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Matéria Completa - Gestão de Negócios - Fig Unimesp

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CENTRO METROPOLITANO DE SÃO PAULO
ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
EAD
GESTÃO DE NEGÓCIOS
Guarulhos - 2019
GESTÃO DE NEGÓCIOS – UNIDADE 1
1. O empreendedor
Entenda o perfil do comportamento empresarial, associando-o à disposição para assumir riscos, criatividade, perseverança e senso de independência, de modo que você consiga se entender e avaliar sua compatibilidade com esse tipo de atividade.
Empreendedorismo e prosperidade
“Você pode pensar que é capaz de fazer alguma coisa e pode pensar que não é. Nos dois casos, você estará absolutamente correto”, já dizia Henry Ford.
Assim como o fundador da Ford e criador da linha de produção, muitas das pessoas mais prósperas do mundo começaram a vida como pequenos empreendedores, praticamente do zero.
É o caso de Bill Gates com o surgimento da Microsoft, uma das primeiras empresas voltadas exclusivamente para o desenvolvimento de softwares.
ALGO MAIS
Em 1980, a IBM queria lançar o primeiro computador para uso pessoal, mas não dispunha do sistema operacional. Para resolver o problema, contratou uma pequena empresa recém fundada pelo jovem Bill Gates.
Um detalhe importante é que Gates não tinha o sistema. Ele comprou por US$ 50 mil o sistema 86-DOS da Seatle Computer Products (alguém já ouviu falar?), personalizou o programa e o vendeu por US$ 8 milhões, mantendo sua licença. Surgia, assim, a Microsoft. 
Empreendedores de sucesso
Pessoas como Henry Ford e Bill Gates transformaram o modo de fazer negócios e a própria sociedade.
No brasil não é diferente: são muitos os exemplos de empreendedores de sucesso.
Conheçamos alguns exemplos de brasileiros que iniciaram pequenos negócios e alcançaram êxito em seus empreendimentos:
Antônio Alberto Saraiva: Adaptou a culinária árabe ao paladar do brasileiro com a criação do Habib’s, maior rede de fast-food do Brasil.
Luiz Antônio Seabra: Adotou o atendimento personalizado e a venda direta como principais diferenciais da Natura, líder nacional no mercado de cosméticos, fragrâncias e higiene pessoal.
Laércio Cosentino e Ernesto Haberkorn: Com a criação de softwares acessíveis a empresas de médio e pequeno portes, a Totvs destaca-se como líder absoluta no Brasil e é a maior empresa do setor sediada em países emergentes.
Mas o que essas pessoas têm em comum?
Relação empresa e sociedade
Todos eles identificaram oportunidades de oferecer produtos e serviços diferenciados, atendendo necessidades específicas de seus clientes!
No entanto, tais exemplos não são regra no mundo dos negócios. Esse mundo é formado por algumas grandes corporações e por uma enorme quantidade de pequenos empreendedores.
Grandes empresas e pequenos negócios têm algo em comum: suas atividades não só geram riqueza para seus donos e acionistas, como também beneficiam a sociedade como um todo.
Padrão e qualidade de vida
Ao empregar funcionários, pagar aluguéis, impostos e juros, comprar matérias-primas e transformá-las em bens e serviços úteis aos consumidores, as empresas ajudam a elevar o padrão e a qualidade de vida da sociedade.
Mas, qual a diferença entre padrão de vida e qualidade de vida?
Vejamos as diferenças entre padrão e qualidade de vida:
Padrão de vida: Caracteriza-se como o dinheiro que as pessoas têm e tudo que podem comprar com ele.
Qualidade de vida: Tem caráter menor comercial. Significa ter liberdade de expressão, ter acesso a saneamento básico, saúde, educação e a outros serviços importantes.
Não é por acaso que os países com os níveis mais altos de padrão e qualidade de vida são também aqueles com mais empreendedores.
Organizações sem fins lucrativos
Padrão de vida e qualidade de vida dependem do esforço combinado de empresas privadas, governo e organizações sem fins lucrativos (algumas delas chamadas de organizações do terceiro setor).
Essas organizações são obra de empreendedores dedicados ao bem-estar da comunidade e incluem:
· Escolas públicas;
· Laboratórios de pesquisa;
· Órgãos de classe;
· Associações filantrópicas.
Administração de organizações sem fins lucrativos
As organizações sem fins lucrativos trabalham junto com as empresas privadas e o governo em projetos sociais ou ambientais.
Como qualquer outro empreendimento, dependem da alocação de recursos financeiros para a realização de seus objetivos.
A transparência e a qualidade da administração são fatores determinantes para seu sucesso!
Diferenças entre empreendedor e empresário
Muitas vezes usamos os termos empreendedor e empresário como sinônimos, mas, na verdade, eles não têm o mesmo sentido.
Empreendedor e empresário: descrições
Conheçamos as principais características presentes nos perfis do empresário e do empreendedor:
O empresário representa o lado formal. Ele estabelece um negócio e o conduz no dia a dia. Diferencia-se pela vocação administrativa.
O empreendedor encarna o lado criativo e inovador, essencial para a evolução e a atualização competitiva da empresa. O empreendedor destaca-se pelo perfil estratégico.
As duas figuras são inseparáveis: todo empresário precisa ser continuamente empreendedor.
Perfil empreendedor
Mas o que exatamente faz de alguém um empreendedor?
Diversos estudos têm buscado identificar os traços de personalidade relacionados ao espírito empreendedor.
Dentre eles destacam-se:
Criatividade; Disposição para assumir riscos; otimismo; senso de independência; perseverança, capacidade de implementação. 
 
Perfil empreendedor: criatividade e capacidade de implementação
O empreendedor é o tipo de pessoa que está sempre fazendo planos e idealizando coisas novas.
Além de imaginativo, o empreendedor deve ser capaz de fazer acontecer. Algumas pessoas têm apenas um desses traços de comportamento – são apenas criativas ou apenas implementadoras – sem conseguir combinar os dois.
A receita do sucesso é a soma de boas doses de inspiração e transpiração!
Perfil empreendedor: disposição para assumir riscos
Iniciar um negócio é uma aposta cujo resultado será influenciado por fatores do ambiente externo, e o trabalho duro – embora imprescindível – não será garantia de sucesso.
Ao começar, é possível ter uma ideia bastante precisa das despesas necessárias: o investimento inicial em instalações, aluguéis, salários, estoque de mercadorias, impostos e taxas.
No entanto, em relação à receita, tudo o que se tem inicialmente são apenas estimativas.
Se as recompensas são grandes, os perigos também: a taxa de insucesso de novos empreendimentos é elevada!
Perfil empreendedor: perseverança e otimismo
O empreendedor tem um compromisso com a prosperidade do seu negócio.
A história está cheia de exemplos de sucesso que demandaram muita persistência e grande esforço para não desanimar diante dos obstáculos no caminho.
Empreender é um exercício contínuo e assemelha-se a andar de bicicleta: se parar de pedala, virá a queda!
Perfil empreendedor: senso de independência
O empreendedor é um solitário, para quem não existe a diluição de responsabilidades. Ele conta apenas consigo, com o resultado e desempenho de suas ações.
Acima de tudo, tem autonomia e trabalha para si mesmo, não para os outros, mantendo seus pontos de vista, mesmo diante das adversidades.
O empreendedor depende da sua própria capacidade para resolver os problemas”
Empreendedorismo: traço do comportamento humano
Empreendedorismo é um traço de comportamento associado a pessoas realizadoras, que mobilizam recursos e criam organizações de negócios, que podem crescer muito.
Muitas grandes empresas começaram como pequenos empreendimentos. 
2. Vantagens e desvantagens de ser empreendedor
Entenda os benefícios e os riscos e desconfortos associados à condição de empreendedor, de forma que você saiba avaliar os impactos positivos e negativos do negócio sobre sua vida pessoal.
Os dois lados do empreendedorismo
São muitas e tentadoras as vantagens para quem quer trilhar o caminho do empreendedorismo e se propõe a criar e a operar um negócio próprio.
Entretanto, como tudo na vida, existe um outro lado.
Livre das amarras de uma organização e da hierarquia personificada nos chefes, o empreendedor só precisa consultara si mesmo antes de tomar decisões. Além disso, a perspectiva de ganhos financeiros não tem limites preestabelecidos por um teto salarial ou um plano de carreira.
No entanto, a tão festejada liberdade pode se revelar uma enorme responsabilidade sobre os ombros. O estresse resultante da acirrada competição com a concorrência pode trazer saudade do tempo em que cabia ao patrão se preocupar com essas coisas.
Vejamos abaixo as principais vantagens e desvantagens de um empreendimento
Vantagens:
· Autonomia;
· Desafio;
· Controle financeiro.
Desvantagens:
· Sacrifício pessoal;
· Sobrecarga de responsabilidade;
· Pequena margem de erro. 
Conheçamos um pouco mais sobre cada uma delas!
Vantagens: autonomia
A autonomia caracteriza-se como a liberdade para tomar decisões sem prestar contas nem depender da aprovação de terceiros e é considerada por muitos uma das maiores vantagens de empreender.
Entretanto, há quem prefira a segurança de pertencer a uma equipe, trabalhando para outros ou para uma organização impessoal, mesmo submetido a uma estrutura hierárquica.
A sensação de ser chefe de si mesmo é a melhor satisfação que algumas pessoas podem ter!
