Buscar

aula 7

Prévia do material em texto

Psicologia nas organizações
Aula 7 - A aprendizagem nas organizações de 
trabalho
INTRODUÇÃO
Aprender é o processo que habilita o ser humano para qualquer atividade. Desde o nosso nascimento, e com o passar dos 
anos, adquirimos uma série de aprendizados que variam da marcha ao desempenho de funções específicas na nossa 
profissão.
Nos meios organizacionais e, em especial no trabalho, a partir das relações interpessoais viabilizadas, trocamos informações 
e participamos de capacitações (programas de treinamento programados para o alcance de objetivos específicos) que 
geram expansão de conhecimento e viabilidade de resolução de problemas.
Na gestão contemporânea, estimular os colaboradores para a educação continuada deve ser um dos objetivos dos gestores, 
promovendo treinamentos que respeitem as diferenças individuais e que proporcionem a manutenção de conhecimentos 
adquiridos.
Investir nas aprendizagens no meio corporativo é, além de enriquecer o capital intelectual, possibilitar o desenvolvimento das 
pessoas e, consequentemente, da própria organização.
OBJETIVOS
Conceituar aprendizagem.
Analisar condições facilitadoras de aprendizagem no meio organizacional.
Associar programas de treinamento à aquisição e retenção de aprendizagens.
PROCESSO DE APRENDIZAGEM
As organizações oportunizam a maior parte dos aprendizados na vida do Homem, admitindo que, em sua maioria, estes não 
são autodidatas (glossário). Sendo assim, já se leva para as organizações de trabalho uma bagagem respeitável que 
melhoram ainda mais com as capacitações programadas e com as trocas que as relações estabelecidas oportunizam.
Veja agora como alguns teóricos definem aprendizagem:
Ressaltando o fato de o treinamento constituir um processo de curto prazo, este precisa ser planejado conforme as 
necessidades organizacionais apontadas. Chiavenato (2000) afirma que o treinamento pode promover quatro tipos de 
mudanças e/ou aprendizagens, a saber:
Um programa de treinamento assume objetivos variados, estando entre eles:
Executar tarefas a curto prazo
Viabilizar oportunidades de educação continuada (desenvolvimento 
de colaboradores)
Ressocializar pessoas
Admitindo-se a existência de conflitos nos grupos de trabalho, os gestores podem programar situações de treinamento que 
gerem aprendizados sobre a gestão dos mesmos.
Robbins (2002) define conflito como processo que se forma a partir da percepção negativa de uma pessoa sobre a outra e 
acrescenta que, neste quesito interacional, os conflitos assumem naturezas diferentes. São elas:
• Referentes às tarefas;
• Referentes a relacionamento;
• Referentes a processos.
Fonte:
Os estudiosos do comportamento organizacional apontam como razão principal para a instalação de conflitos a má 
comunicação entre as pessoas e traços de personalidade atribuídos às mesmas. Acrescentam que a maioria dos conflitos, 
vivenciados em grupos de trabalho, é de forma destrutiva ou disfuncionais. Sua má administração cria hiatos entre as 
pessoas e prejudica todo o andamento de produção.
Os conflitos percebidos como funcionais envolvem a noção de aprendizado e a melhora posterior de desempenho.
Os conflitos envolvem estágios variados, a saber:
Estágio Definição
Oposição potencial ou 
incompatibilidade
“Oferta” de condições para o surgimento do 
problema.
Cognição e 
personalização
Envolve a percepção do problema e o modo de 
senti-lo.
Intenções
Traduzem condutas mediante os conflitos, 
como competição, colaboração, evitação, 
acomodação e concessão.
Comportamento
Deflagra as declarações, ações e reações no 
processo de conflito.
Consequências
As funcionais permitem ressocializações no 
sentido de suprimento de demandas e as 
disfuncionais resultam em dissolução de laços 
entre as pessoas.
Veja o pensamento de alguns teóricos sobre o tema:
Uma questão importante é a consideração das diferenças individuais na proposição de aprendizados (questão discutida na 
aula 6).
Processar, internalizar e memorizar informações não são processos exatamente idênticos entre os colaboradores. Portanto, 
o treinamento formal deve ser individualizado de modo a respeitar as diferenças.
Para maximizar os aprendizados e gerar condições facilitadoras para os mesmos, devem ser dispostos materiais diversos, 
de modo que os treinandos façam suas escolhas de uso e percebam o programa como uma ferramenta de geração de 
resultados.
DESEMPENHO
Um modo de avaliar o resultado dos treinamentos a médio prazo é o desempenho. Robbins (2005) afirma que
um componente vital deste modelo são as relações entre 
esforço
e desempenho e desempenho e recompensa.
(p. 404)
Para que o desempenho seja positivo, é necessário que os objetivos que as pessoas devam atingir sejam extremamente 
claros e que elas percebam que serão recompensadas se os alcançarem.
As avaliações de desempenho oportunizam, para parte dos colaboradores, no meio organizacional, apontamentos de 
aspectos deficitários, os quais podem trabalhar para desenvolver. Os agentes devem oferecer subsídios dentro do próprio 
meio que promovam a melhoria dos aspectos apontados como deficientes.
Para outros colaboradores, a devolução da avaliação de desempenho pode ser persecutória e não estimulante, o que pode 
fazer-lhes baixar a estima.
Aval. Aspectos negativos Aval. Aspectos positivos
Apontam-se as avaliações como 
meios de defesa política, sobretudo 
para o caso das mesmas definirem 
desligamentos de colegas. E 
demandam muito tempo do espaço 
de trabalho.
Abolir avaliações pode significar a 
perda de foco dos colegas, tocante 
ao empenho pelo próprio trabalho. 
As avaliações devem ser 
percebidas como meios de se 
apontar promoções.
Glossário
AUTODIDATAS
Pessoas que estudam sem a orientação de professores, buscando métodos de ensino e bibliografia que lhes sejam adequados.
RESSOCIALIZAR
Chamamos ressocialização ao processo de redirecionamento das pessoas num contexto organizacional. Quando a mesma se percebe 
não atendendo as demandas do(s) meio(s) de que participa e precisa estar adaptada, ela redefine pensamentos e condutas. O trabalho 
em equipe, para pessoas muito individualistas, por exemplo, pode ser gerador de conflito e exigir ressocialização.
COMPETIÇÃO
Uma parte busca a satisfação de interesses próprios e atua de modo a querer vencer a outra. 
COLABORAÇÃO
Quanto partes envolvidas num conflito desejam satisfazer os interesses de ambas, gerando cooperação e busca mútua por resultados. 
EVITAÇÃO
A pessoa reconhece que o conflito existe, mas dispensa vivenciá-lo.
ACOMODAÇÃO
Para que o relacionamento se mantenha uma das partes se sacrifica seus próprios objetivos em detrimento da satisfação dos objetivos 
da outra. 
CONCESSÃO
Quando cada uma das partes envolvida em um conflito abre mão de algo de modo a poder chegar à resolução do problema.

Continue navegando