindo  de  uma  molécula   básica,   a   glicose.  Vimos  quais   caminhos  o   açúcar  
pode   fazer,  qual  é  a  sua   rota  principal   (glicólise  e  seus  subprodutos)  e  vimos  
também  o  ciclo  de  Krebs  e  o  seu  subproduto.  
Hoje  vamos  começar  a  crescer  no  ciclo  de  Krebs.  Então,  vimos  que  a  sequência  
da  glicólise  é  feita  por  10  reações,  tendo  como  função  converter  uma  molécula  
de  glicose,  cortando-­a  em  duas  moléculas  de  piruvato,  através  de  todos  aqueles  
processos   vistas   na   aula   passada,   lembrando   que   a   glicólise   se   divide   em  
basicamente   três   etapas,   mas   trataremos   como   se   fossem   duas:   a   fase   de  
investimento  de  energia,  a  clivagem;;  reação  de  energia  que  paga  essa  conta  que  
foi   feita   logo  acima,   lembrando  para  vocês  que  a  gente  usou  aquela  analogia  
quanto  ao  curso  de  vocês:  ser  médicos?  Então  vocês  vão   investir  nisso  para  
verem  o  resultado  no  final,  do  mesmo  jeito  a  célula,  ela  quer  energia?  Então  ela  
investe  energia  para  gerar  uma  quantidade  de  energia  maior  do  que  ela  gastou,  
para  poder  cobrir  o  gasto.  Em  seguida,  aprendemos  que  uma  das   formas  de  
gerar  energia  que  a  célula  possui  é  através  da  energia  indireta,  ou  seja,  através  
da  utilização  do  NAD.  Então  vocês  lembram  que  o  NAD  precisa  ser  convertido  
em  ATP,  a  gente  viu  como  essa  conta  é  feita,  e  cada  um  desses  complexos  de  
proteína,  tanto  quando  o  NAD  entra  em  contato,  vai  gerar  o  mesmo  efeito  e  vimos  
também  que  para  a  nossa   realidade,  vamos  assumir  que,  por  exemplo,   cada  
NAD  gera  por  volta  de  2,5  ATP,  cada  FAD  gera  1,5  ATP  e  o  ATP  gera  1  ATP.  
Em  algumas  referências  que  vocês  vão  ler,  vai  aparecer:  um  NAD  gera  3  ATP,  
o  FAD  gera  2  ATP,  mas  num  conceito  mais  refinado  e  mais  atual  que  a  gente  
está  assumindo  é  que  o  NAD  gera  2,5  e  o  FAD  1,5.  Até  aqui,  demos  um  pequeno  
fragmento  da  aula  passada.  Então,  eu  quero  colocar  no  teste  a  aula  da  semana  
passada  e  até  onde  eu  conseguir  chegar  na  aula  de  hoje.  
  Obviamente   que   eu   fornecerei   a   vocês   o   estudo   dirigido,   assim   como  
estou   fazendo  com  todas  as  outras   turmas  de  medicina.   (Discussões  sobre  a  
data  do  teste).  A  consulta  sobre  o  teste  será  de  uma  folha  frente  e  verso  com  as  
informações  que  vocês  julgarem  necessárias,  podendo  fazer  digitado  ou  não.  A  
consulta  valerá  dois  pontos  e   ficará   juntamente  com  a  prova,  só  podendo  ser  
entregue  uma  por  grupo.  (Professor  ensinando  como  estudar  kkk).    
Entraremos   agora   no   conceito   sobre   metabolismo   de   ácidos   graxos   e  
lembrarei   a   vocês   sobre   um   pouco   do   conceito:   geralmente   são   substâncias  
orgânicas  do   tipo  oleosa  e  podem  ser  gordura   também,  coloquei   isso  porque  
dependendo  da  origem  do   teu  ácido  graxo,  ele  pode  ser   líquido   (tendo  como  
fonte,  geralmente,  óleos  vegetais,  como  por  exemplo,  o  óleo  da  azeitona,  o  de  
girassol)  ou  sólido  (gorduras  da  picanha,   intramuscular  da  alcatra).  Apesar  de  
serem   formas   físicas   diferentes,   possuem   a   mesma   composição,   carbono,  
oxigênio   e   hidrogênio,   igual   a   glicose,   visto   isso   podemos   nos   beneficiar,  
energeticamente   falando,   de   uma   molécula   dessas.   Sua   característica   é:  
insolúveis   em   água.   Sólidos   a   temperatura   ambiente,   podem   ser   de   origem  
animal,  gorduras  saturadas  ou  vegetal,  os  óleos  que  são  insaturados.  Quando  
falamos  de  sacarídeos,  por  exemplo,  a  gente  está  falando  que  ele  é  um  polímero.  
