Buscar

teoria do orgao

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 98 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 98 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 98 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PODER EXECUTIVO
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
DIRETA
União 
Estados
26 
Distrito Federal
Municípios
5.570	
INDIRETA
Autarquias
Empresas Públicas
Sociedade de Economia Mista
Fundações
Organização Administrativa I
Tema
Descentralização e Desconcentração; Órgãos Públicos; Administração Direta: entes
federados, princípios da Administração Direta, Políticas Públicas e repartição
constitucional de competências
1. Administração Pública Direta e Indireta
1.1. Noções Introdutórias.
1.2. Federação e Autonomia.
1.3. Políticas Públicas e Repartição Constitucional de Competências.
1.4. Descentralização e Desconcentração
1.5. Princípios Regedores da Administração Pública.
2. Administração Direta
2.1. Conceito.
2.2. Natureza da Função.
2.3. Composição
3. Órgãos Públicos
3.1. Conceito
3.2. Criação e extinção
3.2. Teorias de caracterização do órgão
3.3. Classificação
3.4. Capacidade Processual
.
Contextualização dos Serviços Públicos:
- Século XIX: Estado Liberal de Direito (Estado mínimo na economia). Os serviços públicos de infraestrutura não eram interessantes para a classe dominante. Eram aceitos como “exceção” a interferência do Estado. 
Séculos XX : Estado Social de Direito – Welfare State (O Estado precisa garantir o mínimo para a população). Criação e manutenção de serviços públicos e instituições de Assistência pelo Estado (não eram “lucrativos” logo não interessavam a iniciativa privada). Infraestrutura necessária ao funcionamento da economia (portos, pontes, seguros sociais) – Intervenção do Estado na Economia. Estado passou a apoiar programas de obras públicas, regular horas de trabalho, intermediar convenção coletiva, e financiar a iniciativa privada. (Causas históricas: Rev Industrial, 1ª Guerra Mundial, Crack 1929 EUA, 2ª Guerra Mundial). (Causas da economia capitalista: surgimento economia de escala, crises cíclicas do mercado capitalista, efeitos externos na produção, pressão do proletariado)
Intervencionismo: decadência do regime liberal. 
Intervenção direta do Estado: Estado exerce atividade em PARCERIA com o agente privado 
Intervenção indireta do Estado: Estado age dirigindo ou controlando atividades econômicas. O Estado legisla. 
Contextualização dos Serviços Públicos:
Atual contexto: 
MARÇAL JUSTEN FILHO: 
“As novas concepções do Estado pressupõem a participação da sociedade civil. Com isso afirma-se a superação das concepções políticas que contrapunham a organização política à organização civil, atriuindo àquela uma função de tutela sobre esta. 
Isso não equivale negar a autoridade do Estado [...] mas sim reconhecer a impossibilidade de dissociar-se a gestão política de uma concepção associativa. A República significa a instrumentalidade do Estado para realização de fins coletivos e individuais, com absoluto predomínio da dignidade da pessoa humana.” 
Constituição Federal: 
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Organização Administrativa I
Tema
Descentralização: O estado desempenha suas funções por meio de outras pessoas jurídicas. 
Ato de afastar do centro. Descentralização Administrativa: Existência de uma pessoa, DISTINTA DO ESTADO, investida de poderes da Administração, EXERCE atividade pública ou utilidade pública. Administração INDIRETA, OU OUTORGA (lei) OU DELEGA (contrato). Transfere a atitividade e a titularidade. 
Desconcentração: a entidade ou o órgão distribui competências no âmbito da própria estrutura.
Repartir uma atribuição (organização e hierarquia) permanece a titularidade. Significa repartição de funções entre vários órgãos de uma mesma Administração,SEMPRE NO ÂMBITO INTERNO, sem quebra de hierarquia. Pode acontecer na ADMINISTRAÇÃO DIRETA OU INDIRETA.
Organização Administrativa I
Tema
Exemplos de fixação: 
Descentralização
- União transferiu a titularidade dos serviços de seguridade social para o INSS (Autarquia) 
Desconcentração – exemplo 
Departamento de Polícia Federal (DPF) é um órgão subordinado ao Ministério da Defesa*.
 (Lei 13.502/2017 estrutura da Presidência da República) 
*OBSERVAÇÃO:
Seção IX-A
(Incluído pela Medida Provisória nº 821, de 2018)
Do Ministério Extraordinário da Segurança Pública 
Art. 40-A.  Compete ao Ministério Extraordinário da Segurança Pública:                    (Incluído pela Medida Provisória nº 821, de 2018)
I - coordenar e promover a integração da segurança pública em todo o território nacional em cooperação com os demais entes federativos;                    (Incluído pela Medida Provisória nº 821, de 2018)
II - exercer:                    (Incluído pela Medida Provisória nº 821, de 2018)
a) a competência prevista no art. 144, § 1º, incisos I a IV, da Constituição, por meio da polícia federal;                    (Incluído pela Medida Provisória nº 821, de 2018)
 
