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PAGE 
 
VILELA, Lucilene Vilela. Processo de Inclusão e Alfabetização do portador de Síndrome de Down na Escola Pública de Ubá (MG)Graduação em Pedagogia Universidade Norte do Paraná, Cidade, Ano 2014.
RESUMo
Ubá (MG)
2014
VILELA, Lucilene. Processo de Inclusão e Alfabetização do portador de Síndrome de Down na Escola Pública de Ubá (MG). Graduação em Pedagogia, Universidade do Norte do Paraná, Ubá, Ano 2014.
RESUMO
O tema sobre inclusão tem suscitado muita polêmica no sistema educacional brasileiro devido à complexidade de fatores a serem revistos para sua implantação. Buscando compreender esta realidade e encontrando este desafio no campo de atuação profissional, no qual apresenta uma aluna com Síndrome de Down (SD), este estudo procurou responder o seguinte problema de pesquisa: “Como ocorre o processo de inclusão de uma criança com Síndrome de Down em uma escola de ensino regular da rede Municipal do município de Ubá-MG. Na pesquisa desenvolvida em uma das escolas da cidade, sobre acompanhamento integral de uma aluna da sala de aula do 1º ano do ensino fundamental onde o objetivo e´ descrever os seu desenvolvimento mental sobre os métodos de ensino desenvolvidos e aplicados na escola para sua alfabetização. Para a coleta de dados foram utilizadas estratégias da metodologia de abordagem qualitativa, sendo que, para a obtenção de dados, a investigação recorreu às técnicas de observação, entrevista e análise documental. Está cada vez mais relevante visto que não há mais barreiras para proporcionarem um ensino prático e eficiente. Neste contexto e com base nos objetivos específicos, optou-se por descrever a proposta de inclusão no Projeto Político Pedagógico da escola campo de pesquisa; relatar a concepção de inclusão dos profissionais diretamente envolvidos com a aluna Síndrome de Down; investigar a atuação docente no trabalho de inclusão desta criança com Síndrome de Down na rede regular de ensino. A análise dos dados foi apoiada em autores como Voivodic (2004), Carvalho (2003). Tais contribuições foram relevantes para uma reflexão sobre o processo inclusivo, considerando suas limitações e possibilidades. 
Palavras-chave Educação 1Diversidade 2. Alfabetização3Crianças com Síndrome Down 4. Caso de Estudo5.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................................
3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO........................
3.1 TEMA E LINHA DE PESQUISA...............................................................................
3.2 JUSTIFICATIVA.......................................................................................................
3.3 PROBLEMATIZAÇÃO..............................................................................................
3.4 OBJETIVOS.............................................................................................................
3.5 CONTEÚDOS...........................................................................................................
3.6 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO..................................................................
3.7 TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO......................................................
3.8 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS..................................................................
3.9 AVALIAÇÃO.............................................................................................................
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................
5 REFERÊNCIAS...........................................................................................................
6 APÊNDICE (opcional).................................................................................................
7 ANEXOS (opcional) ....................................................................................................
1 INTRODUÇÃo
Sendo assim um dos temas mais discutidos nos últimos tempos na área da educação é a inclusão escolar. Pessoas com Síndrome de Down são consideradas pessoas com necessidades educacionais especiais e fazem parte do grupo de alunos com essas características, que nos últimos tempos estão saindo das escolas de educação especial para as escolas de ensino regular.
Ainda não se sabe a causa exata que gera uma criança síndrome de Down, mas já se sabe que alguns fatores podem interferir, como a idade avançada da mãe, ou seja, após os 35 anos o risco de gerar um feto com essa anormalidade se torna maior; exposição ao raio x; o uso de certas drogas; problemas hormonais ou imunológicos e infecções virais específicas; mas não há evidências definitivas que qualquer dessas situações tenham sido responsáveis pelo nascimento de um portador de síndrome de Down.
A falta de informação sobre o que é a Síndrome de Down gera o preconceito que uma das muitas barreiras da educação inclusiva. Para Pueschel (1995), a educação deve preparar crianças e jovens para que estejam inclusos, para que tenham uma boa qualidade de vida, oportunidade de trabalho, que possam interagir com pessoas não portadoras de deficiência ou com aquelas que são, participem de ambientes sociais, como shopping, e se sintam à vontade e principalmente, que sejam felizes.
Esse trabalho tem como objetivo identificar os fatores intervenientes na escolarização de um aluno com Síndrome de Down, a partir da análise de depoimentos de um familiar e de uma professora de uma aluna com Síndrome de Down, sobre o tema. Esse trabalho pode contribuir para trazer à sociedade maior informação sobre a Síndrome de Down e sobre a educação inclusiva, ajudando a remover as diversas barreiras existentes neste processo, dentre as quais destacam-se o preconceito e a não integração desses alunos na escola e em outros ambientes.
Grande parte da reação inicial dos pais, quando recebe a notícia do diagnóstico da síndrome, está relacionada à maneira pela qual a informação é transmitida e também que tipo de informação é passada para os pais naquele momento, levando cada família a uma reação e representações diferentes. Os pais experimentam a perda das expectativas e dos sonhos que haviam construído em relação ao futuro descendente. Sendo assim, a família passa a adequar à nova realidade, desenvolvendo duas maneiras de lidar com a situação: enfrentando ou reagindo. O enfrentamento faz com que a família faça o que é necessário para lidar com o problema e avance. Já a reação familiar é lidar com as emoções que incluem desde as confusões até o medo da incompetência. Pois, o reconhecimento da deficiência, bem como a dor e a ansiedade em relação ao futuro são ações que irão interferir diretamente na aceitação da criança. O tempo necessário para o estabelecimento de uma relação relativamente confortável com a criança varia entre as diferentes famílias. Durante esse tempo, procuram prever como poderá ser o futuro desta criança, que problemas poderão emergir e como poderão enfrentar tais situações.