  Qual  é  a  sua  unidade  monomérica:  monossacarídeo.  Os  lipídeos  não  são  
diferentes,  qual  é  a  unidade  fundamental  então  de  uma  gordura,  de  um  ácido  
graxo?  Vai  ser  sempre  uma  cadeia  contendo  pelo  menos  um  carbono  na  sua  
extremidade,   ou   seja,   com   a   função   ácido   carboxílico.   Então,   os   ácidos  
orgânicos,   que   costumamos   consumir,   possuem   de   4   a   18   carbonos.   Aqui  
mostra  24  carbonos,  porém  os  que  conseguimos  efetivamente  metabolizar  sem  
muitos  incrementos  teóricos  é  até  18.  Quando  começam  a  vir  cadeias  com  20,  o  
metabolismo  já  é  por  outro  mecanismo  e  depois  daremos  uma  pincelada  sobre  
isso.    
Essa  parte  da  aula  achei  na  internet  e  vocês  já  podem  começar  a  ver  a  
gordura  em  termos  energéticos.  Cada  grama  de  gordura  gera  por  volta  de  9kcal,  
enquanto  cada  grama  de  carboidrato  ou  proteína,  gera  4kcal.  Então,  começamos  
a  notar  que  um  lipídeo  é  mais  eficiente  em  armazenar  ou  até  mesmo  em  gerar  
energia.   Aqui   temos   uns   exemplos   de   fontes   de   ácidos   graxos   essenciais,  
informação  só  para   implementar  mesmo.  A  maior  parte  da  reserva  energética  
dos   alimentos   não   pode   passar,   se   você   consumir   acima   de   30%   do   valor  
calórico  total  de   lipídio,  a  gordura  consumida  é  maior  do  que  a  recomendada,  
sendo  o  excesso  armazenado  nos  adipócitos  e  seremos  mais  específicos  lá  na  
frente,  quanto  à  classificação  dos  adipócitos  em  branco  ou  marrom.  Nos  ursos,  
por  exemplo,  são  marrons  por  causa  do  ferro.    
Aqui  eu  coloquei  só  por  curiosidade:  alguns  ácidos  saturados  que  a  gente  
possui,  que  temos  que  consumir  uma  vez  ou  outra.  Ai  temos  o  ácido  linoleico,  o  
aracdônico.  Não  sei  se  vocês  tiveram  uma  disciplina,  talvez  bioquímica,  que  lidou  
diretamente   com   o   ácido   aracdônico.   Ele   é   muito   importante   para   diversos  
hormônios  que  são  sintetizados  no  nosso  corpo.  Se  você  digitar  no  google  agora,  
você  verá  que  esse  lipídeo  é  extremamente  importante  porque  ele  é  precursor  
de  diversos  hormônios  do  nosso  organismo.  Não  falarei  da  biossíntese  desses  
hormônios,  pois  não  tem  tempo.    
Então,   para   finalizar   os   conceitos   básicos,   as   principais   funções   dos  
lipídeos  são:  reserva  de  energia,  então  utilizando  mais  uma  vez  o  exemplo  do  
urso,  ele   tem  período  de  hibernação,   logo  ele  não  se  alimenta,  sobrevivendo,  
pois   consome  mais   do   que   ele   necessita   gastar,   armazenando   na   forma   de  
gordura,   logo  os   lipídeos  são  importantes  fontes  energéticas  de  sobrevivência  
desses   animais;;   compõem   membranas   celulares,   como   fosfolipídeos   e   os  
lipolipídeos;;  isolamento  e  proteção  dos  órgãos,  proteção  mecânica,  resistência  
mesmo  a  impactos;;  precursores  de  hormônios,  prediotas,  testosterona;;  alguns  
apresentam  atividade  de   síntese  de  algumas   vitaminas,   como  por   exemplo  a  
AIE;;  alguns  até  estimulam  a  digestão,  pois  estimulam  a  síntese  de  IEI  ealguns  
compostos  biliares.    