NA PRÁTICA
Um empresário brasileiro de aviação conversava no saguão do aeroporto com um grupo de amigos, quando um de seus aviões decolou. Um dos amigos perguntou qual era o sentimento de ser o proprietário daquele e de outros aviões. Sem tirar os olhos da aeronave ganhando os céus, ele respondeu: “Na verdade, o melhor de tudo não é a propriedade. É a liberdade”. Em outras palavras, o melhor de tudo era poder voar.
Vantagens: desafio
Para pessoas de espírito empreendedor, o desafio de se lançar em um novo negócio é uma fonte de entusiasmo muito maior do que de receios e preocupações.
Com a autoconfiança em alta, o empreendedor sabe que o sucesso do seu negócio depende apenas de sua iniciativa e de seu esforço pessoal.
Para esse tipo de empresário, nada se compara ao sentimento de realização”
Vantagens: controle financeiro
Para quem se sente incomodado com as relações de autoridade, o pior de tudo é a sensação de que sua segurança financeira está nas mãos de terceiros. 
Outro aspecto desconfortável para muitos é saber que o salário mensal é apenas um fragmento dos ganhos da organização.
Para um empreendedor, é preferível – com todos os riscos – ser o único responsável pelos resultados de seu negócio!
Desvantagens: sacrifício pessoal
Assim como os pontos fortes, algumas desvantagens também fazem parte da vida do empreendedor.
Para muitos, tais desvantagens são apresentadas no início da vida empreendedora, afinal, o período que vai da criação de uma empresa até sua consolidação exige dedicação integral do responsável.
São longas horas de trabalho duro, muitas vezes em regime de sete dias por semana.
Esse ritmo absorvente pode prejudicar as relações familiares e gerar um alto nível de estresse.
Nada mais equivocado do que a crença de que o empresário só trabalha quando quer.
Desvantagens: sobrecarga de responsabilidades
No início do empreendimento, todos os aspectos do negócio devem ser decididos e cuidados pelo empreendedor, desde como conquistar seus clientes e mantê-los até como ser eficiente para continuar lucrativo.
Com tantas questões sob sua guarda há uma grande tendência ao estresse.
E não há ninguém a quem delegar nem mesmo uma parte da responsabilidade.
Desvantagens: pequena margem de erro
Em grandes corporações, o processo decisório é dividido entre o corpo de dirigentes, que conta com sistemas de apoio às decisões baseados na tecnologia da informação e em pesquisas de mercado.
Desse modo, as estratégias são definidas de forma profissional, com base em dados objetivos.
Se ainda assim alguma coisa der errado, as grandes empresas têm recursos para absorver o impacto de eventuais falhas e fazer correções de rumo.
Em negócios pequenos ou emergentes, o empreendedor conta apenas com sua intuição para escolher uma direção a seguir.
Uma decisão errada pode ser fatal.
Vantagens e desvantagens do empreendedorismo
Quando analisamos a fundo a condição de empreendedor, é possível acrescentar muitas outras vantagens e desvantagens de ser empreendedor além das citadas anteriormente.
Vamos conhecer mais alguns exemplos.
Vantagens:
· Perspectiva de prosperidade;
· Ausência de chefe;
· Horários flexíveis
Desvantagens
· Risco de insucesso;
· Lidar com a burocracia;
· Pagar impostos elevados.
Quais outras vantagens e desvantagens você acrescentaria? 
Empreendedorismo no Brasil
Uma pesquisa realizada em 2011 pelo Global Entrepreneurship Monitor indicou que o Brasil exibe a mais alta taxa de empreendedorismo entre os países do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo).
Esse é o melhor desempenho nos 11 anos em que o país participa da pesquisa.
Taxa de empreendedores em estágio inicial
Dados apontados na pesquisa:
 7,5% é a taxa de empreendedores em estágio inicial. Isso significa que a cada 100 brasileiros entre 18 e 64 anos, mais de 17 são empreendedores em negócio com até três anos e meio de atividade, representando 21,1 milhões de pessoas. 
O que levou essas pessoas a empreenderem?
NA PRÁTICA
A pesquisa aponta que entre os empreendedores formais e informais, 68% abriram o negócio por terem vislumbrado uma oportunidade de negócio, enquanto 32% explicaram que foi por necessidade.
Entre as principais razões citadas estavam o desejo de independência profissional (43%) e o aumento da renda pessoal (35%)
Empreendedorismo no Brasil: sobrevivência dos novos negócios
Apesar desses dados animadores, ainda é relativamente baixa no Brasil a probabilidade de um novo negócio se manter por mais de três anos.
Infelizmente, nossa economia não é favorável para o pequeno empreendedor.
Os juros e a carga tributária – composta por impostos federais, estaduais, municipais e as obrigações trabalhistas – estão entre os mais altos do mundo, o que acaba empurrando muitos negócios para a informalidade.
3. A empresa: sistema de recurso
Compreenda como as empresas transformam recursos em bens e serviços que são oferecidos aos consumidores em troca de remuneração que gera lucro, de forma que o aluno entenda o que é sistema de transformação e resultados de uma empresa.
Empreendimentos: fundamentos
Há uma enorme variedade de empreendimentos no mercado, em todos os ramos de atividade – comércio, indústria ou serviços.
Desde uma grande corporação com milhares de funcionários e unidades espalhadas por diversas cidades, passando por micro, pequenas e médias empresas, até chegar à informalidade de um camelô, alguns fundamentos estão sempre presentes e constituem a espinha dorsal de qualquer negócio.
Elementos essenciais para alcançar o lucro
O lucro é o objetivo final de qualquer empreendimento.
Para consegui-lo e, assim, assegurar a sobrevivência e a prosperidade da empresa, o empreendedor precisa adquirir recursos, estruturar um sistema de operações e, por meio da excelência de seus produtos ou serviços, garantir a satisfação do cliente.
Os resultados assim alcançados garantem o lucro, mas vão muito além dele, pois representam a contribuição social de um empreendimento produtivo.
Vejamos como esses elementos se relacionam.
Funcionamento de uma empresa
 
NA PRÁTICA
Podemos citar como um exemplo prático para essa questão a forma de trabalho da imprensa.
Papéis (recursos materiais) e fatos (informação e conhecimento), bem como o trabalho dos repórteres e diagramadores (pessoas), são transformados (sistema de operações) em notícias na forma de jornais, revistas e outros (resultados), a fim de manter os consumidores informados (compromisso com a satisfação do cliente).
Uma empresa é um sistema de recursos e as pessoas são o principal recurso das empresas e de todos os tipos de organização.
Em essência, as empresas são grupos de pessoas que usam recursos, sejam eles materiais ou intangíveis.
Conheçamos alguns exemplos: 
Informação e conhecimento
O período histórico que estamos vivendo ficará conhecido como Era da Informação. 
Com o advento da microinformática e a interligação global através da grande redede internet, a alta tecnologia passou definitivamente a fazer parte do cotidiano das pessoas – em casa, no trabalho e até na rua.
Nos dias de hoje, o domínio dessas tecnologias deixou de ser uma vantagem competitiva para se tornar o nivelador da competitividade e mera obrigação.
Pessoas
Na atualidade, as empresas competitivas são formadas por pessoas qualificadas, capazes de fornecer aos produtos e serviços o alto valor agregado que o consumidor se acostumou a exigir.
NA PRÁTICA
Sem profissionais especializados não é possível produzir aplicativos de computador ou escâneres para medicina, extrair petróleo do fundo do mar ou fabricar aviões, dentre outras atribuições que fazem parte da rotina de vários empreendimentos.
Sistema de operações 
Nas aulas de aritmética, uma das primeiras coisas que aprendemos é que o total é sempre igual à soma dos fatores.
No mundo dos negócios, é um pouco diferente: o todo é maior do que a soma das partes!
Vejamos um exemplo: quando pedimos bife com arroz, feijão e salda não estamos apenas pagando o custo de cada um daqueles ingredientes isolados.
Já ouviu falar de valor agregado?
Vejamos alguns exemplos de agregação de valor:
Cada um desses diferenciais representa um custo para o dono do estabelecimento.
Além disso, existem as tarifas de luz, água e gás, as despesas com utensílios, manutenção, limpeza e vários impostos.
Todos esses fatores fazem parte de um sistema de operações montado para proporcionar satisfação ao público-alvo.
NA PRÁTICA
Podemos citar como um exemplo prático para essa questão a utilização de recursos como farinha, ingredientes, trabalho humano, energia, tempo, forno, etc, que se transformam em diferentes tipos de pães.
É o conjunto de processos que agregam valor a um produto. Esses processos são sequencias de atividades realizadas por pessoas, máquinas e equipamentos, que transformam as matérias-primas no produto final a ser comercializado.
É por isso que o bife em seu prato tem mais valor do que no açougue, porque foi transformado.
Uma das principais tarefas do empreendedor é estruturar adequadamente o sistema de operações de seu negócio.
Isso significa organizar o local físico da empresa, a sequência dos processos de transformação, as máquinas, os equipamentos e as pessoas, a aquisição e o armazenamento das matérias-primas etc.
Resultado
Temos aqui uma relação entre duas partes.
Numa ponta, o empresário, fornecendo seus produtos e serviços.
Na outra, o consumidor, com seus hábitos e exigências.
Entre os dois extremos da equação acima existe um amplo circuito de atores envolvidos, todos interessados de uma forma ou de outra no sucesso do empreendimento.
Todas as pessoas ou entidades que de alguma forma são afetadas pela ação e pelo desempenho de uma empresa são chamadas de partes interessadas.
