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APS - 2° SEMESTRE

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO 
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS II 
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO 
CMOC Internacional Brasil Ltda 
 
 
 
 
N453HF4 – Alice Lorraine Gomes de Souza 
N3863E4 – Diana Cavalcante During 
F002063 – Leonardo Paixão dos Santos 
D9320A1 – Marcela Fadel Martins da Silva 
F02FAH6 – Tamiris Nascimento Farias 
D9981H7 – Thaysa Lourena Melo Alves 
 
 
 
 
 
SANTOS 
2019 
 
 
Alice Lorraine Gomes de Souza 
Diana Cavalcante During 
Leonardo Paixão dos Santos 
Marcela Fadel Martins da Silva 
Tamires Nascimento Farias 
Thaysa Lourena Melo Alves 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS II 
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
Trabalho de Atividade Prática 
Supervisionado apresentado ao Instituto de 
Ciências Sociais e Comunicação da 
Universidade Paulista, como parte dos 
requisitos necessários para a obtenção do 
título de Bacharel em Ciências Contábeis. 
 
Orientador: Prof. Dr. Evandro 
 
 
 
SANTOS 
2019
II 
 
RESUMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
III 
 
ABSTRACT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IV 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 - Desenho de mastabas .............................................................................. 10 
Figura 2 - Pirâmide escalonada de Saqqara, Egito, cerca de 2.630 a.C. .................. 11 
Figura 3 - Pirâmide, Gisé, Egito, cerca de 2550 – 2460 a.C. .................................... 12 
Figura 4 - Sistema numérico egípcio ......................................................................... 13 
Figura 5 - Linha do Tempo - Fatos Históricos ........................................................... 24 
Figura 6 - Pirâmide de Maslow .................................................................................. 70 
Figura 7 - Comparativo das teorias X e Y de McGregor ............................................ 72 
Figura 8 - Iceberg da Cultura Organizacional .......................................................... 101 
Figura 9- Quadro de classificação de porte ............................................................. 115 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
V 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 8 
2. HISTÓRIA DA CONSTRUÇÃO DAS PIRÂMEDES DO EGITO ........................... 9 
3. CONSTRUÇÃO DA GRANDE MURALHA DA CHINA ...................................... 15 
4. HISTÓRIA DA CONTABILIDADE ...................................................................... 17 
5. PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL ............................................................ 19 
6. REVOLUÇÃO FRANCESA ................................................................................ 22 
7. LINHA DO TEMPO ............................................................................................. 24 
8. HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA ................................................ 25 
9. PRINCIPAIS IDEALIZADORES DA TEORIA .................................................... 27 
10. CONCEITOS E PRINCÍPIOS ............................................................................. 28 
11. CONTRIBUIÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO CIENTIFICA ................................... 30 
12. APLICAÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO CIENTIFICA NAS EMPRESAS ............ 31 
13. CRITICAS A ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA ................................................... 33 
14. HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO CLASSICA .................................................. 35 
15. PRINCIPAIS AUTORES DA TEORIA CLASSICA ............................................. 37 
16. CONCEITOS E PRINCÍPIOS DA TEORIA CLÁSSICA...................................... 38 
17. CONTRIBUIÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO NAS EMPRESAS ........................... 41 
18. CRITICAS A TEORIA CLÁSSICA ..................................................................... 43 
19. HISTÓRIA DA TEORIA BUROCRÁTICA .......................................................... 45 
20. AUTORES QUE CONTRIBUÍRAM PARA TEORIA BUROCRÁTICA ............... 46 
21. DEFINIÇÕES E PRINCÍPIOS DA ESCOLA BUROCRÁTICA ........................... 50 
22. CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA BUROCRÁTICA NAS EMPRESAS ................ 51 
23. CRÍTICAS À TEORIA BUROCRÁTICA ............................................................. 53 
24. HISTÓRIA DA TEORIA DAS RELAÇOES HUMANAS ..................................... 55 
25. PRINCIPAIS AUTORES QUE CONTRIBUÍRAM COM A TEORIA .................... 57 
VI 
 
26. CONCEITOS E PRINCÍPIOS ............................................................................. 58 
27. APLICAÇÕES DA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS ............................... 60 
28. CONTRIBUIÇÕES E CONCLUSÕES TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS . 62 
29. CRITICAS A TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS ........................................ 64 
30. HISTÓRIA DA ABORGAGEM COMPORTAMENTAL E A MOTIVAÇÃO 
HUMANA .................................................................................................................. 67 
31. CONCEITO DE HOMO COMPLEXUS ............................................................... 68 
32. PRINCIPAIS FIGURAS QUE CONTRIBUÍRAM PARA TEORIA 
COMPORTAMENTAL .............................................................................................. 69 
33. CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA COMPORTAMENTAL PARA 
ADMINISTRAÇÃO .................................................................................................... 74 
34. PRÁTICA DA TEORIA COMPORTAMENTAL APLICADA NA UESB .............. 76 
35. ANÁLISE CRÍTICA SOBRE A TEORIA COMPORTAMENTAL ........................ 77 
36. SURGIMENTO DA TEORIA DOS SISTEMAS ................................................... 78 
37. PRINCIPAIS AUTORES CONTRIBUINTES DA TEORIA .................................. 79 
38. CONCEITOS E PRINCIPIOS DA TEORIA DOS SISTEMAS ............................. 80 
39. COLABORAÇÃO DA TEORIA DO SISTEMA PARA A ORGANIZAÇÃO ......... 82 
40. APLICAÇÃO DA TEORIA NO ESTUDO DE ERIC TRIST ................................. 85 
41. CRÍTICAS À TEORIA DOS SISTEMAS ............................................................. 86 
42. HISTÓRIA DA TEORIA MATEMATICA DA ADMINISTRAÇÃO ....................... 88 
43. CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA, TECNICAS E APLICAÇÕES ......................... 91 
44. CRÍTICAS À TEORIA MATEMATICA DA ADMINISTRAÇÃO .......................... 93 
45. INICIO DO DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL NAS NOVAS 
ABORDAGENS DA ADMINISTRAÇÃO ................................................................... 95 
46. PRINCIPAIS IDEALIZADORES DA TEORIA .................................................... 96 
47. PROCESSO DE MUDANÇA .............................................................................. 97 
48. CONTRIBUIÇÕES DAS NOVAS ABORDAGENS ............................................. 99 
49. TÉCNICAS PARA A MUDANÇA ..................................................................... 102 
VII 
 
50. CRITICAS AS NOVAS ABORDAGENS DA ADMINISTRAÇÃO ..................... 103 
51. HISTÓRIA DA TEORIA NEOCLASSICA ......................................................... 104 
52. PRINCIPAIS IDEALIZADORES DA TEORIA .................................................. 106 
53. OBJETIVOS, PRINCIPIOS E CARACTERISTICAS DA TEORIA NEOCLÁSSICA
 108 
54. CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA NEOCLÁSSICA ............................................ 110 
55. CRÍTICAS A TEORIA NEOCLASSICA ............................................................ 112 
56. DESCRIÇÃO ORGANIZACIONAL................................................................... 114 
57. ORGANOGRAMA DA EMPRESA ................................................................... 117 
58. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 1188 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
2. HISTÓRIA DA CONSTRUÇÃO DAS PIRÂMEDES DO EGITO 
 
A história do Egito, começou por volta de 3.000 a.C., quando o faraó Menes 
unificou o alto e o baixo Egito, onde estabelece sua capital em Mênfis. Menes era um 
soberano e considerado a manifestação de Hórus, uma divindade dos faraós. Quando 
um faraó morria, este era identificado com Osíris, pai de Hórus e senhor do submundo. 
Na teologia egípcia, Hórus e Osíris eram associados a Rá, o deus do sol, simbolizado 
pela pedra cônica benben (Figura 1), que tinha o estilo de uma pirâmide. Essa pedra 
era usada no topo de obeliscos e nas próprias pirâmides simbolizando visualmente a 
conexão entre o soberano e o deus-sol (FAZIO, MOFFETT e WODEHOUSE, 2011). 
Segundo Fazio, Moffett e Wodehouse (2011), a história do Egito está dividida 
em 30 dinastias que envolvem desde o período da ascensão do faraó Narmer ao trono 
à conquista do Egito por Alexandre o Grande. O que mais sabemos desse período, 
vem das grandes construções dos monumentos funerários que eram focados na 
transição do mundo dos vivos para o mundo dos mortos. Os egípcios acreditavam na 
existência de uma vida após a morte, onde a força vital se reunia com a manifestação 
física para se tornar um espírito. Para garantir o sucesso dessa transformação, 
diversos rituais eram realizados dentro de câmaras mortuárias adequadas, além de 
ter a sua disposição objetos cotidianos, servos pessoais, comida e bebida. Quando 
esses procedimentos eram realizados de maneira inadequada para a pós vida, 
acreditava-se que a força vital de uma pessoa importante, como um faraó, poderia 
vagar insatisfeita pelo mundo fazendo maldade para os vivos. Em decorrência disso, 
a sociedade preocupava-se em oferecer um bom tratamento ao espirito e corpo de 
faraó, levando então a construção de duradouros túmulos para as realezas e a prática 
da mumificação para preservar esse corpo. 
De acordo com Fazio, Moffett e Wodehouse (2011), os primeiros túmulos foram 
construídos como habitação eterna para os mortos com base nos projetos das 
construções dos vivos conhecidos como mastabas. Essas construções eram feitas de 
blocos de tijolos apoiadas no solo para tivessem uma duração maior, continha uma 
sala para oferendas ao espírito do morto e outra para o corpo e a estátua do falecido 
(Figura 1). 
10 
 
 
Figura 1 - Desenho de mastabas 
 
Fonte: Fazio, Moffett e Wodehouse (2011) 
 
