Aminoácidos cetogênicos, funções hormonais e dieta rica em proteínas e lipídeos

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08. Por que aminoácidos cetogênicos não podem ser convertidos em glicose?
R. Porque aminoácidos cetogênicos são degradados a acetil-CoA ou acetoacetato e são convertidos posteriormente em ácidos graxos ou corpos cetônicos. Para conversão em glicose, são necessários os aminoácidos glicogênios, degradados em precursores de glicose, como piruvato, acetoglutarato, succinil-CoA, fumarato, bem como o oxalacetato.
09. Quais funções da insulina, glucagon e da leptina em nosso organismo?
R. Insulina: tem como função metabolizar a glicose (açúcar no sangue) para produção de energia. Ela atua como uma "chave", abrindo as "fechaduras" das células do corpo, para que a glicose entre e seja utilizada no processo de geração de energia. Ou seja, o hormônio ajuda a glicose a entrar nas células do corpo.
Glucagon: O Glucagon é um hormônio produzido pelo corpo, mais especificamente no pâncreas, que tem um efeito oposto ao da insulina, ou seja, aumenta as taxas de açúcar no sangue.
No corpo de alguém que não tem diabetes, quando a pessoa fica muito tempo sem se alimentar ou pratica exercícios, a taxa de açúcar no sangue tende a cair, podendo levar à hipoglicemia. Neste momento o Glucagon entra em ação, agindo no fígado, quebrando o glicogênio que está estocado em forma de glicose do fígado, em moléculas de glicose, e essa glicose é levada para o sangue para normalizar a taxa de açúcar do mesmo. Feito isso ele ativa a conversão de aminoácidos em glicose na glicogênese e quebra a gordura armazenada em ácidos graxos para uso como energia pelas células.
Leptina: Exerce papel na função como hormônio sinalizador. A leptina indica ao cérebro se as reservas de gordura do organismo estão cheias ou vazias, estando com reservas ok, este hormônio tem ainda como função de fazer o cérebro entender esta informação, indicando a ele saciedade. Ela é capaz disso justamente porque é produzida pelas próprias células de gordura. 
10. Quais vantagens e desvantagens de uma dieta pobre em carboidratos e rica em proteínas e lipídeos?
R: Vantagem: Como se sabe, a dieta de proteína é pobre em carboidrato e aumenta-se a quantidade de proteínas na dieta. A mesma é muito praticada, porque quando se faz a substituição de carboidrato para proteína, realmente perde-se peso. O motivo pelo qual se perde peso é única e exclusivamente hormonal. Se há ausência de carboidratos na dieta, não acontece à liberação do hormônio da insulina, hormônio este que estimula a sintetização de lipídios, sem insulina, degrada-se gordura ao invés de outras substâncias orgânicas, fazendo então com que realmente se perca muito peso.
Desvantagem: O problema desse tipo de dieta, é que a insulina não é somente necessária para sintetizar gorduras, insulina também é necessária para sintetizar proteínas, então quando se está nessa dieta, mesmo consumindo muita proteína, se está degradando e perdendo proteínas, então parte do peso perdido nessa dieta pode ser um conteúdo de proteína muscular e isso não é muito vantajoso ao corpo humano. Outros inconvenientes que se pode citar é que, possuir quantidade muito grande de lipídeos advindos das proteínas de origem animal, podem levar a efeitos deletérios a médio ou longo prazo como, por exemplo, a 
Hiperlipidemia: por ser uma dieta rica em gordura animal (ovos, leite, carnes) possui maior quantidade de colesterol e de gordura saturada, o que consiste em fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. O excesso de ácidos graxos circulantes aumenta a formação de corpos cetônicos. Uma dieta cetogênica pode levar à acidose metabólica. Além disso, o aumento de ácidos graxos pode aumentar a concentração circulante de ácido úrico, podendo ocasionar gota. Por ser uma dieta hipoglicídica (baixo conteúdo de carboidratos) ocorrem prejuízos das funções cognitivas (nervosismo, fadiga mental, frustração, diminuição no desempenho do trabalho). Há risco de hipovitaminose, principalmente vitamina C, devido ao baixo consumo de vegetais e frutas, o aumento de gorduras saturadas pode aumentar o risco de cálculos biliares e até mesmo de câncer.