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A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO EPIDEMIOLÓGICO
Professora Renata Mascarenhas Bernardes 
2020 
Conceitos e Aplicação Prática
Origem (grega) 
epi – sobre 
demo – população 
logia – estudo
Epidemiologia: Estudo que afeta a população
O conceito de epidemiologia sofreu grandes evoluções desde a preocupação exclusiva com as doenças transmissíveis até as doenças crônicas degenerativas
Mais de 23 conceitos
Ramo da ciência que estuda, na população, a ocorrência, a distribuição e os fatores determinantes dos eventos relacionados com a saúde
Epidemiologia até o séc. XIX:
	Panacéia - padroeira da medicina curativa, realizada por meio de manobras físicas, encantamentos, preces e uso de pharmakon (medicamentos). 
	Higéia - apregoava a saúde como resultante da harmonia dos homens e dos ambientes, por ações preventivas e coletivas
Epidemiologia até o séc. XIX:
Hipócrates: Doença: enquanto um produto da relação complexa. Constituição do indivíduo X Ambiente que o cerca. Sempre considerar na avaliação do paciente: o clima, maneira de viver, hábitos de comer e beber. Estudou doenças epidêmicas e as variações geográficas das endemias
Séc. XIX:
Teoria miasmática: Mal + Ar. Até a metade do século XIX, atribui a origem das doenças a emanações oriundas da decomposição de animais e plantas.
Século XIX Revolução industrial (deslocamento de populações);
	Revolução francesa (positivismo); 
	Epidemias de cólera, febre amarela e febre tifóide (preocupação com a higiene e condições sanitárias nas cidades). 
	Teoria miasmática X Teoria dos germes
Séc. XIX:
Pierre Louis: Introduziu e divulgou o método estatístico (“Pai” da epidemiologia - Francês). 
Louis Villermé: Pioneiro nos estudos sobre etiologia social das doenças. Investigou sobre a pobreza, as condições de trabalho e suas influências sobre a saúde.
Séc. XIX
William Farr: Descreveu as leis das epidemias (Lei de Farr); ascensão rápida no início, elevação lenta até o ápice e uma queda mais rápida. Coleta e análise sistemática das estatísticas de mortalidade na Inglaterra e País de Gales. Pai da estatística vital e da vigilância.
John Snow: Estudo da freqüência e distribuição dos óbitos de cólera segundo a cronologia dos fatos e os locais de ocorrência, além de procurar outros fatores relacionados aos casos – tudo isso com o objetivo de elaborar hipóteses causais.
Séc. XIX
Louis Pasteur : “Pai” da bacteriologia. Descoberta do microscópio – 1675:
Teoria do GERME UNICAUSAL
Primeira metade do séc. XX:
A primeira metade do século XX: Influência da microbiologia (Osvaldo Cruz e a Escola de Manguinhos); Saneamento ambiental, vetores e reservatórios de agentes; Ecologia – teoria multicausal das doenças.
Primeira metade do séc. XX:
A abordagem ecológica
Amplia o enfoque para além dos germes, incluindo o agente, hospedeiro e meio ambiente – modelo multicausal - complexa interação de múltiplos fatores; Ampliam-se as possibilidades de prevenção; A saúde passa a ser vista como uma resposta adaptativa do homem ao meio ambiente e a doença, um desequilíbrio dessa adaptação.
Segunda metade do séc. XX
	Até meados do século XX, a epidemiologia e a medicina eram impulsionadas pelo crescente aperfeiçoamento dos métodos diagnósticos, terapêuticos e estatísticos – 
	proporcionaram a compreensão dos modos de transmissão e possibilitaram intervenções que contribuíram para o controle de grande parte das doenças transmissíveis, pelo menos nos países centrais
	Programa de Imunização....