Quando um empreendimento é forçado a encerrar suas atividades, isso não afeta apenas os proprietários.
Na órbita da empresa, existe toda uma cadeia de elementos que, de alguma forma, estão ligados à sua atuação e serão prejudicados com sua descontinuidade.
Partes interessadas 
Quais são as partes interessadas no sucesso do empreendimento, dentro e fora da empresa?
Dentro da empresa os principais interessados são os empregados e os administradores.
Fora da empresa também há muitos interessados: fornecedores, investidores, consumidores, credores e devedores, governo, dentre outros.
Os consumidores desejam produtos confiáveis, de qualidade e valor agregado, a bom preço.
Os investidores querem o retorno de seus investimentos.
Os fornecedores precisam aumentar o volume das encomendas.
O governo quer o cumprimento das leis e o pontual pagamento dos tributos.
Os credores querem o pagamento das contas ou dos empréstimos, com juros.
As comunidades veem com bons olhos a geração de empregos.
No entanto, podem existir também partes interessadas na descontinuidade do negócio.
NA PRÁTICA
Comunidades vizinhas eventualmente afetadas por transtornos como poluição ambiental (fábricas químicas), ruído (aeroportos) e risco de acidentes (usinas nucleares), certamente não teriam motivos para lamentar o fechamento da empresa.
Conviver com todos esses grupos representa um grande desafio para as empresas!
Cada um deles exige atenção constante e uma política de relacionamento.
Se falhar no atendimento a cada uma das partes, a empresa pode sofrer consequências negativas, sendo em alguns casos obrigada a suspender as operações.
É o caso das empresas que deixam sistematicamente de cumprir suas obrigações tributárias ou trabalhistas.
Compromisso com o cliente
Sem clientes não há receitas – Sem receitas não há lucros – Sem lucros não há como saldar os compromissos financeiros como aluguéis, salários, impostos e outros.
Por isso, o primeiro compromisso de qualquer empresa deve ser com a satisfação de seus clientes.
Em essência, todo o sistema de trabalho desse ser orientado nesse sentido.
Vejamos alguns princípios básicos para atendimento e satisfação do cliente:
· Qualidade do produto e do preço
· Presteza do atendimento
· Variedade de escolhas
· Estratégias de marketing
= Vantagens competitivas que podem fazer a diferença
É importante que o empreendedor saiba ouvir os anseios e necessidades do cliente e identificar o que ele deseja.
Com base nisso é que será possível definir seu produto e estruturar seu sistema de operações.
Pequenos negócios informais
As empresas informais não podem ser ignoradas em nenhuma discussão sobre o empreendedorismo.
A informalidade é o desenvolvimento de atividades empresariais lícitas, porém de forma irregular, à margem dos procedimentos legais.
Sua característica básica é o descumprimento das regulamentações e dos tributos cabíveis – alvarás, licenças, registro de empregados, impostos e taxas – na comercialização de serviços e produtos.
ALGO MAIS
Em muitos casos, a conversão para a formalidade inviabilizaria o negócio e provocaria seu desaparecimento.
Entre os empreendedores que vivem na informalidade estão os vendedores de produtos estocados no porta-malas de carros, os camelôs, os mascates (vendedores ambulantes), freelancers (profissionais autônomos não registrados), a dona de casa que faz “quentinhas” para a vizinhança, e muitas outras pessoas em situação semelhante.
4. A empresa de sucesso
Entenda quais são os critérios pelos quais se avaliar o desempenho de uma empresa, de maneira que você consiga determinar se uma empresa é bem sucedida ou não.
Sucesso empresarial: parâmetros
Como podemos medir o sucesso de uma empresa?
O parâmetro mais óbvio é o desempenho financeiro.
Afinal, o lucro é o objetivo primordial de qualquer empreendimento: se a empresa dá lucro, está tudo bem, se dá prejuízo, então algo está errado.
Mas as coisas não são tão simples. O mais correto é fazer uma avaliação sistêmica de todos os aspectos envolvidos no negócio!
Indicadores de sucesso
Vamos conhecer os principais indicadores de sucesso de uma empresa analisando o esquema abaixo:
Para melhor compreendê-los, façamos a leitura do esquema de trás para frente: é importante observarmos o desempenho financeiro da empresa, que tem como causa a satisfação dos clientes. Esta, por sua vez, depende da qualidade, da eficiência e do trabalho das pessoas. Tudo isso depende das competências do empreendedor.
 Para melhor compreender o esquema citado, vale ressaltar a importância de pensarmos em um caso específico, numa empresa qualquer. Mas como analisar tais indicadores? Então, pense em uma empresa e responda a algumas perguntas:
A avaliação será melhor se todas as perguntas forem respondidas com “sim”.
Na cadeia de processos abaixo, o lucro será uma consequência mas não um indicador absoluto.
Afinal, existem empresas muito lucrativas e ainda assim ineficientes. Elas seriam ainda mais rentáveis se aprimorassem seus processos.
Desempenho financeiro
O lucro é a diferença entre receita e despesa. Em outras palavras, é o montante de dinheiro que resta depois que todas as despesas foram pagas.
Receitas = investimentos, lucros de materiais comercializados anteriormente e outros.
Despesas = pagamentode impostos e funcionários, aquisição de matérias-primas e outros
A retirada mensal que o empreendedor faz como pagamento a si mesmo é despesa, não lucro.
NA PRÁTICA
Imaginemos que um empreendedor resolveu instalar uma barraquinha de cachorro-quente. Ele quer fazer tudo corretamente, dentro da formalidade, por isso paga as taxas e os impostos, faz a provisão do estoque com pães e outros materiais e contrata um empregado para o atendimento. Depois de pagar todas essas despesas, o dinheiro que sobre é lucro. Com isso, ele pode reinvestir, comprando outra barraca e contratando mais empregados. Com o lucro de duas barracas, ele pode ainda comprar uma terceira ou partir para um negócio maior.
Desempenho financeiro: receita
Para conseguir pagar as despesas e obter algum lucro, a empresa precisa de receita.
A receita é a quantidade total do dinheiro acumulado pago pelos consumidores que compraram os produtos ou serviços da empresa.
Quando as despesas são maiores do que a receita, a empresa tem prejuízo.
Desempenho financeiro: prejuízos
Para cobrir o prejuízo e continuar operando, o empresário pode ser obrigado a se desfazer de um bem pessoal, como um carro, atrair investidores ou contrair um empréstimo.
Prejuízo significa a impossibilidade de cobrir as despesas, e um prejuízo continuado pode determinar o fechamento da empresa.
Muitas empresas abrem e fecham todos os anos. Essa rotatividade é uma das consequências do risco envolvido na abertura de um negócio.
Desempenho financeiro: preço
Um dos fatores que determinam a disposição do cliente para continuar comprando da empresa é o preço.
Se não houvesse competição, o empreendedor poderia definir o preço simplesmente adicionando ao custo do produto o lucro desejado:
Mas, no mundo competitivo da atualidade, o preço de venda é definido pelo mercado, e o lucro é o que se consegue deduzindo-se o custo do preço de venda. Limitado por cima pelo preço de venda, o lucro depende de custos baixos.
Custos baixos dependem da eficiência dos processos produtivos. Portanto, o sucesso de um empreendimento depende, em grande parte, de sua capacidade de otimizar processos e, assim, reduzir custos.
Eficiência dos processos
Ser eficiente significa produzir o máximo com o mínimo de recursos.
Para isso, o principal recurso é a inteligência.
O empreendedor deve trabalhar de forma inteligente, otimizando seu tempo e produzindo mais.
Uma empresa eficiente produz resultados sem desperdícios, portanto, com baixo custo. Isso lhe permite colocar seus produtos no mercado a preços mais acessíveis para o cliente, gerando mais lucro e uma vantagem competitiva para a empresa.
Eficiência dos processos: produtividade
O critério mais simples para avaliar a eficiência de uma empresa é sua produtividade, que pode ser medida pelo consumo de recursos para obter determinado resultado.
A produtividade é, então, uma medida numérica da eficiência de um processo e reflete a forma como a empresa utiliza seus fatores de produção.
Todas as ineficiências no processo de produção afetam diretamente a produtividade. Assim como os fatores de produção, a produtividade é específica para cada ramo de negócios.
NA PRÁTICA
A produtividade no transporte pode ser medida pela quilometragem rodada ou pelo volume total transportado comparados ao consumo de combustível ou de pneus. Pode-se fazer a comparação também com o número de horas consumidas, pois o tempo é um importante recurso que não deve ser desperdiçado.
Eficiência dos processos: valor do produto
Outra forma de calcular a produtividade é comparar o preço final do produto no mercado com o custo total de sua elaboração.
O aumento dos custos vai determinar uma redução na margem de lucro ou um aumento no preço final apresentado ao consumidor.
Idealmente, uma alta produtividade permitirá oferecer um produto de boa qualidade a um preço mais baixo, com maior margem de lucro!
Eficiência dos processos: comparações
Para ilustrar esse método, podemos citar como exemplo uma corrida de atletismo: tão importante quanto o tempo no cronômetro é a posição em relação aos demais competidores.
Em termos relativos, a produtividade de uma empresa pode ser avaliada por uma comparação com seus concorrentes diretos.
Qualidade dos produtos e serviços
Não existe o conceito de qualidade como valor absoluto. O que é bom para um tipo de cliente pode não servir para o outro.
Tal premissa deve fazer parte do planejamento do empreendedor.