 
Organização Administrativa I
Tema
DESCENTRALIZAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO 
São técnicas de DESCONGESTIONAMENTO ADMINISTRATIVO.
Assim temos:
Descentralização Política: Ente descentralizado exerce atribuições próprias que não decorrem do ente central. Ex. Estados-membros, municípios (autônomos) 
Descentralização Administrativa: Ente descentralizado exerce atribuições próprios que DECORREM do poder central. Podemos descentralizar por território (geográfico), por serviços, funcional ou técnica. 
Organização Administrativa I
Tema
Vinculo Federativo:
Art 1º da CF : A República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados, Municípios e Distrito Federal. 
 TÍTULO III
Da Organização do Estado
CAPÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
 Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição
Organização Administrativa I
Tema
Reforçando conhecimentos.....
Se for “ÓRGÃO” – pertence a Administração Pública DIRETA – desconcentração 
Se for uma “pessoa jurídica” – pertence Administração Pública INDIRETA - descentralização 
Exemplos:
Secretaria Municipal de Educação
Companhia Municipal de Limpeza Urbana
Gabinete do Prefeito 
Fundação Parques e Jardins
União 
Ministério da Fazenda
Caixa Econômica Federal 
CEDAE 
Município Rio de Janeiro 
INSS 
ANAC Agência Nacional Aviação Civil 
Banco do Brasil 
Petrobras 
Estado de São Paulo 
Secretaria Estadual da Casa Civil 
FAETEC 
FAPERJ
Correios 
Organização Administrativa I
Tema
O decreto 200/67 – Reforma Administrativa Federal 
Art. 4° A Administração Federal compreende:
        I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.
        II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:
a) Autarquias;
b) Empresas Públicas;
c) Sociedades de Economia Mista.
d) fundações públicas.             (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987)
Princípio da Simetria
A Administração Estadual/Municipal compreende....
Gabinete do Governador e das Secretarias Estaduais
Gabinete do Prefeito e das Secretarias Municipais....
Organização Administrativa I
Tema
CAPÍTULO VII
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
Constituição Federal 1988: 
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA = ADMINISTRAÇÃO DESCENTRALIZADA
Transferência da ATIVIDADE e da TITULARIDADE 
O vocábulo ADMINISTRAÇÃO INDIRETA consta na CF:
Art 37 caput 
Art. 49, X 
Art 70
Art 71, II
Art 165 § 5º I e III e Art 169 § 1º 
DI PIETRO: Só há descentralização quando o poder público destaca um SERVIÇO PÚBLICO QUE LHE É PRÓPRIO para transferí-lo, por descentralização, a outra entidade,com personalidade jurídica própria. A Administração só pode delegar porque esta ATRIBUIÇÃO LHE PERTENCE. 
Organização Administrativa I
Tema
ATUAÇÃO DO ESTADO
Atividades próprias do Estado:
Centralizada nos serviços públicos 
Descentralizada – delegação ou outorga 
Atividades reservada essencialmente à iniciativa privada – neste caso o ESTADO exerce a atividade a título de INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO 
Intervenção indireta: quando regulamenta e fiscaliza a atividade econômica de natureza privada
Intervenção direta: quando atua diretamente na economia através das empresas estatais
Organização Administrativa I
Tema
REGIME JURÍDICO (Distinguir pessoas públicas / pessoas privadas)
Pessoa Pública 
Origem na vontade do Estado
Fins não lucrativos 
Finalidade: interesse coletivo 
Ausência de liberdade para determinar seus fins
Impossibilidade de se extinguirem 
Sujeição ao controle positivo do Estado 
Perrogativas autoritárias 
Pessoa Privada
Origem na vontade do particular
Fim lucrativo 
Finalidade interesse particular
Liberdade para determinar seus fins
Liberdade de se extinguir
Sujeição a controle negativo do Estado 
Sujeição a simples fiscalização (poder de Polícia)
Ausência de prerrogativas autoritárias 
Políticas Públicas e repartição constitucional de competências
Políticas Públicas 
POLÍTICA: Programas, Projetos, Planejamentos, decisões e ações
PÚBLICA: prol sociedade – prol interesse público 
Políticas Públicas: São as diretrizes (regras, princípios e procedimentos) que norteiam a ação do poder público nas questões da sociedade como um todo. 
As Políticas Públicas são explicitadas através das LEIS, PROGRAMAS e LINHAS DE FINANCIAMENTO 
Quem Operaciona: Toda máquina pública. A Administração Pública desenvolve para atender necessidades básicas da sociedade e/ou tragam benefícios para toda a sociedade. 
Repartição constitucional de competências
 Predominância do interesse (Princípio) 
 Competências: Exclusiva, privativa, comum e concorrente 
 Competência para normas: Gerais, suplementar e complementar. 
 Repartição:
Plano horizontal: matérias distintas 
Plano vertical : matérias idênticas 
Repartição constitucional de competências – ENTES DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA 
 União: interesse geral ou nacional (matérias que exigem uniformização no território nacional) 
 Estados: interesse regional 
 Municípios: interesse local 
 Distrito Federal: interesse regional e local 
Exclusiva 
INDELEGÁVEL 
Privativa 
“Pode” delegar 
Repartição constitucional de competências (Alguns incisos foram lidos em sala de aula – há na internet diversos mapas mentais para ajudar ao estudante a memorizar a repartição de competências, sugiro pesquisar) 
Art. 21. Compete à União: (COMPETÊNCIA EXCLUSIVA – NÃO PODE DELEGAR) 
Incisos I a XXV
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: (COMPETÊNCIA PRIVATIVA – PODE DELEGAR SE DESEJAR)
Incisos I a XXIX
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: (COMUM)
Incisos I a XII 
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.    
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: (CONCORRENTE)
Incisos I a XVI
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
Repartição constitucional de competências
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.
 § 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.
Art. 30. Compete aos Municípios:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.
§ 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios.
2. Administração Direta
2.1. Conceito: Os serviços públicos são prestados diretamente pelo Estado através de seus órgãos.
2.2. Natureza da Função: administrativa 	
2.3. Composição : órgãos e agentes públicos que exercem função administrativa. 
3. Órgãos Públicos
3.1. Conceito: unidade que congrega atribuições exercidas pelos agentes públicos que o integram com o objetivo de expressar a vontade do Estado. (DI PIETRO, p. 471)
2. Administração Direta
3.2. Criação e extinção
Os órgãos Públicos não são livremente criados e extintos pela vontade da Administração. 
Criação e extinção de órgãos depende de LEI. 
3.2. Teorias de caracterização do órgão
Teoria Subjetiva (sujeito ou pessoa): identifica os órgãos com os agentes públicos 
Teoria Objetiva (objeto ou atividade) : o órgão é um conjunto de atribuições, inconfundível com o agente. 
Teoria Eclética (pessoa e atividade) : o órgão é formado por dois elementos: o agente e o complexo de atribuições. 
3.3. Classificação
3.4. Capacidade Processual
.
3.3. Classificação
Independentes: originários da CF, representativos dos 3 Poderes, sem qualquer subordinação hierárquica ou funcional, sujeitos apenas aos controles constitucionais de um sobre o outro. 
Ex.: Casas Legislativas, Chefia do Executivo. 
b) Autônomos: Localizam na cúpula da Administração, subordinados diretamente à chefia dos órgãos independentes. Tem autonomia administrativa, financeira e técnica e participam de decisões governamentais. 
Ex. Ministérios, Secretarias de Estado, Secretarias Municipais, Ministério Público 
Superiores: São órgãos de direção, controle e comando, mas sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia. Não tem autonomia administrativa nem financeira. 
Ex.: departamentos, gabinetes, Divisões e Coordenadorias
d) Subalternos: são aqueles que estão subordinados hierarquicamente a órgãos superiores de decisão. Exercem função de execução. 
Ex.: Seção de Expediente, Seção de Pessoal, Seção de material
3.4. Capacidade Processual
.
3.4. Capacidade Processual
CARVALHINHO, p. 16: 
Como círculo de poder o órgão é despersonificado apenas integra a Administração Direta. 
Como regra geral o órgão não pode ter capacidade processual. 
Certos litígios os Tribunais Superiores conferem aos órgãos a capacidade processual. Essa excepcional personalidade judiciária só é aceita em relação aos órgãos mais elevados do Poder Público. 
TEORIA DO ÓRGÃO
É adotada pela doutrina e jurisprudência – PRESUME-SE que a pessoa jurídica manifesta sua vontade por meio dos ÓRGÃOS. 
 ÓRGÃOS são partes integrantes da própria estrutura da pessoa jurídica, de tal modo que, quando os agentes atuam nestes órgãos manifestam sua vontade. 
 A vontade dos agentes é a vontade do próprio ESTADO. 
 Com a teoria do órgão se justifica: 
a validade dos atos praticados por funcionário do fato, pois considera que o ato por ele praticado é ato do órgão, imputável, portanto, à Administração.
 Qualquer ato será imputado ao Estado? Não. Precisa de aparência de ato jurídico legítimo e seja praticado por alguém que se deva presumir ser um agente público (TEORIA DA APARÊNCIA). Fora desses casos, o atonão será considerado ato do Estado.
 Para imputar ao Estado, a pessoa que pratica o ato administrativo deve fazê-lo em uma situação tal que leve o cidadão comum a presumir regular sua atuação. 
 Não tem o cidadão comum o dever de verificar se o agente público está atuando dentro de sua esfera de competência, ou mesmo se aquela pessoa que se apresenta a ele, com toda aparência de um servidor público, foi regularmente investida em seu cargo.
Com base na teoria do órgão, teoria do fato e teoria da aparência , ANALISEMOS A SEGUINTE SITUAÇÃO HIPOTÉTICA:
Determinada entidade da Administração Indireta possui departamento jurídico. Ana é advogada da entidade e tem uma irmã, Maria. 
As irmãs marcam um almoço e por isso Maria encontra-se no local de trabalho de Ana. 
Ana se ausenta por alguns minutos, o departamento jurídico nesse momento não havia outro advogado, todos estavam em audiência externa. 
Neste momento chega um oficial de justiça para entrega de uma citação judicial. Entrega a Maria os dois exemplares da citação emitida pelo juízo e cópia da ação. Na cópia, Maria dá o recebimento, assinando-o em nome de Ana, sua irmã. 
Ana, ao retornar, recebe a citação das mãos de sua irmã. 
DEBATE: É VÁLIDA A CITAÇÃO? ARGUMENTOS JURÍDICOS. 
Organização Administrativa II
Administração Indireta; Princípios gerais; Autarquias, Agências Reguladoras, Agencias
Executivas, e fundações públicas.
1. Administração Pública Indireta
1.1. Conceito
É o conjunto de pessoas administrativas que, vinculadas à respectiva Administração Direta tem o objetivo de desempenhar as atividades administrativas de forma descentralizada. 
1.2. Composição:
É formada por pessoas jurídicas denominadas também por ENTIDADES. 
1.3 Princípios gerais
Por força da autonomia federativa dada pela CF todas as entidades federativas podem ter a sua Administração Indireta. 
Todos os princípios administrativos genéricos incidem sobre a Administração Indireta. 
Princípio Reserva Legal: só podem ser instituídas por lei. (Art. 37 XIX CF)
Princípio Especialidade: Não é qualquer atividade da Administração Direta que pode ser descentralizada. Tem que estar EXPRESSAMENTE na lei que instituiu a pessoa jurídica da Administração Indireta a atividade a ser exercida. 
Princípio do Controle: meios através dos quais pode ser exercida função de fiscalização. Submetida ao controle da Administração Direta. 
Organização Administrativa II
2. Autarquias
2.1. Conceito
Autarquia (etmologia significa autogoverno). Pessoa Jurídica administrativa com relativa capacidade de gestão dos interesses a seu cargo, embora sob o controle do Estado, de onde se originou. 
(Obs.: CF faz menção Entidades Autárquicas) 
Decreto-lei 200/67 conceituou: serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita proprios, para executar atividades típicas da administração pública, que requeiram para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.
Natureza jurídica: Pessoas jurídica de direito público. 
2.2. Criação, Organização e Extinção.
Aplica-se o princípio da reserva legal: somente por lei a criação, organização e extinção. 
2.3 Patrimônio e pessoal
2.4 Atos e contratos.
2.5 Responsabilidade Civil.
2.6. Prerrogativas Autárquicas.
2.7. Agências Autárquicas Reguladoras e Executivas.
2.4 Atos e contratos.
Os atos das Autarquias são EM REGRA típicos atos administrativos, revestindo-se do regime de direito público ao qual se submetem. 
2.5 Responsabilidade Civil.
Art 37 § 6º da CF – Responsabilidade Civil Objetiva. 
2.6. Prerrogativas Autárquicas.
Imunidade tributária – art. 150 §2º CF 
Impenhorabilidade de bens e rendas. 
Imprescritibilidade de seus bens. São bens públicos. 
Dívidas tem prescrição quinquenal: dividas e direito a favor de terceiros prescrevem em 5 anos. 
Créditos sujeitos à execução fiscal: são inscritos como dívida ativa e cobrandos pelo processo especial das execuções fiscais como os créditos da União, Estados e Municípios. 
Prazo em dobro em juízo, sujeitas a duplo grau de jurisdição (efeitos só quando confirmado pelo Tribunal).
Exemplos:
BACEN, INSS, INCRA, CVM, IBAMA. 
2.7. Agências Autárquicas: Reguladoras e Executivas.
Modernização do Estado – criação de grupo especial de autarquias – AGÊNCIAS. 
 Agências Autárquicas se classificam:
Agências Reguladoras – controle e fiscalização. 
Agências Executivas – execução de atividades típicas do Estado. 
AUTARQUIAS EM REGIME ESPECIAL: 
Além das restrições, prerrogativas e privilégios das Autarquias, a lei instituidora de uma Autarquia em regime especial, pode conferir privilégios específicos e aumentar sua autonomia em relação à Administração Direta, normalmente de caráter técnico. 
 Agências Autárquicas Reguladoras e Executivas.
Modernização do Estado – criação de grupo especial de autarquias – AGÊNCIAS. 
 Agências Autárquicas se classificam (são espécies de autarquias) :
Agências Reguladoras – controle e fiscalização. 
Foram instituídas com o fim do monopólio estatal, sendo responsáveis pela regulamentação, controle e fiscalização dos serviços transferidos ao setor privado. 
Exemplo: ANATEL, ANAC, ANVISA, ANCINE, ANTT, ANP, ANA , entre outras....
Agências Executivas – execução de atividades típicas do Estado. 
 
