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A IMPORTÂNCIA DA ARTE PARA O DESENVOLVIMENTODA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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EDJANE CARVALHO DOS SANTOS - RA 1188858
Curso de Artes – Educação Artística, Licenciatura
A importância da Arte para o desenvolvimento da criança na Educação Infantil
Orientador: Profª. Maria Carolina Ravazzani de Almeida
Claretiano - Centro Universitário
Caraguatatuba – SP
2016
A importância da Arte para o desenvolvimento da criança na Educação Infantil
RESUMO
O estudo em questão é sobre a importância da arte para o desenvolvimento da criança na educação infantil, considerando, no contexto educacional contemporâneo a relevância das experiências de caráter pedagógico nele vivenciadas. O objetivo é analisar a função de arte dentro do desenvolvimento infantil, pois a meta na educação é o pleno desenvolvimento do educando, abrangendo aspectos físico, cognitivo e intelectual. Assim, foi desenvolvido um estudo exclusivamente bibliográfico, com base em estudos anteriores de Vigotsky, Lowenfeld, entre outros. A partir do qual foi possível compreender que atividades artísticas quando bem direcionados no contexto pré-escolar culminam no desenvolvimento integral, contemplando criatividade, imaginação, oportunizando situações de interação social, as quais possibilitem desenvolver a sociabilidade do educando, de modo que a criança possa ter base, inclusive, emocional, a posteriores níveis educacionais.
Palavras-chave: arte; educação, infantil.
1 INTRODUÇÃO
O tema deste artigo é “a importância da arte para o desenvolvimento da criança na educação infantil”. Para tanto, foi necessário recorrer a estudos contextualizados educacionalmente da atualidade, que pudessem estabelecer uma relação entre arte e o desenvolvimento da criança no período da educação infantil.
O estudo é relevante para compreender como arte auxilia no desenvolvimento infantil por meio de experiências, situações de aprendizagem e inúmeras propostas de atividades possíveis, nas quais se vêem inclusas danças, música, desenho, pintura, modelagem, entre outras tantas que são cotidianamente observadas no ensino pré-escolar.
É notório que, a análise da função de arte no ensino pré-escolar foi o objetivo geral deste artigo, vislumbrando mais especificamente quais seriam as contribuição ao desenvolvimento integral da criança neste nível educacional., considerando aspectos físico, cognitivo e intelectual. 
2 METODOLOGIA
Este artigo é exclusivamente bibliográfico, sob uma perspectiva hipotético-dedutiva, pois é nele realizado um levantamento de dados com base em estudos anteriores, de pesquisadores renomados educacionalmente, tais como de Vigotsky, Lowenfeld, Freire, entre outros. 
Inicialmente foi realizada a leitura da literatura referente ao assunto abordado e, a partir dela foi estruturada a fundamentação teórica do artigo, a partir da qual foi possível traçar considerações acerca da realidade do ensino de arte na educação infantil, culminando nos resultados aqui considerados.
3 RESULTADOS
Como já era suposto pela hipótese caracterizada no projeto que antecedeu este artigo, de fato o ensino de Arte na educação infantil é rico no que tange o favorecimento do desenvolvimento integral do educando, pois oportuniza uma gama de atividades que contemplam desde o físico da criança até o seu intelecto, oportunizando que ela se desenvolva ao mesmo tempo em que aprende por meio de atividades extremamente agradáveis a ela e que, conseguem, inclusive, casar situações onde o lúdico, próprio da infância é vislumbrado.
Assim, nas situações cotidianas em que há uma encenação teatral, por exemplo, a criança desenvolve esquemas corporais, sua criatividade é aflorada, bem como a imaginação, consegue interagir com outras pessoas, crianças e adultos, favorecendo sua sociabilidade, tão relevante nesta etapa da vida do indivíduo, seu emocional se fortalece, pois há uma exteriorização de sentimentos, entre outros aspectos, que culminam no que o ensino propõe: desenvolvimento pleno do educando.
4 DISCUSSÃO
4.1 A Educação Infantil e o valor das experiências vividas
O início do processo educacional ocorre na pré-escola e, como base ao desenvolvimento de todo indivíduo, deve ser ofertada com a maior qualidade possível, enriquecendo o processo de amadurecimento integral da criança até os seis anos. Segundo a LDB, artigo 29º:
A educação infantil, primeira etapa da educação básica tem como finalidade o desenvolvimento  integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade (LDB apud Pacievitch, s/d).
