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AP1 DE MUNDO CONTEMPORÂNEO

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Definir desenvolvimento sustentável
Está atrelado a uma concepção de território e desenvolvimento reduzida a “um mero crescimento econômico que, a partir de uma linearidade histórica, se daria na forma de um receituário a ser seguido à risca” (SILVA, 2007, p.54). 
Desde 1987, com o Relatório Brundtland, a agenda global sobre os problemas ambientais vem associando a superação da pobreza (alimentação, saúde e habitação), avanços tecnológicos e uma nova matriz energética ao desenvolvimento sustentável, ideia legitimada, de fato, na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92). A partir dessa nova percepção, a crise ambiental, na visão de Guimarães (1997), se torna multidimensional. Diante do que chama de “estilo de desenvolvimento ecologicamente depredador, socialmente perverso e politicamente injusto” (p.16), o autor afirma que possíveis soluções devem partir da dinâmica do 8 sistema social e suas contradições, superando visões fragmentadas e politicamente interessadas que dicotomizam desenvolvimento e sustentabilidade. Para isso, defende que devemos superar “a retórica solidificada no senso comum que mascara as dimensões da sustentabilidade e torna o discurso inoperante” (p.16-17).
O mesmo autor caracteriza o desafio da sustentabilidade como eminentemente político e propõe oito dimensões de superação do debate retrógrado dominante: 1) planetária (causas globais de degradação ecológica e ambiental), 2) ecológica (preocupação com o uso racional dos recursos naturais, buscando sua conservação), 3) ambiental (formas operacionais que permitam à natureza resistir e recuperar-se das ações humanas), 4) demográfica (relacionada às sustentabilidades ecológica e ambiental, visa mecanismos que reduzam os impactos do peso demográfico na gestão e manutenção dos ecossistemas), 5) cultural (prioridade à diversidade cultural, defendendo os direitos constitucionais das minorias), 6) social (busca de qualidade de vida com justiça social), 7) política (metas de democratização e construção da cidadania através do fortalecimento das múltiplas forças sociais, tendo o Estado um papel privilegiado como mediador na defesa dos interesses coletivos) e 8) institucional (elaboração de propostas que foquem suas práticas no meio ambiente, redesenhando o papel das instituições na criação de políticas públicas) (p.32-42). Impõe-se, desse modo, uma “revisão profunda dos paradigmas dominantes” (p.43), priorizando um planejamento que aproxime o Estado, a iniciativa privada e as organizações sociais em projetos que busquem qualidade de vida, justiça social e eficiência ambiental. A proposta para o desenvolvimento de uma nova abordagem acerca da sustentabilidade vai ao encontro da discussão sobre modelos de sustentabilidades realizada por Silva (2007). Para este autor, a expressão desenvolvimento sustentável deve ser questionada a partir do pressuposto que o seu modelo hegemônico não é sustentável e o discurso ambientalista só se preocupa, efetivamente, com a “estocagem da natureza”.
Diferenciar "crescimento econômico" de "desenvolvimento sócio-espacial".
 Para Souza (2013), o desenvolvimento econômico, essencialmente, sempre esteve atrelado ao binômio crescimento econômico + progresso técnico. Dados como renda per capita, inflação, número de escolas, de leitos de hospitais e balanças de pagamento e comercial sempre foram considerados muito mais relevantes, principalmente para os economistas, do que a política, a cultura, a psicologia. Para o autor, sua proposta de se pensar o desenvolvimento seria um “enfrentamento da heteronomia e tendo a autonomia como um horizonte de pensamento e ação, é uma antítese éticopolítica do “desenvolvimento econômico” capitalista”. (p.275). Sendo assim, o desenvolvimento sócio-espacial deve buscar: 
• Transformação social para melhor; 
• Qualidade de vida (variável de acordo com a matriz cultural e a época, material ou imaterial) = crescente satisfação de necessidades básicas ou não tão básicas, materiais e/ou imateriais; 
• Justiça social (igualdade efetiva de oportunidades) = diminuição de desigualdades ilegítimas.
Analisar criticamente a ideia de progresso e consumo.