Lei 9649/98 
Dispõe sobre organização da Presidência da República e dos Ministérios e dá outras providências
Art.. 51, II: 
Art. 51. O Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a autarquia ou fundação que tenha cumprido os seguintes requisitos: 
I - ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento;
II - ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor.
§ 1o A qualificação como Agência Executiva será feita em ato do Presidente da República.
CONTRATO DE GESTÃO: VISAM MAIOR EFICIENCIA E REDUÇÃO DE CUSTOS (METAS) 
3. Fundações Públicas
Ou Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. 
Pessoa jurídica (de direito público) com patrimônio e bens personalizados em atenção a seu fim para execução de objetivos de interesse coletivo e sem fins lucrativos. 
Interesses Coletivos: educação, ensino, pesquisa, assistência social, etc. 
Entendendo sobre as Fundações .
DECRETO 200/67 – Dispõe sobre a Administração Federal (princípio simetria se aplica nos demais Entes)
Art. 4° A Administração Federal compreende:
        I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.
II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:
        a) Autarquias;
        b) Emprêsas Públicas;
        c) Sociedades de Economia Mista.
        d) fundações públicas.             (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987)
* Fundação Pública foi considerada entidade da Administração Indireta em 1987 (antes da CF 1988)
3. Fundações Públicas
3.2. A Polêmica Sobre a Natureza Jurídica das Fundações.
Sempre estiveram no domínio do Direito Civil sendo consideradas pessoas jurídicas de direito privado. 
Nos últimos tempos o Poder Publico passou a instituir Fundações com a personificação de BENS PÚBLICOS e FORNECENDO SUBSÍDIOS ORÇAMENTÁRIOS PARA EXECUÇÃO o que passou a atribuir personalidade pública a essas entidades. 
3.3. Criação e Extinção.
Somente em decorrência de lei. 
3.4. Regime Jurídico.
Regime Jurídico de direito público, integrantes da Administração Indireta. 
Podem assumir a personalidade de direito privado, nos termos da lei. 
Contratos através de licitação, orçamento idêntico das entidades estatais, dirigentes são investidos nos cargos conforme estatuto, proibição de acumulação remunerada de cargos. 
3.5. Controle.
Exercido pela Administração Direta. 
3. Fundações Públicas
Como conceitua o decreto 200/67: 
IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimentode atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes.             (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987)
       
        § 3º As entidades de que trata o inciso IV deste artigo adquirem personalidade jurídica com a inscrição da escritura pública de sua constituição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, não se lhes aplicando as demais disposições do Código Civil concernentes às fundações.            (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987)
Entendendo sobre as Fundações .
O Tema já foi enfrentado pela doutrina e não é pacífico.
Resumindo.....
Doutrinadores divididos....
Di Pietro, Gasparini, Miguel Reale, Cretella: MAJORITÁRIO. O Ente público instituidor pode atribuir à Fundação personalidade jurídica de direito público ou privado . 
Hely e Marçal Justen: todas as fundações são de direito privado, independente de serem instituídas pela Administração Direta. 
Celso Bandeira de Melo: Todas as fundações públicas são pessoas jurídicas de direito público. 
Para que servem tais discussões...... É relevante! 
 
       
Para finalizar - sobre as Fundações .
Criação: Constituição autorizada em lei e sua extinção também
Atos constitutivos ou lei: Se a entidade é constituída sobre regime de direito público – não é necessário inscrever seus atos constitutivos no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, pois a sua personalidade decorre da Lei. Se pessoa jurídica de direito privado é necessário. 
Empregados: Equiparação dos empregados de fundações públicas contratados sob regime CLT aos funcionários públicos – aprovação em concurso público, restrição a acumulação de cargos e submissão à lei de improbidade administrativa. 
Dirigentes: Os dirigentes estão sujeitos à Mandado de Segurança , somente para os casos de exercerem funções delegadas do poder público 
Quanto tributos: Tem imunidade tributária Art. 150 § 2º 
Responsabilidade Civil: responsabilidade civil objetiva prevista no Art. 37 § 6º - o dispositivo é claro. 
Poderes, tem? Se for pessoa jurídica de direito público POSSUI DUAS PRERROGATIVAS: titular de direito público (poderes) e atribuição de uma atividade pública. Nas fundações públicas de direito privado possuem apenas ATRIBUIÇÃO, sem poderes. 
Observação: Cabe Ação Popular sobre Fundação Pública de Direito Privado, por atos lesivos ao patrimônio público 
 
       
Para finalizar - sobre as Fundações .
Orçamento: normalmente as pessoas fundações públicas de direito público tem previsão de recebimento de recursos no próprio orçamento do ente federado, sendo mantida com tais verbas. As de direito privado podem sobreviver das rendas oriundas dos serviços que prestem e outras doações. 
Controle interno e externo: As fundações públicas de direito público ou privado, devem subordinação no controle da gestão financeira aos Tribunais de Contas e controle administrativo pelo Poder Executivo. 
QUEM É ESTA FUNDAÇÃO PÚBLICA? 
Art. 1º - A ___________________, organizada como FUNDAÇÃO, com base no disposto nos artigos 135 a 137 da Constituição do Estado e nos termos da legislação federal e estadual, é uma pessoa jurídica de duração indeterminada, com sede e foro na cidade do Rio de Janeiro, gozando de autonomia administrativa, técnico-científica, financeira, pedagógica, disciplinar e patrimonial. 
§ 1º - A _____é sucessora da Universidade do antigo Distrito Federal, constituída na forma da Lei Municipal nº 547, de 4 de dezembro de 1950, a qual passou a denominar-se ________________, conforme a Lei nº 909, de 16 de junho de 1958, Universidade do Estado do Rio da Guanabara, nos termos do artigo 63 da respectiva Constituição de 27 de março de 1961 e do Decreto Federal nº 51.210, de 08 de agosto de 1961 e, finalmente, ______________________, em conformidade com a Lei Estadual nº 153, de 1º de agosto de 1977. 
 Art. 4º - Ao patrimônio da _______ pertencem os bens e direitos previstos no art. 5º da Lei nº 93, de 15 de dezembro de 1961, além dos demais que, por qualquer forma, tenha adquirido ou venha a adquirir. 
§ 1º - As alterações do patrimônio da ______ obedecerão às normas legais e às disposições deste Estatuto e do Regimento Geral. 
§ 2º - Em caso de extinção, os bens e direitos da ______ serão incorporados ao patrimônio do Estado do Rio de Janeiro.
????????? 
RESULTADO....... Retirado do ESTATUTO DA UERJ 
Art. 1º - A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), organizada como fundação, com base no disposto nos artigos 135 a 137 da Constituição do Estado e nos termos da legislação federal e estadual, é uma pessoa jurídica de duração indeterminada, com sede e foro na cidade do Rio de Janeiro, gozando de autonomia administrativa, técnico-científica, financeira, pedagógica, disciplinar e patrimonial. 
§ 1º - A UERJ é sucessora da Universidade do antigo Distrito Federal, constituída na forma da Lei Municipal nº 547, de 4 de dezembro de 1950, a qual passou a denominar-se Universidade do Rio de Janeiro, conforme a Lei nº 909, de 16 de junho de 1958, Universidade do Estado do Rio da Guanabara, nos termos do artigo 63 da respectiva Constituição de 27 de março de 1961 e do Decreto Federal nº 51.210, de 08 de agosto de 1961 e, finalmente, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, em conformidade com a Lei Estadual nº 153, de 1º de agosto de 1977. 
Art. 4º - Ao patrimônio da UERJ pertencem os bens e direitos previstos no art. 5º da Lei nº 93, de 15 de dezembro de 1961, além dos demais que, por qualquer forma, tenha adquirido ou venha a adquirir. 
§ 1º - As alterações do patrimônio da UERJ obedecerão às normas legais e às disposições deste Estatuto e do Regimento Geral. 
§ 2º - Em caso de extinção, os bens e direitos da UERJ serão incorporados ao patrimônio do Estado do Rio de Janeiro.
Para que servem tais discussões...... É relevante! 
Em um dado tempo no ordenamento jurídico foram criadas pessoas jurídicas como FUNDAÇÕES com atribuições TOTALMENTE PÚBLICAS, ou seja, muito semelhante as AUTARQUIAS. 
As pessoas jurídicas de direito público tem restrições, prerrogativas e privilégios.
Algumas Fundações foram constituídas sobre regime jurídico de direito privado, logo seus agentes podiam acumular cargos e empregos , seus atos não sofriam controle do Princípio da Publicidade e Moralidade o que era vedado pelo regime jurídico direito público. 
 