Basicamente,  o  lipídeo  é  esse  universo  grande.  De  todos  os  lipídeos  que  
a  gente  pode  entrar  em  contato,  focarei  somente  no  triglicerídeo,  pois  é  ele  que  
armazena  e  gera  energia  no  nosso  corpo.    
Quando  eu  começo  a  falar  de  triglicerídeo,  tenho  que  definir  o  triglicerídeo  como  
uma  molécula  química  com  importância  biológica.  Ele,  de  cara,  é  a  maneira  mais  
eficiente  de  armazenar   energia   nos   seres   vivos  e   como  que  é  a   composição  
química   de   um   triglicerídeo   e   como  é   que   ele   é   formado?  Formado  por   uma  
reação  de  esterificação,  ou  seja,  eu  pego  um  álcool,  uma  gordura  e  junto  os  dois  
e  formo  um  éster.  Então,  se  você  notar,  há  uma  função  éster  nessa  molécula,  
carbono,   oxigênio,   carbono.  O  álcool   aqui   apresentado   é   o   glicerol,   com   três  
hidroxilas,  uma  em  cada  carbono,   logo,  poderá  receber   três  ácidos  graxos  ou  
três   gorduras,   as   quais   não   precisam   ser   iguais,   podendo   ser   saturadas   ou  
insaturadas,   de   cadeia   longa   ou   curta,   sempre,   de   preferência,   sendo   uma  
cadeia  par.    
São   armazenados   no   tecido   adiposo   branco,   grande   compacto   de  
gordura.  Sob  demanda,  quando  o  seu  corpo  necessita,   é  de   lá  que  saem  os  
triglicerídeos.  Correspondem  a  96%  do  volume  dos  adipócitos.  Uma  pessoa  que  
pesa  100kg,  por  exemplo,  20kg,  pelo  menos,  serão  gordura,  considerando  uma  
pessoa   saudável,   dieta   equilibrada,   tudo   certo.   Logo,   20%   do   seu   volume  
corporal,  dependendo  da  sua  situação  bioquímica,  metabólica,  tem  que  ser  pelo  
menos  20%.    
Sobre  o  metabolismo  de  (lits),  é  regulado  por  uma  via  hormonal  e  será  
degradado  de  acordo  com  a  demanda  do  seu  corpo.  Então,  por  exemplo,  se  eu  
como   muito,   mas   eu   não   gasto   aquela   quantidade   de   alimento   que   estou  
colocando   no   organismo,   essa   quantidade   será   convertida   em   gordura   e   em  
seguida  armazenada,  pois  o  lipídeo  não  é  a  primeira  fonte  de  energia  e  sim  a  
glicose.   Então,   o   lipídeo   só   é   degradado   sob   demanda   e   até   você   chegar,  
demora  um  pouco.  
Por  último,  toda  a  gordura  que  eu  farei  consumo  são  conduzidos  pelo  meu  
corpo,  pelos  escromicrons(?)  e  pelo  VLDL  (very  low  density  lipoprotein).    
Como  ocorre  a  digestão  dos  lipídeos?    
Depois  que  eu  consumo,   temos  praticamente  8  eventos.  O  que  eu  quero  que  
vocês  entendam  são  esses  primeiros  processos,  o  resto  não  interessa.    
1.   Chegará  no  estômago,  lá  ele  vai  encontrar  sais  biliares,  que  vão  ajudar  a  
emulsionar   os   lipídeos   da   dieta   e   formarão   micelas,   aglomerados   de  
gordura.  Essa  emulsificação  é  importante  para  começar  a  separar  o  que  
é  solúvel  em  água  do  que  não  é.  O  que  não  for  solúvel  em  agua  vai  virar  
micela  com  a  ajuda  desses  sais  biliares.  
2.   As   lipases   intestinais   vão   começar   a   degradar   essas   gorduras   em  
unidades   menores,   então   você   vai   ter   o   seu   triglicerídeo   quando   ele  
encontrar   uma   lipase,   ele   vai   separar  o  ácido  graxo,   em  geral   três,   do  
triglicerol.  Cada  um  desses  dois  possui  uma  via  metabólica  própria.    