Epidemiologia atual
Desenvolvimento das técnicas de diagnóstico, à evolução da estatística e à introdução dos computadores, consolidou a posição da epidemiologia como disciplina autônoma, criando inclusive a possibilidade de uma epidemiologia clínica que trata a atenção médica como um fator de risco de morbidade e mortalidade. 
A medicina moderna – que se consolidou com o advento da bacteriologia – estabeleceu a hegemonia da teoria da transmissão dos germes na explicação da gênese das doenças. Estas passaram a ser compreendidas como a relação entre o agente etiológico, as alterações fisiopatológicas e um conjunto de sinais e sintomas. A explicação microbiológica para a causa das enfermidades forneceu à medicina a condição de interferir no curso das doenças transmissíveis, que constituíam o principal problema de saúde pública (Nunes, 1998)
Epidemiologia atual
O desenvolvimento dos métodos estatísticos e da capacidade de processar e analisar informações proporcionadas pelas ciências da computação, aliados ao aprofundamento do conhecimento biológico dos organismos, aumentaram muito o poder analítico da epidemiologia
Pluralidade de concepções acerca de seus objetos de estudo e de suas ferramentas metodológicas.
Predomínio da vertente anglo-saxônia de uma epidemiologia ecológica que privilegia os métodos quantitativos, alguns autores identificam limites para o desenvolvimento da epidemiologia dos fatores de risco. Também tenta superar os impasses atuais na análise das relações entre as condições de vida e a situação de saúde da população (Carvalho, 2002; Almeida Filho, 2000).
CONCEITOS BÁSICOS DA EPIDEMIOLOGIA E A EVOLUÇÃO DO CUIDADO NOS PERÍODOS HISTÓRICO
Renata Mascarenhas Bernardes
2020
A Evolução Do Cuidado nos Períodos Histórico
	“Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado ”. (K. MARX)
	As práticas de saúde desenvolveram-se entre as primeiras civilizações do oriente e Ocidente  Influenciadas por dogmas e doutrinas das mais diversas correntes religiosas
A Evolução Do Cuidado nos Períodos Histórico
As doenças
As doenças constituem uma ameaça para todo ser humano. Algumas são brandas, mas outras podem chegar mesmo a dizimar populações. 
	Durante muitos séculos, não se sabia o que produzia as pestes e as grandes epidemias: 
um castigo divino? 
uma conjunção astrológica? 
uma mudança de clima?
As doenças
	As civilizações antigas conheciam inúmeras patologias, a arte de curá-las e reconheciam: 
	◦ A importância social da profilaxia e cura das doenças; 
	◦ A prática de avaliação de resultados; 
	◦ A utilização de ervas e minerais com propriedades curativas;
	 ◦ O conceito de que algumas doenças não se repetem na mesma pessoa; 
	◦ O poder da sugestão no processo de cura
	◦ A valorização praticada na Índia e China.
As doenças
	O conhecimento de que muitas doenças são produzidas por microrganismos (recente, com pouco mais de um século) 
	 Foi apenas durante a segunda metade do século XIX que se estabeleceu a teoria microbiana das doenças
DESENVOLVIMENTO DAS PRÁTICAS DE SAÚDE DURANTE OS PERÍODOS HISTÓRICOS
	As práticas de saúde estão relacionadas com a sociedade nas diversas nações ao longo dos períodos históricos.
	 Se subdividem em: 
	 Instintivas 
	Mágico Sacerdotais
	Alvorecer da Ciência
	Monástico-medievais
	 Pós-monásticas
	Mundo moderno
DESENVOLVIMENTO DAS PRÁTICAS DE SAÚDE DURANTE OS PERÍODOS HISTÓRICOS
	Anteriores ao século V a.c. 
Consistiam em ações que garantiam aos grupos nômades primitivos a manutenção da sua sobrevivência; 
Sua origem ligada ao trabalho feminino 
Proteção instintiva materna: primeira forma de manifestação no cuidado ao seu semelhante
Homem associa conhecimento de cura e misticismo = fortalecimento do poder. 