Essas construções em pedras além de serem indicadores cronológicos, elas 
também mostram os grandes avanços das técnicas aplicadas no aperfeiçoamento da 
estrutura direcionada ao sepultamento, a fabricação e acabamento de bens 
funerários. A construção desses monumentos, mostram a posição do faraó sobre o 
povo, tornando esse poder o grande desenvolvedor da sociedade. A posição do faraó 
exercia sobre a sociedade a soberania em diferentes aspectos como, religioso, 
administrativo e político (JOÃO, 2015). 
De acordo com João (2015), a administração do antigo Egito é entendida 
através dos títulos dos oficiais de maior e menor escala hierárquica, sendo os cargos 
de alta patente, Chefe dos escribas, Chefe da grande mansão (Corte), Chefe dos 
celeiros, Chefes do café, Chefe dos tesouros e Chefe dos trabalhos, além dos 
subcargos que estão submetidos aos seis cargos altos apresentados, determinando 
assim uma administração egípcia rígida e especializada. 
Quanto a construção das tumbas, nas III Dinastia, as tumbas de oficiais e 
cortesões, eram erguidas fora do complexo da pirâmide, já na IV Dinastia, a 
construção dessas tumbas passaram a ser mais próximas da pirâmide dos faraós. Já 
as tumbas que ficavam mais próximas do rei, eram destinadas a família real, pois 
estes exerciam os mais altos cargos administrativos, sendo essas decoradas e 
construídas por artesões dos ateliês do palácio, trabalho este que foi desenvolvido em 
11 
 
larga escala. A respeito dos ornamentos das calçadas, tumbas, paredes não eram 
apenas decorativos, mas tinham como objetivo de expressar conceitos sobre a 
realeza divina e provimento das necessidades que pudessem ocorrer na pós vida 
(MÁLEK, 2003). 
Segundo Fazio, Moffett e Wodehouse (2011), as primeiras pirâmides no início, 
tinha o formato escalonada e vertical onde seu pico recebia os primeiros raios solares 
pela manhã, representando assim o nascimento diário e anual no decorrer de toda 
uma eternidade. O projeto da primeira pirâmide foi atribuído a Imhotep em Saqqara 
(Figura 2), arquiteto da III Dinastia, responsável pelo complexo funerário do faraó 
Djoser (2630-2611 a.C.) 
 
Figura 2 - Pirâmide escalonada de Saqqara, Egito, cerca de 2.630 a.C. 
 
Fonte: Fazio, Moffett e Wodehouse (2011) 
 
A primeira pirâmide de Saqqara, foi a primeira monumental construção em 
pedra no Egito. A construção da planta na parte baixa, tem a forma de um retângulo 
que cobre 14 hectares cercada por uma muralha de 10 metros de altura e 1.600 
metros em sua extensão. Para chegar na forma atual, sua construção se deu em 
várias etapas até chegar ao volume de seis níveis. Desde seu primeiro surgimento em 
Saqqara, a evolução das pirâmides passou por três gigantescos projetos antes de 
chegar a sua eminência dos túmulos da IV Dinastia, em Gisé, Cairo. Essas três 
pirâmides de Gisé (2550 – 2460 a.C.) são obras dos descendentes de Sneferu. A 
12 
 
maior pirâmide dentre as três, foi planejada e construída primeiro para ser uma 
pirâmide verdadeira, com sua base de 230,1 x 230,1, chegando a uma altura de 146,6 
metros. Grande parte dessa construção foi feita em calcário e sua câmara em granito. 
Conforme imagem abaixo (Figura 3), a pirâmide de Queóps é que está ao fundo, logo 
à direita está a pirâmide de Quéfren e em frente fica a pirâmide de Miquerinos (FAZIO, 
MOFFETT e WODEHOUSE, 2011). 
 
Figura 3 - Pirâmide, Gisé, Egito, cerca de 2550 – 2460 a.C. 
 
Fonte: Fazio, Moffett e Wodehouse (2011) 
 
Segundo Eves (2004), a pirâmide de Queóps levou em média 30 anos para ser 
construída, envolvendo a organização do trabalho de 100.000 homens. Nessas 
construções foram envolvidos diversos problemas matemáticos e de engenharia, 
tamanha a perfeição dessas construções. As informações desses problemas eram 
inscritas em papiros e a resolução, envolvia o uso de operações aritméticas. O sistema 
numérico utilizado pelos egípcios eram símbolos que presentavam um valor específico 
independente da ordem escrita (Figura 4). 
 
 
 
13 
 
Figura 4 - Sistema numérico egípcio 
 
Fonte: www.portalsaofrancisco.com.br 
 
De acordo com Pinsky (2011), as pirâmides foram construídas em imensos 
blocos de pedras, através do imenso esforço de grande parte da população. Na 
construção da pirâmide de Queóps, as pedras que foram utilizadas para edifica-la, 
eram trazidas de longa distância, pois Gisé, onde foi levantada a pirâmide, trata-se de 
uma área deserta onde não há existência desse material. As pedras vinham de Tura 
que ficava a margem do rio Nilo, essas eram trazidas em balsas, rio abaixo e depois 
arrastadas por uma espécie de rampas até onde estava localizada a pirâmide. Toda 
a população que trabalhava nessa grande empreitada, não usavam ferramentas, 
apenas o básico. Essas pedras de Tura eram cortadas, polidas com areia e em 
seguida, erguida por manivelas e colocadas em seu devido lugar. O sucesso da 
construção não se resumia apenas na questão do trabalho, mas também da 
competência de seus arquitetos e da organização. Por não se tratar de um edifício 
qualquer, pois conteria a tumba de faraós, portanto questões místicas envolvidas 
nessas construções, suas proporções deveriam ser respeitadas e suas medidas 
minunciosamente controladas. Segundo a história, o projeto levou cerca de dez anos 
para ser preparado e vinte para sua execução utilizando cerca de cem mil homens 
trabalhando constantemente, por turnos e muitos atémorrendo devido ao peso das 
imensas pedras. 
14 
 
Ainda segundo o autor, forma utilizados métodos científicos para essas grandes 
construções como: a matemática, geometria, mecânica entre outras fontes de 
conhecimento sem a qual não seria possível tal empreendimento. Apesar da 
grandiosidade dos monumentos, tal construção provocou o esgotamento do povo, 
sendo necessária o constante envio de mão-de-obra para manter a construção em 
atividade. Foi necessária uma administração rígida a custas de muito esforços e 
submissão massacrante, porém esse foi o primeiro modelo de administração 
centralizada do mundo que se tornou patrimônio da humanidade (PINSKY, 2011). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
3. CONSTRUÇÃO DA GRANDE MURALHA DA CHINA 
 
De acordo com Maximiano (2000), no século 221 a.C. ocorreu a unificação da 
china. O rei do povo chamado Shih Huang-Ti "Primeiro imperador soberano" iniciou 
dois projetos importantes. O primeiro a construção de uma rede de estradas. O 
segundo foi a conclusão das muralhas que protegiam as fronteiras do Norte. Centenas 
de milhares de pessoas foram empregadas nessa construção que é provavelmente o 
maior projeto da história. Em cada 10 anos foram construídos 1500 quilômetros de 
muralha. 
Lovell (2008), conta que a construção iniciou-se em 220 a.C. e finalizada 
durante a dinastia Ming, no seculo XVI na construção segundo historiadores, foram 
necessários milhares de pessoas. O motivo da construção foi mostrar que a china era 
uma só. A construção, entretanto, persistiu durante as dinastias Zhou, Qin, Han e 
Ming, com objetivo de proteger o pais contra invasores, além de empregar os soldados 
que ficaram sem trabalho com o fim das guerras. O imperador Liu Bang, durante a 
dinastia Han, fez uso da construção não apenas para a proteção, mas buscando ter 
um controle mais preciso com relação ao comercio. A construção foi feita ao longo 
das dinastias, é feita de blocos, tijolos e taipas. Conta com aproximadamente 8851,8 
km de extensão, 7,5 metros de altura e 3,75 metros de largura. É considerada uma 
das construções mais fantásticas do mundo. 
A grande muralha foi criada como barreira que isolaria o império de Qin. Não 
tendo nenhum registro sobre as técnicas de construção utilizadas ou sobre o número 
exato de quantos trabalhadores se dedicaram a obra. A obra reaproveitou uma grande 
quantidade de fortificação que haviam sido construídas em reinados anteriores. A 
construção ocupa 3 mil quilômetros de extensão destinados a conter invasões de 
povos que ocupavam as terras ao norte do país. O imperador Qin cobrava pesadas 
taxas e impostos do povo para sustentar suas extensas campanhas e projetos de 
construção. Os trabalhos das grandes muralhas foram paralisados e só voltaram por 
volta do ano 205 a.C. quando a dinastia Han subiu ao poder. Foi no século XVI que 
perdeu sua função estratégica e terminou por ser abandonada. Em 1980 foi promovida 
como símbolo do país (COUTO, 2008). 
16 
 
No seculo XXIV a.C, os chineses estavam aplicando inovadoras soluções em 
sua administração pública. O imperador Yao, que teria reinado entre 2350 e 2256 a.C., 
empregou princípios de assessoria. O mesmo reunia-se com os seus principais 
colaboradores, como forma de aproximar as regiões do governo central. Os 
governantes seguintes levaram a diante o uso da assessoria, delegando poder aos 
seus ministros para conduzir negócios do governo. Essa técnica de aconselhar-se 
com assessores e delegar-lhes autoridades para resolver problemas, tornou-se 
tradicional na administração pública na china. A dinastia Chou escrita por volta de 
1100 a.C., é um exemplo de como os chineses praticavam a administração (COUTO, 
2008). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
4. HISTÓRIA DA CONTABILIDADE 
 