O ensino na Educação Infantil é muito baseado no lúdico, pois “o brincar faz parte da vida do ser humano, em especial da vida da criança”, conforme Carli (2007) e, atualmente, está pautado em propostas pedagógicas nas quais brincadeiras e jogos são uma constante, trata-se de uma estratégia educacional a fim de que a atenção das crianças esteja sempre envolvida nas ações escolares. 
Conforme afirmam Macedo e Karla (2013), 
A arte tem sido, tradicionalmente, uma parte importante nos programas da chamada primeira infância. O pedagogo alemão Friedrich Fröebel, considerado o “pai” do jardim de infância, foi o primeiro educador a enfatizar a importância do brinquedo e da atividade lúdica. Ele também disseminou o conceito de que as crianças deveriam criar as próprias expressões artísticas e apreciar a arte criada por outros.
O ensino de arte na Educação Infantil está previsto nos Referenciais Curriculares para Educação Infantil, dada à amplitude e relevância do desenvolvimento de habilidades e competências nela oriundas. 
 Segundo Encarta (apud Victorino, 2001),
Arte é uma atividade regular e disciplinada, que pode estar limitada à habilidade, como pode também se expandir, criando uma visão distinta e peculiar do mundo. A palavra arte é derivada do latim ars, significando habilidade. A arte é, pois, a habilidade de desenvolver um conjunto de ações especializadas, desde a jardinagem ao jogo de xadrez.
Entretanto, dentro de um entendimento mais específico, arte envolve não apenas habilidade mas sobretudo imaginação, seja na música, na literatura, na apresentação visual ou na interpretação.
No contexto educacional, estão sempre inseridas as quatro linguagens artísticas: artes plásticas, música, dança, teatro, de acordo com Macedo e Karla (2013):
A arte e seus elementos estão presentes no dia-a-dia desses “pequenos” como, por exemplo, nas cores e figuras de uma parede, em um quadro, nas ruas, em casa, nos brinquedos, etc. As artes têm o poder de conduzir essas crianças a conhecerem suas limitações, dificuldades e possibilidades de desenvolver, explorar e conhecer suas reais potencialidades.
A construção dos saberes por meio das experiências vivenciadas neste contexto de aprendizagem, é muito importante para a criança, pois a qualidade das interações estabelecidas aqui culminará na base para o desenvolvimento posterior nos estudos, pois “o objetivo da arte na Educação Infantil não é, de modo algum, a formação de futuros artistas; mas, sim, o enriquecimento da criança e seu nível cultural, que a levará a um desenvolvimento no seu todo humano”, conforme Macedo e Karla (2013).
Conforme Vigotsky (1982, p. 31), “os primeiros pontos de apoio que a criança encontra para sua futura criação advêm do que ela vê e ouve, acumulando materiais que usará para construir sua fantasia”.
A criança que protagoniza um ensino-aprendizagem rico em ações de caráter mental se desenvolverá mais que uma que não tiver estímulos educacionais satisfatórios, ou mesmo que aquele que se mantém à margem de tal processo não se desenvolverá com a mesma potencialidade.
A ação mental dá-se, portanto, em meio a esse duplo jogo de superar problemas, conflitos e, ao mesmo tempo, exercer o prazer da realização da ação transformando-a numa atividade em que se confundem ação adaptativa e jogo. A tal ponto, que se torna muito difícil observar na criança alguma ação que não seja brinquedo (FREIRE, 2010, p. 38).
Há, portanto, de fato uma relevância na valorização da Arte na Educação Infantil. Existe uma ligação entre Artes eo desenvolvimento integral da criança, ocorrendo vinculados à qualidade das atividades propostas nesta fase educacional, pois, de acordo com Dorfles (apud MARTINS, 1998, p. 128), “toda a nossa capacidade significativa, comunicativa e fruitiva é baseada em experiências vividas”.
4.2 Criatividade e imaginação pela arte
Quando arte é incorporada à educação na Educação Infantil é necessário que a primeira coisa que seja compreendida é que há uma distinção entre expressão pela arte e comunicação, apesar de ambos estarem estritamente vinculados à uma transmissão de significado, não possuem o mesmo significado, nem para o adulto, nem para a criança, principalmente, ao considerar a forma como a criança compreende seu entorno, repleta de fantasia e imaginação.
Daí a relevância em que o educador possua uma formação consciente de seu papel na formação infantil, conforme afirma Oliveira (1996, p. 79), “a importância que se dá à formação dos professores e, principalmente, à formação em serviço, não é ocasional, pois parece claro na literatura que o papel do professor é de fundamental importância no trabalho pedagógico”.