  
O  que  acontece  depois  é:  o  triglicerídeo  vai  entrar  em  contato  com  a  sua  
mucosa  do  estômago,  encontrará  as  lipases,  as  quais  vão  degradá-­lo.  As  
lipases   vão   agir   em   cada   cadeiazinha   dessa   aqui   e   o   triglicerídeo   vai  
passar  de  tri  para  diglicerídeo  com  a  ação  da  enzima  lipase  de  triglicerídeo  
adiposo   (ATGL),   você   solicita   que   outra   enzima   comece   a   agir   nesse  
local,  que  é  a  lipase  hormônio  sensível  (HSL),  a  qual  quebrará  mais  uma  
cadeia  de  acido  graxo,  das  três  já  foram  quebradas  duas  e  por  último  pra  
gerar   o   último   glicerol   na   cadeia   que   falta,   temos   a   enzima   lipase   de  
monoacilglicerol  (MAGL).  Não  quero  que  vocês  decorem  os  nomes  e  sim  
o   processo.   Se   eu   tenho   um   triglicerídeo,   qual   é   a   primeira   etapa   de  
processamento  dele?  Ele  vai  chegar  e  vai  ser  rompido,  separando  o  ácido  
graxo  do  glicerol  e  começar  a  gerar  energia  a  partir  daí.    
Explicação  de  uma  dúvida  sobre  o  processo:  quando  você  consome  o  
alimento,  uma  parte  vai  ser  dissolvida  em  água  e  a  outra  parte  não,  então  
esses  emulsificantes  ajudam  a  facilitar  a  ação  da  enzima,  caso  contrário,  
a   enzima   demoraria   muito   para   chegar   lá.   Logo   preciso   desses   sais  
biliares  para  carrear  mais  rapidamente.  O  que  não  for  solúvel  em  água  vai  
formar   micelas,   gorduras   aglomeradas,   logo   as   lipases   irão  
especificamente  lá  para  começar  a  degradação.  
  
METABOLISMO  DO  GLICEROL  
  
Muito  parecido  com  o  carboidrato  pela  sua  composição  química,  partindo  
de  3C  ao  invés  de  6C  (quantidade  existente  nos  carboidratos),  fazendo  com  que  
alguns   processamentos   sejam   parecidos.   Esse   glicerol   será   processado,  
metabolizado,   aproveitado   na   via   glicolítica,   em   uma   etapa   específica   da  
glicólise.    
Então,  veremos  a  via  glicolítica  em  si:  o  primeiro  reagente  aqui  é  o  glicerol,  
o  qual  necessita   ir   para  a   via  glicolítica,  mas   lembra  que  a  glicose  consegue  
entrar  na  membrana?  Pois  bem,  ela  também  consegue  sair  facilmente.  Para  ela  
não  sair,  a  membrana  é  fosfatada.  Então,  o  glicerol  está  no  citosol  para  que  ele  
comece  a  fosfatar  e  para  a  glicose  não  ir  embora,  o  nome  da  etapa  é  o  mesmo  
que  o  usado  na  glicólise,  que  é  a  ativação,  glicose  fosfatada,  sendo  presa  e  retida  
na  membrana.  O  processo  acontecerá  naturalmente  até  que  eu  gere  um  produto  
chamado  gliceraldeido  3-­fosfato,  entrando  na  fase  de  clivagem,  junto  com  tudo  
o  que  está  sendo  gerado  e  vai  gerar:  1NAD,  2ATP,  lembrando  que  como  eu  parti  
de  um  glicerol,  vai  gerar   tudo  um  dele,  diferentemente  na  glicólise  que  é  tudo  
dobrado.    
Então,  o  glicerol  entrou  pela  via  glicolítica  e  vai  gerar  1NAD,  1ATP,  outro  
ATP  aqui  e  vai   formar  um  piruvato,  que  vai  para  o  ciclo  de  Krebs,  gerando  3  
NAD,  1FAD  e  1ATP  ou  1GTP.  Então,  o  glicerol  produz  valiosos  18  ATP.  Por  que  
não  mais?  Pois  o  glicerol  é  uma  molécula  menor  que  o  açúcar,  porém  a  sua  
energia  é  sim  aproveitada  pela  célula.  Lembrando  que  ele  não  gera  ATP  direto,  
a  maioria  da  energia  que  ele  gera  é  na  forma  de  NAD  e  FAD,  precisando  passar  
por   um   quarto   processamento:   cadeia   transportadora   de   elétrons.   Se   eu  
colocasse  na  prova  um  esquema,  vocês   iriam  conseguir  me   informar  quantos  
ATP  ele  iria  produzir  e  justificar  o  porquê?  
