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Psicossociologia das Organizações

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Universidade Técnica de Moçambique 
Faculdade de Ciências Económicas e Sociais 
Licenciatura em Ciências Económicas e Sociais 
Cadeira de Psicossociologia das Organizações 
 
 
 
Turma: A; Sala: 303 
Tema: Grupos e Comissões 
 
Discentes: 
Cacilda Ernestro 
Epifânia Chipique 
Haryson Saene 
Merson Chambule 
Shelsea Karina 
Docente: 
Dr. Augusto Hunguana 
 
 
 
 
Maputo, Abril de 2020
 
 
Índice 
Introdução: .................................................................................................................................... 3 
A Emergência da Psicologia dos Grupos ...................................................................................... 4 
A real existência do grupo ............................................................................................................. 6 
A definição de grupo ..................................................................................................................... 7 
As principais características dos grupos sociais ............................................................................ 8 
Classificação dos grupos. .............................................................................................................. 9 
Comissões ..................................................................................................................................... 9 
Tipos de Comissão ...................................................................................................................... 10 
Características das comissões ...................................................................................................... 10 
Vantagens das comissões ............................................................................................................ 10 
Desvantagens das comissões ....................................................................................................... 10 
Esfera de aplicação das comissões .............................................................................................. 11 
Referências bibliográficas ........................................................................................................... 12 
 
 
 
 
 
 
Introdução: 
Ao longo de nossas vidas, fazemos parte dos mais diferentes grupos de pessoas, seja por 
escolha própria, seja por circunstâncias que independem de nossa vontade. Assim, 
entramos e saímos de vários grupos sociais, os quais certamente são importantes na 
conformação de nossa educação, de nossos valores e visões de mundo. 
Na Sociologia, considera-se que os grupos sociais existem quando em determinado 
conjunto de pessoas há relações estáveis, em razão de objetivos e interesses comuns, 
assim como sentimentos de identidade grupal desenvolvidos através do contato contínuo. 
De acordo com o tema dado, o nosso trabalho tem como objectivo mostrar que um grupo 
não sedefine pela simples proximidade ou soma dos seus membros, mas como um 
conjunto de pessoas interdependentes. 
A metodologia usada para a realização deste trabalho, foi através da revisão literária, e 
consulta electrónica.
4 
 
A Emergência da Psicologia dos Grupos 
Terá sido a confluência de três grandes factos que criou a conjuntura favorável à 
emergência da Psicologia dos Grupos. Primeiro, o interesse de alguns pensadores em 
abordarem o fenómeno grupal, no domínio da especulação (porque sem apoio empírico), 
principalmente teóricos vindos de duas perspectivas: da perspectiva sociológica e da 
perspectiva psicossocial. Assim, e durante o período compreendido entre os séculos XVI 
e XIX, criou-se, na Europa, uma impressionante produção de literatura que, versando a 
natureza do homem e o seu lugar na sociedade, constituiu fonte de grande parte das 
orientações, ou pressupostos básicos, que guiaram [e guiam] a investigação e o 
pensamento sobre os grupos (Cartwright & Zander, 1968, p. 4). 
Segundo González (1997) e González e Barrul (1999), as ideias filosóficas que 
primeiramente assinalaram o interesse e respectiva aproximação sociológica aos grupos, 
conheceram-se através dos contributos, entre outros, de: 
a) Charles Fourier (1772-1837), um socialista utópico que considerava o homem, em 
essência, como um ser grupal e que idealizou uma comunidade social utópica onde, com 
o objectivo de aumentar a produtividade dos grupos e os tornar menos conflituosos, cada 
indivíduo trabalharia segundo os seus gostos, agrupando-se segundo as suas preferências; 
b) Auguste Conte (1798-1875), contemporâneo de Fourier, que trouxe para a discussão 
a ideia de que a dimensão moral do homem está relacionada com os sentimentos e 
emoções que derivam da sua interacção social, sublinhando que a unidade social 
verdadeira, é a família, enquanto grupo social, à volta da qual se estrutura toda a 
organização social; 
c) Emile Durkheim (1858-1917), o primeiro a falar em consciência colectiva 
(pensamento grupal), um produto do desenvolvimento do homem dentro dos grupos, que 
refere que o fenómeno grupal é o elemento chave na explicação dos fenómenos sociais. 
Durkheim define o grupo de forma holística e dialéctica, encarando-o como mais do que 
o mero resultado da soma das partes constituintes; 
d) Charles Cooley (1869-1929), que dentro da estrutura social, classificou os grupos em 
primários e secundários, sendo os primeiros, grupos pequenos caracterizados pela 
existência de contactos cara a cara e, os segundos, grupos sociais mais amplos. 
5 
 