Portanto, qualidade de projeto significa criar um produto com características especificamente adequadas para atender às necessidades específicas do cliente ao qual é dirigido. 
Quanto mais o produto for capaz de cumprir a finalidade para a qual esse cliente pretende utilizá-lo, maior é a qualidade do projeto.
A qualidade de projeto é inseparável da satisfação do cliente.
NA PRÁTICA
Ao observarmos o mercado de automóveis, veremos que um mesmo fabricante oferece modelos dirigidos às classes A, B, e C com diferentes especificações de luxo e desempenho – e, naturalmente, diferentes faixas de preço. O alto consumo de combustível de um modelo pode não ser problema para um cliente da classe A que exija design e acessórios mais sofisticados e está disposto a pagar por isso. Em contrapartida, um modelo mais econômico terá a preferencia de um consumidor da classe C.
Ausência de deficiências
Muitas deficiências nos produtos e serviços são provocadas por falhas no cumprimento das especificações.
Vejamos alguns exemplos de deficiências. 
· Produtos que se quebram no primeiro uso ou não funcionam conforme prometida;
· Prazos de entrega não respeitados;
· Funcionários de atendimento que destratam clientes;
· Más condições de higiene.
= todos esses problemas podem comprometer a relação com o cliente e a imagem da empresa. 
Ausência de deficiências: processo produtivo
Quanto menor o número de falhas no processo produtivo, menos deficiências no produto final.
Ou seja, é preciso aumentar a eficiência do sistema.
O resultado será uma maior satisfação do cliente com o desempenho dos produtos e serviços, mas há outros benefícios, como custos menores de inspeção, controle e correção de erros. 
Desempenho das pessoas
 
Desempenho financeiro; eficiência; produtividade; qualidade do projeto; ausência de defeitos; falhas nos processos.
Todos esses fatores estão relacionados ao desempenho das pessoas.
Nenhuma empresa conseguirá bons resultados se não puder contar com funcionários qualificados e engajados.
Desempenho das pessoas: satisfação dos funcionários
Essa deve ser uma preocupação para o empreendedor tão importante quanto a satisfação dos clientes na outra ponta do processo – até porque uma coisa está diretamente ligada à outra.
Um bom salário é importante, mas não é tudo.
Se os funcionários estiverem satisfeitos com o serviço e com as condições de trabalho, isso se refletirá em um clima positivo, em que todos se sentirão membros de uma mesma equipe, com um papel importante a cumprir para o benefício de todos.
O desempenho das pessoas está diretamente ligado à sua qualificação e satisfação com o trabalho em si e suas condições.
5. Você como administrador geral da empresa
A importância da administração nos novos negócios
O desempenho de qualquer empresa depende fundamentalmente da qualidade administrativa de seu empreendedor.
Administrar é um processo de tomar decisões sobre o uso de recursos para permitir a realização de objetivos.
À frente da administração do seu negócio, o empreendedor precisa exercer uma série de funções simultaneamente.
NA PRÁTICA
Façamos uma comparação com os desfiles carnavalescos. Independente da estrutura da escola de samba, o folião tem que se desdobrar, desfilando na comissão de frente, puxando o samba, marcando a percussão, cuidando da evolução e da harmonia. E se o samba atravessar? E se um carro quebrar no meio da pista? Como conseguir que os passistas sambem no pé com entusiasmo? Será que o público na arquibancada vai cantar junto? Não se pode esquecer que a competição é com outras escolas muito bem ensaiadas!
Papéis do empreendedor
Para entendermelhor as funções que devem ser desempenhadas pelo empreendedor, podemos dividi-las em três principais grupos:
· Tomar decisões
· Trabalhar com pessoas
· Lidar com informações
Conheçamos melhor cada um deles.
Tomar decisões
Muitos desafios farão parte do dia a dia do empreendedor. Dentre eles, a frequente necessidade de adotar decisões administrativas.
Tais decisões relacionam-se aos seguintes aspectos da empresa:
· Futuro e objetivos
· Administração de recursos
· Resolução de problemas
Conheçamos as principais características de cada um dos aspectos. 
Tomar decisões: futuro e objetivos
As decisões de planejamento abrangem desde o futuro imediato (como pagar as contas da semana que vem) até uma visão de longo prazo (que produtos e serviços devem-se acrescentar à linha, nos próximos anos?)
Trabalhar todos os dias, pagar as contas, cuidar da casa e do carro são atividades pessoais adotadas para resultados percebidos no presente. Já o desenvolvimento da própria carreira, a aquisição de novas habilidades, o aumento da família, a poupança, a compra de uma casa etc, são atividades pessoais voltadas ao planejamento do futuro.
No campo dos negócios não é diferente. Todos os dias é necessário abrir a loja, cuidar dos clientes, fazer as contas, pagar os impostos. Atividades focadas em resultados futuros também acontecem: dedicar tempo para pensar no planejamento estratégico, no crescimento da empresa, em novos mercados.
É o pensar no futuro que caracteriza o empreendedor. Os gerentes e empresários cuidam do dia a dia.
Tomar decisões: administração de recursos
Geralmente envolve a definição de políticas e procedimentos para resolver problemas de forma automática.
NA PRÁTICA
Podemos citar como um exemplo prático para essa questão, uma locadora de imóveis que aceita como clientes apenas quem pode comprovar renda e residência. Ela está colocando em prática uma política com o objetivo de evitar problemas.
Tomar decisões: resolução de problemas
O dia a dia de qualquer empreendedor é cheio de situações imprevistas que causam transtornos e prejuízos.
Algumas são simples, como um cheque devolvido de um cliente. Outras são mais graves e complexas, como um defeito sistemático nos produtos.
Às vezes, um problema inesperado poderia ter sido evitado se fossem tomadas as medidas corretas de prevenção!
NA PRÁTICA
Um incêndio que destrói instalações é uma situação típica de falso imprevistos. Quase sempre é causado por falha nos procedimentos e nas condições de segurança. É preciso aprender com os problemas, identificando relações de causa e efeito, para evitar que eles se repitam.
Trabalhar com pessoas
O empreendedor lida diariamente com pessoas.
Em primeiro lugar estão os empregados, que formam o principal recurso da organização. Mas há também os clientes, sócios, fornecedores, investidores, funcionários do governo e muitos outros.
Todos são importantes para o funcionamento da empresa.
Para obter o máximo rendimento dessa massa humana é preciso dominar as ferramentas comportamentais da administração, que permitem entender as diferenças entre as pessoas e os processos de liderança, motivação, negociação e dinâmica de grupos.
Processar informações
Para fundamentar suas decisões e monitorar o desempenho da empresa, o empreendedor precisa estar sempre bem informado. Isso significa:
Procurar e selecionar informações: o empreendedor deve buscar informações. É essencial ser seletivo, destacando a informação realmente útil em meio ao enorme volume de dados que são oferecidos todos os dias.
Processar informações: é preciso interpretar, entender e analisar as informações para que elas sirvam de suporte às decisões a serem tomadas.
Divulgar informações: Um administrador não pode trabalhar sozinho. Sem informações, a equipe torna-se dependente para fazer qualquer coisa, deixando-o sobrecarregado.
Atividades de alta alavancagem
Existem algumas atividades nas quais a energia dedicada produz um efeito muitas vezes maior.
São as chamadas atividades de alta alavancagem.
Por meio dessas atividades, é possível renovar as energias, concentrando-se nas relações com as pessoas.
Podemos destacar os seguintes exemplos como atividades dessa modalidade:
· Desempenhar o papel de treinador;
· Partilhar conhecimento;
· Delegar, acompanhar e avaliar o desempenho da equipe;
· Dedicar tempo ao planejamento;
· Envolver-se com os problemas mais graves;
· Pensar e agir em relação ao futuro.
Desempenhar o papel de treinador
Como administrador, o empreendedor deve investir na capacitação de sua equipe para que os integrantes possam desempenhar suas funções da melhor maneira mesmo em sua ausência.
Dessa forma, é possível otimizar o tempo e dedica-lo a outras atividades.
Partilhar conhecimento
O empreendedor deve desenvolver a habilidade de partilhar com os outros sua visão do conjunto e sua experiência de administrador.
A equipe também pode ajudar o empreendedor mostrando sua própria visão dos problemas internos da empresa, criando, assim, um ambiente colaborativo.
Delegar, acompanhar e avaliar o desempenho
Se o empreendedor formar uma equipe bem treinada e competente, poderá delegar tarefas e se limitar ao acompanhamento e à avaliação do desempenho.
Sem uma equipe confiável e sem delegação, o empreendedor estará sempre sobrecarregado.
Informação e apoio
Todo empreendedor deve atentar-se a certas providências a serem tomadas antes de criar uma empresa.
Conheçamos algumas das mais importantes:
· Procurar um contador
· Buscar apoio de incubadoras
Informação e apoio: procurar um contador 
Procurar um contador
A abertura de uma empresa não requer apenas espírito empreendedor, competência técnica e capital.
Existe toda uma complexa tramitação legal e burocrática que deve ser cumprida.
A primeira providência é procurar uma assessoria contábil ou um contador autônomo, dependendo do porte da empresa em constituição.
O contador cuidará de todo o processo de legalização da nova empresa, podendo também se responsabilizar posteriormente pela escrituração da contabilidade se esta for terceirizada.
Informação e apoio: buscar apoio de incubadoras
Buscar apoio de incubadoras
Muitas vezes o entusiasmo dos empreendedores esbarra logo no começo em obstáculos como falta de capital ou de instalações físicas, desconhecimento do mercado e inexperiência administrativa.