 A comunicação está em tudo o que aparece claramente, à mostra, sem que seja necessária qualquer interpretação mais profunda; enquanto que a expressão é algo implícito na arte, interiorizada através das emoções infantis, em como a criança percebe a arte.
A criança desde pequena percebe seu entorno a partir das interações que com ele estabelece e, constrói em sua mente uma concepção deste universo na qual a fantasia e imaginação se fazem muito presentes, seja na música, na dança, no desenho, em todo o tipo de expressão.
Conforme Pillar (1996, p. 43):
A criança busca representar no desenho sua visão de mundo e, para tal, toma o real como referência. Real este que não está dado desde sempre, mas que, segundo Piaget, é reconstruído pelo sujeito para apropriar-se dele.
Em suma, a representação no desenho da criança é abordada neste trabalho do ponto de vista do sujeito que realiza um esforço de projeção, de transformação, de recriação, de interpretação desse objeto em uma linguagem de duas dimensões.
A criatividade e imaginação originam um universo infantil que necessita de estímulos e desafios que lhes sejam enriquecedores de fato, os quais possam contribuir para o amadurecimento da criança.
Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais de Arte (1997, p.41): 
A imaginação criadora [...] é a capacidade de formar imagens que torna possível a evolução do homem e o desenvolvimento da criança; visualizar situações que não existem, mas que podem vir a existir abre o acesso a possibilidades que estão além da experiência imediata. 
Segundo Ferreira e Caldas (2002, p. 13) “na pré-escola é importante não perder de vista a potencialidade criadora dos alunos, despertar a criatividade deve ser a preocupação fundamental”. O que ocorre no processo ensino-aprendizagem cotidianamente. 
Segundo Rubinstein (1999, p.24), “aprendizagem é o processo pelo qual um sujeito, em sua interação com o meio, incorpora a informação oferecida por este, segundo suas necessidade e interesses”.
De acordo com Brasil (2012, p.19), “o desenvolvimento do imaginário está relacionado com a oferta cotidiana de práticas que ofereçam suporte para que as crianças possam realizar suas recriações”, ou seja, a riqueza nas atividades propostas em seu caráter artístico, é o diferencial para o desenvolvimento integral infantil.
4.3 Atividades artísticas como proposta educacional
A necessidade da arte no desenvolvimento infantil possui dois vieses, nos quais há a necessidade de que atividades artísticas sejam propostas, mas também há a necessidade de se respeitar e dar liberdade à criação artística da criança, a fim de que não ocorra nenhuma limitação pela imposição do adulto no desenvolvimento dentro e fora do contexto escolar.
 Lowenfeld (1954, p. 21) afirma que:
O leitor curioso poderá perguntar-se a si mesmo por que começamos com a discussão das interferências, em vez de tratarmos logo da motivação da arte. Admito que a maior contribuição do ambiente familiar a favor da arte infantil consiste em não interferir no desenvolvimento natural das crianças. A maioria delas se expressa livremente e de forma original, quando não sofre inibição provocada pela interferência dos adultos.
 No entanto, é necessário compreender que há uma diferença entre interferir no desenvolvimento infantil pela inibição da criatividade e, não propor atividades, aguardando que a criança se desenvolva livremente. É preciso que a criança seja estimulada, não instruída ou corrigida, conforme Kamii (2004, p. 63) “Não é verdade que as crianças tenham que ser instruídas ou corrigidas por alguém que sabe mais do que elas”.
Atividades de caráter artístico deixaram de ser vistas como passatempo, hoje, estão inseridas no cotidiano educacional com cunho educacional, com respaldo em inúmeros estudos.
É comum também a visão do ensino de arte como passatempo, momento para relaxar e não fazer nada, aula para desestressar, ou por outro lado, a execução de kits de atividades (desenhos mimeografados ou fotocopiados para serem coloridos, etc.), que em nada contribuem para a formação do educando (Uchoa, 2006).
 É necessário propor atividades, principalmente no contexto escolar, este é o propósito da escola, contudo, o educador deve estar consciente da relevância das atividades propostas bem como sua metodologia, a fim de que os interesses da criança estejam nela inseridas, estimulando-a em seu desenvolvimento integral.
Conforme Antunes (1999, p. 36):
A idéia de um ensino despertado pelo interesse do aluno acabou transformando o sentido do que se entende por material pedagógico e cada estudante, independentemente de sua idade, passou a ser um desafio à competência do professor.