Em tempos modernos o desenvolvimento científico e tecnológico foi fundamentado na obtenção, controle e exploração dos recursos naturais, a fim de sustentar a lógica do consumo em tempo de mercado. Para Guimarães (2008), 3 (...) dissemina-se no imaginário social a representação de qualidade de vida atrelada à idéia de capacidade de consumo do indivíduo (...). Perpetua-se assim o binômio produção-consumo (crescente) que estrutura a sociedade contemporânea em sua relação de exploração ao meio ambiente, tornando essa relação necessária para a manutenção da boa qualidade de vida projetada (p.85).
Você provavelmente identificou que estamos falando de uma racionalidade técnico-instrumental moderna que vai criar os meios para o atendimento da demanda por bens materiais, onde o espaço precisa ser dotado de uma infraestrutura capaz de atender às necessidades materiais da sociedade, desprezando, em nome do progresso, as lógicas e os anseios idiossincráticos do local.
Definir "ecodesenvolvimento" ressaltando seus pressupostos.
Segundo Silva (2007), o chamado ecodesenvolvimento emergiu, no contexto mundial, a partir dos anos de 1960, como reflexo do recrudescimento de movimentos sociais e das preocupações crescentes dos economistas com relação ao esgotamento dos recursos necessários para a sustentação do modelo desenvolvimentista dominante. Infelizmente, ainda não se discute com a intensidade necessária o modelo de desenvolvimento e suas contradições, mas sim como se pode garantir a sua (re)produção através da preservação dos recursos naturais (biodiversidade) para o desenvolvimento técnico-tecnológico. O controle da biodiversidade se torna uma questão político-econômica e estratégica, pois através do controle tecnológico, técnicas cada vez mais sofisticadas aumentam o controle sobre os territórios, definindo claramente relações de poder (HAESBAERT e PORTO - GONÇALVES, 2006).
Relacionar "biopirataria" a "etnobiopirataria".
Podemos afirmar que a chamada crise ambiental tão apregoada se relaciona com a forma desigual como o processo de desenvolvimento se concretiza no espaço, expressando condições sociais hierarquizadas que transformam as diferenças em desigualdades, constituindo sustentabilidades também desiguais. Isso pode ser ilustrado quando Haesbaert e Gonçalves (2006) chamam a atenção para a pirataria do conhecimento, que usurpa o conhecimento ancestral de camponeses, curandeiros, rezadeiras, pajés, xamãs etc, tão desqualificado por uma visão eurocêntrica. “Mais do que biopirataria”, afirma Haesbaert, “é diante de etnobiopirataria que estamos” (IBIDEM, 2006, p.120). Como exemplo mais amplamente discutido, há que se destacar a tentativa, pela indústria farmacêutica, de se apropriar não apenas de vegetais e animais de áreas biodiversas como a Amazônia, mas, e principalmente, das práticas sociais ancestrais dos indígenas que os utilizam em rituais de cura.
Criticar a ideia de sustentabilidade nos marcos das sociedades contemporânea, identificando as dimensões para a "superação do debate retrógrado dominante" a respeito de sustentabilidade.
Para Guimarães (1997) caracteriza o desafio da sustentabilidade como eminentemente político e propõe oito dimensões de superação do debate retrógrado dominante: 
1) planetária (causas globais de degradação ecológica e ambiental), 
2) ecológica (preocupação com o uso racional dos recursos naturais, buscando sua conservação), 
3) ambiental (formas operacionais que permitam à natureza resistir e recuperar-se das ações humanas), 
4) demográfica (relacionada às sustentabilidades ecológica e ambiental, visa mecanismos que reduzam os impactos do peso demográfico na gestão e manutenção dos ecossistemas), 
5) cultural (prioridade à diversidade cultural, defendendo os direitos constitucionais das minorias), 
6) social (busca de qualidade de vida com justiçasocial), 
7) política (metas de democratização e construção da cidadania através do fortalecimento das múltiplas forças sociais, tendo o Estado um papel privilegiado como mediador na defesa dos interesses coletivos), 
8) institucional (elaboração de propostas que foquem suas práticas no meio ambiente, redesenhando o papel das instituições na criação de políticas públicas) (p.32-42). 