Por essas e outras razões, muitas empresas encerram suas atividades antes mesmo de completar o primeiro ano de vida.
Uma solução para esse começo difícil pode ser o auxílio de uma incubadora.
Recebem esse nome as instituições que oferecem apoio estratégico a pequenas empresas durante seus primeiros anos de existência. Muitas incubadoras são ligadas a universidades.
6. A escolha do negócio
Compreenda quais são as principais modalidades de negócios que um empreendedor pode começar, de forma que você consiga entender quais são as variáveis que afetam a escolha por uma ou outra modalidade.
A essência dos novos negócios
Muitas empresas são criadas para lançar no mercado ideias inovadoras relativas a serviços ou produtos.
Mas não são apenas os produtos de tecnologia de ponta que têm potencial para o sucesso.
Estão sempre chegando ao mercado produtos e serviços triviais com tecnologia de domínio público ou sem nenhuma sofisticação tecnológica, mas que nem por isso deixam de ser competitivos.
Oportunidade de negócios
Como quase tudo na vida, os bons negócios dependem de estar no lugar certo, na hora certa. Nem antes nem depois. E, podemos acrescentar, com o produto certo.
Mas nem sempre o empreendedor se depara com a oportunidade diante de si. Ele a persegue e sabe identifica-la quando a encontra.
No entanto, existe um longo caminho entre uma boa ideia e um empreendimento de sucesso.
Esse é o papel do empreendedor: transformar ideias em oportunidades de negócios.
Fontes de oportunidades de negócios
A transformação de ideias em negócios se dá por meio da identificação de uma ou mais fontes de oportunidades de negócios. Vejamos alguns exemplos dessas fontes:
· Novo conceito
· Conceito existente
· Exploração de hobbies
·Derivação da ocupação
· Observação de tendências 
· Aperfeiçoamento do negócio
· Necessidades dos consumidores
Conheçamos detalhadamente cada uma delas. 
Novo negócio com base em novo conceito
O empreendedor clássico constrói um negócio com base em um produto ou uma ideia inovadora. 
Essa linha de ação baseia-se não só na criatividade e no conhecimento técnico, mas também na capacidade de antecipar os rumos que a preferencia das pessoas vai tomar.
NA PRÁTICA
Para ilustrar essa questão, podemos citar como um exemplo a empresa BagNews, que uniu criatividade e sustentabilidade na produção de embalagens ecologicamente sustentáveis que servem de veículo de comunicação regional. A empresa procura anunciantes para as sacolas e as distribui gratuitamente para os estabelecimentos comerciais de regiões determinadas pelo contratante.
Novo negócio com base em conceito existente
Um empreendimento novo pode ser criado com base em velhos conceitos.
Por exemplo, abrir uma padaria nada tem de inovador, mas o negócio representa um risco financeiro.
Seu proprietário é um legítimo empreendedor, pois está desenvolvendo algo onde nada existia.
NA PRÁTICA
O comércio é uma das práticas mais comuns desde o surgimento das sociedades. Com o advento da Internet, em 1999, Marcos Galperín identificou a oportunidade de intermediar os negócios dos vendedores e compradores.
Nascia assim, o MercadoLivre, atualmente a maior comunidade de venda on-line da América Latina.
Necessidades de consumidores
As reclamações e as carências das pessoas podem servir de base para a identificação de oportunidades de negócios.
Para o empreendedor, o mercado potencial é a principal inspiração.
Se todo mundo está reclamando da falta ou do mau funcionamento de algum serviço público, ali está se delineando um bom nicho de atuação.
Aperfeiçoamento do negócio
O aprimoramento de um negócio já existente pode resultar da avaliação contínua do negócio atual.
O empreendedor deve estar sempre atento à possibilidade de adequar seus produtos e serviços a novos formatos e padrões de qualidade, ou a melhorar a forma de distribuição.
Atentar-se aos detalhes é fator primordial para o constante desenvolvimento do empreendimento.
Exploração de hobbies
Até mesmo um hobby do empreendedor pode lhe servir de inspiração e se transformar em uma oportunidade de negócio.
Um exemplo prático é a invenção do walkman, criado por Akio Morita, que jogava golfe e queria ouvir música ao mesmo tempo.
Derivação de ocupação
Alguns empreendedores iniciam um novo negócio com base em sua própria experiencia profissional anterior.
Por exemplo, o professor que monta uma escola, o garçom ou o cozinheiro que abrem seu próprio restaurante.
Observação de tendências
A sociedade é um organismo complexo em constante evolução. Acompanhando esse ritmo, os mercados e os consumidores também mudam.
A observação da realidade permite a descoberta de novos nichos de mercado.
As oportunidades são condicionadas pelas competências específicas do empreendedor e pelas possibilidades abertas no mercado.
7. Avaliação de ideias de produtos 
Compreenda como avaliar ideias de novos produtos, de modo que você consiga entender e usar os critérios para aceitar ou rejeitar objetivamente uma oportunidade de negócio que tem um novo produto como base.
Fatores determinantes para o sucesso
Como saber se minha ideia garantirá o sucesso do meu negócio?
Nenhuma ideia, por melhor que seja, é garantia de sucesso!
Mais do que a criatividade ou a inovação, o que determina o êxito do empreendimento é a estratégia empresarial.
NA PRÁTICA
Para exemplificarmos a questão, podemos relembrar a história do nascimento da sétima arte. O cinema foi inventado pelos franceses, mas foram os americanos que transformaram a nova tecnologia em uma indústria universal e bilionária de entretenimento.
O primeiro grande empreendedor da era da informática foi Steve Jobs. Sua empresa, a Apple, inventou o primeiro microcomputador pessoal. No entanto, logo a Apple foi superada pela Microsoft, cujo sucesso se deveu aos aplicativos e não ao hardware.
Avaliação da oportunidade
Para avaliar objetivamente se uma ideia de produto ou serviço poderá ser recusada ou aceita, é necessário avaliar a oportunidade.
Conheçamos alguns aspectos para essa avaliação.
 
Avaliação da oportunidade: mercado
Viabilidade de mercado
O principal fator que o empreendedor deve levar em conta é o mercado. 
Para isso, é imprescindível questionar-se a respeito da existência de um mercado real ou potencial para a ideia.
Além disso, é necessário reconhecer quem compraria o produto ou serviço e qual a provável frequência da compra.
Neste caso, é fundamental entender como ajustar o negócio ao risco da sazonalidade, presente em muitos ramos de atividades, como moda, alimentos e brinquedos.
Para essa avaliação, o empreendedor deve analisar se o produto será comprado para uso próprio ou de terceiros. Por exemplo, as mães comprariam para uso próprio ou para os filhos?
Entender qual o tamanho do mercado é primordial. O empreendedor deve se questionar sobre quantas pessoas, organizações ou outros tipos de clientes estão contidos no potencial mercado.
Como se distribuem geograficamente os clientes? Quantos há em cada território do mercado e qual preço seria aceito por esses clientes?
A resposta obtida por meio desses questionamentos é fundamental para traçar uma eficiente estratégia empresarial.
ALGO MAIS
O empreendedor deve identificar novas oportunidades e manter-se informado sobre as tendências do mercado. É importante saber se o ramo de atividades escolhido é controlado por organizações dominadoras, com capacidade para ditar as regras do jogo.
A existência de monopólios ou cartéis não impede a entrada de novos competidores, mas o empreendedor deve estar preparado para enfrentar um cenário adverso.
Avaliação da oportunidade: concorrência
Ao analisar a concorrência, o empreendedor deve buscar informações fundamentais como:
· O número de competidores;
· O alcance de seus canais de distribuição;
· Suas políticas de preços;
· As vantagens competitivas.
Vantagens competitivas são atributos do produto ou serviço, ou das empresas que os fornecem, que motivam a preferencia do mercado ou do cliente.
Sala vip. São diferenciais que proporcionam ganho material ou psicológico para o consumidor.
Podemos considerar como vantagens competitivas o preço mais baixo conseguido graças a um custo menor de produção, decorrente de maior eficiência, um design criativo ou uma imagem de exclusividade e luxo, entre outras possibilidades.
Seja qual for o fator de atração e preferência dos clientes, a vantagem competitiva é o que permite à empresa superar os competidores, estabelecer sua marca e fortalecer sua identidade.
ALGO MAIS
As barreiras para a entrada de competidores externos, como as taxas sobre produtos importados ou os subsídios para os produtores locais, são uma vantagem competitiva.
Uma concessão ou um contrato de longo prazo com um grande comprador também podem deixar a empresa em uma situação cômoda diante da concorrência. Mas se depois ocorrer a queda desses privilégios, os concorrentes com outras vantagens competitivas poderão se tornar dominantes.
Avaliação da oportunidade: produção
A viabilidade de produção refere-se à capacidade efetiva de fornecer o produto ou o serviço no presente ou no futuro.
Para análise deste aspecto, a pergunta a ser feita é a seguinte: é possível fabricar o produto ou prestar o serviço? O que é necessário para isso? Essa pergunta se desdobra em outras:
· Existem os componentes e as matérias-primas necessários ao produto ou ao serviço?
· Existem as máquinas, as instalações e os equipamentos capazes disso?
· Existe a mão de obra para isso? Qual a necessidade de treinamento?
· Qual a necessidade de desenvolvimento e experimentação?
· Qual o custo de montar a infraestrutura para fornecer o produto ou o serviço?