A contabilidade surgiu, de certa forma com a própria humanidade, com a 
vontade de monitorar aquilo que se detém. Eurico Eleuterio da Luz apud Ludicibus 
(2010) A noção intuitiva de conta (e, portanto, de contabilidade) e talvez tão antiga 
quanto a origem do Homo Sapiens, ou seja, é essencial ao ser humano preocupar-se 
com seus bens; sendo assim não é indevido considerar a origem da contabilidade 
desta forma. Claramente a contabilidade era feita de forma primaria, a formação de 
riqueza particular e a necessidade de se preservar e controlar bens que garantiam a 
condição de sustento impulsionaram a civilização a buscar meios de registro e 
controle. Ainda segundo o autor a obra de Luca Pacioli representou um marco na 
história da contabilidade o apontar que a teoria contábil de débito e crédito 
corresponde a teoria dos números positivos e negativos, marcando assim o início da 
fase moderna da contabilidade. (LUZ, 2015). 
De acordo com Strathern (2001), com a utilização do Ábaco e com a não 
existência do número zero, era matematicamente impossível compreender a ideia de 
números negativos, por volta de 1.200 com o surgimento do Zero, os cálculos 
comercias mais intricados passaram a ser efetuados por escrito, e era possível obter 
resultados negativo, nascia assim a contabilidade. Em meados do século 14, as 
atividades comerciais de toda a Europa, eram controladas por bancos comerciais, 
utilizava-se livros- razões em Bruges, para registrar as atividades econômicas com o 
intuito de se cobrar tributos que deveriam ser pagos ao Papa. 
Strathern (2001), também cita Luca Pacioli como o homem responsável em 
grande parte pela propagação da contabilidade. Com a apresentação da 
Contabilidade de Partidas Dobradas, que propunha que cada transação fosse 
introduzida no livro razão duas vezes – como débito na coluna da esquerda e como 
crédito na coluna da direita -. Podendo assim, traçar linha sob ambas as colunas a fim 
de se perceber erros nas contas. O método facilitou o entendimento do cálculo de 
lucro e prejuízo, deixando assim o processo de negócio sujeito a análise e controle 
matemático. A difusão da contabilidade de partidas dobradas pela Europa foi vista 
como o nascimento do capitalismo. 
18 
 
No Brasil a atividade contábil surgiu no período do Brasil Colônia (1500 -1808). 
Entre 1500 e 1530 as expedições marítimas portuguesas eram intensas devido a 
exploração de grande quantidade de matéria prima brasileira, temendo que as 
ameaças de invasão estrangeiras se concretizassem, Portugal intensificava o registro 
e fiscalização dos navios que transportavam pedras preciosas, ouro, madeira, 
derivados de cana dentre outros. Em 1549 com a criação dos armazéns alfandegários 
Gaspar Lamego tornou-se o 1o contador -geral das terras do Brasil. 
No período de 1679- 1761 as receitas e despesas da união eram rigorosamente 
documentados pela Casa dos Contos do Reino, sendo substituído então pela 
implantação do Erário Régio que adotou o uso das partidas dobrada, o órgão era 
composto por um presidente com funções de inspetor geral, um contador e um 
procurador fiscal, que realizavam toda a arrecadação, distribuição e administração 
financeira e fiscal. Com o objetivo de regulamentar os procedimentos contábeis, Dom 
Pedro II criou em 1850 o código Comercial Brasileiro, com o intuito de obrigar as 
empresas a obrigatoriedade da escrituração dos livros com fatos patrimoniais, 
seguindo a legislatura da época (lei no 556, art 290), baseando-se nos códigos de 
comercio de Portugal, França e Espanha. No entanto com a promulgação da lei no 
1083 em 1860, as empresas da época passaram a publicar e reportar ao governo, nos 
prazos e método estabelecido em seus regulamentos, os balanços, as demonstrações 
e os documentos determinados. Na segunda metade do século XIX, surgiu a profissão 
de ́ ́ Guarda-Livros``, expressão que se refere a atual profissão de contador. Sua 
principal função era escriturar, manter a boa ordem dos livros mercantis das empresas 
comerciais, elaborar contratos e distrato e controlar a entrada e saída de dinheiro, em 
1869 com a criaçãoda Associação dos Guarda-Livros da corte, a Associação tornou-
se a mais antiga instituição profissional e cultural da ciência contábil do Brasil. 
(STRATHERN, 2001) 
 
 
 
 
19 
 
5. PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 
 
Segundo Graeml e Petnado (2007), a revolução industrial teve como berço a 
Inglaterra, a partir da segunda metade do século XVIII, quando industrias e a invenção 
das máquinas a vapor alavancaram o que o mercantilismo havia começado. O 
surgimento de um novo tipo de organização, a empresa industrial, proporcionou a 
mudança para o processo de produção mecânica e fabril, substituindo o processo de 
produção manual, o que acabou por provocar influências nunca antes imaginadas nas 
técnicas de produção e de administração. A Revolução Industrial passou a ser, 
naturalmente, considerada o marco inicial do processo gerador da administração da 
produção conforme conhecida nos dias de hoje, porque esta exigiu novas técnicas 
gerenciais de produção, específicas para a indústria. 
Conforme o mesmo autor, cita alguns personagens de grande importância, e 
suas contribuições para o avanço da administração: 
 
Tabela 1 - Linha do tempo Revolução Industrial 
1767 
James 
Hargreaves 
Invenção da primeira máquina de fiar 
A máquina consistia em diversos fusos dispostos verticalmente 
e movidos por uma roda, além de um gancho que segurava diversos 
novelos. 
1776 
Adam Smith 
Introdução de uma nova doutrina econômica 
Em sua célebre obra “A riqueza das nações” Smith advogava 
que o governo não precisava intervir na economia. Ele achava 
que, se os empresários tivessem liberdade de procurar seus 
próprios interesses, o mercado produziria bens na quantidade e 
no preço que a sociedade esperasse, levado por uma “mão in- 
visível”, que atuaria adequadamente se não houvesse impedi- 
mento ao livre comércio 
20 
 
1776 
James Watt 
Aperfeiçoamento do motor a vapor 
O aperfeiçoamento do motor a vapor de Watt permitiu o seu 
usoprático na indústria. Instalada, inicialmente, em fábricas de arte- 
fatos de ferro, a máquina a vapor foi o gatilho que disparou a 
revolução industrial, mecanizando tarefas anteriormente 
manuais 
1790 
Eli Whitney 
Criação do conceito da utilização de peças intercambiáveis 
O conceito de intercâmbio de peças foi originalmente aplicado à 
Fabricação de mosquetes5 vendidos ao exército americano, mas 
acabou por permitir o processo de produção em massa, com 
estações de trabalho e fluxo ininterrupto de produção nas mais 
diversas indústrias. Whitney talvez seja mais conhecido pela 
invenção da Cotton gin, uma máquina revolucionária de 
processamento de algodão, que aumentou a produtividade da 
industria têxtil, incentivando as plantações de algodão no sul dos 
Estados Unidos. 
1822 
Charles 
Babbage 
Criação da primeira calculadora mecânica 
Babbage concebeu a primeira calculadora mecânica e prática 
do mundo. Depois disto, Babbage desenvolveu a idéia do “mo.tor 
analítico”, que serviu de base para as implementações dos 
computadores eletrônicos, mais de um século depois, quando, 
finalmente, a IBM conseguiu desenvolver a tecnologia ne- 
cessária para colocar em prática os conceitos do inventor 
inglês. Em seu livro On the economy of machinery and manufac- 
tures, lançado em 1832, Babbage fornece idéias revolucionárias 
de administração da produção, que também vieram a ser 
exploradas no século seguinte 
 
Fonte: Criado com base no livro Administração da Produção, 2007 
21 
 
Segundo (Maximiano, 2000) as práticas administrativas no início da revolução 
industrial eram rudimentares, entretanto o surgimento de experiências e ideias, notou-
se que a administração encontrava condições favoráveis para se transformar em num 
corpo organizado de conhecimento, alcançando a estatura de uma disciplina. A 
eficiência era um ponto chave do qual as grandes fabricas almejavam, 
consequentemente atraíram a atenção de pessoas que lançaram as bases da ciência 
econômica e das teorias da administração. 
Durante a segunda revolução industrial o processo de industrialização se 
alastrou da Grã-Bretanha para vários países, devido ao aprimoramento dos meios de 
transporte, e assim a produção não se apoiava mais no pioneirismo do setor têxtil e 
sim, na difusão das novas tecnologias e formas de organização, estimulada pela 
industrialização do setor de bens de capital. (FERREIRA, et al 1997) 
Paralelamente, a implantação do sistema parlamentarista legitimou a profusão 
da burguesia política. Era o poder do novo capital sobrepujando a tradição hierárquica 
secular (FERREIRA, et al 1997). 
As organizações emergentes passaram a dar todas as atenções para a 
mecanização do trabalho. Maiores quantidades e menores custos na produção eram 
resultados de aprimoramentos tecnológicos e mecânicos, possibilitando aumentar o 
mercado potencial da organização e reduzir os preços praticados. A perspectiva 
empresarial passa, então a ser abrangente, sistemática e de mais longo prazo 
(FERREIRA, et al 1997). 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
6. REVOLUÇÃO FRANCESA 
 