Hely: "uma entidade não pode, ao mesmo tempo, ser fundação e autarquia; ser pessoas de direito privado e ter personalidade jurídica de direito público".
Art 37 inciso XIX da Constituição Federal: 
 XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;                        (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
 XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;
As empresas públicas e as sociedades de economia mista são criadas com objetivo de permitir ao ESTADO a exploração de caráter econômico – são instrumentos de atuação do ESTADO como EMPRESÁRIO. 
Conceito no Decreto 200/67: 
II - Empresa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado por lei para a exploração de atividade econômica que o Governo seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito.  
III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade daAdministração Indireta.          
Sociedade de Economia Mista : são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Indireta, instituídas por lei, SOB A FORMA DE SOCIEDADE ANÔNIMA com CAPITAL PÚBLICO E PRIVADO, para EXPLORAÇÃO DE ATIVIDADES DE NATUREZA ECONÔMICA OU EXECUCÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS. 
>> SEMPRE TERÁ A DENOMINAÇÃO “COMPANHIA” no seu nome
Exemplo: Banco do Brasil S.A., Petrobrás S. A. No âmbito do EST RJ: CEDAE (ver abaixo) 
DECRETO-LEI Nº 39, DE 24 DE MARÇO DE 1975.
§ 1º - A Companhia resultante da unificação de que trata o artigo, será denominada Companhia Estadual de Águas e Esgotos – CEDAE – e assumirá o ativo e o passivo das sociedades unificadas, revestindo a forma de sociedade de economia mista.
Parágrafo único – O Estado do Rio de Janeiro, por sua administração Direta ou Indireta, deverá manter sempre participação majoritária no capital da CEDAE, subscrevendo, pelo menos 51% (cinqüenta e um por cento) do seu capital, na parte constituída por ações com direito a voto e dispondo, para sua integralização, de dinheiro, títulos e valores. A presente disposição se aplica, também, a qualquer elevação do capital da CEDAE.
4. CÓDIGO CIVIL – lei 10.406/2002
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado.
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;         (Redação dada pela Lei nº 11.107, de 2005)
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste Código.
         
Caso Concreto:
O Governador do Estado X, após a aprovação da Assembleia Legislativa, nomeou o
renomado cardiologista João das Neves, ex-presidente do Conselho Federal de Medicina
e seu amigo de longa data, para uma das diretorias da Agência Reguladora de Transportes
Públicos Concedidos de seu Estado. Ocorre que, alguns meses depois da nomeação, João
das Neves e o Governador tiveram um grave desentendimento acerca da conveniência e
oportunidade da edição de determinada norma expedida pela agência. Alegando a total
perda de confiança no dirigente João das Neves e, após o aval da Assembleia Legislativa,
o governador exonerou-o do referido cargo.
Considerando a narrativa fática acima, responda aos itens a seguir, empregando os
argumentos jurídicos apropriados e apresentando a fundamentação legal pertinente ao
caso.
A) À luz do Poder Discricionário e do regime jurídico aplicável às Agências
Reguladoras, foi juridicamente correta a nomeação de João das Neves para ocupar o
referido cargo?
B) Foi correta a decisão do governador em exonerar João das Neves, com aval da
Assembleia Legislativa, em razão da quebra de confiança?
Caso Concreto:
O Prefeito de uma Cidade do interior do Estado do Rio de Janeiro editou decreto
promovendo uma ampla reformulação administrativa, na qual foram previstas a criação, a
extinção e a fusão de órgãos da administração direta e de autarquias municipais. Alegou o
governo municipal que, além de atender ao interesse público, a reformulação
administrativa inseria-se na competência do Poder Executivo para, no exercício do poder
regulamentar, dispor sobre a estruturação, as atribuições e o funcionamento da
administração local. Em face dessa situação, responda, de forma fundamentada, se é
considerada legítima a iniciativa do chefe do Poder Executivo municipal de, mediante
decreto, promover as mudanças pretendidas.
PARTE PRÁTICA DA AULA
ANÁLISES E DEBATES DE ACÓRDÃOS E LEIS QUE APLICAM AS TEORIAS ESTUDADAS EM SALA
Os acórdãos e leis não estão na íntegra nos slides. 
Apenas as partes que são relevantes para o Tema abordado na aula de hoje. 
Sugiro a pesquisa na íntegra . 
 TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
DÉCIMA SÉTIMA CÂMARA CÍVEL 
Apelação cível/reexame necessário nº. 0043484-29.2001.8.19.0001 
Apelante: MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO 
Apelada: FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS 
RELATOR: DES. EDSON VASCONCELOS 
ACÓRDÃO 
CONSTITUCIONAL 
FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS opôs embargos à execução fiscal em face do MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO alegando, em síntese, que na qualidade de instituição de educação, não está obrigada a pagar o IPTU em razão da imunidade prevista no art. 19, III, do Código Tributário Nacional (CTN); 
Com efeito, a Fundação Getulio Vargas (FGV) é instituição de caráter técnico-cientifico e educativo, pessoa jurídica de direito privado, sem objetivo de lucro e de natureza filantrópica, conforme cópia do estatuto acostado às fls. 17/37. 
Recurso a que se dá provimento para julgar procedente o pedido inicial dos embargos à execução, extinguindo-se as execuções fiscais.”
ACÓRDÃO DIREITO ADMINISTRATIVO. TRANSFORMAÇÃO DA EMPRESA DE VIGILÂNCIA MUNICIPAL EM GUARDA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO. AUTARQUIA MUNICIPAL CRIADA PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 100/09. PLANO DE CARGOS, CARREIRA E REMUNERAÇÃO PARA OS SERVIDORES DO QUADRO OPERACIONAL DA GUARDA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO. LEI COMPLEMENTAR Nº 135/04. 
Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro TJ-RJ - APELAÇÃO : APL 03389310620148190001 RIO DE JANEIRO CAPITAL 15 VARA FAZ PUBLICA
Processo
APL 03389310620148190001 RIO DE JANEIRO CAPITAL 15 VARA FAZ PUBLICA
Orgão Julgador
PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL
Partes
APELANTE: ANDRÉ DA SILVA DUARTE, APELADO: GUARDA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO
Publicação
21/03/2016
Julgamento
23 de Fevereiro de 2016
Relator
SERGIO RICARDO DE ARRUDA FERNANDES
LEI Nº 1204/02
CRIA O SERVIÇO AUTÔNOMO DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA E TRATAMENTO DE ESGOTO, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
A CÂMARA MUNICIPAL DE ANGRA DOS REIS APROVA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:
Capítulo I
DA CRIAÇÃO E DA COMPETÊNCIA
Art. 1º Fica criado o Serviço Autônomo de Captação de Água e Tratamento de Esgoto - SAAE, autarquia municipal, com personalidade jurídica de direito público, com sede e foro na cidade de Angra dos Reis - RJ, prazo de duração indeterminado e atuação em todo o território do Município de Angra dos Reis, dispondo de autonomia administrativa, financeira e patrimonial, dentro dos limites estabelecidos na presente Lei.
Parágrafo Único - O SAAE assumirá os serviços de sistema de água e de esgoto de todo o Município.
LEI Nº 9.427, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1996.
O  PRESIDENTE  DA   REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
	Regulamento	Institui a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, disciplina o regime das concessões de serviços públicos de energia elétrica e dá outras providências
Art. 1o É instituída a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, autarquia sob regime especial, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, com sede e foro no Distrito Federal e prazo de duração indeterminado.
Art. 2o A Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL tem por finalidade regular e fiscalizar a produção, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica, em conformidade com as políticas e diretrizes do governo federal.
TRT-1 - Recurso Ordinário RO 2304009820065010341 RJ (TRT-1) 
Data de publicação: 29/04/2013 
Ementa: TEORIA DO ÓRGÃO. IMPUTAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO À PESSOA JURÍDICA. De acordo com a Teoria do Órgão é a pessoa jurídica que pratica o ato administrativo, sendo o agente expressão da vontade estatal. 
TRF-4 - APELAÇÃO CIVEL AC 50572934020144047100 RS 5057293-40.2014.404.7100 (TRF-4) 
Data de publicação: 17/06/2015 
Ementa: ADMINISTRATIVO. CONSELHO REGIONAL DE RADIOLOGIA. INSCRIÇÃO DE TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL. APLICAÇÃO DA TEORIA DO ÓRGÃO. 1. O art. 3º da Lei nº 11.889 /2008 estabelece a obrigação de registro do técnico em saúde bucal no Conselho Regional de Odontologia e não de Radiologia. 2. Aplicação da Teoria do Órgão, uma vez que a autora está vinculada à Prefeitura Municipal de Porto Alegre através de concurso público e,portanto, à disposição da Administração Pública quanto ao estrito cumprimento de seus deveres funcionais. 
TJ-MG - Ap Cível/Reex Necessário AC 10236130002850001 MG (TJ-MG) 
Data de publicação: 23/04/2014 
Ementa: MANDADO DE SEGURANÇA. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO. DEVER DOS ENTES PÚBLICOS. SUS. DESCENTRALIZAÇÃO. SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE. LEGITIMIDADE PASSIVA. DIREITO LÍQUIDO E CERTO. COMPROVAÇÃO. SENTENÇA MANTIDA. A responsabilidade dos entes públicos pela prestação de serviços de saúde à população é solidária, nos termos do art. 23 , II , da Constituição da República, podendo o indivíduo exigir da União, dos Estados ou do Município a assistência médica adequada. Cabe ao Poder Público fornecer às pessoas necessitadas, gratuitamente, medicamentos necessários para o tratamento de doença crônica, de alto custo, a encargo do SUS
Como regra geral o órgão não tem capacidade processual, devendo recair sobre o ENTE 
Da Administração Direta. Porém os tribunais admitem que o órgão superior tem 
Legitimidade para ser parte na ação processual. Como no Exemplo abaixo. 
Este exemplo na fundamentação traz a REPARTIÇÃO DAS COMPETÊNCIAS – Art. 23, II CF 
 Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Social - SECTIDS
 