Cuidar da forma primitiva relacionado a Enfermagem
DESENVOLVIMENTO DAS PRÁTICAS DE SAÚDE DURANTE OS PERÍODOS HISTÓRICOS
	MAGIA 
Embora o conceito científico de contágio seja moderno, a sua ideia geral é antiga e primitiva. 
Ele surgiu do pensamento mágico, pré-científico, que sobrevive até hoje em muitos povos, como os índios. 
DESENVOLVIMENTO DAS PRÁTICAS DE SAÚDE DURANTE OS PERÍODOS HISTÓRICOS
MAGIA
	"Contágio" significa a passagem de alguma coisa de uma pessoa (ou de um animal, objeto, etc.) para outra, pelo contato físico . 
	Antes de se tornar um conceito clínico, essa ideia surgiu como um conceito mágico. 
	Uma concepção extremamente difundidapor toda a humanidade, - ligação ou vínculo com aquilo que tocamos
DESENVOLVIMENTO DAS PRÁTICAS DE SAÚDE DURANTE OS PERÍODOS HISTÓRICOS
	As práticas de saúde mágico-sacerdotais
As únicas referências de enfermagem estão relacionadas as práticas domiciliares de partos e cuidados pouco estabelecidos de mulheres de classe social elevada 
Tratamento catártico 
Sacerdotes eram um intérprete dos deuses para a cura da doença. 
Relação mística entre as práticas religiosas 
Empirismo 
As práticas de saúde associadas a prática religiosa
DESENVOLVIMENTO DAS PRÁTICAS DE SAÚDE DURANTE OS PERÍODOS HISTÓRICOS
	As práticas de saúde mágico-sacerdotais
Escolas (Pré-hipocráticas): marcaram fase empírica do conhecimento. Variadas concepções acerca do funcionamento do corpo humano, seus distúrbios e doenças. 
Práticas sacerdotais avançavam nas escolas e saíam elementos que trabalhavam nas cortes, cidades, exércitos recebendo honorários elevados pagos com dinheiro público 
A camada mais pobre era atendida por sacerdotes com preparo inferior 
Assistência de acordo com a classe social
A Evolução Do Cuidado nos Períodos Histórico
	As práticas de saúde no alvorecer da ciência
Séc. V a.c. até primeiros séculos era cristã 
Mudanças morais e espirituais no mundo grego devido as ruínas e guerras sagradas colocam em dúvida o poder dos deuses
Progresso da ciência e filosofia desviam das crenças e individualismo estende-se por toda parte 
Evolução das práticas de saúde ao surgimento da filosofia e ao progresso da ciência, quando estas então se baseavam nas relações de causa e efeito. 
A Evolução Do Cuidado nos Períodos Histórico
	As práticas de saúde no alvorecer da ciência
Práticas de saúde baseada no conhecimento, natureza, experiências e conhecimento lógico 
Proibição da prática de dissecção de cadáveres limitando os conhecimentos anatomofisiológicos e técnicas cirúrgicas. 
Ausência de caracterização nítida da prática de enfermagem
O cuidado era praticado por feiticeiros, sacerdotes e mulheres dotadas de aptidão e conhecimento de ervas e preparo de medicações 
Período Hipocrático: dissocia a arte de curar dos preceitos místicos (importância do diagnóstico, prognóstico e terapêutica
A Evolução Do Cuidado nos Períodos Histórico
	As práticas de saúde monástico medievais
Primeiros séculos do período cristão. Fervor religioso 
Leigos movidos pela fé dão assistência aos pobres e enfermos
Imperador Constantino passa a liderança dos hospitais para a igreja
Conhecimento de Saúde restrito ao clero. Progressos e retrocessos
Misticismo volta a reinar (epidemias, terremotos, inundações) 
Os “hospitais” não tinham caráter de tratamento e cura, o que ocorre somente no séc. XVIII. 