Segundo Frederic (1951), as ideias de liberdade e igualdade vão marcar 
profundamente a vida dos franceses. Elas vão encontrar no final do século XVIII um 
cenário de grave crise econômica em toda a França. Esta crise era marcada pela 
falência do modelo econômico Frances, sustentado pela agricultura. 
Frederic (1951), afirma que este modelo já dava conta de suprir as 
necessidades básicas da sociedade. Desta forma, fome, desemprego, miséria eram 
parte de cenário de uma França em decadência. 
Para piorar ainda mais a situação, o Estado Absolutista Frances gastava muito 
mais do que podia arrecadar. Esta crise econômica associava-se a uma grave crise 
social, marcada por intenso desemprego e por uma insatisfação generalizada. A 
burguesia francesa não aceitava mais sustentar com o pagamento de pesados tributos 
uma nobreza e um Estado gastador (FRÉDÉRIC, 1951). 
Segundo Vovelle (1933), a burguesia conquistava um papel cada vez maior na 
organização econômica da França, e mostrava-se insatisfeita com a sociedade 
estamental presente, somado a isso as condições de vida do povo, tanto dos 
camponeses quanto dos trabalhadores das cidades era cada vez pior, altos impostos, 
inchaço das cidades, elevação do preço dos alimentos aumentavam o 
descontentamento do terceiro estado. 
Vovelle (1933), afirma ainda que os ideais iluministas se baseavam na 
organização de um estado e igualdade mais representativo e legitimado por toda a 
população, estes estavam presentes na base ideológica da burguesia francesa. 
Segundo Saldanha (1933), a sociedade era hierarquizada e dividida em 
estamentos. No topo da pirâmide estava situado o clero, em seguida a nobreza. A 
base dessa sociedade era formada pelos desempregados que, em número, 
aumentavam em grande proporção estes eram classificados como o Terceiro Estado. 
23 
 
Saldanha (1933), afirma que os trabalhadores tinham uma vida miserável e a 
burguesia almejava uma participação política maior e mais liberdade econômica, 
mesmo tendo uma condição de vida melhor. 
Com seu reinado em crescente endividamento, Luis XVI procurou adaptar 
várias formas de mudança para se livrar da situação. Entretanto suas tentativas 
fracassaram. Surgiram, então tumultos de ordem popular. Diante da adversidade, o 
monarca decidiu convocar os “Estados Gerais” para solucionar a crise do país. Devido 
à crise começou a despontar das camadas intermediárias do Terceiro Estado, 
indivíduos com agitação política impregnados de ideias iluministas. Por toda a França, 
atos semelhantes se espalharam até mesmo nas áreas rurais (SALDANHA, 1933). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
7. LINHA DO TEMPO 
 
 
 
 
Figura 5 - Linha do Tempo - Fatos Históricos 
 
Fonte: Elaborado com base nos eventos históricos abordados no texto 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
8. HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICASegundo Filho e Silva (2008), a administração Científica surgiu no final do 
século XIX, naquele momento histórico, surgia a ideia de racionalidade, quando toda 
atividade humana teria que ser estruturada como Ciência e Administração não fugia a 
regra. Muitas invenções vinham se acumulando desde a chamada 2° fase da 
Revolução Industrial e de grande acúmulo de riqueza do sistema colonial. 
Segundo Maximiano (2000), O berço da Administração científica foi a 
sociedade Americana dos Engenheiros mecânicos, fundada em 1880, da qual Taylor 
era sócio e chegou a presidente. Foi no ano de 1901, Taylor retornou a Filadélfia, 
dedicando- se a divulgação de suas ideias. 
Em 1910, foi criada a Sociedade para a promoção da Administração Científica, 
que se tornou em 1915, ano de sua morte, Sociedade Taylor (MAXIMIANO, 2000). 
Com a expansão acelerada de empresas nos Estados Unidos e na Europa no 
século XX, partiu daí a necessidade de lidar com a eficiência das enormes 
quantidades de recursos que essas empresas e governos passaram a mobilizar. 
(MAXIMIANO, 2000). 
De acordo com Maximiano (2000), Frederick Winslow Taylor (1856-1915), que 
liderou o movimento da Administração Científica, esse movimento, em essência, 
propunha combate ao desperdício, especialmente por meio do resenho do trabalho 
para aumentar a eficiência. A ideias de Taylor deixou, para resolver esses problemas, 
são usadas até hoje e provavelmente continuarão a ser por muito tempo ainda. 
A Revolução Industrial trouxe profundas mudanças na sociedade da época. A 
migração da zona rural para as cidades cresceu de maneira desordenada, trazendo 
caos social para a região urbana. Tal crescimento também aconteceu com as 
organizações. Indústrias cada vez maiores recrutavam muitos trabalhados que 
cumpriam jornada de trabalho de 14 hr, recebendo salários muito baixos, e sem 
nenhum tipo de benefício social. Estes cenários representavam problemas sociais 
muito graves, condição de trabalho insalubres e uma produtividade muito irregular, 
26 
 
sendo agravada por uma alta taxa de rotatividade pessoal. Para tentar reverter essa 
situação, alguns estudiosos começaram a desenvolver metodologias, em busca de 
diminuir a ineficiência do processo produtivo nas organizações, dando início a 
Administração Científica (ROBBINS e COULTER, 1998). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
9. PRINCIPAIS IDEALIZADORES DA TEORIA 
 
Para Filho e Silva (2008), Frederick Winslow Taylor (1856-1915), engenheiro 
americano, é considerado “ O pai da Administração Científica “. Quando tinha 23 anos 
de idade inventou um método de cortar aço que permitiu a utilização das ferramentas 
por três vezes mais, o que melhorou bastante o desempenho. Procurou resolver 
problemas relacionados com salários. Criou remuneração pelo serviço feito e depois 
os incentivos à produção, objetivando eficiência, baixo custo, alta produtividade, 
menos esforço físico, maior remuneração, divisão social do trabalho. 
Segundo Maximiano (2000), em torno das ideias de Administração Cientifica, 
congregaram-se diversos seguidores e colaboradores de Frederick Taylor. Frank e 
Lillian Gilbert, Henry Gantt e Hugo Munsterberg. 
Frank Bunker Gilbert nasceu em 1968. Embora tivesse sido admitido no 
Massachusetts, decidiu abandonar os estudos para aprender o ofício de pedreiro. 
Trabalhando em uma empresa de construção, chegou a superintendente aos 27 anos. 
Começou a fazer observações sobre os movimentos e inventou os andaimes móveis, 
que facilitavam o trabalho da colocação de tijolos. 
Henry Gantt nasceu em 1961. Em 1884, formou-se em engenharia mecânica. 
Em 1887, se tornou assistente no departamento de engenharia. Em 1988, tornou-se 
assistente de Taylor. Em 1901, estabeleceu-se como consultor em administração. Foi 
um dos primeiros especialistas em eficiência a entra no ramo (MAXIMIANO, 2000). 
Segundo Robbins e Goulter (1998), o principal representante desse período foi 
Frederick W. Taylor, que ficou conhecido como pai da administração científica. Taylor 
revolucionou os processos tradicionais dos métodos de trabalho, aplicou métodos 
científicos em várias empresas norte-americanas. Taylor não possuía treinamento em 
administração e se baseava somente em suas investigações sobre o que deveria ser 
feito. 
 
 
28 
 
10. CONCEITOS E PRINCÍPIOS 
 
Segundo Filho e Silva (2008), Taylor elaborou quatro grandes princípios da 
Administração Científica: 
Desenvolvimento de uma ciência de trabalho, os chefes não podem se queixar 
da incapacidade de seus operários, estes sabiam exatamente o que se espera que 
eles façam; 
Seleção e desenvolvimento Científico do empregado. Para atingir o nível de 
remuneração prevista, o estudo de tempo determina que o operário first-class-man 
precisa preencher certos requisitos pela seleção; 
Combinação da Ciência do Trabalho com a seleção pessoal. Taylor observou 
que os operários estão dispostos a aprender a fazer um bom trabalho; 
Cooperação entre Administração e Empregados, somente uma constante e 
íntima cooperação possibilitará a observação e medida sistemática do trabalho, que 
permitirá a fixação dos níveis de produção e incrementos financeiros. 
Segundo Maximiano (2000), os princípios da Administração Científica estão 
divididos em 3 fatores: 
1° Fase: 
Ataque ao problema dos salários; 
Estudo sistemático do tempo; 
Definição de tempos – padrão sistema de administração de tarefas. 
2° Fase: 
Ampliação de escopo da tarefa para a administração; 
Definição de princípios de administração do trabalho. 
3° Fase: 
Consolidação dos princípios; 
Proposição de divisão de autoridade e responsabilidades dentro da empresa; 
29 
 
Distinção entre técnicas e princípios. 
Segundo Robbins e Goulter (1998), Taylor então ao investigar, começou a 
aplicar novas técnicas que além de proporcionar maiores lucros aos patrões e de 
valorizar trabalho dos operários, isso assegurou a todos uma prosperidade mútua, que 
se refletiu satisfatoriamente na própria riqueza do país. Taylor culpou a administração, 
e não os operários, porque era função dos gerentes projetar atividades de maneira 
apropriada a oferecer incentivos adequados para estimular a produção dos operários. 
Entre as contribuições de Taylor as mais conhecidas são as seguintes: 
 O objetivo da boa administração era pagar salários altos e ter baixos custo de 
produção; 
 Com esse objetivo, a administração deveria aplicar métodos de pesquisa para 
determinar a melhor maneira de executar tarefa; 
 Os empregados deveriam ser cientificamente selecionados e treinados, de 
maneira que as pessoas e tarefas fossem compatíveis; 
 Deveria haver uma atmosfera de íntima e cordial cooperação entre a 
administração e os trabalhadores para garantir um ambiente psicológico 
favorável desses princípios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
11. CONTRIBUIÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO CIENTIFICA 
 
Filho e Silva (2008), apontam importantes contribuições da teoria para a 
administração. Falam que a teoria contribuiu com a resolução dos problemas salariais, 
propondo que quem produzisse mais ganharia de acordo com sua produtividade; 
objetivou a eficiência, de baixo custo, alta produtividade remuneração conforme 
produção; divisão social do trabalho e na possibilidade de atenuar interesses entre o 
capital e o trabalho; estabeleceu planejamento e defendeu a racionalidade da 
organização; criou normas para melhorar a produção e defendeu o treinamento em 
serviço. Taylor deu início a estruturação da administração e muitos princípios criados 
por ele ainda está em evidência em outras teorias. 
Ribeiro (2016), mostra que Taylor estabeleceu princípios destinados a 
generalização daquilo que atingira por meio de experimento. O autor aponta três 
contribuições da teoria: 
 Atribuição das tarefas para os trabalhadores, de acordo com suas habilidades; 
 Solicitou aos trabalhadores metas igual oumaior ao que foi estipulado; 
 Atribuiu remuneração diferente por unidade produzida, que seria pago somente 
para aqueles que cumprissem a meta ou para quem as superassem. 
De acordo com Bonome (2009), as condições de trabalho que mais 
preocupavam os pesquisadores da teoria eram as maquinas e equipamentos que 
deveriam obedecer a perspectiva de racionalização do fluxo de produção, os 
instrumentos e equipamentos desenvolvidos para diminuir o esforço do trabalhador e 
minimizar as perdas na execução da tarefa, projeção de equipamentos para cargos 
específicos, melhoria do ambiente físico de trabalho, iluminação, ruídos, conforto geral 
no trabalho para que os trabalhadores não reduzissem a eficiência. A teoria contribui 
com a padronização das ferramentas, instrumentos de trabalho matérias-primas dos 
equipamentos e maquinas, buscando reduzir a instabilidade no processo. 
 