       Conselho Estadual Antidrogas - CEAD
 
       Conselho Estadual da Juventude do Estado do Rio de Janeiro- COJUERJ
 
       Conselho Estadual de Assistência Social - CEAS
 
       Conselho Estadual de Defesa Social e Promoção da Cidadania
 
       Conselho Estadual para a Política de Integração da Pessoa com Deficiência- CEPDE
 
       Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutrucional - CONSEA
 
       Fundação Leão XIII
 
       Fundo Estadual de Assistência Social - FEAS 
 
       Fundo Especial de Prevenção, Fiscalização e Repressão de Entorpecentes - FESPREN
  
       Fundo de Defesa Social e Promoção da Cidadania - FDSPC
         
       Fundação para a Infância e Adolescência - FIA/RJ
 
       Fundo para a Política de Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - FUPDE
            
       Centro Universitário Estadual da Zona Oeste - UEZO
 
       Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do RJ - FAPERJ
 
       Fundação Centro de Ciências e de Educação Superior a Distância do Estado do RJ - CECIERJ
 
       Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro - FAETEC
 
       Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico - FATEC
 
       Fundo para as Ciências do Estado do Rio de Janeiro - FUNCIERJ
 
       Fundação Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
 
       Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - UENF
 
Página do Governo do Estado do Rio 
Objetivo: observar as fundações públicas
Existente no âmbito do Estado do RJ 
 
       Fundação Leão XIII    
       Fundação para a Infância e Adolescência - FIA/RJ
       Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do RJ - FAPERJ
       Fundação Centro de Ciências e de Educação Superior a Distância do Estado do RJ - CECIERJ
       Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro - FAETEC
       Fundação Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ
ESTATUTO DA FUNDAÇÃO LEÃO XIII TÍTULO I 
Da Fundação, Sede, Fins e Duração
Art. 1º - A Fundação Leão XIII, criada pelo Decreto Municipal nº 8.797, de 08 de fevereiro de 1947, do então Distrito Federal, é pessoa jurídica de direito privado, com patrimônio próprio, sede e foro na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, e rege-se pelo presente Estatuto. § 1º - Para os fins de supervisão, a Fundação é vinculada à Secretaria de Governo. 
§ 2º - O prazo de duração da Fundação é indeterminado. 
Art. 2º - A Fundação Leão XIII tem por finalidades principais: 
I – prestar assistência social ao velho, ao mendigo, ao migrante e aos grupos de população carentes de recursos, residentes em favelas, conjuntos habitacionais e Centros de Habitação Provisória; 
II – promover treinamento sócio-educativo e integração comunitária aos moradores em favelas e Centros de Habitaçã o Provisória, preparando-os para aquisição de melhores níveis habitacionais; 
III – promover treinamento profissionalizante para seus assistidos, dando ênfase aos adolescentes, com vistas à sua integração ao mercado de trabalho; 
IV – recuperar socialmente o mendigo, com vistas à sua participação na comunidade. 
Parágrafo único – Para a consecução dos seus fins, a Fundação poderá assinar convênios, acordos ou contratos com entidades nacionais ou estrangeiras, públicas ou privadas, e organismos internacionais.
Do Regime Financeiro
Art. 9º - O exercício financeiro da Fundação coincidirá com o do Estado do Rio de Janeiro. Art. 10 – As contas da Fundação estão sujeitas ao controle do Tribunal de Contas, na forma da legislação em vigor, para as unidades administrativas do Poder Executivo, respeitadas as suas peculiaridades como pessoa jurídica de direito privado.
TÍTULO V Dos Servidores 
Art. 11 – Os servidores da Fundação estão sujeitos ao regime contratual previsto na legislação trabalhista. 
Art. 12 – A Fundação poderá contar com a colaboração de pessoal técnico e administrativo colocado à sua disposição pelo Governador do Estado.
 
Exemplo do Estatuto da Fundação 
Pública – pessoa jurídica de direito 
privado
Exemplos práticos....
Fundação e Autarquia
 
Decreto 42.327/2010
ALTERA E CONSOLIDA O ESTATUTO DA FUNDAÇÃO DE APOIO À ESCOLA TÉCNICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – FAETEC E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS 
Art. 1º - Fica aprovado o Estatuto da Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro – FAETEC, que constitui Anexo do presente Decreto, passando a ser considerado, para todos os efeitos legais, o ato constitutivo da Fundação. 
ESTATUTO 
Art 1º - A Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro – FAETEC é uma autarquia vinculada à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, regida pela Lei nº 1.176/87, com as alterações promovidas pelas Leis nºs 2.735/97 e 3.808/02. 
Parágrafo único – É uma entidade sem fins lucrativos , com personalidade jurídica de direito público, de duração indeterminada, com sede e foro na Capital do Estado do Rio de Janeiro. 
***
Art. 1º - Fica o Poder Executivo autorizado a Instituir a Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro - FAETEC, com duração indeterminada, vinculada e supervisionada pela Secretaria de Estado de Educação. Ver tópico 
*(Nova denominação dada pelo art. 1ºº da Lei27355/97) 
t. 4º - A FAETEC gozará de autonomia administrativa, patrimonial e financeira e adquirirá personalidade jurídica de direito privado, independentemente de outras formalidades, a partir da inscrição, no registro civil das pessoas jurídicas, do seu Estatuto, aprovado na forma do parágrafo único do art. 1º 
CRIAÇÃO DE UM ENTE
MUNICÍPIO
Este caso foi objeto de Ação Inconstitucionalidade. Sugiro aprofundar. 
notícia 
O município de Luís Eduardo Magalhães era antes um pequeno povoado denominado Mimoso do Oeste, que passou em de a ser distrito de. Através da Lei n° 395/1997, em de, passou a denominação atual, para após referendo, decorrente de um projeto elaborado pela então deputada estadual Jusmari de Oliveira, transformar-se no município, cujo nome remete ao falecido deputado, filho do Senador Antônio Carlos Magalhães, em 30 de março de 2000, pela Lei 7619/00. A criação do município foi alvo de muitas críticas, como a que afirmava ser a lei 7619/00 inconstitucional, sendo também o referendo que autorizou a criação do município, tendencioso e, já que não foram consultadas todos os moradores envolvidos. Em 2007 o declarou a inconstitucionalidade da criação do município, dando ao legislador federal prazo de 2 anos para legalizar a situação. 
(sugestão ao aluno: pesquisar sobre este caso. O município fora criado em 1997 após a EC15/96 porém sem lei regulamentadora. Proposta Ação de inconstitucionalidade. STF modulou o efeito. )
Organização Administrativa III – 
Consórcios Públicos e Estatais (empresas públicas e sociedades de economiamista.
Lei nr. 13.303/16)
1. Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista
1.1. Conceito.
1.2. Personalidade Jurídica.
1.3. Objeto e função social
1.4. Criação e extinção.
1.5. Subsidiárias.
1.6. Regime jurídico.
1.7. Patrimônio e pessoal
1.8. Falência e execução
1.9. Responsabilidade Civil
1.10. Licitação
1.11. Atos e contratos
1.12. Diferenças entre as Entidades.
2. Consórcios Públicos
2.1. A Análise do Art. 241 da Constituição com Redação dada pela EC 19/98.
2.2. A Composição Heterogênea do Consórcio Público.
2.3. Gestão Associada de Serviço Público.
2.4. A Personalidade Jurídica do Consórcio Público.
2.5. Prerrogativas dos Consórcios para atingir suas finalidades.
2.6. Criação e regime jurídico.
2.7. Controle.
2.8. Instrumentos dos consórcios
2.9. Licitação dos consórcios
Exploração Atividade Econômica
60
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
DIRETA
União 
Estados
26 
Distrito Federal
Municípios
5.570	
INDIRETA
Autarquias
SEM LUCRO
Fundações
Social, educacional, ensino, pesquisa, cultura
SEM LUCRO
Sociedade de Economia Mista
$ LUCRO $
Empresas Públicas
$ LUCRO $
Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista
Empresas Públicas: São pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Indireta, instituídas pelo Poder Público, mediante lei, sob QUALQUER FORMA JURÍDICA – ltda, S/A, etc. – com capital exclusivamene público, para EXPLORAÇÃO DE ATIVIDADES DE NATUREZA ECONÔMICA OU EXECUÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS. 
Exemplo: ECT – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, CEF – Caixa Econômica Federal 
b) Sociedade de Economia Mista : são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Indireta, instituídas por lei, SOB A FORMA DE SOCIEDADE ANÔNIMA com CAPITAL PÚBLICO E PRIVADO, para EXPLORAÇÃO DE ATIVIDADES DE NATUREZA ECONÔMICA OU EXECUCÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS. 
>> SEMPRE TERÁ A DENOMINAÇÃO “COMPANHIA” no seu nome
Exemplo: Banco do Brasil S.A., Petrobrás S. A. No âmbito do EST RJ: CEDAE 
Exemplo: 
DECRETO-LEI Nº 39, DE 24 DE MARÇO DE 1975.
§ 1º - A Companhia resultante da unificação de que trata o artigo, será denominada Companhia Estadual de Águas e Esgotos – CEDAE – e assumirá o ativo e o passivo das sociedades unificadas, revestindo a forma de sociedade de economia mista.
Parágrafo único – O Estado do Rio de Janeiro, por sua administração Direta ou Indireta, deverá manter sempre participação majoritária no capital da CEDAE, subscrevendo, pelo menos 51% (cinqüenta e um por cento) do seu capital, na parte constituída por ações com direito a voto e dispondo, para sua integralização, de dinheiro, títulos e valores. A presente disposição se aplica, também, a qualquer elevação do capital da CEDAE.
As empresas públicas e as sociedades de economia mista são criadas com objetivo de permitir ao ESTADO a exploração de caráter econômico – são instrumentos de atuação do ESTADO como EMPRESÁRIO. 
1.2 Personalidade Jurídica e Regime Jurídico 
Possuem personalidade jurídica de DIREITO PRIVADO. 
Regime Jurídico: hibrido (mais se aproximam das pessoas jurídicas privadas). Se submetem as normas de direito público quando a Constituição expressamente determinar ou a lei, exemplo Princípio da Continuidade do Serviço Público. 
ATIVIDADES DESEMPENHADAS PELAS EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA:
2 ATIVIDADES: 
INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO
Constituição Federal : 
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A empresa pública, a sociedade de economia mista e outras entidades que explorem atividade econômica sujeitam-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto às obrigações trabalhistas e tributárias.
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS 
CF :
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
Pontos Relevantes EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA:
- Sujeitam-se as empresas públicas e as sociedades de economia AS MESMAS OBRIGAÇÕES CIVIS, COMERCIAIS, TRABALHISTAS E TRIBUTÁRIAS sendo vedada a concessão de privilégios fiscais não extensivos às empresas do setor privado. 
A regra visa EVITAR O ESTABELECIMENTO DE CONCORRÊNCIA DESLEAL – conformar com o Princípio da Livre Concorrência CF 170 CF
As Empresas Públicas e Soc Economia Mista QUE EXPLOREM ATIVIDADES ECONÔMICAS NÃO ESTÃO SUJEITAS À RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA – Art. 37 § 6º (Aplicam-se a responsabilidade civil subjetiva) 
As Empresas Públicas e Soc Economia Mista QUE PRESTAM SERVIÇOS PÚBLICOS ESTÃO SUJEITAS À RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA – Art. 37 § 6º 
Retirado do Site STF – interpretação por artigo da Constituição Federal:
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
  