As atividades mais observadas no cotidiano escolar nesta faixa etária envolvem arte, podendo ser observadas nas mais simples histórias infantis, nas quais são usadas representações, imitações e suas reproduções, sempre repletas de musicalidade e movimentação corporal rítmica, além de desenhos a partir delas e outras atividades como colagem, recorte, entre outras mais, favorecendo o desenvolvimento integral da criança, pois estimula desde a coordenação motora até a imaginação e criatividade.
Macedo e Karla (2013) ainda analisam que, 
A arte e seus elementos estão presentes no dia-a-dia desses “pequenos” como, por exemplo, nas cores e figuras de uma parede, em um quadro, nas ruas, em casa, nos brinquedos, etc. As artes têm o poder de conduzir essas crianças a conhecerem suas limitações, dificuldades e possibilidades de desenvolver, explorar e conhecer suas reais potencialidades.
Propostas de atividades interessantes são responsáveis por motivar a interação das crianças com os objetos, o espaço, outras crianças e adultos, sendo ferramenta à criatividade. 
Para que as crianças possam exercer sua capacidade de criar é imprescindível que haja riqueza e diversidade nas experiências que lhe são oferecidas nas instituições, sejam elas mais voltadas às brincadeiras ou às aprendizagens que ocorrem por meio de uma intervenção direta. (Wajskop, RCNEI, 1998, p. 27)
No entanto, de acordo com Ana Mae Barbosa (1990, p. 89): “não é qualquer método de ensino da arte que corresponde ao objetivo de desenvolver a criatividade”. 
De acordo com Brasil, 
As propostas pedagógicas da Educação Infantil deverão considerar que a criança, centro do planejamento curricular, é sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura (Brasil, 2012, p.3).
Assim, é muito importante que ao propor atividades artísticas às crianças, o adulto tenha ciência da necessidade de que sejam consideradas às individualidades de cada educando em suas peculiaridades e, de cada turma, conforme a faixa etáriaatendida, bem como o nível de desenvolvimento que já possuem, a fim de que novas habilidades e competências possam ser estimuladas.
A promoção de atividades que favoreçam o envolvimento da criança em brincadeiras, principalmente aquelas que promovem a criação de situações imaginárias, tem nítida função pedagógica. A escola e, particularmente, a pré-escola poderiam se utilizar deliberadamente desse tipo de situações para atuar no processo de desenvolvimento das crianças. (Vigostsky apud Oliveira, 2004, 67).
Quando se fala em Arte na pré-escola, há que se compreender que neste contexto se incluem uma série de propostas interessantes de atividades, como a dramatização, por exemplo, que pode ocorrer sob inúmeras circunstâncias, abrangendo desde situações em brincadeiras não dirigidas, como quando as crianças brincam entre si de “casinha”, ou mesmo dirigidas, quando encenam ou recontam uma história de um livro contada pela professora.
Segundo Brasil,
A expressão dramática começa a surgir quando as crianças manifestam o desejo de assumir papéis, como os de motorista, mão, professora. Quando entram no faz de conta compreendem as funções dessas personagens na sociedade [...] Essas imitações, embora importantes, são repetições de ações observadas pelas crianças sem a compreensão do significado dos papéis empenhados. A dramatização de situações imaginárias, tanto nas brincadeiras de faz de conta como no recontar histórias, deve ser livre para que as crianças possam expressar suas emoções e seus desejos (Brasil, 2012, p. 17). 
Além das dramatizações, é possível desenvolver também atividades que estejam relacionadas às artes plásticas, que abrangem pintura, escultura, colagem, decopagem, entre outras mais, que podem suscitar várias propostas, variando os materiais, inclusive. De acordo com Brasil,
Atividades relacionadas às artes plásticas incluem brincar com tinta ou utilizar-se da natureza para fazer tintas – com plantas, com terra -, possibilitando tanto experiências sensoriais e prazerosas quanto plásticas (Brasil, 2012, p. 18). 
 Se Arte é importante para o desenvolvimento infantil integral, pois é instrumento para a que a coordenação motora, a criatividade a imaginação sejam estimuladas, há por trás das atividades deste caráter todo um aprendizado que permite à criança lidar com suas emoções e expressá-las cotidianamente, mostrando a forma como percebe o mundo ao seu redor.