A Evolução Do Cuidado nos Períodos Histórico
	As práticas de saúde monástico medievais
Abnegação, espírito de serviço, espírito de obediência ficam como características da enfermagem, dando uma conotação de sacerdócio e não profissional
 Hospitais com precárias condições de higiene, misturas de pessoas devido às guerras e sobreviviam com as doações 
Ações de saúde caseiras e populares com forte conotação mística
A Evolução Do Cuidado nos Períodos Histórico
	As práticas de saúde pós-monásticas
Movimento Renascentista e Reforma Protestante – séc XIII a XIV levam as práticas de saúde para objetividade e experimentações. 
Retomada da ciência, progresso social e intelectual. Estudo do organismo humano, comportamento e doenças 
Evolução das práticas médica: monastério universidades (aumento significativo). 
A Evolução Do Cuidado nos Períodos Histórico
	As práticas de saúde pós-monásticas
Países reformados, substituição das religiosas: recrutamento de pessoas com baixos salários ( baixo nível moral e social) 
Hospitais tornam-se depósitos de doentes 
Insalubridade, leitos coletivos, rejeição dos próprios doentes
A HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS 
Professora Renata Mascarenhas Bernardes 
2020 
Conceitos e Aplicação Prática
Origem (grega) 
epi – sobre 
demo – população 
logia – estudo
Epidemiologia: Estudo que afeta a população
O conceito de epidemiologia sofreu grandes evoluções desde a preocupação exclusiva com as doenças transmissíveis até as doenças crônicas degenerativas
Mais de 23 conceitos
Ramo da ciência que estuda, na população, a ocorrência, a distribuição e os fatores determinantes dos eventos relacionados com a saúde
Conceitos e Aplicação Prática
Distribuição
lugar,
 
pessoa (sexo, idade, profissão, etnia); 
tempo (por duração, sazonalidade = algo que acontece seguindo 
uma ordem lógica ao longo do tempo e que se repete de tempos em tempos. 
EX: sazonal ou Esporádico (dengue, varicela, leishmaniose)
Conceitos e Aplicação Prática
Distribuição
Três variáveis clássicas da epidemiologia: 
 tempo, lugar e pessoa
 Quando?, Onde? e Quem? 
São três perguntas básicas que o epidemiologista tem que se fazer sistematicamente para poder organizar as características e comportamentos das doenças e outros eventos de saúde em função das dimensões temporal, espacial e populacional que orientam o enfoque epidemiológico.
A tríade epidemiológica
Conceito de Saúde 
A “Organização Mundial de Saúde” (OMS) define a saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afeções e enfermidades”. 
Direito social, inerente à condição de cidadania, que deve ser assegurado sem distinção de raça, de religião, ideologia política ou condição socioeconômica, a saúde é assim apresentada como um valor coletivo, um bem de todos. 
	A Organização das Nações Unidas (ONU) em 2000, reforça esse conceito, apontando quatro condições mínimas para que um Estado assegure o direito à saúde ao seu povo: 
	disponibilidade financeira, 
	acessibilidade,
	 aceitabilidade e qualidade do serviço de saúde pública do país.
Saúde 
	No contexto brasileiro, a Constituição de 1988 considera a saúde direito de todos e dever do Estado. Para garantir esse direito, criou o Sistema Único de Saúde (SUS), que se baseia em três pilares: universalidade, igualdade de acesso e integralidade no atendimento. 
Saúde 
	Conceito de Doença
Doença é um conjunto de sinais e sintomas específicos que afetam um ser vivo, alterando o seu estado normal de saúde. O vocábulo é de origem latina, em que “dolentia” significa “dor, padecimento”.
Doença provoca distúrbios das funções  físicas e mentais. Pode ser causada por fatores exógenos (externos, do ambiente) ou endógenos (internos, do próprio organismo). 