Julgado Correlato
Quer dizer, o art. 173 da CF está cuidando da hipótese em que o Estado esteja na condição de agente empresarial, isto é, esteja explorando, diretamente, atividade econômica em concorrência com a iniciativa privada. (...)
[RE 407.099, voto do rel. min. Carlos Velloso, j. 22-6-2004, 2ª T, DJ de 6-8-2004.]
 
Pode DECRETAR FALÊNCIA DE EMPRESA PÚBLICA ou SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA?
NÃO PACÍFICO NA DOUTRINA: Sim, se exploradoras de atividades econômicas.
Se prestadoras de serviços públicos NÃO – Princípio da Continuidade do Serviço Público (doutrina majoritária)
Posição do STF : entende que não pode falência em qualquer caso. 
 
(obs.: A Lei 11.101/2005 – Lei Falências e Recuperação Judicial dispõe:
Art 2º: Esta Lei não se aplica à empresa pública e sociedade de economia mista. 
EMPREGADOS: o regime de pessoal de ambas estatais é CLT. Ingresso mediante concurso público. 
FORO: se empresas públicas “federais” – Justiça Federal, sociedades de economia mista não foram contempladas com foro da Justiça Federal – processamento na Justiça Estadual. 
SUBSIDIÁRIAS: são pessoas jurídicas cujas atividades se sujeitam a GESTÃO e CONTROLE de uma EMPRESA PÚBLICA OU DE UMA SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. 
Se dividem: 
Subsidiárias de primeiro grau (ou primárias): CONTROLADAS DIRETAMENTE PELO ENTE FEDERATIVO . 
ENTE: UNIÃO ESTADO MUNICÍPIO DF 
Subsidiárias de segundo grau (ou secundárias): o CONTROLE ESTATAL É INDIRETO, pela empresa pública ou sociedade de economia mista. 
Subsidiária INTEGRAL: aquela que tem um único acionista a entidade instituidora Art. 251 da lei 6.404/76 
Exemplos de SUBSIDIÁRIA: 
A Liquigás Distribuidora S.A. é uma sociedade anônima de capital fechado que atua no engarrafamento, distribuição e comercialização de Gás Liquefeito de Petróleo, também conhecido como GLP.  
A Liquigás, fundada em 1953, foi adquirida pela Petrobras Distribuidora S.A. (BR) em agosto de 2004 e, em novembro de 2012, após uma reorganização societária, passou a ser subsidiária direta da Petrobras S.A . 
A Petrobras anunciou a criação de seis subsidiárias integrais, dentro do processo de implementação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), cuja entrada em operação será 2012. As seis subsidiárias criadas são Comperj Participações, Comperj Petroquímicos Básicos, Comperj PET, Comperj Estirênicos, Comperj MEG e Comperj Poliolefinas. A estatal deterá o controle das novas subsidiárias, em uma primeira etapa do Comperj, assumindo 100% do capital total e votante das companhias.
Segundo a Lei Complementar 101/2000 – Lei de ResponsabilidadeFiscal – Art. 2º: 
Empresa Estatal dependente: uma empresa estatal dependente é aquela para quem a entidade política controladora envia recursos financeiros:
- para pagar despesas com pessoal;
- para pagar despesas de custeio em geral;
- para pagar despesas de custeio de capital, exceto, neste caso, o custeio de aumento de participação acionária
Empresa Estatal independente: a capacidade de financiar as suas atividades de forma que não necessitem receber recursos da Ente para cobertura de suas despesas de custeio em geral. 
Exemplo: 
Sugestão.... Visite o SITE MPOG – Ministério Planejamento Orçamento e Gestão: 
2. Consórcios Públicos
2.1. A Análise do Art. 241 da Constituição com Redação dada pela EC 19/98.
2.2. A Composição Heterogênea do Consórcio Público.
2.3. Gestão Associada de Serviço Público.
2.4. A Personalidade Jurídica do Consórcio Público.
2.5. Prerrogativas dos Consórcios para atingir suas finalidades.
2.6. Criação e regime jurídico.
2.7. Controle.
2.8. Instrumentos dos consórcios
2.9. Licitação dos consórcios
2. Consórcios Públicos
LEI 11.107/2005 
Art. 241 CF: 
Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos.                                (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
LEI Nº 11.107, DE 6 DE ABRIL DE 2005.
>>>> Dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos e dá outras providências.
Consonância com Art. 22, inciso XXVII : 
Art. 22. Compete PRIVATIVAMENTE à União legislar sobre:
XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; 
O que é um CONSÓRCIO PÚBLICO? 
CONSÓRCIO é um acordo de vontades. Consórcio Público é um acordo entre ENTES PÚBLICOS. 
Crítica doutrinária: se é um acordo, deveria ter sido criada uma Comissão Executiva para administrar este acordo, assumindo direitos e obrigações ou nomeando um dos partícipes como líder. Não foi assim que ocorreu. 
O LEGISLADOR RESOLVEU DAR TRATAMENTO DIFERENTE AO CONSÓRCIO, ATRIBUINDO-LHE PERSONALIDADE JURÍDICA (Lei 11. 107/2005).
Lei 11.107/2005: 
Art. 6o O consórcio público adquirirá personalidade jurídica:
        I – de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a vigência das leis de ratificação do protocolo de intenções;
        II – de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil.
        § 1o O consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a administração indireta de todos os entes da Federação consorciados.
        § 2o No caso de se revestir de personalidade jurídica de direito privado, o consórcio público observará as normas de direito público no que concerne à realização de licitação, celebração de contratos, prestação de contas e admissão de pessoal, que será regido pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.
Problemas sérios na LEI DE CONSÓRCIOS PÚBLICOS (crítica da doutrina):
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 11.107, DE 6 DE ABRIL DE 2005.
Mensagem de veto(Vide Decreto nº 6.017, de 2007)
Dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos e dá outras providências
Art. 1o Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum e dá outras providências.
§ 1o O consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito privado
OUTRO PROBLEMA – NA LEI DE IMPROBIDADE:
Seção II
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário
        Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:
XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei;       (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)
XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei.        (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)
2.2. A Composição Heterogênea do Consórcio Público.
Podem ser celebrados entre ENTES DE MESMA ESPÉCIE OU NÃO. 
NÃO, NÃO HAVERÁ UM CONSÓRCIO CELEBRADO ENTRE A UNIÃO E UM MUNICÍPIO. 
§ 2o A União somente participará de consórcios públicos em que também façam parte todos os Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados.
2.3. Gestão Associada de Serviço Público.
Art. 4o São cláusulas necessárias do protocolo de intenções as que estabeleçam:
XI – a autorização para a gestão associada de serviços públicos, explicitando:
d) as condições a que deve obedecer o contrato de programa, no caso de a gestão associada envolver também a prestação de serviços por órgão ou entidade de um dos entes da Federação consorciados
2.4. A Personalidade Jurídica do Consórcio Público.
§ 1o O consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito privado.
Art. 6o O consórcio público adquirirá personalidade jurídica:
        I – de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a vigência das leis de ratificação do protocolo de intenções;
        II – de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil.
        § 1o O consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a administração indireta de todos os entes da Federação consorciados.
SE DE DIREITO PÚBLICO: SE FOR CONSTITUÍDO COM PERSONALIDADE DE DIREITO PÚBLICO – INTEGRA A ADM INDIRETA 
SE DE DIREITO PRIVADO: E se for constituída com PERSONALIDADE DE DIREITO PRIVADO? Lei omissa . Integra a Administração indireta? 
Doutrina: 
A lei direciona para a constituição de consórcio público com personalidade de direito público 
 quando foi omissa , no que tange ao consórcio público de personalidade de direito privado, FOI INTENCIONAL PRETENDEU QUE ESTE NÃO INTEGRE FORMALMENTE A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. 
Não é pacífico! 
Outra alternativa possível (no caso concreto):
Art. 15. No que não contrariar esta Lei, a organização e funcionamento dos consórcios públicos serão disciplinados pela legislação que rege as associações civis.
Lei dos Consórcios Públicos: 
Art. 16. O inciso IV do art. 41 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 41. ...................................................................................
................................................................................................
IV – as autarquias, inclusive as associações públicas;
........................................................................................" (NR)
Observação 1: associações públicas criadas com personalidade de direito privado - = associações civis 
Observação 2: OS CONSÓRCIO S PÚBLICOS COM PERSONALIDADE JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO - = 
Associações públicas
Ou seja, 
ASSOCIAÇÕES formadas por pessoa jurídicas POLÍTICAS (U, E, DF e M) com personalidade jurídica de direito público para gestão associada de serviços públicos. 
Personalidade jurídica de direito público: restrições, prerrogativas e privilégios !!! Inclusive poder de polícia. 
2.7. Controle.
Observação importante, por força:
§ 1o O consórcio público com personalidadejurídica de direito público integra a administração indireta de todos os entes da Federação consorciados.
Controle do Tribunal de Contas – 9º 
Parágrafo único. O consórcio público está sujeito à fiscalização contábil, operacional e patrimonial pelo Tribunal de Contas competente para apreciar as contas do Chefe do Poder Executivo representante legal do consórcio, inclusive quanto à legalidade, legitimidade e economicidade das despesas, atos, contratos e renúncia de receitas, sem prejuízo do controle externo a ser exercido em razão de cada um dos contratos de rateio.
Controle Administrativo pelo Ente vinculado 