 
31 
 
12. APLICAÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO CIENTIFICA NAS EMPRESAS 
 
Ribeiro (2016), diz que Taylor empenhado em alcançar a máxima produção 
começou a aplicar o estudo de tempos em movimento. Substituiu a improvisação pela 
prática científica; Classificação escolheu os trabalhadores e os treinou para produzir 
mais, com melhor qualidade; Controlar o trabalha o trabalho para ter certeza que está 
sendo feito de acordo com o que foi determinado; distribuir as tarefas e as 
responsabilidade, preparo, planejamento e o controle de trabalho, estudar cada tarefa 
antes de determinar como devem serem feitas; estudar o trabalho dos operários, 
cronometrando cada um de seus movimentos para eliminar os inúteis; treinar os 
agentes nas respectivas atribuições; estabelecer maior remuneração quando as 
metas forem atingidas ou superadas; padronizar as ferramentas de trabalho, para sua 
correção e aperfeiçoamento; classificar de forma prática os equipamentos, processos 
e os matérias a serem usados. Taylor focou seus estudos no trabalho dos operários 
procurando dividir as tarefas em seus elementos básicos, passando a cronometrar o 
tempo necessário para sua execução, acabando com os movimentos inúteis e com os 
desperdícios de tempo. 
 Bonome (2009), fala que para Taylor a organização deve ser entendida e 
colocada em prática de modo cientifico e não experimental, como era feito de um 
modo improvisado e que deveria dar lugar a ação de planejamento baseando-se 
nesse pensamento, defendia que as aplicações da teoria são o estudo de tempo e 
dos padrões de produção; supervisão funcional; padronização de ferramentas e 
instrumentos, princípios de execução, utilização de cálculos e de instrumentos para 
economizar tempo; instrução de serviço; prêmios pela eficiência da execução da 
tarefa e definição da rotina de trabalho. 
Sobral e Peci (2013), mostram um conjunto de aplicações em busca de gestão 
de trabalho eficiente, que por meio de treinamentos rápidos e adequados, poderiam 
executar uma tarefa no tempo determinado para sua execução. Para cada elemento 
de trabalho, desenvolver uma ciência com normas rígidas, padronização de 
ferramentas e condições de trabalho; selecionar treinar e aperfeiçoar o trabalhador; 
remuneração diária e articulando o trabalho com os princípios da ciência 
32 
 
desenvolvida; divisão de trabalho e responsabilidade e entre administradores e 
operários. Para Taylor maneira correta para desempenho da tarefa com mais 
eficiência e assegurando o máximo rendimento é analisar é analisar o trabalhador em 
suas diferentes fases e estudar os movimentos necessários para sua execução para 
simplificados e reduzi-los. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
13. CRITICAS A ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA 
 
Segundo Maximiano (2000), a acolhida às ideias de Taylor teve altos e baixos. 
Na indústria e no governo, despertava entusiasmo. Entre os trabalhadores, a imprensa 
e os políticos, provocou reações desfavoráveis. A sociedade fundamentou a crítica 
em dois receios: 
Aumentar a eficiência provocaria desemprego. 
A administração científica nada mais era do que uma técnica para fazer o 
operário trabalhar mais e ganhar menos. 
Sobral e Peci (2013), fala que por motivos de grande repercussão, em 1911 
Taylor foi convocado a fazer um depoimento no Congresso américa a respeito da 
administração científica. Um dos congressistas mostrou a Taylor que uma técnica 
aplicada por Gilbreth havia aumentado a eficiência do pedreiro em 300%, mas seus 
rendimentos haviam crescido apenas 30%. Houve então um inquérito que terminou 
com a proibição do uso de cronômetros e pagamento de incentivos, mas as demais 
técnicas da administração foram preservadas. O resultado foi de grandes ganhos de 
eficiência na produção de armas e munições, o que fez aumentar o entusiasmo dos 
militares americanos quando a primeira guerra começou. 
Sobral e Peci (2013), diz que a teoria via o trabalhador como máquina e não 
considerava o lado humano, tratava o trabalhador como uma engrenagem do sistema 
de produção. Embora a teoria apresente abordagem científica, ela não teve a 
capacidade de gerar princípios aplicáveis em todo contextos administrativos. 
Para Bonome (2009), apesar das contribuições de Taylor, a organização 
racional e seus desdobramentos causaram algumas consequências que não foram 
previstas. O autor aponta a abordagem de sistema fechado, analisava as 
organizações sem considerar a relação existente entre elas e o meio ambiente, 
abordagem incompleta da organização que analisa somente os problemas de 
produção, não tratando as demais áreas da empresa, especialização do trabalhador 
era dado através das tarefas fracionadas, tornou supérflua a sua qualificação, 
34 
 
desprezando suas habilidades, visão microscópica do trabalhador, o trabalhador é um 
anexo da máquina, a serviço da máquina que trabalha de acordo com o ritmo imposto 
pela máquina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
14. HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO CLASSICA 
 
Segundo Maximiano (2011), na passagem do século XIX para o século XX, a 
aceleração da revolução industrial e as ideias dos pioneiros da escola clássica 
deixaram plantadas as sementes de uma grande transformação. No campo das 
teorias, essa transformação foi representada tanto pela evolução das ideias clássicas 
quanto pelo surgimento de novas concepções sobre como administrar as 
organizações. Os administradores das empresas criadas na passagem para o século 
XX perceberam que, para crescer e aproveitar as oportunidades de mercado, era 
necessário ir além da organização da linha de montagem e da eficiência operacional 
das fábricas. Eram necessárias estratégias para crescer. 
Com a expansão da atividade industrial e o crescimento no número e tamanho 
das organizações, surgiu a necessidade de administrá-las com sucesso. Foi então, 
mediante a essas necessidades que se desenvolveu a teoria da administração. Foi 
esse esforço que resultou na definição da administração que é estudada na atualidade 
(MAXIMIANO, 2011). 
Conforme Maximiano (2011), as pessoas não eram negligenciadas pelas 
teorias Clássicas, mas eram consideradas recursos dos processos produtivo. Essa 
maneira prescritiva de lidar com os problemas organizacionais é entendida pela 
inexistência de referências da época. 
Segundo Filho e Silva (2008), a Abordagem Clássica da Administração surgiu 
no final do século XIX alicerçada pelas ideias positivistas de Augusto Comte (1798-
1857). Naquele momento imperava a ideia de racionalidade, quando toda a atividade 
humana teria que ser estruturada como ciência e a Administração não fugiu à regra. 
Para o Positivismo, a razão está acima de tudo e de todas as áreas do conhecimento. 
Desde a segunda fase da Revolução Industrial, todo esse quadro foi 
acompanhado de grande avanço tecnológico, muitas invenções vinham se 
acumulando. A igreja Católica já se encontrava organizada e servia de exemplo para 
as grandes empresas, que também se espelhavam naestruturação das organizações 
36 
 
militares. As empresas cresciam muito e daí surgiu a necessidade de organizar o 
trabalho produtivo (FILHO e SILVA, 2008). 
Segundo Motta e Vasconcelos (2008), no século XVII, Descartes negou todo 
conhecimento recebido com base apenas em costumes e tradições e salientou o 
poder da razão para resolver qualquer espécie de problema. Era a substituição do 
tradicional pelo racional. 
Havia um campo, no entanto, que ainda não tinha sido afetado pela 
racionalização. Esse campo era o do trabalho. O advento das máquinas tornou o 
trabalho evidentemente mais eficiente, porém ainda não havia provocado a 
racionalização da organização e execução do trabalho (MOTTA e VASCONCELOS, 
2008). 
Motta e Vasconcelos (2008), afirma que, no início do século XX, surgiram os 
pioneiros da racionalização do trabalho, e também ideias semelhantes. O pensamento 
centra da escola Clássica pode ser resumido na afirmação de que alguém será um 
bom administrador à medida que seus passos forem planejados, organizados e 
coordenados de maneira cuidadosa e racional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
15. PRINCIPAIS AUTORES DA TEORIA CLASSICA 
 
Segundo Maximiano (2011), há autores que dominam de escola neoclássica o 
conjunto de teorias que evoluíram da escola clássica de Taylor, Fayol e Ford. A teoria 
Clássica foi idealizada por Henri Fayol. Caracteriza-se pela ênfase na estrutura 
organizacional, pela visão do homem econômico e pela busca da máxima eficiência. 
Sofreu críticas como a manipulação dos trabalhadores através dos incentivos 
materiais e salariais e a excessiva unidade de comando e responsabilidade. 
Paralelamente aos estudos de Frederick Winslow Taylor, Henri Fayol defendia 
princípios semelhantes na Europa, baseado em sua experiência na alta 
administração. 
Segundo Motta e Vasconcelos (2008), em 1916, foi publicado na França o livro 
Administração geral e industrial, de Henri Fayol, que, embora também fosse 
engenheiro, era mais um administrador de cúpula, tendo mesmo, como diretor-geral, 
salvado da falência uma grande empresa metalúrgica. O estilo Fayol é esquemático e 
bem – estruturado. É dele a clássica divisão de funções do administrador em planejar, 
organizar, coordenar, comandar e controlar. Não menos notável foi Henry Gantt, que, 
seguindo de perto os trabalhos de Taylor, chegou às conclusões próprias quanto a 
problemas de administração. 
Gantt reconheceu a eficiência de incentivos não monetários (MOTTA e 
VASCONCELOS, 2008) 
Segundo Filho e Silva (2008), o criador da teoria clássica da administração foi 
Henri Fayol, nasceu em Constantinopla, em 1841, onde vivenciou transformações da 
Revolução Industrial. Com o passar dos anos, se formou em engenharia de minas, o 
que fez ingressar em uma empresa siderúrgica e carbonífera, na qual fez grande parte 
de sua carreira. Fayol partiu de uma abordagem mais simples e global, para uma 
abordagem mais anatômica e estrutural das organizações, que rapidamente ofuscou 
a teoria trazida por Frederick Taylor. 
 
