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Contestação___Trabalhista

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CURSO: DIREITO DATA: 06/04/2020 
DISCIPLINA:Prática Simulada do Trabalho PERÍODO: 
PROFESSOR(A): 
ALUNO: MATRÍCULA: 
 
CONTESTAÇÃO TRABALHISTA 
 
Geraldo, auxiliar de serviços gerais, foi admitido em 02/02/2010 pela empresa Lojas Duzentos e 
Dez LTDA., tendo pedido demissão em 15/07/2015, percebendo como remuneração o valor de R$ 
1.200,00. Alega que não recebeu o pagamento das verbas rescisórias e que a reclamada cancelou 
o plano de saúde. 
Diante do exposto, ajuizou reclamação trabalhista, em 26/03/2018, requerendo o pagamento das 
verbas rescisórias, bem como a ativação do plano de saúde, mas não liquidou os pedidos. 
Em virtude da ausência de concessão das verbas rescisórias e do cancelamento do plano, pretende 
a compensação por danos morais no valor de 500.000,00. 
Informa a reclamada que alterou a denominação social para Lojas Duzentos e Dez S.A. e que não 
foi citada no endereço correto, conforme alteração contratual. Aduz ainda que não efetuou o 
pagamento das verbas rescisórias, porque o empregado não tem direito, já que não cumpriu o 
prazo do aviso prévio, estando o TRCT zerado, bem como que a convenção coletiva, em sua 
cláusula 34ª estabelece que a obrigação de conceder plano de saúde, perdura somente na 
vigência do contrato de trabalho. 
Com base nos fatos, elabore a medida judicial adequada para resguardar os interesses da 
reclamada. 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DO TRABALHO DA_____ VARA DO 
TRABALHO DE_____________ 
 
 
 
 
Processo n.º_________________ 
 
 
 
 
 
LOJAS DUZENTOS E DEZ S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o número..., 
com sede em (endereço completo, correio eletrônico e CEP), nos autos da Reclamação Trabalhista 
em epígrafe, promovida por GERALDO, já qualificado na inicial, por seu advogado que esta 
subscreve, com endereço profissional em (endereço completo, correio eletrônico e CEP), onde 
recebe notificações e intimações, vem à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 847 da 
CLT, combinado com os arts. 300 e seguintes do CPC, aplicado subsidiariamente ao processo do 
por força do artigo 769 do diploma consolidado, apresentar 
 
 
CONTESTAÇÃO 
 
Pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos: 
 
 
I – SINTESE DA INICIAL 
Que Geraldo, auxiliar de serviços gerais, foi admitido em 02/02/2010 pela empresa Lojas Duzentos 
e Dez LTDA., tendo pedido demissão em 15/07/2015, percebendo como remuneração o valor de 
R$ 1.200,00. Alega que não recebeu o pagamento das verbas rescisórias e que a reclamada 
cancelou o plano de saúde. 
Diante do exposto, ajuizou reclamação trabalhista, em 26/03/2018, requerendo o pagamento das 
verbas rescisórias, bem como a ativação do plano de saúde, mas não liquidou os pedidos. 
Em virtude da ausência de concessão das verbas rescisórias e do cancelamento do plano, pretende 
a compensação por danos morais no valor de 500.000,00. 
Informa a reclamada que alterou a denominação social para Lojas Duzentos e Dez S.A. e que não 
foi citada no endereço correto, conforme alteração contratual. Aduz ainda que não efetuou o 
pagamento das verbas rescisórias, porque o empregado não tem direito, já que não cumpriu o 
prazo do aviso prévio, estando o TRCT zerado, bem como que a convenção coletiva, em sua 
cláusula 34ª estabelece que a obrigação de conceder plano de saúde, perdura somente na 
vigência do contrato de trabalho. 
 
PROVIDÊNCIA SANEADORA 
Primeiramente, requer a retificação do polo passivo para que passe a constar como correto LOJAS 
DUZENTOS E DEZ S.A., conforme alteração do contrato social de fl.___. 
 
NULIDADE PROCESSUAL 
A reclamada não foi devidamente citada, tendo em vista que a notificação foi encaminhada para o 
endereço errôneo, pois o estabelecimento empresarial está situado em novo endereço, conforme 
alteração contratual de fl.___. 
Desse modo, requer a declaração de nulidade do processo por ausência de citação válida, nos 
termos do art. 239 do CPC c/c art. 769 da CLT. 
 
II – DAS PRELIMINARES 
INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA 
Conforme recente entendimento jurisprudencial do STJ, é de competência da Justiça comum 
estadual o julgamento de ações que discutem o direito de ex-empregado, aposentado ou demitido 
sem justa causa, de permanecer em plano de saúde coletivo oferecido pela empresa empregadora 
aos trabalhadores ativos, na modalidade de autogestão. 
A Justiça competente para o exame e julgamento de feito (fundado nos artigos 30 e 31 da Lei 
9.656/98) que discute direitos de ex-empregado aposentado ou demitido sem justa causa de 
permanecer em plano de saúde coletivo oferecido pela própria empresa empregadora aos 
trabalhadores ativos, na modalidade de autogestão, é a Justiça comum estadual, visto que a causa 
de pedir e o pedido se originam de relação autônoma nascida com a operadora de plano de saúde, 
a qual possui natureza eminentemente civil, envolvendo tão somente, de maneira indireta, os 
aspectos da relação de trabalho, razão pela qual requer a extinção do processo sem resolução de 
mérito, nos termos do art. 485, IV, do CPC/2015. 
 