Conceitos e Aplicação Prática
Fatores determinantes das doenças: demonstra que o estado de saúde da população não se deve a fatores que ocorrem ao acaso, e sim de inúmeros fatores que podem ser identificados e estudados, tanto relativos à doença 
(ex: desnutrição como fator de risco para diarréia) quanto para a saúde (ex: fluoretação da água como fator de proteção para dentes), permitindo controle, cura e erradicação das doenças.
Tipos de doenças
Segundo a OMS, são consideradas doenças:
	Doenças infecciosas e parasitárias;
	Neoplasmas (tumores);
	Doenças do sangue e dos órgãos hematopoiéticos e alguns transtornos imunitários;
	Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas;
	Transtornos mentais e comportamentais;
	Doenças do sistema nervoso;
	Doenças dos olhos e anexos;
	Doenças do ouvido e da apófise mastoide;
	Doenças do aparelho circulatório;
	Doenças do aparelho respiratório;
Tipos de doenças
Segundo a OMS, são consideradas doenças:
	Doenças do aparelho digestivo;
	Doenças da pele e do tecido subcutâneo;
	Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo;
	Doenças do aparelho geniturinário;
	Gravidez, parto e puerpério;
	Algumas afecções originadas no período perinatal;
	Malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas;
	Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não classificados;
	Lesões, envenenamentos e algumas outras consequências de causas externas;
	Causas externas de mobilidade e de mortalidade.
Conceitose Aplicação Prática
Classificação das doenças 
Quanto a Duração:
	crônica ou aguda
Quanto a Origem/Etiologia: 
	infecciosa não infecciosa
	 Quanto a transmissibilidade: 
	Transmissível
	Não transmissível
Conceitos e Aplicação Prática
O CONCEITO DE CONDIÇÕES AGUDAS 
AS CONDIÇÕES AGUDAS SÃO AQUELAS CONDIÇÕES DE SAÚDE DE CURSO CURTO QUE SE MANIFESTAM DE FORMA POUCO PREVISÍVEL E QUE PODEM SER CONTROLADAS DE FORMA EPISÓDICA E REATIVA E EXIGINDO UM TEMPO DE RESPOSTA OPORTUNO DO SISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE 
Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
Conceitos e Aplicação Prática
CONDIÇÕES CRÔNICAS 
• Apresentam causas múltiplas e complexas 
• Evoluem gradualmente ainda que possam manifestarem-se repentinamente e apresentar momentos de agudização 
• Evoluem ao longo de todo ciclo de vida ainda que sejam mais prevalentes em idades mais avançadas 
• Podem com prometer a qualidade da vida por meio de limitações funcionais ou incapacidades 
• São de curso longo ou persistentes e podem levar a uma deterioração gradual da saúde 
• Requerem cuidados de longa duração
Conceitos e Aplicação Prática
TIPOS DE CONDIÇÕES CRÔNICAS
• CONDIÇÕES CRÔNICAS NÃO AGUDIZADAS 
• CONDIÇÕES CRÔNICAS AGUDIZADAS 
Conceitos e Aplicação Prática
	Quanto à Origem/Etiologia
O que é agente etiológico?
	O agente etiológico é o agente causador da doença, aquele que desencadeia os sinais e sintomas de determinada enfermidade. O termo agente etiológico pode ser usado em substituição a patógeno.
	Vírus, bactérias, protozoários, fungos, platelmintos e nematelmintos
Classificação das doenças 
	Quanto à Origem/Etiologia 
infecciosa: resulta de contaminação por agente infeccioso, tem manifestação clínica 
EX: leishimaniose, dengue, gripe. 
não infecciosa: toda doença não resultante de infecção 
EX: asma, hipertensão, depressão
 
Classificação das doenças 
Quanto a transmissibilidade:
Doença transmissível: é qualquer doença causada por um agente infeccioso específico ou seus produtos tóxicos, que se manifesta pela transmissão deste agente ou de seus produtos, de um reservatório a um hospedeiro suscetível, seja diretamente de uma pessoa ou animal infectado, ou indiretamente por meio de um hospedeiro intermediário, de natureza vegetal ou animal, de um vetor ou do meio ambiente inanimado.