Pode ocorrer da mesma pessoa jurídica fazer parte de diferentes consórcios e ter de controlar todos eles. 
A lei prevê a retirada do Ente do Consórcio e também a sua exclusão:
Art. 11. A retirada do ente da Federação do consórcio público dependerá de ato formal de seu representante na assembléia geral, na forma previamente disciplinada por lei.
        § 1o Os bens destinados ao consórcio público pelo consorciado que se retira somente serão revertidos ou retrocedidos no caso de expressa previsão no contrato de consórcio público ou no instrumento de transferência ou de alienação.
        § 2o A retirada ou a extinção do consórcio público não prejudicará as obrigações já constituídas, inclusive os contratos de programa, cuja extinção dependerá do prévio pagamento das indenizações eventualmente devidas.
Exemplo da aplicação de Consórcio Público no Estado do Rio: 
LEI Nº 5576, DE 13 DE NOVEMBRO DE 2009. 
INSTITUI A POLÍTICA ESTADUAL DE INCENTIVO À CRIAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL PARA A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS DE INTERESSE COMUM E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Fica instituída a Política Estadual de Incentivo à Criação e Implantação de Consórcio Intermunicipal para a prestação de serviços públicos de interesse comum.
§ 1º Considera-se Consórcio Intermunicipal, para os efeitos desta Lei, a sociedade de municípios integrantes de um mesmo aglomerado urbano ou microrregional, previamente autorizada por lei de suas respectivas Câmaras de Vereadores, por proposta dos Prefeitos Municipais, com a finalidade de executar serviço público de interesse comum, obra, aquisição de bens, produtos e equipamentos, ou, ainda, realizarem evento no âmbito da competência municipal.
§ 2º O Consórcio Intermunicipal será reconhecido pelo estado desde que legalmente constituído, com personalidade jurídica de direito privado e revestido das exigências das normas jurídicas pertinentes.
Exemplo:
LEI N.º 684 DE 23 DE DEZEMBRO DE 2009.
“AUTORIZA O MUNICÍPIO A RATIFICAR O
PROTOCOLO DE INTENÇÕES DO
CONSÓRCIO PÚBLICO INTERMUNICIPAL
DE SAÚDE DA REGIÃO DA BAÍA DA ILHA
GRANDE E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS”.
Art. 1° Fica ratificado o Protocolo de Intenções firmado pelos
Municípios de ANGRA DOS REIS, MANGARATIBA, PARATY e RIO
CLARO, que constituem o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região da
Baía da Ilha Grande do Estado do Rio de Janeiro, denominado CISBIG,
como Consórcio Público, com personalidade jurídica de direito público.
Art. 3º O Município responderá solidariamente com o conjunto
dos Municípios consorciados, pelas contribuições devidas ao CISBIG
definidas no protocolo de intenções e ratificadas por meio de contrato de
rateio anual.
Notícias – Site Governo do Estado RJ – 12 de Maio de 2013 
A secretária de Estado do Ambiente interina e presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Marilene Ramos, participou na manhã desta sexta-feira (10/05), da assembleia de criação do Consórcio Público de Gestão de Resíduos Sólidos, na Prefeitura de Mesquita, na Baixada Fluminense. Reunindo os municípios de Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Belford Roxo, São João de Meriti, Mesquita e Nilópolis, o organismo será uma autarquia municipal com competência de gestão dos resíduos sólidos, inicialmente com ênfase em restos da construção civil e volumosos.
Os seis municípios da Baixada Fluminense, que totalizam cerca de 2,8 milhões de habitantes, geram cerca de 3,5 mil toneladas diárias de resíduos de construção civil. O transporte e a destinação desses materiais são caracterizados atualmente pela informalidade e causam graves problemas ambientais, inclusive na bacia hidrográfica.
Lei 6333/12 | Lei nº 6333, de 15 de outubro de 2012
AUTORIZA O PODER EXECUTIVO A PARTICIPAR DO CONSÓRCIO PÚBLICO DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA BAIXADA FLUMINENSE, INTEGRADO PELOS MUNICÍPIOS DE BELFORD ROXO, DUQUE DE CAXIAS, MESQUITA, NILÓPOLIS, NOVA IGUAÇU E SÃO JOÃO DE MERITI PARA, EM REGIME DE GESTÃO ASSOCIADA EXECUTAR OS SERVIÇOS PÚBLICOS DE MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS. 
Caso Concreto:
Os municípios ?X?, ?Y? e ?Z?, necessitando estabelecer uma efetiva fiscalização
sanitária das atividades desenvolvidas por particulares em uma feira de produtos
agrícolas realizada na interseção territorial dos referidos entes, resolvem celebrar um
consórcio público, com a criação de uma associação pública. A referida associação, de
modo a atuar com eficiência no seu mister, resolve delegar à Empresa ABCD a instalação
e operação de sistema de câmeras e monitoramento da entrada e saída dos produtos.
Diante da situação acima apresentada, responda aos itens a seguir.
A) Pode a associação pública aplicar multas e demais sanções pelo descumprimento das
normas sanitárias estabelecidas pelo referidos entes ?X?, ?Y? e ?Z??
B) É possível que a referida associação pública realize a delegação prevista para a
empresa ABCD?
E suas SUBSIDIÁRIAS 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
DIRETA
União 
Estados 
Distrito Federal
Municípios	
INDIRETA
Autarquias
Empresas Públicas
Sociedade de Economia Mista
Fundações
EMPRESA PÚBLICA, SOCIEDADE ECONOMIA MISTA E SUBSIDIÁRIAS
A NOVA LEI 13.303/2016 
NOVO ESTATUTO JURÍDICO DA EMPRESA PÚBLICA, DA SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA E DE SUAS SUBSIDIÁRIAS – âmbito União, Estados, DF e Municípios 
Mundo Jurídico esta chamando esta lei de:
LEI DA RESPONSABILIDADE DAS ESTATAIS 
Estabelece (em linhas gerais):
 transparência 
 governança corporativa 
 regras de divulgação de informações
 Gestão de risco 
 CÓDIGO DE CONDUTA 
 Formas de fiscalização pelo Estado e pela Sociedade 
 REQUISITOS MINIMOS PARA NOMEAÇÃO DE DIRIGENTES
As ESTATAIS possuem um prazo de 24 meses para se adequarem às novas regras estatuídas pela Lei 13303/2016. 
INOVAÇÃO DA LEI DA RESPONSABILIDADE DAS ESTATAIS:
 REQUISITOS TÉCNICOS E VEDAÇÕES RÍGIDAS (partidária, sindical, etc.) 
Consequência: profissionalização e isenção 
 AVALIAÇÃO DO CUMPRIMENTO DE METAS COM A RESPECTIVA PUBLICIDADE DAS CONCLUSÕES. Consequência: Cultura empresarial de resultados efetivos e mensuráveis
SINTONIZANDO COM O MERCADO (INFORMAÇÃO EXTRA MATÉRIA – importante para Operadores do Direito ):
COMPLIANCE – Cada vez mais presente no mundo empresarial de todo mundo
(to comply = cumprir / compliance= ato de cumprir as regras, agir com conformidade) 
COMPLIANCE = CONTROLE INTERNO = Prevenção e repressão de irregularidades 
O COMPLIANCE tem como objetivo analisar o funcionamento da companhia e assegurar que suas condutas estejam de acordo com as regras administrativas e legais, sejam essas regras externas (do país, estado e cidade onde ela atua) ou internas (da própria empresa).
Lei 12.846/2013 – Lei Anticorrupção 
Art. 7o  Serão levados em consideração na aplicação das sanções:
VIII - a existência de mecanismos e procedimentos internos de integridade, auditoria e incentivo à denúncia de irregularidades e a aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta no âmbito da pessoa jurídica
Regulamento da Lei 12.846/2013 – Decreto 8.420/2015 
DO PROGRAMA DE INTEGRIDADE
Art. 41.  Para fins do disposto neste Decreto, programa de integridade consiste, no âmbito de uma pessoa jurídica, no conjunto de mecanismos e procedimentos internos de integridade, auditoria e incentivo à denúncia de irregularidades e naaplicação efetiva de códigos de ética e de conduta, políticas e diretrizes com objetivo de detectar e sanar desvios, fraudes, irregularidades e atos ilícitos praticados contra a administração pública, nacional ou estrangeira.
Parágrafo Único.  O programa de integridade deve ser estruturado, aplicado e atualizado de acordo com as características e riscos atuais das atividades de cada pessoa jurídica, a qual por sua vez deve garantir o constante aprimoramento e adaptação do referido programa, visando garantir sua efetividade. 
SINTONIZANDO COM O MERCADO (INFORMAÇÃO EXTRA MATÉRIA):
O PROGRAMA DE INTEGRIDADE 
A Controladoria Geral da União elaborou cartilha entitulada DIRETRIZES PARA EMPRESA PRIVADA.
https://www.cgu.gov.br/Publicacoes/etica-e-integridade/arquivos/programa-de-integridade-diretrizes-para-empresas-privadas.pdf
O Ministério da Transparência junto com a Controladoria Geral da União elaborou cartilha entitulada DIRETRIZES PARA IMPLEMENTAÇÃO DE PROGRAMAS DE INTEGRIDADE NO SETOR PÚBLICO. 
http://www.cgu.gov.br/Publicacoes/etica-e-integridade/arquivos/manual_profip.pdf
PONTOS RELEVANTES DA NOVA LEI DAS ESTATAIS: 
ENTRE OS 91 ARTIGOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE DAS ESTATAIS 
(* Quando estudarmos Licitações e Contratos voltaremos a mencionar esta lei)
Os pontos são importantes para compreensão da nova lei :
§ 2º do Art. 1º - Empresa pública dependente 
 § 3º do Art 1º - Regras de Governança 
 § 5º do Art 1º - Submetem-se as estatais que participem de Consórcio
§ 6º do Art 1º - Submetem-se a controlada (+ SPE – Sociedade de Propósito Específico )
 §7º do Art 1º - Estatal sócia minoritária de outra empresa – devem adotar práticas de governança 
 §1º do Art 9º - Elaborado Código de Conduta e integridade (prevenção de conflitos de interesses e vedação de atos de corrupção e fraude) 
 inciso III do Art 9º - Criação de canal de denúncia
 Art 8º - Estabelece limites da atuação do Estado enquanto empresário
 Art 17 – Critérios para escolha do Presidente e Diretores – vedação para parentes consanguíneos afins até terceiro grau (veda nepotismo)
 Normas para participação nos Conselhos de Administração 
LEI 13.303/2016: 
Em 2 (dois) anos todos os dispositivos da Lei nº 13.303, de 2016, deverão estar em vigência. 
Vários dispositivos já são de aplicação imediata (por exemplo, indicação de conselheiros de administração e fiscal, bem como diretores de empresas). 
A aplicação da Lei nº 13.303, de 2016, deve buscar a eficiência e a economicidade nos processos. 
 