 
38 
 
16. CONCEITOS E PRINCÍPIOS DA TEORIA CLÁSSICA 
 
Conforme Maximiano (2011), Fayol relacionou 14 princípios básicos que podem 
ser complementados aos de Taylor: 
Divisão do trabalho: especialização dos funcionários desde ao topo da 
hierarquia até os operários da fábrica, assim, favorecendo a eficiência da produção e 
aumentando a produtividade; 
 Autoridade e responsabilidade: direito de os superiores darem ordens que 
teoricamente serão obedecidas, responsabilidade é contrapartida da 
autoridade; 
 Unidade de comando: um funcionário deve receber ordens de apenas um 
chefe, evitando contra-ordens; 
 Unidade de direção: o controle único é possibilitado com a aplicação de um 
plano para grupo de atividades com os mesmos objetivos; 
 Disciplina: necessita de estabelecer regras de conduta e de trabalho válidas 
para todos os funcionários; 
 Prevalência dos interesses gerais: os interesses gerais das organizações 
devem prevalecer sobre os interesses individuais; 
 Remuneração: deve ser suficiente para garantir a satisfação dos funcionários 
e da própria organização; 
 Centralização: as atividades vitais da organização e sua autoridade devem ser 
centralizadas; 
 Hierarquia: defesa incondicional da estrutura hierárquica, respeitando à risca 
uma linha de autoridade fixa; 
 Ordem: deve ser mantida em toda a organização, preservando um lugar para 
cada coisa e cada coisa em seu lugar; 
 Equidade: A justiça deve prevalecer em toda organização, justificando a 
lealdade e a devoção de cada funcionário à empresa; 
 Estabilidade dos funcionários: uma rotatividade alta tem consequências 
negativas sobre desempenho da empresa e o moral dos funcionários. 
39 
 
 Iniciativa: deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um plano e 
cumpri-lo; 
 Espírito de equipe: o trabalho deve ser conjunto, facilitado pela comunicação 
dentro da equipe. Os integrantes do mesmo grupo precisam ter consciência de 
classe, para que defendam seus propósitos. 
Segundo Motta e Vasconcelos (2008), Fayol entende o ato de administrar como 
uma junção de cinco atividades ou funções corporativas. Elas são consideradas o 
exercício de prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Essas funções 
administrativas englobam os principais elementos da ciência da administração, 
atuando como delineador das atividades do administrador. 
Fayol definiu o que seriam os principais princípios da administração, sendo 
eles: a divisão do trabalho, a autoridade responsabilidade, a disciplina, a unidade de 
comando, a unidade de direção, a subordinação dos interesses individuais aos gerais, 
a remuneração do pessoal, a centralização, a cadeia escalar (linha de autoridade), a 
ordem, a equidade, a estabilidade, a iniciativa e o espírito de equipe (MOTTA e 
VASCONCELOS, 2008). 
Segundo Filho e Silva (2008), Fayol em seus estudos e prática, partiu do 
princípio de que a administração é uma função distinta de outras funções da empresa, 
como produção, finanças, distribuição etc. Acreditava que a administração tem 5 
funções principais, que são: Planejar, Organizar, Comandar, Coordenar e controlar. 
Na concepção de Fayol, a administração está presente em todas as organizações de 
seres humanos. Defendeu que as empresas devem ser divididas de acordo coma s 
atividades, relacionando-se com as finalidades estipuladas e com as funções de 
administrar. 
Fayol relacionou 14 princípios da Administração, que são: 
 Divisão do trabalho; 
 Autoridade e responsabilidade; 
 Disciplina; 
 Unidade de comando; 
 Unidade de direção; 
40 
 
 Interesse Geral; 
 Remuneração do pessoal; 
 Centralização; 
 Linha de autoridade; 
 Ordem; 
 Equidade; 
 Estabilidade do pessoal; 
 Iniciativa; 
 Espírito de equipe. 
Esses princípios devem estar integrados para o desenvolvimento, manutenção 
e harmonia. É a soma de esforços e talentos e não a divisão. 
Fayol estabeleceu que os trabalhadores estariam classificados para as tarefas 
conforme; 
 Habilidade, destreza e qualidades físicas de cada um; 
 O desenvolvimento cognitivo da pessoa; 
 O senso de responsabilidade e formação moral; 
 A cultura geral de cada um; 
 As experiências acumuladas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
17. CONTRIBUIÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO NAS EMPRESAS 
 
De acordo com Maximiano (2011), Fayol dizia que a administração é uma 
atividade comum a todos os empreendimentos humanos que sempre exigem algum 
grau de planejamento e organização, comando, coordenação e controle. Fayol 
dedicou-se a construir um modelo gerencial onde, por vários anos, levou em 
consideração sua própria experiência de desenvolvimento nesse modelo 
administrativo, onde classifica alguns deveres que todos os gerentes deveriam seguir: 
 Assegurar cuidadosamente preparação dos planos e sua rigorosa execução; 
 Cuidar para que a organização humana e material seja coerentecomo objetivo, 
os recursos e os requisitos da empresa; 
 Estabelecer uma autoridade construtiva, competente, enérgica e única; 
 Harmonizar atividades e coordenar esforços; 
 Formular decisões de forma simples, nítida e precisa; 
 Organizar a seleção eficiente do pessoal; 
 Definir claramente as obrigações; 
 Encorajar a iniciativa e o senso de responsabilidades; 
 Recompensar justa e adequadamente os serviços prestados; 
 Usar sanções contra falta e erros; 
 Manter a disciplina; 
 Subordinar os interesses individuais ao interesse geral; 
 Manter unidade de comando; 
 Supervisionar a ordem material e humana; 
 Ter tudo sob controle; 
 Combater o excesso de regulamentos, burocracia e papelada. 
 Seguindo cuidadosamente esses deveres os gerentes estariam otimizando e 
criando uma gerência eficaz e de poucos problemas. 
Segundo Motta e Vasconcelos (2008), Fayol afirmava que as pessoas dentro 
da empresa deveriam se especializar em uma determinada função, pois assim cada 
pessoa estaria cada vez mais apta a fazer, com mais prática e de forma otimizada, 
suas tarefas. Para isso todo funcionário deveria ter uma função específica para 
42 
 
determinado setor. Para os gerentes atuais isso é um ponto de discussão. Algumas 
empresas encaram essa especialização como mais ágeis os processos 
administrativos. 
Motta e Vasconcelos (2008), deixa claro que a multifuncionalidade pode ser 
fonte de produtividade ou não, alguns gerentes utilizam essa especialização outros 
não. 
Segundo a definição de Fayol, a centralização era como a diminuição da 
importância do papel do subordinado, enquanto a descentralização era a elevação 
desta importância (MOTTA, 2008). 
Segundo Filho e Silva (2008), a divisão de trabalho constitui a base de toda 
organização, atuando como a razão da mesma. É um princípio que conduz à 
especialização, diferenciando as tarefas e aumentando a eficiências das atividades. 
Nesse caso a teoria Clássica busca atingiras unidades, setores e departamentos da 
organização. O princípio possui duas direções, sendo uma vertical (níveis de 
autoridade) e a outra horizontal (tipos de atividade), que também é conhecida por 
departamentalização. 
A coordenação é a junção de todas as atividades e esforços aplicados em uma 
organização. Se a subdivisão do trabalho é indispensável, a coordenação é 
obrigatória. Ela precisa ser baseada em uma junção de interesse, indicando um 
objetivo comum a ser alcançado por todos. É certo dizer que quanto maior for a 
organização, maior será a necessidade de existir processos coordenados que 
garantam sua máxima eficiência (FILHO e SILVA, 2008). 
 