  
METABOLISMO  DE  ÁCIDOS  GRAXOS  
  
Você   produz   glicerol   e   três   ácidos   graxos,   veremos   só   de   um,   logo   o  
resultado  multiplicamos  por  três.  Ocorrerá  no  interior  da  mitocôndria,  mas  o  ácido  
graxo  não  entrará  facilmente,  passando  por  um  processamento,  onde  a  célula  
precisa  gastar  um  ATP.  Então  ele  entra  na  mitocôndria  na  forma  de  acilCoA.  Acil  
e  não  acetil,  sendo  assim  chamado  porque  o  grupo  muda.  Quem  leva  eles  para  
lá  são  as  albuminas  e  as  enzimas  responsáveis  pela  síntese  do  acilCoA  que  são  
as  acilcoAsintetases.  Precisa  passar  por  esses  processamentos  porque  o  ácido  
graxo  consegue  vencer  a  membrana  interna,  mas  não  consegue  ir  para  a  matriz,  
logo  precisa  passar  poralgum  tipo  de  mecanismo  que  o  conduza  até  lá  dentro,  
como  se  fosse  essa  porta,  caso  tivesse  algum  porteiro,  eu  não  conseguiria  sair  
sem  a  autorização  dele,  logo  o  ácido  graxo  enfrentará  o  mesmo  problema,  ele  
não  conseguirá   ir  até  a  matriz  sem  que  alguém  o  conduza.  Veremos  quem  é  
esse  negócio  que  tem  até  para  vender  em  farmácias.  Logo,  o  ácido  graxo  precisa  
atingir  o  espaço  intermembrano,  sendo  jogado  pela  acilCoA,  porém  ele  precisa  
ir  para  a  matriz,  sendo  então  conduzido  pelo  aminoácido  carnitina.    
"Albumina  é  a  mesma  coisa  que  acilCoA?"  
“A  albumina  são  proteínas  agregam  nela  moléculas  que  circulam  no  seu  corpo  e  
conduzem-­nas  a  um  local,  só  transporta  para  o  interior  da  mitocôndria"  
“Professor,  mas  por  exemplo,  nos  adipócitos,  vao  ser  liberados  o  glicerol  e  os  
ácidos  graxos,  e  na  corrente  sanguínea  a  albumina  carreia,  ai  acontece  onde?  
Nas  células  do  fígado?"  
"Na  mitocôndria.  Carreia  para  o  fígado  mesmo  e  depois  para  as  mitocôndrias."  
Aqui  fora  do  citosol  está  a  tua  gordura,  o  teu  ácido  graxo,  ele  foi  unido  com  a  
coenzima  A,  acilCoA,  só  que  ele  não  consegue  penetrar  na  matriz  sozinho,  ele  
precisa  de  alguém  para  carreá-­lo,  então  ele  faz  através  de  um  acoplamento  com  
a   carnitina,   conseguindo   ir   para   esse   espaço   intermembrana,   indo   por   esse  
espaço  carnitina  aciltranferase-­1,  essa  enzima  vai  ajudar.    
"A  carnitina  é  um  transportador?"  
"Ela  é  um  aminoácido  que  permite  que  você   jogue  a  gordura  para  dentro  da  
matriz   para   que   então   você   gere   energia,   so   que   a   carnitina,   um   sinalizador  
hormonal,   age   de   acordo   com   a   demanda,   por   exemplo,   se   uma   pessoa  
suplementa  carnitina  ela  urinará  mais  claro,  pois  essa  quantidade  de  gordura  
que  você  joga  para  a  matriz  não  depende  da  quantidade  de  carnitina,  e  sim  da  
demanda  de  energia  que  você  quer  gerar.  Logo,  suplementar  carnitina  não  fará  
com  que  você  consuma  mais  ácidos  graxos."  
"Falando   sobre   termogênicos:   acoplam   na   membrana   e   deixam   ela   mais  
permeável,  fazendo  com  que  os  prótons  saiam  na  forma  de  calor"  
"Professor,  então  se  tomar  mais  carinitina,  só  vai  ter  mais  carnitina?"  
"Sim,  mas  não  significa  que  se  você  tiver  mais  carnitina,  você  jogue  mais  gordura  
lá  dentro.  Se  você  tiver  demanda,  ai   faz  sentido,  caso  contrário  não  acontece  
nada."  