Impõe-se, desse modo, uma “revisão profunda dos paradigmas dominantes”, priorizando um planejamento que aproxime o Estado, a iniciativa privada e as organizações sociais em projetos que busquem qualidade de vida, justiça social e eficiência ambiental.
Caracterizar o que o autor chama de "sustentabilidade democrática".
Outros autores, como Acserald e Leroy (1999), reforçam a ideia de se discutir a “noção de sustentabilidade (...) como preocupação ambiental embutida em modelos de desenvolvimento” (p.8), a partir do que consideram como sustentabilidade democrática. Nesse momento, os autores supracitados fazem coro com Souza (2000) e Guimarães (1997), insistindo no fato de que a sustentabilidade só será possível através da democratização dos processos decisórios, almejando um desenvolvimento ancorado em justiça social que leve em conta as necessidades dos sujeitos envolvidos. Para que isso ocorra, compreendem que a reflexão tem que se pautar em alguns eixos condutores, a saber: eficiência, equidade, novos padrões de consumo, autossuficiência e ética, articulando, simultaneamente.
Identificar e analisar os pressupostos do desenvolvimento sócio-espacial propostos por Marcelo Lopes de Souza.
Para Souza (2013), o desenvolvimento econômico, essencialmente, sempre esteve atrelado ao binômio crescimento econômico + progresso técnico. Dados como renda per capita, inflação, número de escolas, de leitos de hospitais e balanças de pagamento e comercial sempre foram considerados muito mais relevantes, principalmente para os economistas, do que a política, a cultura, a psicologia. Para o autor, sua proposta de se pensar o desenvolvimento seria um “enfrentamento da heteronomia e tendo a autonomia como um horizonte de pensamento e ação, é uma antítese éticopolítica do “desenvolvimento econômico” capitalista”. (p.275). Sendo assim, o desenvolvimento sócio-espacial deve buscar: 
• Transformação social para melhor; 
• Qualidade de vida (variável de acordo com a matriz cultural e a época, material ou imaterial) = crescente satisfação de necessidades básicas ou não tão básicas, materiais e/ou imateriais; 
• Justiça social (igualdade efetiva de oportunidades) = diminuição de desigualdades ilegítimas. 
Mas como seria esse enfoque procedural da mudança sócioespacial? Para o autor, deve estar fundado sobre o princípio da autonomia e na perspectiva de mudança para melhor, sem recorrer ao etnocentrismo e economicismo. Mas o que seria autonomia na visão do geógrafo? Uma reinterpretação radical do projeto democrático, buscando inspiração direta na democracia direta; uma reflexão crítica sobre o capitalismo e os limites da democracia 3 representativa e na reflexão crítica sobre o socialismo burocrático. Cabe ressaltar que a autonomia poderia ser individual, ou seja, calcada na capacidade individual de decidir com conhecimento de causa, de perseguir a própria felicidade sem opressão, e coletiva, donde possam existir instituições que representem a vontade consciente dos homens e mulheres e garantam o acesso igualitário aos processos de tomada de decisão.
Souza (2008, 2013) compartilha com a ideia de que é preciso repensar o modelo de desenvolvimento até aqui implantado, a fim de se concretizar uma radical transformação socioespacial. É relevante, segundo o autor, ressaltar a inoperância de um enfoque meramente economicista, já que outras dimensões fazem parte das dinâmicas socioespaciais. Para ele, aqui que se coloca o sócio-espacial, no qual o “sócio” não qualifica o espacial, não é reduzido a um simples adjetivo, mas sim um indicativo de que se está falando, direta e plenamente, também das relações sociais, evitando, assim, uma certa “timidez epistemológica”. A preocupação do geógrafo é estabelecer uma dinâmica de construção do objeto que distingue (até onde é possível), mas não separa o espaço das relações sociais.
Segundo Marcelo Lopes de Souza, a repressão estatal, a cooptação, o amansamento dos insurgentes e a reprodução, por parte dos movimentos sociais, dos traços de verticalidade e hierarquia seriam os principais obstáculos para se atingir o desenvolvimento sócio-espacial.