 
 
 
 
 
43 
 
18. CRITICAS A TEORIA CLÁSSICA 
 
Segundo Maximiano (2011), a teoria clássica preocupou-se apenas com a 
organização formal, ignorando o lado informal e social que existia dentro das 
empresas e indústrias da época. A ênfase na estrutura levava ao exagero, 
ocasionando uma falha no tratamento dos grupos informais. Nesse caso a teoria trata 
a organização como um sistema fechado, composto de algumas variáveis conhecidas 
e previsíveis. 
A teoria clássica ficou conhecida como teoria das máquinas, uma vez que 
trabalhava os conceitos organizacionais apenas sob o foco no comportamento 
mecânico e não social (MAXIMIANO, 2011). 
Segundo Motta e Vasconcelos (2008), o ato de ignorar o homem com quem se 
vai trabalhar na organização é um contrassenso. A ênfase deve, no parecer dessa 
escola, ser dada aos grupos primários; para ela, a organização informal é de grande 
importância. 
Nesse caso é dado ênfase às relações formal e informal e, por meio de 
pesquisas demonstram que a maioria dos operários não pertence a grupos informais 
dentro do trabalho. No que se refere à aprendizagem, critica-se o fato que se propões 
uma visão restritiva dela: o operário deveria obedecer e preocupar-se em desenvolver 
apenas as habilidades estritamente necessárias ao cumprimento de sua função e à 
obediência das ordens localizadas. A qualificação profissional acima de certo nível era 
vista como prejudicial dentro de um sistema em que os operários executavam tarefas 
mecanizadas e metódicas. Os problemas provocados pela falta de visão do todo e a 
limitação do desenvolvimento das habilidades dos indivíduos foram sendo percebidos 
com o passar do tempo (MOTTA e VASCONCELOS, 2008). 
Segundo Filho e Silva (2008), a ênfase na estrutura visualiza a organização 
como uma disposição das partes (órgãos) que a constituem, sua forma e o inter-
relacionamento entre essas partes. Essa teoria da organização restringe-se apenas à 
organização formal. Para tratar racionalmente a organização, esta deve se 
caracterizar por uma divisão do trabalho e correspondente especialização das partes 
44 
 
que a constituem. A medida que ocorre a divisão de trabalho e especialização, deve 
haver coordenação para garantir a harmonia do conjunto e, consequentemente, a 
eficácia da organização. 
Entretanto, a abordagem simplificada da organização formal, deixando de lado 
a organização informal; a ausência de trabalhos experimentais para dar base às suas 
afirmações e princípios; o mecanismo da abordagem lhe valeu o nome da teoria da 
máquina; a abordagem incompleta da organização e a visualização da organização 
como se fosse um sistema fechado (FILHO e SILVA, 2008). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
19. HISTÓRIA DA TEORIA BUROCRÁTICA 
 
A teoria da burocracia originou-se a partir da grande necessidade que as 
organizações possuíam em manter um crescimento contínuo em estrutura e na 
diversidade de suas operações. A partir desse entendimento, Max Weber conclui que 
se faz necessário a aplicação de um modelo racional de organização, que 
compreenda o envolvimento de diversas variáveis, além do comportamento dos 
sócios e funcionários, aplicando-se não apenas em fábrica, mas também em outras 
áreas de atividades da empresa. A partir desse ponto de vista racional, é possível 
entender que o tamanho da estrutura e o trabalho de uma empresa, influenciam o 
nível da burocracia nas organizações, onde afirma que quanto maior empresa, mais 
burocrática (SILVA, 2008). 
De acordo com Meireles e Paixão (2003), Weber já configurava as 
organizações como estrutura burocráticas. Ao contrário do ponto de vista da teoria 
das relações humanas, que evidenciava haver harmonia organizacional, Weber e 
outros autores, reconheceram que a organização é uma unidade social complexa 
onde interagem diversos grupos sociais. A partir dessa interação, surgiram-se os 
conflitos, sendo estes observados entre as necessidades da organização e a de 
pessoal. Weber estudava a burocracia como uma espécie de dominação ou poder, 
dominação essa de natureza racional. 
Segundo Maximiano (2011), o cientista social alemão Max Weber foi pioneiro 
ao estudar sobre as burocracias. De acordo com Weber, as organizações e a 
sociedade modernas são sistemas normas impessoais. Weber não buscou definir nem 
ao menos estabelecer padrões de administração para que pudessem seguir, pois 
entendia que o modelo ideal não é prescritível, mas uma abstração descritiva. A 
burocracia é um esquema que procura resumir os pontos comuns na maioria das 
organizações formalmente modernas. 
 
 
 
46 
 
20. AUTORES QUE CONTRIBUÍRAM PARA TEORIA BUROCRÁTICA 
 
De acordo com Meireles e Paixão (2003), o desenvolvimento da administração 
burocrática foi responsável pela origem do moderno Estado Ocidental dominante até 
os dias atuais. Foi com base nas análises se Max Weber e de tanto outros autores 
que a teoria foi desenvolvida. 
 Max Weber: foi sociólogo e economista, lecionou na Universidade de Friburgo 
e na Universidade de Munique. Weber passou a ser conhecido pela teoria dos 
tipos ideias. Pretendeu unir o método histórico e tipológico, onde chamou de 
método compreensivo. Escreveu teses como a de doutorado sobre a história 
das companhias de comérciono período da Idade Média e sobre a história das 
instituições agrárias. Logo ao início da Primeira Guerra Mundial, como capitão, 
encarregou-se de administrar e organizar nove hospitais de Heidelberg. 
Publicou o livro História econômica geral. Como cientista social, Weber 
preocupava-se com a natureza das burocracias, onde significava uma 
eficiência praticamente maquinal que uma organização humana poderia 
alcançar. Ainda segundo Weber, os elementos mais genuínos de burocracia 
são regras e procedimentos formais, tarefas especializadas, promoção 
conforme mérito, hierarquia, punições e recompensas padronizadas, garantia 
de trabalho como recompensa mediante dedicação à empresa e lazer e 
trabalho nitidamente separados. 
 Peter Blau e Richard Scott: Peter Blau estudou na Universidade de Chicago e 
Richard Scott na Universidade de Stanford. Em parceria escreveram o livro 
Organizações formais, obra está que examinou um grande número de 
empresas a partir dos conceitos de Max Weber, identificando e apresentando 
três impasses principais da organização formal como: coordenação entre 
comunicação livre, iniciativa entre planejamento administrativo, especialização 
profissional entre disciplina burocrática. 
 Motta e Vasconcelos (2008), apresenta diversas linhas estruturalistas, porém 
seu livro concentra-se no estruturalismo fenomenológico de Max Weber que 
inspirou autores como: Merton, Gouldner, Selznick, entre outros. 
47 
 
 Merton: criador da obra de grande influência como a Teoria social e estrutura 
social. Para Merton, a estrutura burocrática principia transformações na 
personalidade dos seus integrantes que induzem a rigidez, à ineficiência e 
complicação no atendimento aos clientes, responsáveis pelas consequências 
ocasionais. Merton entende que toda ação social provoca uma oposição básica 
ocasionando em consequências contraditórias, pois para cada efeito desejado 
de determinada ação, existirá uma série de efeitos complementares não 
previstos, não desejados pelo administrador. Com a existência dessas 
contradições não desejadas à ação social, geram tensões nas organizações, 
conduzindo a manifestação da resistência organizacional e conflitos. Em seu 
livro The bureaucratic personality, ele escreve dizendo que o comportamento 
do homem nas organizações é enxergado como meio para alcançar 
determinado objetivo. Em seu livro, Merton ainda diz que o comportamento do 
indivíduo no ambiente organizacional, produzem resultados indesejáveis e 
inesperados, questionando a eficiência da lógica instrumental nas 
organizações burocráticas. Em seu outro estudo O soldado americano, 
aplicado no exército americano, chegou na seguinte conclusão que à medida 
que os aspirantes e oficiais se adequassem à normas e padrões da corporação, 
mais rápido seriam elevados aos níveis hierárquicos da corporação. O estudo 
foi realizado em três grupos de soldados recrutas do batalhão mostrando que 
veracidade da hipótese, pois os oficiais e aspirantes que mantinham uma 
conduta mais convencional, eram promovidos mais rápido, mostrando que a 
aprovação se baseava na forma de comportamento e valores informais e não 
às normas e regras estabelecidas. 
 Gouldner: este autor fez diversos estudos em uma mina de gesso, onde 
constatou que os integrantes de uma organização não possuem os mesmos 
interesses e objetivos. Este propôs que as leis burocráticas representavam o 
interesse de parte dos indivíduos da organização, conflitando com os 
interesses de outros indivíduos do sistema, ocasionando ao surgimento do 
ajustamento das regras. Gouldner diz que o grau de burocratização é uma 
função do nível de resistência à introdução de regras no sistema. Segundo seu 
estudo, há influencias sociais que necessitam de maior nível de burocratização 
enquanto outras resistem a estipulação de novas normas e regras. Em seu livro 
Patterns of industrial bureaucracy, faz referência a três tipos de estrutura 
48 
 
burocrática como: a falsa burocracia, onde as regras são artificiais, existindo 
apenas para representar, mas que não são obedecidas, pois contem regras 
que não representam o interesse de nenhum grupo dentro da organização. A 
burocracia representativa, são regras e normas que representam interesses 
sólidos a todos os grupos de uma organização, regras essas que são 
cuidadosamente seguidas de maneira escrito e reforçada pelos indivíduos. Por 
fim a burocracia autocrática, que tem como base as regras elaboradas por 
gestores com objetivo de trazer punição a condutas problemáticas. 
 Setznick: criador da obra Liderança na administração – uma interpretação 
sociológica, Setznick enxerga no nível da delegação de autoridade, forças que 
geram problemas quanto a eficiência na burocracia, pela elaboração de 
condições favoráveis à divisão de interesses. A base de seu estudo, se deu em 
1949, no Tennessee Valley Authority (TVA), empresa criada para fabricação de 
fertilizante e uma usina elétrica, onde descreve como o excesso de valorização 
à regra acaba levando ao não atingimento dos objetivos da organização. Tanto 
a usina como a fábrica de fertilizantes, foram inauguradas durante a Primeira 
Guerra Mundial. Como a estrutura formal da empresa era pequena, eles 
adotavam uma forma democrática para administrar, onde contava-se com o 
auxílio da sociedade local para tomada de decisões nas questões referente a 
alocação de recursos, distribuição do produto produzido, compra de imóveis e 
contratação de funcionários. Setznick conclui descrevendo que as ações dos 
indivíduos nas organizações como uma ação obstinada e indecisa. Segundo 
ele, os indivíduos fazem parte de uma totalidade onde não pode ser reduzida a 
operação em torno de um papel especificamente social. Para Setznick, o 
homem não deixa de lado a sua personalidade quando vai trabalhar todos os 
dias, apesar de ser uma ideia da teoria burocrática. Na verdade, os indivíduos 
não eliminam outros aspectos de sua personalidade na ação e escolhas na 
organização. Setznick entende que as empresas são sistemas que 
condicionam os indivíduos em suas atitudes ao mesmo tempo que as 
organizações são construídas a partir desse processo de enação do grupo 
organizacional. 
 Chester: ganhou uma bolsa para estudar economia em Harvard, mas desistiu 
para ingressar ao departamento de estatística de AT&T. Presidiu New Jersey 
Bell Telephone Company em 1930. Chester foi discipulado por Pareto, Weber 
49 
 