Importância da Lei 13.303/2016:
. Conjugada com a Lei Anticorrupção 12.846/2013 (responsabilização das PJ que pratiquem atos de corrupção CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA) 
. Programas de integridade estruturados: podem evitar o cometimento de irregularidades + critérios para fins da aplicação das cominações administrativas previstas na lei Anticorrupção caso algum ato lesivo venha a ser efetivamente praticado.
. Assim, ter um programa de integridade NÃO AFASTA COMPLEMENTAMENTE A APLICAÇÃO DA PENALIDADE, mas pode reduzi-la. 
. O programa de COMPLIANCE deve estar de acordo com as características e os riscos da atividade de cada pessoa jurídica. Mecanismos de efetividade: realização de auditorias internas, abertura de canais de denúncia e proteção ao denunciante, entre outras. 
GOVERNANÇA CORPORATIVA ≠ COMPLIANCE 
Governança Corporativa: práticas que visam a transparência e responsabilidade corporativa quanto aos resultados. O objetivo da governança corporativa é garantir que os interesses dos sócios sejam mantidos. 
Compliance: práticas que visam ao cumprimento e a conformidade assegurando (prevenção e repressão) de que as leis e regulamentações para as operações serão rigorosamente cumpridas, sem fraudes ou corrupção. 
A lei 13.303/2016 – traz regras de Governança Corporativa e de Compliance. 
GOVERNANÇA CORPORATIVA ≠ COMPLIANCE 
Governança Corporativa: práticas que visam a transparência e responsabilidade corporativa quanto aos resultados. O objetivo da governança corporativa é garantir que os interesses dos sócios sejam mantidos. 
Compliance: práticas que visam ao cumprimento e a conformidade assegurando (prevenção e repressão) de que as leis e regulamentações para as operações serão rigorosamente cumpridas, sem fraudes ou corrupção. 
A lei 13.303/2016 – traz regras de Governança Corporativa e de Compliance. 
Exemplo da aplicação da Lei das Estatais:
Notícias 17 de janeiro de 2018 
Presidente da Comlurb é afastado do cargo
Rubens Teixeira concorreu nas eleições de 2016
O presidente da Comlurb foi afastado do cargo, nesta quarta-feira (17), após determinação do Tribunal de Justiça do Rio. O anúncio foi feito por Rubens Teixeira na página dele nas redes sociais. 
A decisão liminar da juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, da 16ª Vara de Fazenda Pública, fixou multa de R$ 20 mil por dia em caso de descumprimento da decisão foi baseada na Lei Federal de 2016, que proíbe candidatos a ocuparem cargos de direção de estatais. A ação foi movida pelo vereador David Miranda, do PSOL.
Rubens Teixeira concorreu nas eleições de 2016 como vereador pelo PMN. Ele foi nomeado como presidente da Comlurb em outubro pelo prefeito Marcelo Crivella. 
Fundamentação: 
Art. 17.  Os membros do Conselho de Administração e os indicados para os cargos de diretor, inclusive presidente, diretor-geral e diretor-presidente, serão escolhidos entre cidadãos de reputação ilibada e de notório conhecimento, devendo ser atendidos, alternativamente, um dos requisitos das alíneas “a”, “b” e “c” do inciso I e, cumulativamente, os requisitos dos incisos II e III: 
§ 2o  É vedada a indicação, para o Conselho de Administração e para a diretoria: 
II - de pessoa que atuou, nos últimos 36 (trinta e seis) meses, como participante de estrutura decisória de partido político ou em trabalho vinculado a organização, estruturação e realização de campanha eleitoral; 
Exemplo: 
Sugestão.... Visite o SITE MPOG – Ministério Planejamento Orçamento e Gestão: 
Caso Concreto:
A Lei n. XX, de março de 2004, instituiu, para os servidores da autarquia federal ABCD, o adicional de conhecimento e qualificação, um acréscimo remuneratório a ser pago ao servidor que, comprovadamente, realizar curso de aperfeiçoamento profissional. Com esse incentivo, diversos servidores passaram a se inscrever em cursos e seminários e a ter deferido o pagamento do referido adicional, mediante apresentação dos respectivos certificados. Sobre a hipótese, responda aos itens a seguir. 
A Administração efetuou, desde janeiro de 2006, enquadramento equivocado dos diplomas e certificados apresentados por seus servidores, pagando-lhes, por essa razão, um valor superior ao que lhes seria efetivamente devido. Poderá a Administração, em 2015, rever aqueles atos, reduzindo o valor do adicional pago aos servidores? 
Francisco da Silva, servidor da autarquia, vem percebendo, há seis anos o referido adicional, com base em um curso que, deliberadamente, não concluiu (fato que passou despercebido pela comissão de avaliação responsável, levada a erro por uma declaração falsa assinada pelo servidor). A Administração, percebendo o erro, poderá cobrar do servidor a devolução de todas as parcelas pagas de forma errada?

Outros materiais