Classificação das doenças 
Quanto a transmissibilidade:
Doenças transmissíveis costumam ser agudas e as não transmissíveis costumam ser crônicas.
Doenças transmissíveis têm um agente etiológico infeccioso ou biológico e as não transmissíveis um agente não biológico 
História Natural da Doença
 “A inter-relação entre o agente, a pessoa suscetível e o meio ambiente que afetam o processo global e o desenvolvimento da doença, desde as primeiras forças que criam o estímulo para o processo patológico no meio ambiente; passando pela resposta do homem a esse estímulo, atéas alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte” 
 (Leavell & Clark, 1976) 
*
História Natural da Doença
A história natural da doença é o curso da doença desde o início até sua resolução, na ausência de intervenção
é o modo próprio de evoluir que tem toda doença ou processo, quando se deixa seguir seu próprio curso
*
Infectividade X Patogenicidade
	Infectividade: 
Capacidade que tem certos organismos de penetrar e de se desenvolver ou de se multiplicar no novo hospedeiro, ocasionando infecção. 
Há agentes dotados de alta infectividade que facilmente se transmitem às pessoas suscetíveis (exemplo o vírus da gripe). Já os fungos em geral caracterizam-se por sua baixa infectividade; embora bastante difundidos no ambiente, dificilmente se instalam e se multiplicam no organismo do homem, produzindo infecção.
Patogenicidade
	É capacidade de um agente infeccioso, uma vez instalado no organismo do homem e de outros animais, produzir sintomas em maior ou menor proporção dentre os hospedeiros infectados. 
	Há agentes dotados de alta patogenicidade, como é o caso do vírus do sarampo
Infectividade X Patogenicidade
História Natural da Doença
*
História Natural da Doença
Porque conhecer a História Natural da Doença?
	Instruir ações que visem modificar o curso natural das doenças. 
	Detectar as doenças em fase mais inicial de sua história natural e tornar o tratamento mais eficaz. 
	Conhecer a gravidade da doença para estabelecer
prioridades para programas de saúde pública. 
*
História Natural da Doença
Sequência de acontecimentos que ocorrem desde o
período anterior ao início da doença até o seu desfecho
*
História Natural da Doença
Subdivisão da História Natural da Doença – HND
	Fase Inicial ou Suscetibilidade: Condições que favorecem o indivíduo adoecer
Ex. prevenção na fase inicial (cigarro, ocupação)
	Fase Patológica Pré-Clinica: ausência de sintomas mas o organismo apresenta alterações patológicas
Ex. prevenção na fase pré-clínica- rastreamento da hipertensão
*
História Natural da Doença
	Fase Clínica: As manifestações da doença já indicam estágio avançado. A pessoa busca atendimento
Ex. prevenção na fase clínica- Tratamento basicamente curativa (cálculo renal) ou limitando a área afetada (infarto agudo do miocárdio) associado à medidas de prevenção
*
História Natural da Doença
	Fase da incapacidade residual: A doença não levou a morte ou não houve cura completa, as alterações funcionais e anatômicas se estabilizaram sob efeito da terapêutica ou do seu próprio curso natural, deixando, por vezes, sequelas. 
EX. medidas de reabilitação física, psicológica ou social. 
*
Fases História Natural da Doença
*
Níveis de Prevenção
*
Promoção da Saúde
	Embora o termo tenha sido usado a princípio para caracterizar um nível de atenção da medicina preventiva (Leavell & Clark, 1976), seu significado foi mudando, passando a representar, mais recentemente, um enfoque político e técnico em torno do processo saúde-doença-cuidado
Promoção da Saúde 
	Promoção de políticas públicas intersetoriais voltadas para a melhoria de qualidade de vida das pessoas 
	Associado a um conjunto de valores: qualidade de vida, saúde, solidariedade, eqüidade, democracia, cidadania, desenvolvimento, participação e parceria, entre outros. 