A importância do processo de inclusão no ensino regular, ajudará os pais entender melhor que eles também tem direitos humanos, a educação para todos para que possam viver em sociedade, associados às características reais das oportunidades de aprendizagem. Sassaki(1997) acredita que todo o educando tem condições de desenvolver habilidades básicas, mas precisa ser motivado a direcionar seu aprendizado do modo aumentar sua autoconfiança e a participação mais plena na sociedade. A inclusão envolve todos os segmentos de uma sociedade, abrangendo a valorização da diversidade social Historicamente as pessoas que possuíam algum aspecto diferente em suas habilidades intelectuais ou físicas eram excluídas das relações sociais e dos benefícios proporcionados por ela, a luta pela igualdade, o respeito para com as características individuais de cada ser humano, o comprometimento coma dignidade são preocupações constantes no meio social sobre a abordagem das novas ideologias. É revestido dessa autonomia que todo professor, deve ter em mente a necessidade de dominar os conteúdos programáticos; conhecer seus alunos, sua escola e saber lidar com as diferenças; desenvolver uma proposta pedagógica adequada e que tenha significado para seu próprio grupo. O profissional da prática docente, além de um conjunto de conhecimentos técnicos provindos de sua formação acadêmica, lida com um conjunto de valores, hábitos, com uma tradição, com um determinado contexto, enfim, atualizam Pretendemos focalizar ainda as semelhanças e diferenças entre os dois sistemas de organização de Ensino: Inclusão e Integração. Conviver com pessoas de diferentes origens e formações em uma escola regular e inclusiva pode ajudar ainda mais as pessoas com síndrome de Down a desenvolverem todas as suas capacidades. 
Revisão Bibliográficas.
Segundo Winnick (2004, p. 04) a síndrome de Down é uma condição genética associada a retardo mental. A síndrome de Down ocorre devido a uma anormalidade cromossômica, que pode ser de três tipos diferentes. A causa mais comum é a trissomia 21, ou trissomia simples, que se caracteriza pela presença de um cromossomo extra no par 21, disfunção essa que ocorre no momento da divisão celular, representando 95% dos casos. Outra causa é o mosaicismo, que representa 2% dos casos e ocorre quando um par de cromossomos não se divide durante a divisão celular por meiose e uma célula haplóide fica com 24 cromossomos e a outra com 22. Já a translocação é a causa mais rara. Essa anormalidade cromossômica ocorre quando dois cromossomos crescem juntos, aparentando ser apenas um, mas com o material genético de dois (WINNICK, 2004).
A hipotonia muscular ou tônus muscular diminuído também é muito comum em portadores de síndrome de Down, por isso, seus músculos são mais fracos e flácidos. Também é bastante comum a hiperflexibilidade que é causa frequente de instabilidade nas articulações do joelho e no tornozelo, e pode ocasionar ainda problemas posturais e atrasos na aquisição de habilidades motoras (PUESCHEL, 2002; WINNICK, 2004). Outra característica bastante comum nesses indivíduos são as anormalidades esqueléticas, como a instabilidade atlanto-axial, que é a frouxidão dos ligamentos tranversos entre o atlas e o áxis, que são as duas primeiras vértebras cervicais (IBIDEM).
Ainda, segundo Castro (2005), esses indivíduos também podem apresentar outros problemas esqueléticos como lordose, cifose, deslocamento do quadril e peito em forma de pomba. Evidencia-se, ainda, nos portadores de síndrome de Down, maior tempo para engatinhar, sentar-se e andar. Por esse motivo é essencial que se estimule desde muito cedo esses indivíduos, auxiliando-os no desenvolvimento de interesses e habilidades necessários para a realização de atividades físicas.
 Alguns exercícios e atividades são contra indicados para os portadores de síndrome de Down, como os exercícios que causam hiperflexão, pois acarretam um desgaste indevido ao corpo, podendo provocar hérnias, deslocamentos distensões ou entorses. As atividades que exijam movimentos bruscos do pescoço também precisam ser evitadas. Contudo, os exercícios devem fortalecer os músculos em torno das articulações de modo a atingir a estabilização. A natação e a ginástica são exercícios interessantes para o condicionamento físico; já as atividades rítmicas e as danças são ótimas estratégias para melhorar a resistência muscular, pois os portadores de síndrome de Down apresentam bom desempenho nessas atividades (CASTRO, 2005).
As crianças com Síndrome de Down têm maior dificuldade em nomear o corpo, suas articulações e suas partes, mas conseguem perceber o corpo, mesmo com as diversidades. O importante é que cada criança tenha a possibilidade de troca com outros seres, pois é por intermédio da experiência e dessas trocas que se dá à consciência corporal. O trabalho com a consciência corporal, através da educação motora estimula muito crianças com síndrome de Down, pois contribui para uma melhor qualidade de vida e movimentação (FRUG, 2001).
 A perspectiva que se vislumbra é a de que as lutas pelo ideal de inclusão continuarão intensas, pois é muito longo o caminho entre o discurso e a prática. Porém, a educação inclusiva é movimentada pela ideia do novo na entrada de um outro ciclo histórico na sociedade atual, prescrevendo valores que vem de encontro aos direitos humanos, equiparação de oportunidades, as relações de acolhimento da diversidade humana, aceitação das diferenças Individuais, integração e inclusão, enfim, a construção de uma sociedade inclusiva que traduza um verdadeiro Estado democrático (MARTINS, 2006)
 No contexto escolar, as perspectivas recaem na prática inclusiva em sala de aula, sendo que está nas mãos dos profissionais da educação o compromisso da sua efetivação. O professor é desafiado continuamente a responder às novas e crescentes expectativas projetadas sobre ele, muito mais depois da implantação do modelo de inclusão. Supõe-se assim, que a peça principal para o processo da educação inclusiva seja o professor. Nem sempre as legislações consideram esta variável primordial no processo de inclusão, “que consiste na capacidade de resposta daqueles que a tem de pôr em prática” (CORREIA, 1999).