Para  finalizar:  a  carnitina  acopla  no  ácido  graxo,  passa  pela  carnitinacitrosterase  
para   esse   espaço   e   depois   para   ir   para   a   matriz   mitocondrial   e   então   ser  
metabolizada,   esse   conjunto   é   jogado   lá   dentro,   a   carnitina   é   recuperada   e  
depois  volta  para  o  citosol,  ai  pega  mais  ácido  graxo  e  joga  pra  matriz.  A  carnitina  
passa  por  transporte  facilitado,  sem  gasto  de  ATP,  se  houver  (ele  vai  pesquisar  
sobre)  é  pelo  ATP  que  o  ácido  graxo  gera.    
Depois  que  o  ácido  graxo  já  se  encontra  dentro  da  matriz,  ele  passa  por  uma  
cascata  de  oxidações,  quanto  mais  oxidado,  menos  energia  a  molécula  tem  e  
mais  energia  vai  para  o  organismo.  Qual  é  o  nome  desse  grupo  de  oxidações?  
Oxidação  beta  ou  ciclo  de  Lynen,  pois  o  carbono  após  o  grupo  ácido  carboxílico  
é  o  alfa  e  o  logo  em  seguida  é  o  beta,  logo  acontece  sempre  no  segundo  carbono  
após  o  ácido  carboxílico.  
Reações:  
1.   São  4  hidrogênios,  a  primeira  oxidação  você  vai  oxidar  a  molécula  
de  gordura,  a  qual  perde  dois  hidrogênios,  sendo  levados  para  o  
FAD,   reduziondo-­o   e   a  molécula   é   oxidada,   gerando  uma  dupla  
ligação.  A  oxidação  sempre  vai  acontecer  em  conjunto  com  dois  
carbonos,   o   corte   sempre   vai   ser   no   carbono   beta.   Por   isso   só  
conseguimos   metabolizar   gordura   que   é   par,   o   das   ímpares   é  
totalmente  diferente.  Lembrando  que  o  nosso  corpo  funciona  com  
as  enzimas,  sendo  totalmente  específicas.  
2.   Hidratação.  A  sua  célula  está  cheia  de  água,  ela  vai  ver  a  dupla  e  
não   vai   aguentar,   tendo   uma   enzima   enoil-­CoA   hidratase.   A  
hidroxila  e  o  hidrogênio  entram  no  carbnono  beta.    
3.   Gerar  um  NAD.  Você  tá  vendo  os  hidrogênios?  O  NAD  pega  para  
ele,   oxidando   a   molécula   e   reduzindo-­se   e   o   grupo   de   dois  
carbonos   da   reação   estão   prontos   para   sair,   saindo   na   quarta  
reação.    
4.   Vem  uma  tiolase,  enzima  de  clivagem,  a  qual  vai  cortar  na  posição  
beta,  gerando  o  acilCoA  e  o  acetilCoA,  sendo  este  indo  direto  para  
o  ciclo  de  Krebs  e  aquele  (acilCoA)  volta  para  a  primeira  etapa  para  
então   continuar   a   ser   clivado   e   degradado   dependendo   da   sua  
quantidade   de   carbonos.   Por   exemplo,   se   ele   tiver   18C,   voltará  
para  o  ciclo  8  vezes,  pois  gera  dois  produtos,  no  último  você  terá  
4,  aí  ele  vai  gerar  2  e  2,  2  acetilCoA  na  última  volta  e  isso  aqui  fica  
bem  claro  na  imagem.  A  degradação  de  um  ácido  graxo  com  14C,  
olha  só  quantas  voltas  ele  vai  dar,  1  volta-­  vira  um  acetilCoA,  o  qual  
vai  para  o  ciclo  de  Krebs...na  útilma  C4  gera  um  acetilCoA  e  mais  
um,  porque  na  beta  oxidação  quebra  de  dois  em  dois,  não  podendo  
deixar  um  carbono  sobrando  aqui.  Então  você  gerou  7acetilCoA  e  
foi  tudo  para  cá.  
  
Respondam  à  pergunta  do  último  slide.  “Quantos  ATP  são  produzidos  
pela  reação  beta  de  um  ácido  graxo  contendo  14C"  Dá  tipo  uns  cento  
e  pouco.  Logo,  a  gordura  é  bem  mais  eficiente  em  gerar  energia  do  
que  a  glicose.    
Cada   volta   vocês   produzem   1FAD   e   1   NAD,   se   são   14C,   quantas  
voltas  terão?  São  6  voltas,  porque  lembra  que  na  última  dá  dois.    