	Refere-se também a uma combinação de estratégias: ações do Estado (políticas públicas saudáveis), da comunidade (reforço da ação comunitária), de indivíduos (desenvolvimento de habilidades pessoais), do sistema de saúde (reorientação do sistema de saúde) e de parcerias intersetoriais. 
Promoção da Saúde 
	A saúde se promove proporcionando condições de vida decentes, boas condições de trabalho, educação, cultura física e formas de lazer e descanso 
				
Os procedimentos para a promoção da saúde incluem um bom padrão de nutrição; o atendimento das necessidades para o desenvolvimento ótimo da personalidade, em atividades individuais ou de grupos; educação sexual e aconselhamento pré-nupcial; moradia adequada; recreação e condições agradáveis no lar e no trabalho
 
			 	Sigerist (1946, apud Rosen, 1979)
PREVENÇÃO PRIMÁRIA
Modificar os fatores de risco em uma direção favorável. Atividades que modificam a vida, como mudar para uma dieta baixa em gorduras, procurar um programa estável de exercícios aeróbicos e parar com o tabagismo, são consideradas como sendo métodos de prevenção primária, pois visam evitar a ocorrência do processo patológico. 
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
Conjunto de ações que visam identificar e corrigir o mais precocemente possível qualquer desvio da normalidade. Diagnóstico pré-sintomático e tratamento através de programas de rastreamento Não preveni a causa.
PREVENÇÃO TERCIÁRIA
Coordena o acesso
 aos cuidados ou serviços especializados para otimizar recuperação
ou adaptação do paciente à sua nova 
condição, restabelecer
sua integração no ambiente sócio-familiar. 
Doença sintomática limitarincapacidade ou reabilitar para pacientes com doença sintomática tardia.
Tipos de Prevenção
Processo Saúde-Doença
	Os determinantes sociais são importantes para entender como a saúde é sensível ao ambiente social e funcionam como um elemento de justiça social, sendo
	Gradiente social
	Stresse
	Infância
	Rede social x exclusão social:
	Trabalho x desemprego
	Suporte social
	Comportamentos ou escolhas pessoais: 
*
Determinantes da Saúde
(Dahlgren e Whitehead)
Conceitos e Aplicação Prática
Conceitos gerais 
Morbidade: 
Qualquer desvio de um estado de bem estar, ou seja, é o comportamento das doenças e dos agravos à saúde em uma população. 
Quando falamos em morbidade, estamos pensando nos indivíduos de um determinado território (país, estado, município, bairro) que adoeceram num dado intervalo do tempo, neste território. 
Endemias: 
Doenças que mantêm um nº quase regular de casos em áreas definidas. Uma doença é considerada endêmica se apresentar uma incidência (= nº de casos novos) constante. EX: Doença de Chagas em MG
Epidemia
Quando uma doença aumenta de frequência em uma população ou comunidade acima do esperado para o mesmo período em relação ao anterior. 
EX: Gripe Aviária na Ásia; Dengue em BH
Pandemia: 
Quando uma epidemia atinge mais de um país, num dado período de tempo. 
 EX: H1N1
 COVID 19
 
Surto
Surto: 
Aumento localizado de casos, de pequenas proporções 
EX: toxinfecção alimentar, caxumba
Conceitos e Aplicação Prática
Agravo inusitado: ocorrência de casos ou óbitos de origem desconhecida ou alteração no padrão epidemiológico de doença conhecida. 
Evento sentinela: evento que não deve acontecer se houver um bom funcionamento dos serviços de saúde 
EX: óbitos infantis e maternos, mortalidade cirúrgica elevada em determinado hospital. 
A ocorrência de Evento Sentinela deve desencadear investigação para detecção das causas e medidas de correção.

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