Schön (2000), partindo dos pressupostos epistemológicos e pedagógicos de autores como John Dewey, Lev Vigotsky, Jean Piaget entre outros e, contrariado com a forma de ensinar proveniente de uma construção científica e usada pelo docente como algo absoluto, propõe uma alternativa para a prática docente, defendendo um tipo de ensino que valorize o saber do aluno, auxiliando-o a fazer uma junção do seu conhecimento na ação com o conhecimento sistematizado na escola. A este tipo de ensino denominou-se como uma reflexão na ação (FACION, 2005). 
Esta proposta visa um ensino prático reflexivo diante de situações imprevistas em que não há respostas prontas ou procedimentos de acordo com um padrão. O autor utiliza a expressão "talento artístico profissional" para referir-se "aos tipos de competências que os profissionais demonstram em certas situações da prática que são únicas, incertas e conflituosas" (SCHÖN, 2000, p. 29). 
 Pessoas com Síndrome de Down (SD) se encontram no quadro dos alunos com deficiência intelectual, tendo então, necessidades educacionais especiais. Moraes (2007) aponta que estes indivíduos possuem uma deficiência mental que varia de leve a moderada, com uma capacidade cognitiva menor que a média. Estes indivíduos são dotados de características físicas, sensoriais e intelectuais diferenciadas que atrasam seu desenvolvimento global e dificultam o acompanhamento das aulas no ensino regular, quando inserido em classes com alunos sem necessidades educacionais especiais. Conforme Lefévre (1985), devido ao amadurecimento constante do seu sistema Nervoso Central, esta criança se desenvolverá diariamente e, mesmo que este caminhar seja bem mais vagaroso, evoluirá patentemente em inteligência e habilidades até a idade adulta. Apesar do desenvolvimento lento ser comum em todas as crianças SD, existe diferenças marcantes entre elas: cada uma terá suas graças, seu jeito de ser, de brincar, de se comunicar e também o seu tempo de aprendizado, ficando a nosso encargo perceber a hora de trabalhar com esta criança.
 Para Lorenzini (2002 ) o desenvolvimento da criança com SD é bastante específico e as alterações características em geral irão interferir diretamente na sua capacidade de realizar algumas atividades. Os distúrbios associados que podem estar presentes são alterações sensoriais, problemas cardiorrespiratórios e ortopédicos, podem interferir na aquisição motora. Por outro lado, o comportamento da criança com SD depende especificamente, além da relação dos fatores genéticos e de maturação orgânica, das experiências vividas, da exploração do próprio corpo, do ambiente e da interação com as pessoas, sendo que somente assim,a criança torna-se capaz de modificar suas respostas sensoriais, motoras, afetivas, cognitivas e sociais (Lorenzini 2002) Desenvolver um ensino inclusivo pode ajudar a superar o já referido histórico da disciplina – que, em muitos momentos, pautou-se em distinguir indivíduos aptos e inaptos. Deve-se levar em conta também que, mesmo alertados para a exclusão de grande parte dos alunos, muitos professores apresentam dificuldades em refletir e modificar procedimentos e atividades excludentes, devido ao enraizamento de práticas como essa. Quando o professor desenvolve efetivamente uma atividade inclusiva? Quando apoia, estimula, incentiva, valoriza, promove e acolhe o estudante. (DARIDO, 2004,p 17). 
Para Bomfim (2002) carecendo ainda de uma sólida fundamentação científica e dados concernentes à natureza e às características desta população Down, podemos afirmar que as práticas pedagógicas em Educação Física, ao priorizarem jogos simbólicos e linguagem, esquema corporal, coordenação viso-motora, organização espaço-temporal, exercícios de atenção visual, auditiva e tátil, fortalecimento da musculatura respiratória, melhora da postura, do tônus e do equilíbrio poderão bem-estar físico da criança com SD. Segundo Sherril (1986) as pessoas com SD apresentam prejuízos funcionamento perceptivo-motor quando realizam atividades de exatidão como pulos e saltos em modelos prescritos no chão. Cerca de 50% podem saltar com ambos os pés simultaneamente uma ou mais vezes; mais ou menos um quarto pode pular de um pé só e ou saltar de costas; muitas não mantêm o equilíbrio em um pé por mais de dois segundos; e a maioria não consegue se manter balanceando de olhos fechados, sendo que em geral os movimentos básicos são desajeitados. 
A partir dessa visão, considera-se que as escolas regulares deverão expandir as oportunidades de aprendizagem a todos os indivíduos, incluindo as pessoas consideradas deficientes. Poderá, assim, favorecer a integração, cujo conceito impõe a implementação de novos programas e currículos, com investimentos na formação de professores, novos suportes físicos e fortalecimento dos processos de colaboração entre os técnicos da instituição de ensino. (Machado, 2002).
 Marchesi e Martín (1995) ressaltam que, normalmente, os posicionamentos críticos sobre inclusão educacional aceitam o direito de todos à educação no ambiente educacional menos restrito possível, o principal ponto de divergência assenta-se na compreensão acerca da eficácia da inclusão para o desenvolvimento dos alunos considerados deficientes. Ainda por esse viés, os autores colocam em dúvida a possibilidade real de inclusão em uma sociedade competitiva que valoriza o êxito acadêmico, o rendimento e a capacidade de competir, o que parece não convergir com uma proposta de inclusão baseada em valores como cooperação e solidariedade.
 Silvia e Cabral (2001) tratam das restrições apontadas pelos próprios pais das pessoas de deficiência, que temem ver os filhos expostos a algum tipo de constrangimento, constranger eles mesmos, diante da perspectiva de tê-los comparados a “normalidade consentida”. Pois a concepção histórica da sociedade são os interesses das classes dominantes que impõem padrões sociais e os alunos com SD ficam marginalizados, justificando a exclusão.