 Souza (2000), ao questionar o conceito de desenvolvimento, afirma que este expressa uma ideologia hegemônica que mascara o seu verdadeiro sentido, que seria uma mudança qualitativa das relações sociais.
 Souza (1996) defende a ideia de que o verdadeiro objetivo a ser perseguido por uma política de desenvolvimento é a realização das necessidades básicas. A redistribuição das riquezas teria que ser acompanhada de melhores condições de saúde, educação, reconhecimento e valorização cultural e religiosa.
9) Discutir os sentidos da liberdade (individual e coletiva) e os riscos à sua efetivação
A autonomia pode ser individual, ou seja, calcada na capacidade individual de decidir com conhecimento de causa, de perseguir a própria felicidade sem opressão, e coletiva, donde possam existir instituições que representem a vontade consciente dos homens e mulheres e garantam o acesso igualitário aos processos de tomada de decisão. 
A autonomia individual e coletiva é o parâmetro básico de definição e avaliação do desenvolvimento e não o crescimento do PIB, da renda per capita ou qualquer outro indicador econômico ou de qualidade de vida específico. Não se trata simplesmente de garantir o acesso, via mercado, à educação, à moradia, à saúde ou a um ambiente livre de contaminação, mas de recuperar práticas coletivas (solidárias) de satisfação dessas necessidades.
Uma liberdade não faz sentido sem a outra. Reforçam as capacidades das pessoas, trazem reforço suplementar. Ex: Não adianta ter-se um país com
liberdade política, sem que as ações do Estado sejam transparentes. O voto perde o sentido sem a confiança. Desempregados sem a assistência social, acaba sendo marginalizado na sociedade em que vive
10) Identificar e exemplificar os "tipos de liberdades instrumentais" definidas por Amartya Sen
Liberdades políticas – liberdades de decidir seu governante e as regras a serem seguidas pela sociedade capacidade de vigiar e verificar as autoridades, liberdade de expressão política e impressa sem censura prévia.
Dispositivos econômicos – oportunidade de que os indivíduos têm para utilizar recursos econômicos para consumo, produção ou troca; ter o direito de “ter” além do necessário; preocupações distribuídas.
Oportunidades sociais – educação e saúde para melhorar a qualidade de vida; dispositivos que as sociedades organizam em favor da educação, dos cuidados com saúde que influenciam na liberdade concreta dos indivíduos viverem melhor.
Garantia de transparência – presunção básica de confiança; necessidade de abertura que as pessoas podem esperar; prevenção da corrupção, gestão irresponsável;
Previdência social – proteger a sociedade de situações extremas, como a miséria. Rede de segurança social.
11) Discutir possíveis formas de "privação de liberdade" nos termos discutidos nos textos
Um número imenso de pessoas em todo o mundo é vítima de várias formas de privação de liberdade. Nos países mais ricos, por exemplo, é demasiado comum haver pessoas imensamente desfavorecidas, carentes das oportunidades básicas. A desigualdade entre mulheres e homens afeta — e às vezes encerra prematuramente — a vida de milhões de mulheres e, de modos diferentes, restringe em altíssimo grau as liberdades substantivas para o sexo feminino.
12) Definir "pobreza" e "desigualdade social"
Desigualdade e pobreza são conceitos diferentes entre si, visto que podemos ter sociedades onde se verifique uma desigualdade social, mas seus integrantes não são pobres, o que é pouco comum. Poroutro lado podemos encontrar sociedades igualitárias onde a maioria dos cidadãos viva num estado de pobreza, a exemplo de alguns países africanos.
Desigualdade social refere-se a distribuição diferenciada, onde o numa escala de mais para menos, das riquezas materiais e simbólicas produzidas por determinada sociedade entre seus integrantes, onde o país se mostra incapaz de partilhar igualmente os frutos de seu crescimento.
Pobreza, por sua vez, significa a situação vivida pelos membros despossuídos de determinada sociedade, os quais não possuem recursos suficientes para viver dignamente, ou que não tem condições mínimas de suprir suas necessidades básicas.