Avaliação da oportunidade: controle governamental
Na avaliação de uma oportunidade, o empreendedor deve considerar o tipo e a intensidade do controle governamental aque estará sujeito.
Os ramos de atividades nessa situação ficam submetidos à inconstância, já que as mudanças nas regras são frequentes.
Por exemplo, empresas revendedoras de artigos importados muitas vezes ficam à mercê de oscilações decorrentes de ações do governo.
Avaliação da oportunidade: investimento inicial e retorno
O motor de arranque de qualquer empreendimento é o investimento inicial.
O empreendedor deve calcular com muito cuidado o montante necessário para iniciar o negócio. O resultado dessa conta pode definir se ele tem ou não condições para se lançar na empreitada.
Outro cálculo importante é a previsão de retorno do investimento. Uma análise de mercado pode revelar o potencial de receita e o tempo necessário para obtê-la.
Investir montantes elevados em atividades que oferecem pouco retorno e demandam anos para sua recuperação pode ser uma decisão complicada.
8. Aquisição de um negócio existente
Compreenda as vantagens e desvantagens de comprar um negócio existente, em vez de começar um negócio totalmente novo, de forma tal que você seja capaz de apontar os riscos e oportunidades nos negócios existentes e os critérios para sua avaliação.
Negócio preexistente
Menos inovador, mas não menos empreendedor.
São muitos os empreendedores que adquirirem negócios já existentes sem planos de mudar as operações correntes.
Por exemplo, comprar um posto de gasolina, uma videolocadora em funcionamento ou assumir uma franquia.
Não há inovação nisso, mas o empreendedor está assumindo riscos pessoais e financeiros.
NA PRÁTICA
Um exemplo prático para essa questão é o crescimento de 16,9% do setor de franquia em 2011.
No decorrer da história, a franquia – ou franschising -, como um sistema de negócio, permitiu que diversos empresários desenvolvessem, ao longo dos anos, algumas das marcas mais conhecidas do mercado, como McDonald’s, Lacoste, O Boticário, entre muitas outras.
Uma rede de franquias precisa ter entre seus franqueados pessoas com perfil empreendedor, de preferência com experiência no segmento no qual a marca atua e capacidade de liderança.
Fonte: Associação Brasileira de Franchising – ABF
Vantagens e desvantagens de um negócio existente
Mas quais seriam as principais vantagens e desvantagens desse tipo de empreendimento?
Como todo novo negócio, a aquisição de uma empresa existente ou franquia pode apresentar pontos positivos e negativos ao empreendedor.
Para tomar a decisão mais acertada, o empreendedor deve analisar as vantagens e as desvantagens desse tipo de operação.
Pontos a considerar na compra de um negócio existente
Conheçamos os pontos favoráveis e desfavoráveis da aquisição de um negócio existente:
Pontos a favor e vantagens
· Produto e mercado definidos
· Clientela formada
· Fornecedores operando
· Experiencia do proprietário anterior
Pontos contra e riscos
· Herança de problemas
· Mão de obra não qualificada
· Imagem comprometida
· Modernização necessária
· Localização desvantajosa
· Preço alto
Procure aplicar os critérios para avaliação de um negócio existente a algum caso que já conheça!
Pontos a favor e vantagens
Adquirir um negócio existente costuma ter alguns pontos favoráveis:
· O produto ou o serviço e o mercado já estão definidos.
· O planejamento e as providencias para operar uma empresa em funcionamento são menos trabalhosos do que para uma nova empresa e, se em sua fase anterior o negócio era bem-sucedido, a empresa já conta com uma imagem positiva.
· Existe uma clientela formada e um sistema de fornecedores em operação.
· O equipamento necessário provavelmente já está disponível. 
· Se os empregados continuam na empresa provavelmente têm conhecimento e experiência no negócio. 
Pontos contra e desvantagens
Os principais riscos e pontos negativos na aquisição de um negócio existente são:
· A herança de deficiências de vários tipos, especialmente pendências trabalhistas e fiscais, entre outras irregularidades.
· A possibilidade de problemas futuros mascarados pelo vendedor, como a desapropriação do local ou a perda de uma condição essencial para o funcionamento do negócio. Por exemplo, a renovação do aluguel do imóvel ou a rescisão de contrato com um fornecedor.
· Os empregados que permanecem na empresa podem não ser adequados para a nova fase do negócio e o custo trabalhista de sua dispensa pode ser elevado.
· Se a imagem já estabelecida do negócio for negativa, será difícil reverter a situação.
· Pode ser necessário realizar um demorado e dispendioso processo de modernização. 
Avaliação do negócio
Antes de adquirir um negócio já existente, o empreendedor deve considerar três importantes aspectos:
 
Histórico da empresa e suas perspectivas
O registro de operações passadas mostra o que a empresa fez no mercado e permite avaliar o que ela pode continuar fazendo atualmente e no futuro.
Uma empresa bem-sucedida deve ter desenvolvido uma sólida carteira de bons clientes, controlado seus custos e, o essencial, obtido lucros. Além disso, é fundamental que o ramo do negócio seja promissor.
Patrimônio e operações em andamento
Funcionários qualificados, maquinário em bom estado de conservação e uma relação saudável com fornecedores e bancos constituem grandes vantagens. Não é tarefa fácil construir todo esse patrimônio a partir do zero.
Por outro lado, maquinário obsoleto, funcionários desqualificados, problemas com clientes, fornecedores e bancos representam um enorme passivo, difícil de administrar.
Preço da compra
Há alguns fatores que ajudam a avaliar se o preço de compra do empreendimento é vantajoso ou não.
A empresa pode estar perdendo dinheiro, a localização se deteriorando ou o proprietário planejando reabrir o negócio em outro ponto para concorrer com você.
Mas o inverso de tudo isso também é possível, e a aquisição pode se revelar uma excelente escolha.
Acima de tudo, é importante investigar as razões pelas quais a empresa está sendo vendida. Pode ser que o vendedor esteja se desfazendo de um negócio que não lhe interessa mais, mas pode ser atraente para outro.
9. Tipos de empresas
Compreenda quais são as modalidades ou formatos de empresas, do ponto de vista de sua constituição, desde as empresas familiares até as grandes corporações e cooperativas, de forma tal que você consiga esclarecer que tipo de empresa pretende ou gostaria de ter
Principais possibilidades de empreendimento
Escolher o tipo de empresa significa definir o formato do empreendimento.
Para isso, há uma amplitude de possibilidades. Vamos conhecer as principais:
Como saber qual o formato mais adequado para cada ideia?
Vejamos as características de cada formato.
Empresa tradicional
É uma entidade econômico-administrativa que tem o lucro como objetivo.
A atividade da empresa tradicional baseia-se na transformação e no fornecimento de bens e serviços em segmentos como comércio, indústria, agricultura, pecuária, transportes, telecomunicações, turismo, educação e outros.
Empresa familiar
Esta variante da empresa tradicional tem o objetivo de melhorar a condição socioeconômica de uma família.
Idealmente, a empresa familiar divide entre seus componentes as tarefas iniciais e os benefícios.
Em seguida, outros membros da família são envolvidos nas operações da empresa, criando-se, assim, uma sociedade familiar.
NA PRÁTICA
Em 1957, o casal Luiza Trajano e Pelegrino José Donato compraram uma pequena loja na cidade de Franca, interior de São Paulo, chamada “A Cristaleira”. Neste momento, tem inicio o que seria uma das maiores redes de varejo do País, o Magazine Luiza. O nome da loja foi escolhido em um concurso cultural, promovido em uma rádio local.
Anos depois o crescimento é impulsionado por uma nova dupla de sócios: Wagner Garcia e Maria Trajano Garcia, sua esposa e irmã de Dona Luiza.
Com o passar do tempo, a empresa familiar pode gerar uma série de questões mais complexas, como a participação dos descendentes e seus cônjuges na sociedade, a divisão dos lucros e a transferência para herdeiros e sucessores.
Esses problemas podem se tornar tão intrincados que acabam causando a dissolução do negócio na segundaou terceira geração.
Franquia
No sistema de franquia ou franchising empresarial, o franqueador cede ao franqueado o direito de uso da marca ou patente, associado à licença para comercialização exclusiva ou semiexclusiva de produtos ou serviços.
Eventualmente, o franqueador também cede ao franqueado o direito de uso da tecnologia de implantação e administração do negócio ou os sistemas por ele desenvolvidos ou detidos.
Em contrapartida, o franqueado remunera o franqueador, sem qualquer vínculo empregatício.
Ao aderir à rede de franquia, o franqueado passa a operar com a marca do franqueado, seguindo todos os padrões por ele estabelecidos e sob sua supervisão.
ALGO MAIS
Vantagens e desvantagens da franchising
Vantagens
· O empreendedor compra uma empresa pronta, sem necessidade de inventar produto, nome, embalagens, etc.
· A operação da empresa, o treinamento dos funcionários, os uniformes e materiais são padronizados pelo franqueador – não há necessidade de criar.
· O sistema de suprimentos de matérias-primas já está montado pelo franqueador. A marca é conhecida e o empreendedor não precisa investir na construção da imagem.
· O empreendedor pode trocar experiências com outros franqueados da mesma empresa.
· O valor do investimento para iniciar e manter as operações é fácil de determinar, o que torna determinante o planejamento financeiro.
· O franqueado recebe orientação do franqueador, que está interessado em seu sucesso.
· O franqueado pode ter mais de uma loja da mesma franqueadora.