 Segundo Costa e Oliveira (2008) a educação escolar que realmente deseja converter-se e, democrática garantindo a educação como direitos de todos, tem o dever de incorporar também o educando com SD, defende-se a necessidade de conscientização de que toda classe escolar é necessariamente heterogênea e traz consigo a multiplicidade e substantivos, diferenças incorporadas por razões históricas, culturais, sociais, físicas ou mentais com o caso da SD. Porém, para alcançar tais objetivos algumas modificações são requeridas na organização e no funcionamento da escola. O educador deve ser comprometido com a filosofia da inclusão, estimulando os educando a direcionarem sua aprendizagem de modo a aumentar sua autoconfiança, a participar plenamente da sociedade a usar mais o seu poder pessoal e a desafiar a sociedade para mudança. 
 Silva (2004) realizou uma pesquisa em São José do Rio Preto, São Paulo, que utiliza o método inclusivo. Entrevistaram 35 alunos com SD, 3 colegas de classe sem a síndrome e 3 professores dos mesmos. Analisando os dados obtidos perceberam que teve aceitação no método inclusão, notaram que os alunos tinham um ótimo relacionamento alunos com a síndrome e sem Síndrome. Este é um fator de grande importância para o desenvolvimento de cada criança presente neste processo, que desde cedo já começa a lidar com as diferenças e a respeitá-las. Foi possível perceber também a necessidade de estimulação ao máximo das potencialidades dos alunos com SD, a fim de que, mesmo tendo atrasos no desenvolvimento, possam ser incluídos normalmente em um contexto social.
 Segundo Soler (2006, p.34) o principal objetivo que a Educação Física tenta obter no trabalho com pessoas com necessidades especiais é sua total reintegração à sociedade, com autonomia, liberdade, criatividade e alegria. Outros objetivos complementares também são tentados, como melhora da condição motora, domíniodo corpo para um desempenho de atividades biopsicossociais e um desenvolvimento sociocultural. O professor de Educação Física deverá fazer adaptações necessárias, nas regras, nas atividades, na utilização do espaço, em materiais para estimular, tanto no aluno portador de necessidades especiais como em todo o grupo, possibilidades que favoreçam a sua formação integral. (SOLER, 2002)
  
 Para Buenos e Resa (1995), a capacidade de atenção se encontra deficitária na criança portadora da Síndrome de Down, gerando mais dificuldade para mobilizar sua atenção de um foco a outro, o que repercute em sua capacidade para discriminar estímulos, implicando em um maior número de erros nas respostas. Todas as pessoas com a Síndrome de Down possuem grande falta de atenção, não conseguem se concentrar por muito tempo em determinada situação/problema.
 Segundo (WERNECK, 1995) “(...) os portadores de Síndrome de Down tem capacidade de aprender, dependendo da estimulação recebida e da maturação de cada um o desenvolvimento afetivo e emocional da criança também adquire papel importante” (…). Sendo assim o exercício físico deve ser bem trabalho, para um bom desempenho e resultado.    Sempre que possível desenvolver atividades em forma de jogos e brincadeiras, pois eles são as melhores maneiras da criança comunicar-se, questionar e explicar  A pessoa com Síndrome de Down segundo Perez (1991) têm sua capacidade de processar informações mais lentas e limitadas que a do sujeito normal. Nesse sentido e necessário estruturar o meio e a metodologia para que a aprendizagem se realize adequadamente. Devido a sua de falta de atenção.  Conforme Perez (1991), é aceito pela comunidade cientifica e pedagógica que a atividade física quando bem estruturada e adequada, tem a ação benéfica nos portadores de deficiência mental. O Portador tem a característica de deficiência mental é a atividade física ajudará muito no seu desenvolvimento.
 François Podevyn, descreveu essa síndrome de acordo com fatos ocorridos em sua própria vida e como conseguiu superar os problemas que teve:“(...)depois que me separei da mãe dos meus três filhos, vejo-os afastarem-se de mim cada vez mais, apesar de todos os meus esforços. Graças a internet encontrei uma abundante literatura sobre o assunto.”20. Esse autor usou como base os estudos do psiquiatra Richard Gardner, que foi o primeiro a nomear essa síndrome: (...)uma perturbação que surge principalmente no âmbito das disputas pela guarda e custódia das crianças. Quando falamos em inclusão, deve-se ter bem claro seu objetivo, que é o de criar uma sociedade que respeite as diferenças e limitações de cada indivíduo, onde os mesmos tenham suas habilidades e competências valorizadas, podendo assim conquistar seu lugar na sociedade onde está inserido.Vygotski (1997) ressalta a importância das relações sociais entre pessoas com deficiências e pessoas sem deficiências, considera fundamental a promoção de acesso e permanência dessas crianças especiais no âmbito social, pois, se não houvesse essas oportunidades de participação, seus destinos seriam a segregação e o isolamento, o que desfavoreceria seu desenvolvimento.
 Nós saberemos que a educação inclusiva foi completamente atingida quando designações como “escola de inclusão”, “sala de aula inclusiva”, “o estudante de inclusão” já fizerem parte de nosso vocabulário educacional. A inclusão somente sobrevive como assunto, enquanto alguém é excluído. ( GIANGRECO, 1997, p.194).
 Para BASTOS, o portador da Síndrome de Down é capaz de compreender suas limitações e conviver com suas dificuldades, "73% deles tem autonomia para tomar iniciativas, não precisando que os pais digam a todo momento o que deve ser feito." Isso demonstra a necessidade/possibilidade desses indivíduos de participar interferir com certa autonomia em um mundo onde "normais" e deficientes são semelhantes em suas inúmeras diferenças.
 Emília Ferreiro vem contribuindo significativamente para a elaboração de uma proposta pedagógica construtivista com os estudos sobre a psicogênese da leitura da escrita. Ressaltando a teoria de Jean Piaget, ela investiga como a criança constrói seu conhecimento de leitura e escrita, isto é, em uma pesquisa ela procura saber como a criança aprende a ler e escrever, qual a gênese e evolução do processo de conhecimentos do sistema de escrita alfabética. FERREIRO nunca preocupou-se em definir ou como ensinar, mas em descobrir como a criança aprende.