INCORREÇÃO DO VALOR DA CAUSA 
O valor indicado pelo reclamante à título de danos morais não corresponde ao proveito 
econômico perseguido, tendo em vista ser desproporcional, se comparado ao valor de sua 
remuneração. Desse modo, requer a alteração do valor pelo juízo, nos moldes do art. 2º da Lei 
5584/70 e art. 292, § 3º, do CPC. 
 
INÉPCIA DA INICIAL 
O reclamante não indicou o valor dos pedidos, sendo este requisito da reclamação trabalhista (art. 
840, § 1º, da CLT). Nessa senda, requer a extinção do processo sem resolução de mérito, nos 
termos do art. 840, § 3º, da CLT e 485, I, do CPC. 
 
PRESCRIÇÃO BIENAL EXTINTIVA E QUINQUENAL 
Considerando que a extinção contratual ocorreu em 15/07/2015, tendo o reclamante ajuizado a 
ação trabalhista em 26/03/2018, verifica-se que o direito de ação está prescrito, pois ultrapassado 
o limite constitucional de 2 anos para reivindicar seus direitos trabalhistas, na forma do art. 7º, 
XXIX, da CF/88. Requer, inclusive, seja pronunciada a prescrição quinquenal com relação aos 
créditos trabalhistas anteriores a 26/03/2013. Desse modo, requer a extinção do processo com 
resolução de mérito, nos moldes do art. 487, II, do CPC. 
 
III – MÉRITO 
PEDIDO DE DEMISSÃO 
O reclamante pediu demissão em 15/07/2015, conforme carta escrita e assinada a próprio punho. 
Ressalta-se, inclusive, que o reclamante não concedeu trinta dias de aviso prévio para que o 
empregador pudesse procurar outro profissional para ficar em seu lugar, razão pela qual a 
reclamada procedeu ao desconto no valor de um salário, conforme autorizado pelo art. 487, § 2º, 
da CLT. Em face ao exposto, o TRTC encontra-se zerado, não sendo devida nenhuma verba 
rescisória, razão pela qual requer a improcedência do pedido. 
 
PLANO DE SAÚDE 
Considerando que o contrato de trabalho foi extinto, a reclamada não é obrigada a continuar 
concedendo plano de saúde ao reclamante. A convenção coletiva, em sua cláusula 34ª estabelece 
que a obrigação perdura somente na vigência do contrato de trabalho, razão pela qual requer a 
improcedência do pedido. 
 
COMPENSAÇÃO POR DANO MORAL 
Conforme Incidente de Uniformização de jurisprudência do TRT da 1ª Região, o dano moral à título 
de ausência de pagamento de verbas rescisórias não é presumido (in re ipsa), devendo ser 
comprovado o prejuízo. Ocorre que o reclamante não comprovou o alegado, ônus que a este 
competia, na forma do art. 818 da CLT. Com relação ao plano de saúde, conforme exposto, não há 
nenhuma obrigação contratual da reclamada após a extinção do contrato de trabalho, 
salientando, inclusive, que o negociado prevalece sobre o legislado, na forma do art. 611-A da CLT. 
Destarte, requer a improcedência do pedido. 
 
COMPENSAÇÃO 
Considerando que o reclamante não cumpriu o prazo do aviso prévio, requer a compensação da 
referida parcela com as demais verbas rescisórias que forem deferidas, nos termos do art. 767 da 
CLT. 
 
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
Com fulcro no art. 791-Ada CLT, requer a concessão de honorários de sucumbência a serem, 
fixados entre 5% a 15% sobre o valor que resultar da liquidação de sentença, nos moldes do art. 
791-A, caput, da CLT. 
 
REQUERIMENTOS 
Isto posto requer a Vossa Excelência: 
A retificação do polo passivo; 
O reconhecimento da nulidade processual, em razão da ausência de citação válida. 
O acolhimento da preliminar de incompetência absoluta, com extinção do processo com resolução 
de mérito, nos termos do art. 485, IV, do CPC 
A alteração do valor da causa; 
O acolhimento da preliminar de inépcia da inicial, extinguindo-se o processo sem julgamento do 
mérito nos termos do art. 485, I do CPC/15; 
Seja pronunciada a prescrição bienal e quinquenal, extinguindo-se o processo com resolução do 
mérito nos termos do art. 487, II do NCPC; 
A improcedência dos pedidos; 
A compensação do aviso prévio; 
A condenação do reclamante no pagamento de honorários advocatícios. 
Requer a produção de todas as provas admitidas em direito, em especial, o depoimento pessoal 
do reclamante, documental e testemunhal. 
 
 
Nestes Termos, 
Pede Deferimento. 
 
 
Local____________ 
 
Data____________ 
 
Advogado________ 
 
OAB/UF nº_______

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