e Kurt. Escreveu a obra As funções do executivo, onde explica a maneira pela 
qual as organizações operam, relatando o desequilíbrio que existiam entre as 
teorias administrativas. Em seu estudo, Bernard entende que a pessoa tem 
motivações individuais e uma vez que concordam em cooperar entre si com 
objetivo em comum, forma-se uma organização. Bernard defende a importância 
de uma estrutura informal, funcionando como meio de comunicação, coesão e 
proteção de integridade individual, pois entende que dentro das organizações 
formais encontram-se as informais, sendo vitais para manter uma empresa 
(Sobral, 2008). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
21. DEFINIÇÕES E PRINCÍPIOS DA ESCOLA BUROCRÁTICA 
 
Segundo Motta e Vasconcelos (2008), a estrutura burocrática se baseia nos 
princípios de que a divisão de tarefas é realizada de modo racional, com base em 
normas precisas, com intuito de permitir a execução das tarefas necessárias à 
conclusão dos objetivos da organização. Seu membro tem deveres e direitos definido 
por regulamentos e regras. Regras estas, aplicadas a todos os indivíduos da 
organização de acordo com suas ocupações. O processo de seleção é realizado por 
meio de regras antecipadamente estabelecidas, garantido a igualdade formal no 
processo de contratação. Quanto a remuneração, esta deve ser a mesma para os que 
executam funções similar. Na questão de carreira e promoção, devem se basear por 
critérios e regulados pornormas, e não por favoritismo ou afinidade pessoal. 
Segundo Andrade (2011), a teoria burocrática apresenta estruturas pesadas e 
severas, porém vagaroso em lidar com as inovações e com rápidas mudanças. A 
burocracia é uma das teorias mais eficiente de organização administrativa uma vez 
que estabelece oportunidades e desenvolve mecanismos para tomada de decisões 
tecnicamente adequadas, proporcionando também uma conduta disciplinada das 
pessoas seguindo assim o padrão da teoria. A teoria busca de modo duradouro e 
estável, a cooperação de um número elevado de pessoas, exercendo contendo uma 
função qualificada. 
A teoria pode ser analisada como uma organização humana baseada na 
racionalidade, na apresentação de alguns propósitos pretendidos, com o intuito de 
alcançar um modo eficiente e eficaz de seus objetivos. Weber define a burocracia 
como uma empresa eficiente por primor, e para que seus objetivos sejam alcançados, 
a teoria prioriza o planejamento em todas as circunstâncias, em como cada situação 
deve ser executada. Segundo ele, a origem da teoria burocrática é entendida como 
uma organização humana a partir do instante em que o ser homem passou a elaborar 
e registrar os primeiros códigos de normatização das relações existentes entre os 
cidadãos, sociedade e o estado (BONOME, 2009). 
 
51 
 
22. CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA BUROCRÁTICA NAS EMPRESAS 
 
Segundo Silva (2008), a teoria da Burocracia sofreu grande influência nos 
estudos da administração pública, porém não é só na área governamental que a teoria 
contribui; de acordo com Max Weber, todos os tipos de atividades administrativas 
utilizam a burocracia. Desse modo, todos os tipos de atividade que se baseiam em 
papéis e documentos movimentados em sequência contínua entre as organizações 
têm presente a teoria da burocracia. Afirma também que para muitos teóricos de 
organizações, as contribuições burocráticas se aplicam em grandes empresas, 
caracterizando em dimensões burocráticas de formalização, especialização, 
padronização e centralização. 
De acordo com Andrade (2011), para Weber a burocracia deveria assegurar a 
estabilidade, a prevenção e a padronização de comportamentos, visando a máxima 
eficiência a partir das seguintes dimensões com suas receptivas características 
básicas: 
 Normas e regulamentos: são regras gerais escritas que determinam os 
processos formais e definem como a organização devem funcionar; 
 Divisão de trabalho: é uma ferramenta que possibilita a sistemática 
especialização de alto grau e determina o emprego de pessoas tecnicamente 
qualificadas, proporcionando a eficiência na organização; 
 Hierarquia da autoridade: tem como meta proporcionar uma estrutura 
hierárquica na organização. As pessoas executam suas funções dentro do 
sistema de controle escalando do topo a base da pirâmide; 
 Relações impessoais: são relações que se caracterizam pela individualidade 
sem nenhuma interferência ou preferência emocional. A obediência é ao cargo, 
não a pessoa; de modo que a disciplina e as decisões não ocasionem 
interferência alheia à racionalidade no alcance dos objetivos da organização; 
 Especialização da administração: há uma separação entre o dono do capital e 
o dirigente. Quem administra a organização é um profissional qualificado para 
o cargo, o administrador é selecionado por sua capacidade técnica, recebe um 
salário e pode ser demitido. Os meios de produção não pertencem ao 
52 
 
administrador, estes estão acima dele. Sua função é gerenciar de modo 
racional é competente a organização em busca dos resultados destinados; 
 Formalização da comunicação: A burocracia é uma organização ligada à 
comunicação, de modo que seu formalismo é indispensável. Este procedimento 
tem por objetivo adequar a documentação de forma que a comunicação seja 
interpretada univocamente; 
 Rotinas e procedimentos: A burocracia estabelece que as regras e as normas 
técnicas sejam firmadas para cada cargo. Ocupantes de cada cargo está 
sujeito a imposições da burocracia não podendo agir de forma independente. 
É regulado por regras e leis dentro das quais suas atividades são executadas, 
seguindo o padrão previamente definido e estabelecido pelas normas técnicas; 
 Profissionalização do participante: Na organização burocrática, os participantes 
são profissionais pelos seguintes motivos, cada funcionário é o especialista no 
seu cargo, o funcionário ocupante de cargo ele não ocupa o cargo por vaidade 
ou horário, mas por que é principal na atividade, é um profissional selecionado 
e escolhido por competência e capacidade, o funcionário é recompensado 
dentro da organização por um sistema de promoções por meio de um plano de 
carreira baseado na competência técnica; 
 Previsibilidade do funcionamento: Todos os funcionários devem comportar-se 
de acordo com as normas e regulamentos determinados pela organização, 
para que seja possível obtenção da máxima eficiência possível; 
 Competência técnica: A seleção para admissão do funcionário baseada no 
mérito técnico. As escolhas seguem padrões técnicos, e não preferências 
pessoais, todos são tratados igualmente. 
Conforme Bonome (2009), Teoria da Burocracia é uma organização ligada por 
um processo de comunicação escrito sendo todas as normas, decisões e ações 
administrativas, formuladas e registradas e escritas. Isso mostra que a teoria é uma 
organização que preconiza a separação entre a propriedade e a administração. Weber 
identificar alguns fatores primordiais para o desenvolvimento da administração sobre 
a burocracia moderna: o desenvolvimento de uma economia monetária, crescimento 
quantitativo e qualitativo das tarefas administrativas, superioridade técnica e 
desenvolvimento tecnológico. 
53 
 
23. CRÍTICAS À TEORIA BUROCRÁTICA 
 
De acordo com Moraes (2004), a teoria burocrática por sua maioria recebeu 
suas críticas por conta de seus exageros, sua falta de flexibilidade, por extremo 
formalismo e papelório impossibilitando a flexibilidade organizacional criando um 
divisor até nas mudanças. O processo decisório se tornou lento por intermédio da sua 
formalidade, regras, leis e procedimentos. Outra crítica é que a teoria não considera 
relacionamentos informais, não levando em conta que os negócios são fruto de um 
relacionamento informal. O autor afirma que por sua tendência a teoria uma vez 
estabelecida, sua remoção é difícil, pois, as pessoas caem no comodismo do dia-a-
dia dando-lhe segurança. Por fim ele completam dizendo que o sistema não se adapta 
em todas as organizações. 
Segundo Araújo e Garcia (2010), alguns autores que criticam o modelo ideal 
de Weber acreditam que o foco no excesso de regras, acaba em disfunções 
burocráticas. Para os autores, o indivíduo ao seguir as regras tem a preocupação 
apenas com o fim, esquecendo-se da importância do meio e início perdendo a 
capacidade de questionar o sistema. Ele afirma que por mais que exista regras, elas 
podem ocasionar transformações quando executadas, pois não conseguimos 
identificar como será o comportamento humano. Por outro lado, alguns autores dizem 
que o modelo burocrático tem suas falhas, suas regras burocráticas representam foco 
apenas na parte administrativa gerando conflito em outros setores, nesse sentido o 
autor cita três tipos de burocracia : burocracia falsa aquela que não representa 
interesse de nenhuma parte, e nunca é executada, a burocracia representativa é 
aquela que representa o interesse de todos e são cumpridas e a burocracia 
autocrática, aquela que só representa interesse de uma só parte da organização. 
Segundo Silva (2008), as críticas quanto aos princípios burocráticos se 
classificam na diferença entre a situação prática e a definição teórica. A teoria limita o 
empregador ou empregado em suas funções tirando sua flexibilidade organizacionais, 
muitas críticas têm sido impostas com relação ao conceito da burocracia pelas suas

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