 A pesquisa realizada por FERREIRO e TEBEROSKY (1985) tenta desvendar o processo de aprendizado infantil, mostrando que a alfabetização da criança não depende tanto do método de ensino e de manuais. Segundo as autoras, cada criança desenvolve sua própria maneira de aprender a ler e escrever, buscando construir seu conhecimento através de elaboração de hipóteses e do produto de um conflito cognitivo que permita a ela avanços frente ao sistema de escrita. A. Este processo inicia-se muito antes do que a escola tradicional imagina por se tratar de um sujeito disposto adquirir10conhecimento e que interage com o mundo físico, não uma técnica partícula como é ensinado nos métodos. É a partir desta pesquisa que se muda a concepção do ato de alfabetizar ao demonstrar que a criança constrói o processo da leto-escrita, conhecimento que a criança tem sobre a leitura e a escrita, seguindo o caminho próprio e determinado (MERCADO, 2000, s.p.).
 FERREIRO e TEBEROSKY (1985) baseiam-se em três grandes princípios:
1º princípio: é o da aprendizagem pelo pensamento;
2º princípio: é o do ensino associado à pesquisa;
3º princípio: é o reconhecimento da importância dos valores vigentes na sociedade ou na escola para o encaminhamento de um processo educacional.
 A fundamentação teórica que norteia a pesquisa sobre a que norteia a pesquisa sobre a aquisição da língua escrita, desenvolvida por FERREIRO e TEBEROSKY (1985) tem como pressuposto teórico os estudos de Jean Piaget, assumindo como métodos de exploração o método clínico, próprio da pesquisa psicogenética. Neste método o pesquisador tem acesso como a criança está pensando através de uma conversa com esta, sendo as perguntas elaboradas a partir das respostas das crianças.
 A primeira grande diferença entre a teoria de Piaget e as tradicionais, como já foi visto, este sujeito é passivo frente ao conhecimento e espera alguém que possui um conhecimento para transmitir-lhe. Enquanto que o sujeito da teoria Piaget é um ser ativo que pensa sobre o objeto de conhecimento da língua escrita, num processo interativo, social e escolar. Ele busca compreender o mundo ao redor, incorporando os elementos que pertencem ao meio e os interpretando de acordo com seus esquema assimilativos, sendo então construídos a partir das hipóteses (MERCADO,2000, s.p.).
 MAZOTTA (1993, s.p.) acredita que para construir uma educação que abranja todos os segmentos da população e cada um dos cidadãos implica uma ação baseada no princípio da não segregação, ou, em outras palavras, da inclusão de todos, quaisquer que sejam suas limitações e possibilidades Individuais e sociais .O conhecimento da atuação da escola com relação a inclusão e integração exige uma abordagem holística do portador de deficiência que revele seu contexto de vida (da família, da escola e da sociedade).MAZOTTA (1993 s.p) aponta alguns aspectos importantes para o desenvolvimento de atitudes favoráveis à inclusão escolar e à integração.
 As crianças com Síndrome de Down são capazes de fazer o que as crianças Comuns fazem e, embora sua velocidade de aprendizado geralmente seja mais lenta, não existem limites (VOIVODIC, 2004.p.58) Estas crianças, porém, precisam de estímulos especiais para desenvolver bem suas capacidades, estímulos estes que devem ser iniciados desde quando as crianças são muito pequenas (estimulação precoce).Dentro da sala de aula, a proposta da Teoria Sócio Histórica é que a criança com Síndrome de Down receba a mediação necessária para realizar as tarefas que não conseguiria realizar sozinha, de forma que as mesmas não precisem ser simplificadas (VOIVODIC, 2004).Sendo assim, a aprendizagem do aluno com Síndrome de Down não precisa ser vista como uma batalha, mas certamente como um desafio, onde cada conquista tem seu valor. No que se refere ao desenvolvimento intelectual do portador de necessidades especiais, Vygotsky defende uma escola inclusiva para que as crianças com necessidades especiais interajam com as outras crianças comuns. Seguindo a mesma linha, Rogoff (2005) afirma que o contexto escolar possibilita a todos os envolvidos uma construção coletiva de conhecimento, valores, atitudes e aceitação das diferenças individuais. Sob essa ótica, para os teóricos sócio históricos, dos quais Vygotsky é o principal representante, o meio mais adequado para o desenvolvimento das crianças com necessidades especiais é a escola regular, pois promove uma variedade de interações sociais que têm papel fundamental no desenvolvimento da criança com deficiência, sendo possível dará ela subsídios para ultrapassar suas dificuldades (VYGOTSKY, 1997 f, P.93 )Mas é valido ressaltar que colocar essa criança no lugar adequado não é o suficiente. Dependendo da filosofia que se utiliza na prática educacional, a educação pode, ou não, tornar-se um instrumento transformador desses indivíduos.
Não devemos esquecer, em nenhum momento, das grandes diferenças existentes entre vários indivíduos com SD no que se refere ao próprio potencial genético, características raciais, familiares e culturais, para citar apenas alguns que serão poderosos modificadores e determinantes do comportamento a ser definido como características daquele indivíduo.(SCHWSRTZMAN, 1999: 58)Segundo o autor, a inteligência das crianças com Síndrome de Down é grosseira e incompleta, porém os desses indivíduos tem demonstrado aumentos significativos nas últimas décadas. Percebe-se então que a inteligência não é determinada somente por fatores biológicos, mas também influenciada por fatores ambientais. Segundo Melero (1999), a inteligência não se define, constrói-se. Tanto que os jovens com SD hoje, em relação aos de gerações passadas, têm capacidades de leitura que lhes permitem acessar informações escritas em geral fazendo com que melhorem suas possibilidades de interação pessoal e suas habilidades sociais.
Giavanoni (1994:13) concorda com o aspecto de que a Síndrome de Down é um acidente genético e acrescenta ainda a consideração de que isso acontece por razão biológica que ocorre na primeira divisão celular do zigoto. Nas células do ser humano, há 46 cromossomos ou 23 pares: 22 dos quais são autossômicos, ou seja, são determinantes das características do indivíduo e um é determinante do sexo. As supostas causas do nascimento de uma criançacom Síndrome de Dow estão relacionadas a fatores endógenos (ambientais) e exógenos. Dos fatores, os endógenos são considerados mais importantes e relacionam-se à idade materna.