Desvantagens
· O investimento inicial pode ser alto, dependendo do valor da marca franqueadora.
· O franqueado obriga-se a um pagamento mensal ao franqueador, em geral, uma taxa sobre as receitas, o que faz o papel de um imposto a mais.
· O franqueado tem de seguir todas as exigências do franqueador, até mesmo de renovação de toda a loja, independentemente do tempo de franquia.
· O franqueador pode conceder várias franquias numa mesma região, ganhando no conjunto, mas prejudicando os franqueados individualmente.
· O franqueado não tem liberdade para introduzir inovações nos produtos, nas instalações ou em qualquer aspecto da franquia que impacte a identidade do franqueador.
· Os preços são tabelados, impedindo alterações para favorecer a competitividade.
· Assim como acontece em qualquer outra modalidade de empreendedorismo, não há nenhuma garantia de sucesso.
Escritório domestico
O escritório doméstico ou home office é o trabalho profissional realizado em cada.
É uma opção atrativa para o início de micros e pequenas empresas, já que representa considerável economia de custos na fase de implantação da atividade.
O escritório doméstico pode também ser uma opção permanente.
Essa modalidade de trabalho nasceu com a terceirização de serviços, foi facilitada pelos modernos recursos da tecnologia de informação e vem sendo adotada nos novos modelos gerenciais da economia globalizada.
Sua expansão vem mudando o contexto empresarial e o pergil do emprego, especialmente nos seguintes setores:
· Contabilidade
· Cosméticos
· Alimentos
· Confecções
· Publicidade e computação gráfica
· Consultoria em todas as áreas.
Cooperativa
É a sociedade de pessoas com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeita a falência, constituída para prestar serviços a seus associados (em número mínimo de 20 pessoas físicas).
É uma empresa com dupla natureza, que privilegia o lado econômico e o social de seus associados.
O cooperado é ao mesmo tempo dono e usuário da cooperativa: como dono, administra a empresa e, como usuário, utiliza seus recursos.
De modo geral, seu objetivo é eliminar os intermediários, barateando custos e diminuindo preços por meio da racionalização das operações e de uma atuação em grande escala.
Uma cooperativa pode se dedicar a qualquer tipo de atividade.
A natureza de uma cooperativa varia de acordo com a atividade de seus associados.
Como exemplo podemos citar as seguintes naturezas:
Cooperativa agropecuária: reúne produtores rurais. Seus serviços podem ser: a compra coletiva de insumos, a venda em comum da produção dos cooperados, a prestação de assistência técnica, armazenagem e industrialização, entre outros.
Cooperativa de consumo: reúne consumidores de bens de uso pessoal e doméstico (supermercado). Seus serviços são a compra coletiva desses bens.
Conheçamos mais exemplos a seguir.
Natureza das cooperativas
Cooperativa de trabalho: reúne trabalhadores. Seus serviços consistem em conseguir clientes ou trabalho para os cooperados, fornecer capacitação e treinamento técnico e intermediar a relação com os contratantes, entre outros. 
Cooperativa de produção: reúne os operários de uma fábrica. Seus serviços consistem em coordenar o funcionamento do sistema produtivo.
Cooperativa de crédito: reúne a poupança de pessoas, oferecendo crédito e valorizando as aplicações financeiras dos cooperados. Atualmente, no Brasil, elas são fechadas, ou seja, restritas a alguma categoria profissional ou aos funcionários de uma empresa.
Ainda podemos destacar três exemplos de cooperativas com forte apelo social.
Cooperativa habitacional: reúne pessoas precisando de moradia. Seus serviços consistem na aquisição de terreno e na construção de casas ou prédios residenciais.
Cooperativa educacional: reúne pais de alunos. A cooperativa é mantenedora de uma escol, cujos alunos são filhos de cooperados.
Cooperativa de saúde: reúne profissionais ou usuários de saúde. Nesse caso, consideram-se no mesmo ramos as cooperativas de trabalho (médicos, dentistas, psicólogos) e as cooperativas de clientes (associados de plano de saúde).
Amplitude das possibilidades
São muitos os tipos de empresa sustentados por uma amplitude de possibilidades. Analisando esse universo, é possível imaginar uma infinidade de contrastes possíveis! Como exemplo, podemos citar uma pizzaria local, de natureza familiar e uma cadeia de restaurantes de alcance internacional. Embora de diferentes portes, os dois exemplos tem algo em comum: seus empreendedores formalizaram o negócio.
Vamos conhecer informações necessárias para a formalização de um novo negócio.
Formalização de um novo negócio
A abertura – ou registro – de uma empresa compreende os procedimentos burocráticos exigidos para sua legalização nos órgãos públicos competentes.
No Brasil é um processo extremamente demorado, que pode levar centenas de dias.
A lista de exigências é extensa, incluindo alvarás, licenças, livros ou documentos em diversos órgãos públicos.
Nome empresarial
Firma e denominação são os dois tipos de nome empresarial.
A firma só pode ter como base nomes civis dos sócios ou de apenas um sócio acrescido do termo “e Cia”.
É permitido acrescentar, no final, uma expressão que identifique o objeto da empresa, como “Andrade & Xavier Componentes Eletrônicos Ltda.”
A denominação pode ser composta por um nome civil, sem fazer menção ao nome de algum dos sócios ou a qualquer nome civil, como “Tecelagem Ômega Ltda”.
Natureza jurídica
De acordo com sua natureza jurídica, as empresas podem ser enquadradas em uma das categorias abaixo:
· Artesão
· Produtor final
· Sociedade simples
· Sociedade empresária
· Sociedade limitada
· Sociedade por ações
· Sociedade estrangeira
ALGO MAIS 
As empresas também podem ser classificadas de acordo com o porte. 
Nesse caso, há quatro categorias: microempresas, pequenas empresas, empresas de médio porte e empresas de grande porte.
Os critérios para a classificação põem divergir. Por exemplo, o Governo Federal e o BNDES utilizam o faturamento como critério, enquanto o SEBRAE usa o número de funcionários.
Vale lembrar que as micro e as pequenas empresas têm tratamento tributário diferenciado por meio do regime Simples Nacional.
GESTÃO DE NEGÓCIOS – UNIDADE 2
1. Estratégia e planejamento estratégico
Compreenda os principais elementos que compõem a estratégia de uma empresa e a importância da estratégia para o sucesso das iniciativas empresariais de forma que você assimile a diferença entre estratégia e planejamento estratégico.
Estratégia e planejamento
A palavra estratégiavem do grego strategos, que significa general. 
Em sua origem, a estratégia compreendia os planos dos generais para garantir a vitória sobre seus inimigos.
A estratégia forma uma cadeia de decisões de planejamento.
Mas como estratégia e planejamento se aplicam em nosso dia a dia? Vejamos um exemplo prático!
Imagine que você está preparando uma importante viagem que você decidiu fazer para aprender um idioma.
Estratégia é o que está por trás do motivo e dos objetivos de sua viagem. São os resultados que a viagem representa. A viagem é sua estratégia para se desenvolver. 
O planejamento operacional trata de como a viagem será feita: datas de início e término, qual o meio de transporte, escolha do local, orçamento para cobrir todas as despesas etc.
Este exemplo também se aplica ao universo dos negócios. 
Planejamento empresarial
Segundo Peter Drucker, a finalidade do planejamento é enfrentar a incerteza do futuro. No mundo empresarial, apenas uma parte do futuro é incerta: aquela em que o inesperado e o desconhecido surpreendem.
Outra parte é bastante previsível, pois obedece a regras objetivas e conhecidas ou é consequência de decisões do presente ou do passado.
Em suma, podemos dizer que a finalidade do planejamento é enfrentar o futuro, com todas as suas certezas e incertezas. Ambas exigem preparação, para evitar que a empresa seja atropelada pelos acontecimentos.
Planejamento estratégico é o processo de definir a estratégia da empresa, englobando três etapas.
1 – escolha de uma missão ou negócio;
2 – definição de objetivos de desempenho dentro da estratégia;
3 – definição de como realizar a estratégia escolhida.
Etapas do planejamento como sequência de meios e fins
Aonde queremos chegar? Qual caminho percorrer? Quais as etapas intermediárias? Onde estamos agora?
1 – Escolha de uma missão ou negócio
Essa decisão é a essência da estratégia.
Trata-se de optar por um produto ou serviço destinado a um mercado ou tipo de cliente-alvo, dentro de uma área de atuação.
O negócio é também chamado proposição de valor – é o que você oferece aos clientes para que eles se disponham a oferecer dinheiro em troca.
Quando o empreendedor define o seu ramo de negócio, já tomou a sua primeira – e fundamental – decisão de planejamento estratégico.
É a mesma coisa se ele pretende diversificar ou ampliar a atuação de sua empresa ingressando em um novo mercado.
A missão ou negócio escolhido representa o objetivo mais importante da empresa – sua principal fonte de receitas.
2 – Definição de objetivos de desempenho dentro da estratégia 
Ser líder de vendas no mercado 
Abrir uma filial ou aumentar a linha de produtos e serviços, alcançar uma meta de produção, bater recordes de produtividade...
 São muitos os exemplos de objetivos de desempenho que podem fazer parte da estratégia de uma empresa.
Observemos as grandes empresas industriais automobilísticas – a Toyota batalhando pelo primeiro lugar, ou a Mercedes-Benz disputando prestígio com a BMW.
É na perseguição de objetivos específicos que as empresas aprimoram seu desempenho.
