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BEATRICE CONSTANCE TXX MONOARTRITES AGUDAS GOTA É uma artrite por depósito de cristais de urato monossódico METABOLISMO DO ÁCIDO ÚRICO Dieta (carne, cerveja, frutos do mar...) → purinas → xantina oxidase → ácido úrico A eliminação se dá 2/3 pela urina e 1/3 pelas fezes PATOGÊNESE • Superprodução: > 800mg de ác. úrico na urina de 24h) • Diminuição da excreção – álcool, obesidade, diuréticos tiazídicos FASES DA GOTA 1. Hiperuricemia assintomática: aumento da produção de ácido úrico pelo erro na metabolização das purinas (fator de risco – síndrome metabólica) 2. Artrite gotosa aguda: os cristais de gota estão acumulados nas articulações em tofos gotosos. Com isso os leucócitos intrarticulares não conseguem fagocitar esses cristais. Um evento precipitante (ex.: trauma articular) faz com que os tofos explodam ocorra fagocitose → inflamação. Outra situação seria relacionada a superprodução, que gera um desequilíbrio do ácido úrico na corrente sanguínea → explosão dos todos + fagocitose → inflamação (ex.: pcte que bebe muito, come muita carne etc.) 3. Período inter-crítico: período assintomático após a primeira crise. Deve-se manter a uricemia em < 6mg/dL 4. Gota tofácea crônica: presença de tofos + tecido granulomatoso ARTRITE GOTOSA AGUDA − Monoartrite de início súbito, com duração 3-10 dias − Acomete 1ª MTF (podagra), metatarsos, tornozelos e joelhos − Em geral a uricemia é NORMAL − Diagnóstico: clínica + análise do líquido sinovial com birrefringência negativa TRATAMENTO ➔ Crise de artrite gotosa: o AINEs + colchicina o Corticoide intrarticular ou sistêmico o Inibidores de IL-1 ➔ Profilaxia das crises: o Colchicina 0,5mg 12/12h o Dieta pobre em purinas ➔ Redução da uricemia – meta: < 6mg/dl o Alopurinol (diminui síntese) o Benzobromarona (aumenta excreção) – não usar se nefrolitíase ou DRC Avaliar a excreção na uricosúria de 24h. Se estiver baixa, benzobromarona. Se estiver alta, alopurinol. ARTRITE SÉPTICA É uma artrite bacteriana AGUDA e pode ser classificada em gonocócica e não gonocócica. FATORES DE RISCO: • Cirurgia (S. aureus) • Próteses articulares (Staphylococcus coagulase negativa, S. epidermidis) • Úlcera de decúbito (anaeróbios) • Mordedura humana e animal • Lesão penetrante no pé (Pseudomonas) DIAGNÓSTICO: artrocentese Solicitar na análise do líquido sinovial: ✓ Pesquisa de cristais na microscopia com luz polarizada o Monourato de sódio – birrefringência negativa o Cristais de pirofosfato – birrefringência positiva ✓ Cultura + gram ✓ Celularidade total e diferencial o Normal: < 180 células o Artrite séptica: 25.000 – 250.000 (>90% neutrófilos) o Não infecciosa (ex.: gota, AR, LES): 30.000 - 50.000 células (predomínio de monócitos) ✓ Glicose ✓ Pesquisa de BAAR para diferenciar de monoartrite crônica ARTRITE GONOCÓCIA (Neisseria gonorrhae) − Maioria < 40 anos − Quadro clínico: síndrome artrite-dermatite (febre alta + rash + poliatrite migratória) o Em alguns casos pode ter tenossinovite e sintomas genitourinários − Tratamento: internação + ceftriaxone 10-14 dias EV ou IM + tto para clamídia (azitromicina ou doxiciclina) o Tratar parceiros com ciprofloxacino o Realizar sorologias para outras ISTs ARTRITE NÃO GONOCÓCICA (S. aureus) − Acomete geralmente pacientes com fatores de risco (> 80 anos, crianças, AR, DM, uso de corticoide, CA avançado) − Formas de inoculação: hematogênica, por contiguidade, inoculação direta − Quadro clínico: monoartrite febril aguda, principalmente em grandes articulações − Laboratorial o Leucocitose com desvio à esquerda o VHS e PCR elevados o Hemocultura 50-70% positiva para S. aureus − Tratamento: atb empírico + drenagem articular o Oxacilina EV por 2 semanas + 2 semanas VO (até 4 semanas) o Sem fator de risco e ausência de bactérias no gram: ceftriaxone o Uso de drogas: vancomicina + anti- pseudomonas
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