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Saúde Pública e Saúde Coletiva

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Os termos Saúde Pública e Saúde Coletiva são frequentemente discutidos, e muitas vezes chegam a ser confundidos por pessoas leigas. Dentro do que estudei e pesquisei, fui capaz de compreender a distinção entre os termos supracitados. Vale ressaltar que sãos os seus diferentes conceitos que permeiam a saúde da sociedade como um todo na saúde pública e a saúde coletiva como os termos mais recorrentes. 
 A saúde pública surgiu junto com a criação do Ministério da Saúde, em 1953, daí surgem as primeiras conferências sobre saúde pública no Brasil, e da criação do SUS um sistema único de saúde, que pudesse atender toda a população. Doenças como hipertensão, diabetes, obesidade, são consideradas problemas de saúde pública. Resume-se em um conjunto de ações e serviços de caráter sanitário, têm como objetivo a prevenção e o combate das patologias ou qualquer outro quadro que coloque em risco a saúde em coletividade. É sabido dizer que é dever do estado assegurar serviços e politicas voltadas para a promoção da saúde e bem estar da população, o termo saúde pública é significativamente mais conhecido e utilizado que o termo saúde coletiva. A saúde pública mobiliza a epidemiologia tradicional, o planejamento normativo e administração de inspiração taylorista, em abordagens caudatárias da clínica, portanto, da concepção biologista da saúde. Desse modo, entende-se que a saúde pública está diretamente voltada para a ausência de doenças.
 A saúde coletiva originou-se por volta dos anos 70, caracterizado como um movimento contra-hegemônico que critica o modelo sanitário brasileiro. A saúde coletiva tem como ponto identificar as variáveis de cunho social, econômico e ambiental que possam acarretar no desenvolvimento de cenários de epidemia em determinada região, por meio de projeções feitas através da associação dos dados socioeconômicos com os dados epidemiológicos. Ademais, é vista como um campo científico quanto como um movimento ideológico em aberto, conforme sugeriram Almeida Filho e Paim (1999). Um movimento que, sem dúvida, no Brasil, contribuiu absolutamente para a implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) e para desenvolver a compreensão sobre os determinantes do processo saúde e doença. Além disso, é importante reconhecer o modo como vem ocorrendo sua institucionalização tem bloqueado a reconstrução critica de seus própios saberes e práticas, acarretando numa crise de identidade manisfesta em sua fragmentação e diluição como campo científico. Além disso, na aréa da saúde coletiva é possivel encontrar aplicações dentro da iniciativa privada. Dessa forma, podemos observar que a saúde coletiva é planejada de acordo com as particularidades da região, tornando-a mais funcional em especial no aspecto preventivo.
 Portanto, ficou entendido que toda ação popular coletiva envolvendo saúde, está diretamente ligada a saúde pública, porém nem toda ação voltada a saúde pública é um problema coletivo. Visto que, não existe uma sem a outra, ambas se complementam para que possam beneficiar e garantir qualidade de vida a população. Atualmente podemos observar avanços no sentido da universalidade de saúde. Em contrapartida, de acordo com SOUZA (2014), ainda existem problemas e retrocessos, designados pela tendência de um sistema fragmentado nos serviços públicos, que são direcionados na atenção básica, porém pouco efetivos, sendo destinados à maioria pobre, e um sistema privado, subsidiado com recursos públicos, que assegura acesso a serviços de melhor qualidade para a parcela economicamente privilegiada da população. Enfim, diante do assunto apresentado, em minha opinião, entendo que a saúde coletiva tem maiores condições de oferecer os resultados positivos em questão do sistema de saúde brasileiro. Apesar de que a saúde publica sinalize a utilidade de uma medida, dispomos de influências históricas e sociais que afetam nas medidas a serem adotadas. Desta forma, a participação coletiva dos governos facilitará na melhoria da população mais necessitada, prevenindo doenças e defendendo a vida do cidadão, afinal saúde é dever dos estados e direito nosso.
Referências Bibliográficas:
Campos, G. W. (Ciência & Saúde Coletiva, 5(2):219-230, 2000). Saúde pública e saúde coletiva:campo e núcleo de saberes e práticas.
MUNIZ, Carla. Dostoiévski: biografia e resumo das principais obras. Toda Matéria, 2019. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/dostoievski/. Acesso em: 25 set. 2019.
Saiba a diferença entre saúde coletiva e saúde pública. (21 de 07 de 2015). Fonte: UFG Universidade Federal de Góias: https://www.ufg.br/n/82100-saiba-a-diferenca-entre-saude-coletiva-e-saude-publica
Saúde coletiva e saúde pública: diferenças e semelhanças. (28 de 03 de 2014). Fonte: Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca: http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/site/materia/detalhe/34964
Marcos históricos da saúde pública no Brasil:
A saúde na época da Colonização e Império
Durante o período da colonização e império do Brasil não existiam políticas públicas voltadas para a saúde. No início da colonização, muitos indígenas morreram em virtude das "doenças do homem branco", aquelas trazidas pelos europeus e para as quais a população indígena não tinha resistência.