 Tais atividades deste caráter tendem, portanto, a estabelecer um equilíbrio entre as várias tensões emocionais diárias assimiladas pela criança por meio das interações sociais estabelecidas, oriundas em uma sociedade que modifica o indivíduo e é por ele modificada, por meio da expressão coletiva do Homem.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
 
O ensino de arte é muito importante para o desenvolvimento da criança na educação infantil. Auxilia no desenvolvimento desde o motor até a criatividade e imaginação, estimulando interações sociais entre as crianças e para com os adultos, fazendo com que ela vivencie situações educacionais que solicitam que ela lide com suas emoções e possa expressá-las, compreendendo o mundo e se fazendo compreender.
 Arte auxilia, portanto, no equilíbrio entre as dificuldades encontradas pela criança em seu desenvolvimento diário e, para que resulte em um estímulo positivo educacionalmente, é necessário que as atividades propostas sejam bem planejadas por profissionais bem conscientes de sua função, que respeitem a idade e outras características dos educandos, trazendo para o cotidiano educacional infantil, propostas que sensibilizem no processo ensino-aprendizagem e, favoreçam o prazer pelo aprender através da arte.
Na educação infantil há uma constante presença de arte e de brincadeiras e jogos, uma junção entre eles favorece enormemente a adesão e interesse da criança em realizar as atividades propostas, pois o lúdico é tão inerente ao Homem quanto a sua necessidade de expressar seus pensamentos, sentimentos e emoções, deste modo, este “casamento” é o que maior eficácia possui no que diz respeito ao desenvolvimento integral do educando.
Referências
ANTUNES, C. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. Petrópolis: Vozes, 1999.
BARBOSA, A. M. Teoria e Prática da Educação Artística. São Paulo: Cultrix, 1990.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de educação Básica. Brincadeiras e interações nas diretrizes curriculares para a educação infantil: manual de orientação pedagógico: módulo 1/ Brasil, Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, 2012.
BRASIL. MEC. PCNs: Parâmetros Curriculares Nacionais: Introdução. Brasília: Secretaria de Educação Fundamental, 1998.
CARLI, E. A importância do brincar para o desenvolvimento e aprendizagem da criança de 0 a 6 anos: uma experiência na comunidade JK. (2007). Disponível em: http://www.abpp.com.br/monografias/01.htm. Acesso em 13 out. 2016.
FERREIRA, I. L.; CALDAS, S. P. S. Atividades na pré-escola. São Paulo: Saraiva, 2002.
FREIRE, João Batista. Educação de Corpo Inteiro: Teoria e Prática da Educação Física. São Paulo, SP: Scipione, 2010.
KAMII, C. A criança e o número. São Paulo: Papirus, 2004.
LOWENFELD, V. A criança e sua arte. São Paulo: Editora Mestre Jou, 1954.
MACÊDO, K.; KARLA, G. A importância das artes na Educação Infantil. (2013). Disponível em: http://www.atribunamt.com.br/2013/11/a-importancia-das-artes-na-educacao-infantil/comment-page-1/. Acesso em 13 out. 2016.
MARTINS, M. C. F. D. Didática do ensino da arte: A língua do mundo: Poetizar Construir e Conhecer a arte. São Paulo: FTD, 1998.
OLIVEIRA, M. K. Vigotsky: Aprendizado e desenvolvimento. Um processo sócio-histórico. São Paulo: Scipione, 2004.
OLIVEIRA, V. B. (org.) Informática em psicopedagogia. São Paulo: SENAC, 1996.
Pacievitch, T. Educação Infantil. (s/d). Disponível em: http://www.infoescola.com/educacao/educacao-infantil/. Acesso em 08 set. 2016.
PILLAR, A. D. Desenho e construção de conhecimento na criança. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
RUBINSTEIN, E. (org). Psicopedagogia: uma prática, diferentes estilos. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1999. Disponível em: <http://books.google.com.br/books?hl=ptBR&lr=&id=4MqVQ4f3K2IC&oi=fnd&pg=PA17&dq=bibliografia+Psicopedagogia+e+processos+de+ensinoaprendizagem&ots=2QIMniX00Y&sig=IJjCzr63xlcfe1JkBiVrSGWcGPk#v=onepage&q&f=false>. Acesso em 11 set. 2016. 
UCHOA, M. A arte, o professor de arte e o fazer artístico. 2006. Disponível em: http://www.overmundo.com.br/overblog/a-arte-o-professor-de-arte-e-o-fazer-artistico. Acesso em 12 out. 2016.
VICTORINO, P. Arte – a materialização do universo pelas mãos do artista. Disponível em: http://www.pitoresco.com.br/espelho/valeapena/arte/arte.htm. Acesso em 10 out. 2016.
VIGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo, Martins Fontes, 1982.
WAJSKOP, G. RCNEI: Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasil: MEC, 1998.

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