Olhando para estas primeiras abordagens ao fenómeno grupal, que concorreram para a 
emergência da Psicologia dos Grupos, podemos dizer que, psicólogos e sociólogos 
descobriram o grupo e perceberam a sua importância, quase simultaneamente, tendo 
debatido esta questão ao longo de quase um século. Felizmente, esta discussão saiu do 
âmbito da especulação, com os trabalhos realizados por profissionais de diferentes 
disciplinas, que utilizaram os grupos enquanto instrumento de trabalho, após descobrirem 
que o grupo, nos respectivos contextos, podia aportar benefícios adicionais. 
É também nestes trabalhos que segundo González e Barrul (1999), podemos encontrar 
a origem da Psicologia dos Grupos, nomeadamente os trabalhos dos profissionais do: 
a) Campo clínico, (uma das primeiras aplicações do trabalho de grupo) que o utilizaram 
como instrumento de ajuda complementar no tratamento de doenças físicas e 
psicológicas. Constituem, no fundo, os antecedentes dos actuais grupos de ajuda 
mútua e tiveram, segundo González e Barrul como autores mais destacados, J.H. 
Pratt, L.C.Marsh, E.W. Lazell, E.L. Snowden, A.A. Low e J. W. Kapman, T. Burrow, 
P. Schlder, L.Wender, S. R. Slavson e A. Wolf. 
b) Campo pedagógico, como por exemplo, o desenvolvimento do método do estudo de 
casos, pela Business School, de Harvard, na década de 20 do século passado, com o 
objectivo de tornar a aprendizagem dos estudantes mais prática e menos livresca; 
c) Campo organizacional, com a aplicação imediata dos grupos à indústria como 
instrumento de produção, de que são exemplo os estudos de Elton Mayo, realizados 
em 1924 na Western Electric Company, onde o grupo, pela primeira vez no contexto 
organizacional, constituiu unidade de análise e de estudo, e mais tarde, com a 
aplicação dos grupos às organizações de uma forma geral. 
 
Os trabalhos de Elton Mayo (marco incontornável no estudo dos grupos), embora 
tivessem como objectivo inicial estudar a relação entre as condições de trabalho e a 
incidência de fadiga entre os trabalhadores, revelaram, inesperadamente, efeitos ao nível 
interpessoal, nomeadamente na relação entre trabalhadores e gestores, levando, assim, 
Mayo e colaboradores, a colocar ênfase na organização social dos grupos de trabalho, nas 
relações sociais entre supervisor e subordinados, nas normas informais que regulam o 
comportamento dos membros do grupo de trabalho, assim como nas atitudes e motivos 
que existemno contexto do grupo (Cartwright & Zander, 1968). 
 