 A partir dessa contextualização, é importante verificar as características e aspectos relevantes da pessoa com Síndrome de Down sob a perspectiva da área médica e educacional. A Síndrome de Down é considerada um acidente genético, uma alteração cromossômica, bem como é a principal causa genética da deficiência mental, de anomalias múltiplas, fácies característico, fatores associados à trissomia do cromossomo 21 humano (LIMA e FERRAS, s/n:6).
 De acordo com Saad (2003:29), a Síndrome de Down é caracterizada por atraso do desenvolvimento físico, funcional e mental. E, somadas a essas 
Características, acrescentam-se várias alterações fenotípicas determinadas por essa carga genética. Essas características, segundo Putsche (2000:1), devem ser consideradas somente para diagnóstico clínico e não necessitam ser evidenciada. Nesse contexto, os estudos que abordam a Síndrome de Down apontam que esta pode ser diagnosticada a partir do nascimento, pela presença de uma série de características, alterações fenotípicas que, se consideradas em conjunto permitem a suspeita diagnóstica, no entanto, este diagnóstico só pode ser considerado definitivo após o estudo cromossômico (cariótipo). Cariótipo corresponde à identidade genética do ser humano e é através de um exame conhecido como cardiograma que se torna possível obtê-lo, mesmo no feto (VOIVODIC, 2004: 41-42).
 Sabe-se que o nascimento de uma criança com Síndrome de Down está relacionado à causas genéticas e a alguns sintomas que aqui estão focados, a exemplo da deficiência mental. Os educandos, de modo geral, aprendem de forma diferenciada, alguns com mais facilidade que outros da mesma idade e que, “consequentemente, têm dificuldades em se adaptar às demandas sociais” (KIRK e GALLAGHER, 2002:120).
 Dessa forma, neste estudo, considerou-se a educação formal como principal ponto, cujo objetivo é preparar a criança para uma vida ativa e com qualidade em sociedade, onde o educando com Síndrome de Down frequenta a escola regular e participa de todas as atividades propostas. Nesta perspectiva, de acordo com Fredericks (2003:184), alguns objetivos resumem aquilo que os pais, de forma geral, almejam para seus filhos: que sejam capazes de interagir com pessoas que não são portadoras de deficiências, bem como com aqueles que são. E que tenham verdadeiros amigos nos dois grupos; que sejam capazes de trabalhar nos mesmos ambientes que aqueles que não apresentam deficiências; que sejam bem-vindos e participem em eventos e atividades frequentados por pessoas sem deficiência, sentindo-se confiantes e à vontade; que vivam na moradia de sua escolha conforme suas possibilidades econômicas; que sejam felizes.
Diante dos estudos demonstrados, é importante descrever a consideração de Voivodic (2008:65) em relação às pesquisas já realizadas sobre a inclusão de educandos com Síndrome de Down. Segundo a autora, as pesquisas realizadas[...] comprovam que, quando o educando com Síndrome de Down frequenta escolas regulares, tem ganhos significativos não só em seu desenvolvimento social, mas também em seu desenvolvimento cognitivo. Também foi constatado que não houve prejuízo para as crianças que não têm deficiência por estarem na mesma situação com crianças com deficiência mental. Outro ponto ressaltado pelas pesquisas é sobre a importância da mediação para o sucesso do processo de inclusão.
 A pessoa que é posta à parte na sociedade (ambientes, escolas, igrejas, praças, entre outros) e se sente excluída não deve aceitar passivamente que lhe é imposto. É fundamental que saiba questionar e enfrentar criticamente as inúmeras adversidades econômicas, sociais e culturais que fazem parte do seu cotidiano (FREIRE, 1994:147-148).
Outra concepção de Paulo Freire elencada neste estudo é a inclusão que é a sua tese sobre o inacabamento do ser humano que, por meio de suas ações no mundo, na história, se conquista por luta, por aquisições continuamente realizadas. A inclusão pode ser assim descrita nas palavras de FREIRE (1996:64):
Ainda como concepção de Paulo Freire, destacamos o diálogo e a libertação como princípios orientadores para transformar e construir uma educação humanizada a, coerente com o desafio da libertação humana. 
A proposta de uma educação humanista-libertadora em Freire tem no diálogo/dialogicidade uma das categorias centrais de um projeto pedagógico crítico, mas propositivo e esperançoso em relação ao nosso futuro. (DICIONÁRIO PAULO FREIRE, 2008: 130)
3. Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino.
3.1 TEMA E LINHA DE PESQUISA.
Visando que a inclusão tem quebrado barreiras no processo de ensino escolar de alguns alunos incluindo os portadores de Síndrome de Down, a educação desses tem se tornado cada vez mais eficaz devido a métodos utilizados pelas escolas inclusivas , sendo assim este projeto de ensino visa relatar uma pesquisa desenvolvida com acompanhamento integral de uma aluna portadora da síndrome de Down em uma escola inclusiva do município, esta idéia é importante pois é possível estabelecer os meios e formas de alfabetização e aprendizagem bem como o processo de socialização da aluna com os demais colegas de classe.
Nos períodos do curso de pedagogia a temática da inclusão está sempre relacionada a alguma disciplina, visando que ela é a ciência da educação e trabalha com desenvolvimento humano, é importante que tal conhecimento contribua futuramente na formação acadêmica profissional.
3.2 JUSTIFICATIVA
Devido à falta de profissionais de interesse na área inclusiva e o seu crescimento ter se tornado expansivo ,Este fato vem gerando muita preocupação no meio cientifico e educacional, uma vez que essas crianças assim como as demais são detentoras de identidade tanto biológicas quanto sociais que precisam ser consideradas e valorizadas, tais reações impedem que a sociedade acredite no desenvolvimento potencial e cognitivo desses sujeitos que refletem na imagem dos professores que são responsáveis pelo desenvolvimento educacional e social do aluno no seu período pré formal.
