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1 REGIME DE BENS ESTUDO DE CASOS PROF JOSÉ Mª SILVA 01. No regime da comunhão universal de bens, cabe ao marido administrar os bens comuns do casal? De acordo com o artigo 1.642, não. Em qualquer regime de bens, cabe tanto o marido quanto a mulher podem praticar os atos que não lhe são vedados expressam. 02. Que bens se comunicam no regime da comunhão universal de bens? De acordo com o artigo 1.667 a comunhão universal importa a comunicação de todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dividas passivas, com exceção de algumas coisas. 03. Que bens não se comunicam no regime da comunhão universal de bens? De acordo com o artigo 1.668 são excluídos da comunhão: Os bens doados ou herdados com a clausula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar; Os bens gravados de fideicomisso e direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva; As dividas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum; As doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a clausula de incomunicabilidade e os bens referidos nos incisos V a VII do artigo 1.659 que são Os bens de uso pessoal, os livros e os instrumentos de profissão; Os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge e as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes. 04. Que bens se comunicam no regime da comunhão parcial de bens? De acordo com o artigo 1.658, no regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento. 05. Que bens não se comunicam no regime da comunhão parcial de bens? Os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar; Os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares; As obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal; Os bens de uso pessoal, os livros e os instrumentos de profissão; Os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge e as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes. 06. No regime de comunhão universal, cabe ao marido administrar os bens comuns do casal? REPETIDA 07. Sócrates, viúvo, casou-se no corrente mês com Marcele, sob o regime da comunhão universal. Pergunta-se: a) tal casamento pode ser estabelecido livremente o regime de bens: b) o casamento é válido, nulo ou anulável? A) Sim, o regime de bens pode ser escolhido livremente nesse caso, apenas não se pode escolher nos casos elencados no artigo 1.641. B) O casamento é válido, desde que Socrátes não esteja envolvido ainda, no inventário dos bens com os herdeiros. 1.523, I. 08. Olímpia recebeu de herança paterna a quantia R$100.000,00 (cem mil reais), havendo a cláusula de incomunicabilidade. É casada sob o regime de comunhão universal com Nestor. Estão em processo de separação/divórcio. Tal quantia e os juros produzidos comunicam-se? Não, pois de acordo com o artigo 1.668, inciso I, são excluídos da comunhão os bens doados ou herdados com cláusula de incomunicabilidade. 09. Itamar casou-se com Célia sob o regime da comunhão universal. Na constância do casamento, ele adquiriu um apartamento em Garanhuns e uma fazenda com 80 ha. Itamar pode exigir, judicialmente, a divisão da referida fazenda, a fim de ficarem determinados os quinhões dos cônjuges? Não, pois é elencado no artigo 1.667 que esse regime de bens importa a comunicação de todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dividas passivas. 10. Licínio e Patrícia casaram-se, sob o regime da comunhão universal, há três anos. Quando do casamento, o marido e a mulher eram proprietários de bens imóveis, respectivamente, no valor de R$20.000,00 e R$30.000,00. Agora, Patrícia descobriu que Licínio é seu irmão por parte de pai. Licínio não ignorava isso. Pergunta-se: a) trata-se de casamento putativo? b) se for declarada a nulidade, como se fará a partilha de bens? e quanto aos filhos, quais as consequências? A) Sim, trata-se de casamento putativo. B) Verificado no artigo 1.561 como Licínio casou de má- fé, os efeitos do casamento só valerão para Patrícia e os filhos, logo, os bens de Licínio vão ser divididos entre Patrícia e os filhos, mas o de Patrícia só serão dela. 11. Fábia e Diógenes casaram-se, sob o regime de comunhão parcial de bens. Este, sem anuência daquela, resolveu vender um apartamento para Carlindo. Firmou contrato de compromisso de compra e venda. Após receber as prestações devidas, Diógenes (que gastou todo dinheiro em jogo de cartas) recusou-se a outorgar a escritura definitiva. Responderão os bens da mulher pelos prejuízos sofridos por Carlindo, se este intentar contra o devedor uma ação de perdas e danos? Se o imóvel pertence aos dois, não se pode vender sem anuência dos dois, verificando o artigo 1.663, §2°. Caso haja um processo, o juiz pode colocar a administração do bem na conta do marido, de acordo com o artigo 1.663 §3°. 12. Luís e Amanda casaram-se sob o regime da comunhão universal de bens. No ano passado, Luís avalizou um título de seu amigo. Responde pelo pagamento do débito a meação da mulher? Não, pois de acordo com o artigo 1.668 do código civil, III, as dividas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum são excluídas da união. Porém, se tiver sido contraída durante o casamento, poderá Amanda responder solidariamente o titulo avalizado. (Rever novamente antes de confirmar essa questão) 13. Margarida, com 17 anos de idade, separada judicialmente, pode vender um imóvel que lhe pertence, sem a assistência de sua mãe, viúva? Sim, pois de acordo com o artigo 5°, parágrafo único, inciso II, depois que ela casou, a mesma deixa de ser incapaz, podendo responder por todos os atos da vida civil. 14. Otavius casou-se com Cármen, 1980. O casal teve três filhos. Em desastre de avião (explosão e os destroços caíram no mar), Otavius desapareceu. Não houve sobreviventes. Como deverá proceder Cármen para obter certidão de óbito de Otavius? Carmén deverá requerer a declaração da morte presumida, de acordo com o artigo 7,parágrafo único, inciso I que diz que a morte pode ser declarada presumida se for exatamente provável a morte de quem estava em perigo de vida, e esta declaração, nesse caso, só poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento. (ps. Ver 1.571) 15. Mª da Glória recebeu de herança materna a quantia R$100.000,00 (cem mil reais). É casada sob o regime de comunhão parcial de bens com Armando. Estão em processo de separação/divórcio. Tal quantia e os juros produzidos comunicam-se? Não, por que não se comunica ao outro cônjuge a herança adquirida por um deles, a não ser que a herança tenha sido em favor de ambos. (artigo. 1.659 do CC), porém os juros se comunicam (artigo 1.660,V) e devem fazer parte da divisão de bens.
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