O acesso a saúde era determinado pela classe social do indivíduo. Os nobres tinham fácil acesso aos médicos, enquanto os pobres, escravos e indígenas não recebiam nenhum tipo de atenção médica. Essa parte da população era dependente da filantropia, caridade e crenças.
Uma das formas de conseguir atendimento era através de centros médicos ligados as instituições religiosas, como as Santas Casas de Misericórdia. Esses espaços eram mantidos por meio de doações da comunidade e por muito tempo representam a única opção para as pessoas sem condições financeiras.
O ano de 1808 marca a chegada da família real ao Brasil e também da criação dos primeiros cursos de Medicina. Assim, foram formados os primeiros médicos brasileiros, os quais lentamente começaram a substituir os médicos estrangeiros.
A saúde pública após a Independência do Brasil
Após a Independência do Brasil, em 1822, D. Pedro II determinou a criação de órgãos para inspecionar a saúde pública, como forma de evitar epidemias e melhorar a qualidade de vida da população. Também foram adotadas medidas voltadas para o saneamento básico.
No final do século XIX e início do XX, a cidade do Rio de Janeiro contou com diversas ações de saneamento básico e campanha de vacinação contra a varíola.
Ainda nessa época, o esgoto corria a céu aberto e o lixo não tinha o destino adequado, assim, a população estava sujeita a uma série de doenças.
Criação do Sistema Único de Saúde (SUS)
O Ministério da Saúde foi criado em 1953, foi quando também iniciaram-se as primeiras conferências sobre saúde pública no Brasil. Daí, surgiu a ideia de criação de um sistema único de saúde, que pudesse atender toda a população.
Porém, com a ditadura militar, a saúde sofreu cortes orçamentários e muitas doenças voltaram a se intensificar.
Em 1970, apenas 1% do orçamento da União era destinado para a saúde. Ao mesmo tempo, surgia o Movimento Sanitarista, formado por profissionais da saúde, intelectuais e partidos políticos. Eles discutiam as mudanças necessárias para a saúde pública no Brasil.
Uma das conquistas do grupo foi a realização da 8ª Conferência Nacional da Saúde, em 1986. O documento criado ao final do evento era um esboço para a criação do Sistema Nacional de Saúde - SUS.
A constituição de 1988 traz a saúde como um direito do cidadão e um dever do Estado. Outra importante conquista foi que o sistema de saúde público deve ser gratuito, de qualidade e acessível a todos os brasileiros e/ou residentes no Brasil.
A Lei Federal 8.080 de 1990 regulamenta o Sistema Único de Saúde. De acordo com a legislação, os objetivos do SUS são:
· Identificar e divulgar os condicionantes e determinantes da saúde;
· Formular a política de saúde para promover os campos econômico e social, para diminuir o risco de agravos à saúde;
· Fazer açõesde saúde de promoção, proteção e recuperação integrando ações assistenciais e preventivas.
A situação atual da Saúde Pública no Brasil
O Sistema Único de Saúde (SUS) foi uma grande conquista da população brasileira, sendo reconhecido como um dos maiores do mundo e usado como modelo em muitos outros países.
Entretanto, a saúde pública no Brasil sofre desafios do mau gerenciamento e de falta de investimentos financeiros. Como resultado, temos um sistema em colapso, na maioria das vezes insuficiente e com pouca qualidade para atender a população.
Os principais desafios da saúde pública no Brasil são:
· Falta de médicos: O Conselho Federal de Medicina estima que exista 1 médico para cada 470 pessoas.
· Falta de leitos: Em muitos hospitais faltam leitos para os pacientes. A situação é ainda mais complicada quando trata-se de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
· Falta de investimentos financeiros: Em 2018, apenas 3,6% do orçamento do governo federal foi destinado à saúde. A média mundial é de 11,7%.
· Grande espera para atendimento: Agendar consultas com médicos especialistas pode demorar até meses, mesmo para os pacientes de precisam de atendimento imediato. O mesmo acontece com a marcação de exames.
· As pessoas que precisam de atendimento médico muitas vezes sofrem com a demora ou desistem do atendimento e voltam para casa. Em muitos hospitais, é comum ver pessoas sendo atendidas em corredores, longas filas de espera e/ou precárias condições de estrutura e higiene.
· Aliado a isso, muitos hospitais e centros de pesquisas estão ameaçados de encerrar suas atividades por conta da falta de investimentos e mão de obra.
· Como forma de ter acesso ao atendimento médico, muitas pessoas recorrem a saúde suplementar, ou seja, aos planos de saúde privados. Porém, os preços praticados são altos, o que faz com que 75% da população dependa apenas do SUS.

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