6 
 
Neste sentido, as experiências iniciais realizadas ainda com objectivos de nível 
individual, forneceram pistas, essenciais, relativamente à importância dos grupos na 
determinação do comportamento dos indivíduos nas organizações (Dimas, 2007), tendo 
sido determinantes na emergência do Movimento das Relações Humanas, que enfatizava 
o clima de grupo, sendo que, a partir de então, nada mais ficou igual, designadamente a 
forma de organização do trabalho, deixando o taylorismo e a sua ênfase exclusiva na 
tarefa, de constituir a orientação que dominava desde o início do século passado. Neste 
contexto, estas diferentes experiências com grupos revelariam, pouco a pouco, a 
necessidade de estudar estes novos fenómenos, do ponto de vista teórico e científico, 
tendo, assim, não só o grupo passado a constituir a unidade de análise, uma vez que tal 
como refere Lewin (1951/1988) quando indivíduos se juntam num grupo, algo de novo 
emerge e esse novo produto deve, em si mesmo, constituir alvo de estudo, como também, 
os princípios do comportamento do grupo se tornaram parte integrante das filosofias de 
gestão/administração. 
 
A real existência do grupo 
A realidade dos grupos, de acordo com vários autores (e.g. Cartwright & Zander, 1968; 
Wheelan, 1994), foi debatida durante quase um século (com o seu ponto mais alto nos 
anos 20 do século passado), designadamente entre os psicólogos sociais envolvendo dois 
pólos opostos. Por um lado, os defensores da sua realidade e da sua existência para além 
da existência dos indivíduos que o compõem, tendo, assim, a entidade grupo, atributos 
distintos dos apresentados pelos seus membros. 
Na sua abordagem individualista, Allport (1924) nega a existência do grupo, 
considerando-o uma falácia, na medida em que o grupo, como entidade real, no sentido 
científico, não existe uma vez que só o indivíduo é real, pois só ele pode pensar, sentir e 
actuar. Os grupos são, assim, abstracções, existindo apenas o comportamento dos 
indivíduos, sendo que o comportamento de todos não é mais do que o comportamento de 
cada um separadamente, podendo, assim, os grupos ser totalmente compreendidos a partir 
da perspectiva individual. 
Na altura, segundo Forsyth (1983/1990, p.18), o debate entre estas duas facções (grupo 
real versus irreal) foi diminuindo de intensidade por várias razões. Em primeiro lugar, 
porque os psicólogos se aperceberam que grupo era um conceito tão científico como as 
noções de atitude, valores e mente, tendo sido determinantes para esta mudança os 
7 
 
argumentos convincentes de Lewin (1951/1988) que, adoptando o pressuposto da Gestalt 
“o todo é maior que a soma das partes” (constituindo este todo um sistema unificado de 
partes que se interrelacionam), afirmou que quando os indivíduos se juntam num grupo 
algo de novo se cria e este novo produto, deve ser, em si mesmo, alvo de estudo. Neste 
sentido, e ao contrário de Allport, defende que os grupos possuem propriedades que não 
podem ser totalmente compreendidas pelo estudo fragmentado das partes constituintes. 
Em segundo lugar, Forsyth salienta outro aspecto importante que contribui para o 
encerramento do debate, o facto, também já anteriormente por nós referido, dos 
investigadores terem sido capazes de demonstrar que o fenómeno grupal que Allport dizia 
ser não científico, podia, afinal, ser estudado e manipulado em contexto laboratorial. 
A definição de grupo 
O termo grupo é de origem alemã e significava cacho, molho, pilha, saco. Palavras que 
sugerem um conjunto de coisas ou de pessoas, nada mais do que isso (Adair, 1988). Neste 
sentido, por exemplo, os passageiros de um avião seriam considerados um grupo. 
Contudo, até a pesquisa mais superficial depressa revela que um grupo é algo muito mais 
complexo do que um simples agrupamento de pessoas. Como refere Lewin (1951/1988), 
um grupo não se define pela simples proximidade ou soma dos seus membros, mas como 
um conjunto de pessoas interdependentes. 
O grupo é um sistema de relações sociais, de interações recorrentes entre pessoas, 
também pode ser definido como uma coleção de várias pessoas que compartilham certas 
características, interajam uns com os outros, aceitem direitos e obrigações como sócios 
do grupo e compartilhem uma identidade comum, e para haver um grupo social, é preciso 
que os indivíduos se percebam de alguma forma afiliados ao grupo. 
Hartley (1997) utiliza a analogia entre as propriedades da água e as do grupo, para 
argumentar a favor do grupo como algo mais do que a simples soma dos seus 
componentes. Neste sentido, o autor refere que não podemos trabalhar as características 
da água, simplesmente conhecendo tudo à cerca do hidrogénio e do oxigénio, que são os 
seus componentes. Também as pessoas serão propriedade de grupos sociais, que não 
podem ser simplesmente previsíveis, somando as características dos componentes 
individuais, existindo processos de grupo que podem ser descritos e que não dependem 
simplesmente das características individuais dos membros do grupo. 
 