 
A escolha do tema se remete a experiência adquirida durante o período de estágio do curso realizado em uma instituição da cidade, que busca interesse em esclarecer as formas de contato dadas com a família, a escola, e a sociedade e com isso sanar dúvidas e quebrar as barreiras que impedem esses sujeitos de se relacionarem com o mundo interativo e com as potencialidades a serem desenvolvidas. 
3.3 PROBLEMATIZAÇÃO
Os portadores de Síndrome de Down são alunos que apesar de possuir uma certa deficiência apresentam extrema inteligência intelectual e mesmo obtendo certas mudanças de comportamento conseguem se socializar facilmente na sociedade. Há muitas barreiras a serem rompidas devido que as estruturas e a formação dos profissionais não tem se adequado as novas exigências de modo que as escolas precisam progressivamente desenvolver projetos que ofereçam as pessoas com deficiência as oportunidades necessárias ao seu desenvolvimento.
Aprendendo com os conteúdos do curso que nos remete as leis e forma da inclusão não só destes alunos mais de outros não podemos nos reprimir nem omitir a participação destes na sala ou na futura escola que iremos lecionar, pelo contrário diante disso devemos apresentar e inovar nas formas da didática de ensino estabelecidas no curso para com este aluno.
3.4 OBJETIVOS
3.4.1 Objetivo geral
 Acompanhar, entender e avaliar os métodos de ensino oferecidos pela escola para a sua alfabetização e desenvolvimento do aluno durante o ano letivo.
3.4.2 Objetivos específico 
a) Identificar as metodologias e estratégias de ensino utilizadas pelo professor na alfabetização da criança com síndrome de Down
b) Analisar o planejamento de ensino da escola para com este aluno
c) Avaliar a socialização e interação do aluno com síndromede Down comunidade escolar.
d) Verificar como o professor aplica e desenvolve as atividades com o aluno vivenciando suas limitações.
e) Verificar se a escola possuí estruturas físicas organizadas de acordo com o exigido por lei.
3.5 CONTEÚDOS
Perfil da escola onde foi realizado o trabalho: A escola possui em média 380 alunos matriculados em nível fundamental do 1º ao 5º ano sendo cinco com necessidades especiais e destes cinco apenas um portador da Síndrome de Down matriculada no 1º ano escolar , a instituição está inserida na cidade desde 1998 e é uma das referências no contexto de inclusão pois apresenta princípios e objetivos de acordo com a Lei de Diretrizes e bases para a educação, LDB Nº 9394/96 portanto se preocupa em desenvolver o educando , assegurando-o a formação indispensável para o exercício da cidadania e fornecendo-lhes meios para progressão no trabalho e em estudos posteriores
Perfil do aluno : A aluna com idade de 7 anos é portadora da Síndrome de Down e apresenta comportamento estável a variável durante a sua permanência em sala de aula e nas demais dependências da escola , consegue se interagir e se socializar muito bem com os demais colegas de classe sem desentendimentos ou interferências por parte do professor e do acompanhante ,as atividade seguem o cronograma da escola e são adaptadas de acordo com a necessidade da aluna em realiza-las, na prática destas ela apresenta comportamento variável as limitando em seu tempo de execução, sendo que as que envolvem a participação em grupo regidas pelo professor, as vezes se nega a cumpri-las tendo que a sua cuidadora interferir e utilizar o lado convencional para que ela as pratique. O seu método de avaliação se iguala a todos, com provas que são aplicadas com a ajuda do seu orientador avaliando-a normalmente conforme o seu desempenho. Fora do seu horário escolar frequenta uma escola especializada situada no munícipio que fornece acompanhamento educacional especializado visando melhorar o seu desempenho pessoal e na escola atual.
Perfil do professor: Devido a interferências ocorridas no planejamento geral de educação de ensino a escola enfrentou mudanças no seu corpo docente o que alterou a didática de ensino que era prevista para o ano letivo, mais de todo o corpo docente que passou pela instituição aplicando as normas do planejamento, esses foram de extrema competência estando aptos a atender as necessidades da aluna mantendo uma relação sadia com ela e fornecendo-lhe toda a assistência necessária. 
3.6 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO
O professor trabalhará de forma que envolva a aluna despertando seu interesse para a atividades desenvolvida. Não fazendo que ela se sinta diferente dos, mas capaz de desenvolver aquela atividades que também poderá ser feita pelos outros alunos de uma forma mais prática. Para esta atividade de Matemática será preciso três garrafinhas de agua de 500 mL, a primeira com o número, a segunda com o sinal de adição e a terceira com outro número, dois fundos de garrafas pet, sendo uma de um lado e outra do outro, sendo que no lado esquerdo terá as bolinhas e no lado direito ficará vazio para fazer a soma das duas garrafinhas; mais ou menos vinte bolinhas de gude, uma colher para pegar as bolinhas e uma cartela de ovo vazia e pintada para destacar. Com a aluna assentada se frente para este material o educador vai perguntando qual é o primeiro número e ela vai responder e pedir para ela representar então que com uma colher colocar o tanto de bolinha no vidro, fazer o mesmo no segundo vidro perguntando qual é este número e ela responde então colocar as bolinhas no vidro depois perguntar bastante para ela um número com o outro é quantos? Deixar ela errar pensar só depois explicar, pedir para ela pegar os dois vidros e jogar no pote que estará do outro lado vazio e pedir para ela contar agora todos juntos, com a colher ela pode pegar uma bolinha de cada vez e colocando nos buraquinhos onde ficam os ovos isto irá trabalhar bastante a coordenação motora fina dela, onde precisa de muitos estímulos para a alfabetização.