Quando  você  tem  um  ácido  graxo  com  cadeias  muito  grandes,  20C  
para   cima,   o   metabolismo   é   feito   nos   peroxissomos,   conseguindo  
metabolizar  algumas  substâncias  que  são  tóxicas,  em  especial  a  água  
oxigenada.   Então,   são   bolsas   membranosas   contendo   enzimas  
digestivas,   tipo  as  catalases  e  gostam  muito  de   trabalhar  com  água  
oxigenada   que   foi   gerada   no   metabolismo   de   uma   gordura,   por  
exemplo.  É  importante  a  degradação  para  que  não  seja  acumulada  no  
sistema  nervoso.  A  acetilCoA  desidrogenase  consegue  se  beneficiar  
dos   dois   H   aqui,   dando   eles   ao   FAD,   daquela   primeira   reação   de  
oxidação,  porém  caso  ela  seja  grande,  já  segue  para  o  peroxissomo,  
porém  não  há  a  produção  de  energia,  e  lá  a  molécula  recebe  esses  H  
providos   daqui.   O   FAD   passa   hidrogênios   direto   para   o   oxigênio,  
dando  água  oxigenada,  as  quais  são  degradadas  pelas  catalases.    
  
METABOLISMO  DE  AMINOACIDOS  
  
Transcrição  bioquímica-­  aula  parte  2    
  
•   Aminoácidos  (AA)  são  as  macromoléculas  biológicas  mais  abundantes  e  
são  “a  informação  genética  expressa”  (genótipo  expresso  em  um  fenótipo,  
ex:  cor  do  cabelo,  altura...).    
•   As   proteínas   são   responsáveis   pelas   reações   celulares,   todo   o  
metabolismo  é  mediado  por  enzimas  e  enzimas  são  proteínas.    
•   AA   importante:   glutamato   que   tem   como   produto   final   o   GABA,   esse  
produto   tem   uma   ação   no   SNC   atuam   sobre   a   excitabilidade   neural,  
controlando  a  indução  de  sono  e  a  ansiedade,  ou  seja,  quando  o  GABA  
não   é   produzido   o   homem   torna-­se   mais   estressado.   O   glutamato   é  
utilizado  nosdistúrbios  de  aprendizado  e  de  hiperatividade.  
•   Os  AA  são  adquiridos  pela  digestão  de  proteínas   (AA  monômeros  das  
proteínas)  ou  pelo  reaproveitamento  deles  (ex:  hemácias,  depois  de  sua  
morte  seus  AA  são  reaproveitados  em  outras  hemácias  ou  enzimas).  
•   Degradação   de   proteínas   (reação   de   transaminação):   remover   o  
nitrogênio    
•   Remoção   do   agrupamento   amina   com   auxílio   de   um   composto  
(alfa  KG),  rompe  uma  ligação  dupla  e  remove  o  nitrogênio  do  AA.  
Formando  um  aceto  ácido    
•   Duas  maneiras  de  eliminar  nitrogênio,  circuito  aspartato  e  circuito  
glutamato  
•   Excreção  da  amônia  (N)  se  da  basicamente  pelo  ciclo  da  ureia:  o  
bicarbonato  da  matriz  da  mitocôndria   reage  com  o  agrupamento  
amina   formando   carbomoilfosfato,   que   a   reage   com   a   ornitina  
formando  citrolina  liberando  o  nitrogênio  da  amina  que  vai  compor  
a  urina  
•   “Destino”  dos  AA:  transaminação  -­  desaminação  oxidativa  -­  síntese  
de  carbomoilfosfato  -­  formação  da  ureia  (RESUMO)  
•   Erros   inatos   do   metabolismo,   quando   o   organismo   não   consegue  
metabolizar  corretamente  alguns  AA  (fenilcetonúria  doença  autossômica  
recessiva,  em  que  o  organismo  não   tem  o  gene  que  codifica  a  enzima  
metabolizadora   da   fenilalanina,   provocando   retardo   e   até   morte   –  
diagnostico   teste   do   pezinho   –   paciente   não   pode   ingerir   carnes   e  
adoçantes  do  aspartame)    
•   Leitura   complementar,   artigos:   erros   inatos   do   metabolismo,   revisão  
deliberativa  e  treatment  of  inborn  errors  of  metabolismo

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