8 
 
Também Arrow, McGrath e Berdahl (2000) não acreditam que os grupos podem ser 
adequadamente compreendidos como colecções de indivíduos que agem de forma 
independente. Pelo contrário, focam a sua atenção nas relações entre as pessoas, 
instrumentos e tarefas, activadas por uma combinação de objectivos individuais e 
colectivos, que mudam e evoluem ao longo do tempo, à medida que o grupo interage. 
 
Cartwright e Zander diz que um grupo é uma colecção de indivíduos que têm relações 
uns com os outros que os tornam interdependentes em algum grau significativo “ enfatiza, 
sem dúvida, tal como referem Levine e Moreland (2006), a propriedade da 
interdependência entre os membros constituintes e, de alguma forma, a partilha do destino 
ou sorte comuns. 
 
Ferreira, Neves, Abreu e Caetano (1996, p. 153) definem grupo como um “conjunto de 
pessoas que interagem partilhando uma determinada finalidade e que em resultado disso 
desenvolvem um conjunto de normas e valores partilhados que estruturam a sua acção 
colectiva e adquirem consciência de si próprios como membros do grupo” 
Os principais grupos sociais: são o grupo familial (família), o grupo vicinal 
(vizinhança), o grupo educativo (escola, faculdade), o grupo religioso (instituição 
religiosa), o grupo de lazer (clubes, associações), o grupo profissional (escritórios, 
empresas, loja) e o grupo político (partido ou organização política). 
 
As principais características dos grupos sociais: 
 Pluralidade de indivíduos: precisa haver mais de uma pessoa num grupo. 
 Interação social: os membros do grupo interagem entre si. 
 Organização: precisa haver uma certa ordem no grupo 
 Objetividade e exterioridade: o grupo está acima do indivíduo. Exterioridade significa 
que a existência de um indivíduo não depende de sua participação no grupo. 
 Objetivo comum: há certos valores, princípios e objetivos que unem os membros do 
grupo. 
 Consciência grupal: pensamentos, ideias e sentimentos são compartilhados pelos 
membros do grupo. 
 Continuidade: as interações entre os membros do grupo precisam ser duradouras, 
como ocorre em famílias, numa escola, numa instituição religiosa etc. 
9 
 
Classificação dos grupos. 
Os grupos são classificados como: 
Grupos primários: são aqueles em que os membros possuem contatos pessoais diretos, 
contatos mais íntimos. O maior exemplo de um grupo primário é a família. 
Grupos secundários: são aqueles em que os membros possuem contatos pessoais diretos, 
contatos mais íntimos. O maior exemplo de um grupo primário é a família. 
Grupos intermediários: são aqueles em que se complementam as duas formas de 
contatos sociais, ou seja, os primários e os secundários. Um exemplo de grupo 
intermediário é a escola. 
Comissões 
As comissões recebem uma variedade de denominações: comitês, juntas,conselhos, 
grupos de trabalho etc. Não há uniformidade de critérios a respeito de sua natureza e 
conteúdo. Algumas comissões desempenham funções administrativas, outras funções 
técnicas, outras estudam problemas, outras ainda apenas fornecem recomendações. A 
autoridade dada às comissões é tão variada que reina bastante confusão acerca de sua 
natureza. Para alguns autores, a comissão é um "tipo distinto de organização de 
assessoria", não possuindo características de linha. Outros conceituam a comissão como 
um "grupo de pessoas designadas para desempenhar um acto administrativo". Uma 
comissão, dependendo da autoridade de que é revestida, pode ter autoridade de tomada 
de decisão sobre os subordinados (administração múltipla, ou seja, comissão 
administrativa) ou pode ter autoridade de aconselhamento (comissão de assessoria) ou 
ainda pode ser utilizada como meio de coleta e estudo de informações. No fundo, a 
comissão "é um grupo de pessoas a quem, como um grupo, se dá um assunto para estudar. 
É essa característica de ação em grupo que distingue a comissão dos outros instrumentos 
administrativos". A comissão permite a chamada administração múltipla. 
 