OBS:
Para Milton Santos, a pobreza apresenta três formas:
Momento 1 - Pobreza incluída:
Acidental, residual ou sazonal;
Produzida num lugar e em certos momentos do ano, que não se comunicava a outro lugar;
As soluções são privadas, assistencialistas, locais.
Momento 2 - Marginalidade:
Produzida pelo processo econômico da divisão de trabalho;
As definições de pobreza absoluta e pobreza relativa estão relacionadas
À capacidade de consumo;
As soluções são pautadas no papel do poder público / Estado (WelfareState).
Momento 3 - Pobreza estrutural:
Globalizada, natural, equivale a uma dívida social;
Resultante de um sistema de ação deliberada, de intelectuais, governos nacionais e atores globais;
Os pobres agora são excluídos;
Deixa-se de ser pobre em um lugar para ser pobre em outro
POBREZA PARA AMARTYA SEN
Privação de capacidades básicas de escolha e exercício da cidadania;
Não é sinônimo de baixa renda;
glDesvia a atenção dos meios para os fins;
Valoriza-se o conjunto de funcionamentos (recursos) e capacitações
(liberdades).
13) Identificar e exemplificar elementos do Mundo Contemporâneo que justificariam nos referirmos a uma "Globalização"
Resposta: Redes sejam elas de transporte, de comunicação, de cidades, de trocas comerciais ou de capitais especulativos. Elas formam-se por pontos fixos – sendo algumas mais preponderantes que outras – e pelos fluxos desenvolvidos entre esses diferentes pontos.
Expansão das empresas multinacionais, também chamadas de transnacionais ou empresas globais. Muitas delas abandonam seus países de origem ou, simplesmente, expandem suas atividades em direção aos mais diversos locais em busca de um maior mercado consumidor, de isenção de impostos, de evitar tarifas alfandegárias e de angariar um menor custo com mão de obra e matérias-primas.
 Blocos Econômicos. Embora essa ocorrência possa ser inicialmente considerada como um entrave à globalização, pois acordos regionais poderiam impedir uma global interação econômica, ela é fundamental no sentido de permitir uma maior troca comercial entre os diferentes países e também propiciar ações conjunturais em grupos.
14) Compreender a DIT em diferentes momentos históricos e nas suas configurações espaciais.
Primeira DIT: Revolução Industrial; papel originário da Inglaterra; industrialização “atrasada” nos EUA, Alemanha, França, Japão; produtos manufaturados no centro e produtos primários na periferia;
Segunda DIT: Crise de 1929 – crise de superprodução – fordismo como novo pacto – monopólios detêm a hegemonia / Estado detêm hegemonia; Pós-guerra: Plano Marshall – intervenção supranacional – reconstrução / contenção soviética / contenção socialista = anos “dourados” do fordismo / WelfareState / grandes corporações transnacionais / entidades supranacionais ( ONU, FMI, BID, Bird) / Acordo de Bretton Wood
15) Explicar globalização e fragmentação
A globalização "consiste na integração das economias nacionais em uma economia internacional através do comércio, do investimento estrangeiro, fluxos de capital de curto prazo, fluxo internacional de trabalhadores e pessoas em geral e fluxos de tecnologia. A globalização tem o poder de libertar-nos do isolamento. Livra-nos da exclusão a que nos submete o protecionismo, tornando possível a livre interação entre pessoas e ideias diferentes e promovendo o respeito e o conhecimento entre as diferentes culturas. Proporciona maior prosperidade e bem-estar aos que nela engajam-se e torna-os, efetivamente, participantes do mundo.
Fragmentação se constitui numa divisão que pode se: fragmentação inclusiva ou integradora, pautada numa lógica de "fragmentar para melhor globalizar" (como na formação de blocos econômicos), e uma fragmentação excludente ou desintegradora, que pode ser ao mesmo tempo um produto da globalização (a exclusão fruto da concentração de capital no oligopólio central capitalista) ou uma resistência a ela (no caso de grupos religiosos fundamentalistas, por exemplo).

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