Para trabalhar na atividade de Português o professor deverá explorar o alfabeto móvel sendo que a aluno já reconhece as letras. Para que fique mais interessante o alfabeto deverá se colorido para chamar mais atenção. Primeiro deve-se fazer a leitura oral com a aluna quantas vezes achar necessário, depois recortar o alfabeto, pedir para ela escolher qual palavra que quer montar, exemplo: bola, fazer com que ela ache as letrinhas no alfabeto todo espalhado em cima da mesa, perguntando com qual letra inicial começa cada palavra . Depois que achar pedir para colar no caderno onde ela poderá ler e fixar melhor o sentido das palavras. Dentro desta atividade vale também explorar tudo que for possível, onde a aluna estiver dentro da escola, na sala de aula fazer qualquer tipo de reconhecimento de letras com ela, questionar o tempo todo: “que letra é esta? E aquela?”. No pátio, tudo que estiver a sua volta, assim como ela teve contado com o alfabeto vai estar recente em seu pensamento na hora que for questionada.
3.7 TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO
O tempo para realização da atividade de Matemática será estimada em dois dias entre os dias 26/10 e 27/10. Com a carga horária de duas horas, sendo que no dia 26/10 será para confeccionar o material como pintar a cartela de ovo, usar papel E.V.A. para fazer círculos cada um de uma cor, para chamar mais atenção, para numerar cada espaço, cortar as garrafas pet, elaborar os números e colar nas garrafas. E no dia 27/10 executar as atividades como estão citadas acima.
Para a atividade de Português será preciso um tempo maior, nos dias 2 8/10 a 30/10. No dia 28/10 será apresentado para ela o alfabeto em uma folha só, para ela reconhecer o lugar de cada letrinha em ordem para que depois ela consiga similar qual a letra vem antes ou depois, pegar uma régua e fazer a leitura com ela como b de bola, c de casa e d de dado e etc. No dia 29/10 pedir pala ela mesma cortar o alfabeto letra por letra mesmo que demore um pouco e perguntando sempre qual letra você vai cortar agora, assim vai memorizando com mais facilidade. 30/10 colocar o alfabeto todo em cima da mesa e pedir para ela escolher a palavra que gostaria de montar, ela escolhendo é hora de perguntar com qual letrinha começa esta palavra, fazer com que ela procura a letrinha da palavra no meio do alfabeto espalhado na mesa. Depois que achar todas as letras é hora de montar e tomar a leitura várias vezes. E assim pode ser feito com nomes diversos, podendo perguntar para a aluna qual palavra ela quer montar, e depois que montar pedir para ela ilustrar a figura ao lado e colorir de acordo com a imaginação. Assim vai aprendendo como exemplo montar a palavra banana e depois ela vai pegar o amarelo para colorir, vai ligar que está figura precisa ser colorido de amarelo. 
3.8 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS
Recursos humanos: Para a realização o plano de ação teve a participação ativa 
da aluna, juntamente com a colaboração da direção e toda a equipe pedagógica. 
Recursos materiais: Foram usadas dois fundos de garrafa pet, vinte bolinhas de gude, uma colher funda, três garrafinhas de agua de 500 ml, uma cartela de ovo pintada de branco, pedaços pequenos de EVA uma tesoura, cola e duas folhas com o alfabeto imprimido 
3.9 AVALIAÇÃO
As aluna não teve nenhuma dificuldade em executar as atividades. No projeto de matemática ela teve excelente desempenho, foi necessário trabalhar mais e desenvolver a sua coordenação motora fina para que ela consegui-se finalizar a atividade com sucesso.
Mostrou interesse o tempo todo, sendo que os conhecimentos adquiridos para a realização desta atividade foram os de, conceitos e formas, quantidade, tamanho, espaço, tempo e ordem, foi trabalhado o controle, lateralidade e equilíbrio colaborando sem dúvida para o seu desenvolvimento no processo de alfabetização e desenvolvimento motor.
4. Considerações finais
O presente trabalho, considerando a amplitude da questão da inclusãode crianças consideradas "diferentes" na rede de ensino regular, compreender a capacidade particular de cada educando e reconhecer que é através da estimulação constante que ele terá um bom desenvolvimento o que implicará em seu visível progresso. Por isso o professor deve ultrapassar as barreiras do preconceito e viabilizar com esforço o avanço da criança com Síndrome de Down dentro e fora da escola, promovendo mudanças que ofereçam uma melhor qualidade de vida e o desenvolvimento interpessoal, com ênfase para a sua cognição. A proposta de inclusão tal como foi abordada na pesquisa tem seus aspectos favoráveis, mas há também os desfavoráveis. De forma equivocada, muitos professores e outros profissionais pensam que para praticar a inclusão basta colocar o aluno com necessidades especiais matriculado em uma classe regular, porém a inclusão escolar vai muito além de uma inclusão social. É necessário que na inclusão escolar o aluno especial se desenvolva, que ele aprenda, como os demais alunos, salvo suas limitações. Tudo no início é difícil, mas temos, como educadores, de driblar todos os obstáculos. Trabalhar juntos, para conseguir colocar em prática o que a Declaração de Salamanca (p. 5) diz: “O princípio fundamental da escola inclusiva é o de que todas as crianças devem aprender juntas, sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter à igualdade e à diversidade, pois é um espaço sociocultural. Sendo assim o ambiente escolar passará a ser utilizado não só como uma área de aprendizado, mas também como um instrumento para a conscientização e garantia dos direitos. Dessa forma, faz-se necessário que todos os atores da educação deixem de lado o preconceito, o medo ou a arrogância, para que se possa trabalhar, vestir a camisa, lançar sementes de amor e respeito ao próximo e lutar para que, num futuro não tão distante, possamos ver que valeu apena. Independente de erros ou acertos, a escola é a única entidade capaz de incluir qualquer ser humano, seja ele considerado normal ou não, na sociedade.
REFERÊNCIAS
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CAIADO, Kátia Regina Moreno. Aluno deficiente na escola: lembranças e depoimentos, São Paulo: Autores Associados, 2003;
 CAVALCANTE, M. Aparências Diferentes? Talentos também. Escola, Brasília, P. 32,33, julh de 2004;
 FERRONATO, Rubens: A construção de \instrumentos de inclusão no Ensino da matemática. 2002;
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BRASIL, Lei no 9394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF.V.134, 
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Orientador: Prof. Okçana Battini

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