 
 
 
 
10 
 
Tipos de Comissão 
Tipo de Comissão Características Exemplos 
Tomada de decisão e 
julgamento grupais 
Tomar decisões que 
envolvem diferentes 
enfoques e coordenar a 
acção decorrente. 
Conselho de administração 
e conselho consultivo das 
organizações. 
Coordenação Integrar vários órgãos e 
Atividades inter-
relacionadas e 
proporcionar comunicação 
conjunta. 
Comissão de novos 
produtos ou vendas-
produção 
Administração múltipla Dirigir a empresa ou áreas 
de maneira diferente, mas 
sem modificar a estrutura 
organizacional. 
Comitê diretivo e 
comissão de planejamento. 
 
Características das comissões 
Apesar da diversidade de conceitos sobre a natureza e o conteúdo das comissões, existem 
características aplicáveis à maioria delas, a saber: 
 A comissão não constitui um órgão da estrutura; 
 As comissões assumem tipos diferentes. As comissões podem ser: formais, informais, 
temporárias, relativamente permanentes; 
 As comissões estão assentadas sobre princípios básicos. 
Vantagens das comissões 
a) Tomada de decisão e julgamentos grupais; 
b) Coordenação; 
c) Transmissão de informações; 
d) Restrições à delegação de autoridade; 
e) Consolidação de autoridade; 
Desvantagens das comissões 
a) Podem levar à perda de tempo na tomada de decisões; 
b) Custo em tempo e em dinheiro; 
c) Substituição do administrador; 
d) Absorvem tempo útil de numerosos participantes; 
e) Divisão da responsabilidade; 
11 
 
f) Exigem um coordenador eficiente. 
Esfera de aplicação das comissões 
Existem inúmeras aplicações das comissões, a saber: 
a) Quando uma conclusão exige variedade de informações, como é o caso de comissões 
de pesquisa sobre produtos, preços, orçamentos, salários etc. 
b) Quando é necessário obter o julgamento de várias pessoas para apoiar a tomada de 
uma decisão importante. 
c) Quando o êxito do cumprimento das decisões depende da compreensão de todos os 
seus aspectos e detalhes. 
d) Quando se torna necessária uma efetiva coordenação para que as atividades de alguns 
departamentos sejam bem ajustadas. 
 
Exemplos do contexto de Moçambique 
 
 
Nome Presidentes (grupo) 
Comissão da Administração Pública e Poder 
Local 
Lucas Chomera Jeremias 
Comissão das Relações Internacionais, 
Cooperação e Comunidades 
Maria Inês 
Comissão de Agricultura, Economia e 
Ambiente 
Francisco Ussene Mucanheia 
Comissão de Defesa e Ordem Pública Jerónimo Malagueta 
Comissão de Petições, Queixas e 
Reclamações 
Viana Magalhães 
Comissão do Plano e orçamento Eneas da Conceição Comiche 
12 
 
 Referências bibliográficas: 
Chiavenato, I. (2003). Introdução a teoria geral da administração (ed. 7). Rio de Janeiro: 
Editora Campus. 
GIDDENS, A. (1993). Sociologia (ed. 2). Lisboa: Calouste Gulbenkian. 
Hampton, D. –M.-H. (1991). Administração: processos administrativos . São Paulo.

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