3 – Definição de como realizar a estratégia escolhida
Essa etapa é conhecida como implementação.
Para pôr em prática sua estratégia e alcançar os objetivos específicos que traçou, o empreendedor precisa mobilizar estruturas e recursos para obter vantagens competitivas em relação aos seus concorrentes, cujos objetivos são muito semelhantes aos seus.
Implementar é escolher e acionar os recursos necessários para fazer a estratégia funcionar, atuando com vantagem no mercado.
É fazer com que o diferencial do negócio alcance o público-alvo.
2. O que é planejamento
Entenda a importância do planejamento como etapa do processo administrativo e que lhe permitirá tomar decisões e compreender a relação entre plano e execução.
Decisões básicas do processo de planejamento
A ação de planejar algo consiste, basicamente, em tomar três tipos de decisões. 
· Definir objetivos: qual situação deverá ser alcançada.
· Definir cursos de ação: cominhos para atingir o objetivo.
· Definir meios de execução: previsão dos recursos necessários para realizar o objetivo.
O processo de planejamento é uma cadeia de objetivos e meios.
Quando essas decisões podem afetar a essência da empresa e seu futuro, trata-se de estruturar o planejamento estratégico.
Elementos estratégicos
Estratégico significa tudo o que é importante para a realização dos objetivos de mais alto nível da empresa – como sua missão, sobrevivência e competitividade.
Assim, existem fornecedores, clientes, instalações e suprimentos que são estratégicos para uma determinada empresa em função de sua atividade.
A perda de um desses elementos estratégicos ameaça os objetivos fundamentais da empresa e pode até inviabilizar a continuidade do negócio.
Planejamento estratégico
Desde uma padaria de bairro até uma grande corporação multinacional, todas as empresas têm planejamento estratégico, de forma explícita ou implícita.
Quando o empreendedor decide abrir um negócio baseado em uma ideia de produto ou serviço, já está fazendo planejamento estratégico.
A base do planejamento estratégico é a escolha de um negócio – um produto ou serviço destinado a um mercado ou cliente.
À medida que a empresa cresce, as práticas de planejamento estratégico evoluem para sustentar seu desenvolvimento.
A entrada em novos mercados, o lançamento de novos produtos ou o aprimoramento da competitividade e dos sistemas internos passam a ser as decisões dos planos estratégicos.
NA PRÁTICA
Podemos citar um dono de uma concessionária que tem por objetivo ser o principal ponto de venda de carros populares da cidade. Este empreendedor adotou como curso de ação a reforma do imóvel com a ampliação do pátio para melhor exposição dos veículos. Como meio de execução, adquiriu novos terrenos em bairros estratégicos para construção de pequenas filiais. Assim, solicitou financiamento no banco para a compra dos terrenos, contratou pessoal para a obra e investiu no treinamento dos novos vendedores.
O planejamento estratégico possibilita que o empreendedor preveja relações de causa e efeito.
Dependendo do ramo de negócio e do momento em que uma empresa se encontra, os planos estratégicos podem ter diferentes graus de formalidade, abrangência e tempo de preparação.
No entanto, não há receitas nem procedimentos padronizados.
Vamos acompanhar a seguir algumas ideias que podem ser utilizadas pelo empreendedor na ordem que lhe parecer mais conveniente.
Processo de elaboração do plano estratégico
O empreendedor pode começar por onde quiser, excluir alguns itens ou incluir outros.
 3. Definição de responsabilidades
Aprenda a diferença entre responsabilidade e autoridade, de forma que você consiga descrever os cargos de uma estrutura organizacional e as relações entre eles em termos desses dois atributos.
Cargo: Conceito
Responsabilidade são obrigações ou os deveres das pessoas pela realização de tarefas ou atividades.
O conjunto das tarefas pelas quais uma pessoa é responsável chama-se cargo.
Normalmente, um departamento é um agregado de cargos. Em uma organização de pequeno porte, um departamento pode possuir um único cargo.
Um cargo é a menor unidade de trabalho da estrutura organizacional e suas atribuições são um conjunto de tarefas ou atividades que seu ocupante deve desempenhar.
Os cargos que têm mais de um ocupante são chamados de posições. Os cargos têm títulos que identificam a função do ocupante: montador, secretária, professor, assistente do gerente geral, diretor de recursos humanos.
Autoridade
A autoridade é atribuída a pessoas ou a unidades de trabalho.
É o direito legal que os chefes ou gerentes têm de comandar o comportamento dos integrantes de sua equipe, chamados subordinados, colaboradores ou funcionários.
Há três tipos principais de autoridades:
· Autoridade de linha
· Autoridade de assessoria
· Autoridade funcional
Vamos conhecer cada uma a seguir
Tipos: Autoridade de linha
É a autoridade que desce diretamente de cada chefe para os integrantes de sua equipe, desde o executivo principal até o nível dofuncionário operacional.
Tipos: autoridade de assessoria
Unidades de assessoria são órgãos que ficam ao lado da linha, para auxiliar os gerentes de todos os níveis na análise de problemas e na tomada de decisões.
Podem ser departamentos permanentes (como uma assessoria jurídica) ou colegiados formados pelos próprios gerentes.
As assessorias têm autoridade em assuntos técnicos (por exemplo, pareceres sobre contratos) e corporativos (como a formulação de políticas e estratégias).
Tipos: autoridade funcional
É exercida pelos departamentos de apoio sobre os demais departamentos da estrutura funcional por meio de respostas a consultas ou da formulação de políticas e procedimentos.
O departamento de recursos humanos, por exemplo, tem autoridade funcional para definir o plano de cargos e salários e estabelecer critérios de recrutamento, seleção e promoção. 
Hierarquia e amplitude de controle
A atribuição de autoridade implica dois aspectos importantes do processo de organização: Hierarquia e Amplitude de controle.
Vamos entender um pouco melhor os dois aspectos.
Hierarquia
A autoridade divide-se verticalmente em níveis. As pessoas que estão em um determinado nível têm autoridade sobre as que estão no nível inferior. Inversamente, em qualquer nível, as pessoas têm responsabilidades e prestam contas para as que estão acima. Essa disposição da autoridade em níveis chama-se hierarquia ou cadeia de comando. Os níveis são chamados também de escalões hierárquicos. 
 
Amplitude de controle
O número de pessoas subordinadas a um gerente define a sua amplitude de controle. Uma estrutura com numerosos níveis hierárquicos possui uma grande quantidade de chefes, cada um deles com poucos subordinados, isto é, pequena amplitude de controle.
 
Nesse tipo de organização, a autoridade fica concentrada nos chefes e isso tira a autonomia dos funcionários, emperrando a tomada de decisões. Por causa desses problemas, as empresas preferem usar as estruturas enxutas. Uma estrutura enxuta tem pequeno número de níveis hierárquicos, como um grande número de funcionários para cada chefe. 
A autoridade fica distribuída até a base da hierarquia, ampliando a autonomia dos funcionários.
4. Análise SWOT
Compreenda a técnica de análise SWOT de forma que você seja capaz de diferenciar seus quatro elementos e sua natureza de análise interna, para pontos fortes e pontos fracos, e análise externa, para oportunidades e ameaças.
Escolha do negócio e da missão
A escolha de um negócio ou missão pode ser feita de diferentes maneiras, até mesmo por acaso.
Em geral, de forma consciente ou não, o empreendedor acaba fazendo o que os especialistas em estratégia recomendam: avaliação dos obstáculos que terá pela frente e, por outro lado, os recursos com que poderá contar.
Em termos de estratégia empresarial, esse mecanismo é conhecido como Análise SWOT.
Preparação do plano estratégico
Para escolher o negócio e a missão de maneira eficaz, o empreendedor deve observar os ambientes interno e externo como o intuito de:
· Verificar suas próprias forças (strenghts)
· Verificar suas fraquezas (weaknesses)
· Identificar as oportunidades (opportunities)
· Analisar as ameaças (threats)
As iniciais dessas quatro palavras em inglês dão nome ao conjunto de ferramentas conhecido como Análise SWOT, que visam à preparação de planos estratégicos. 
Vamos fazer um breve exercício!
Busque destacar alguns de seus pontos fortes (por exemplo, responsabilidade, conhecimento em informática, etc). atualmente, quais são seus pontos fracos, o que é necessário melhorar? (como, por exemplo, dificuldade de falar em público, etc).
Você consegue identificar as oportunidades que podem surgir (como, por exemplo, melhoria da situação econômica, etc). Neste cenário, quais são as ameaças (como, por exemplo, aumento do número de formados na área de atuação, etc)?
Esse exercício pode lhe ajudar a compreender o tipo de análise que se faria em uma empresa real.
Análise externa
O ambiente externo é formado basicamente pelo mercado, que pode oferecer oportunidades e ameaças, como a concorrência.
Além desses elementos, há outros fatores que podem ter uma forte influência sobre o negócio, como a conjuntura econômica, a ação do governo e inovações tecnológicas, por exemplo.
Em meio a esse cenário em constante transformação, o empreendedor deve estar sempre atento, monitorando os acontecimentos à sua volta.
 Quanto mais complexos esses elementos ou mais rápida a mudança, mais necessário se torna o planejamento estratégico. 
O sucesso de uma empresa pode depender da agilidade com que prevê e se antecipa às novidades, de modo a preparar uma reação adequada.
Vejamos a seguir dois componentes básicos do ambiente externo: mercado e concorrência.
Análise do ambiente externo: mercado
O mercado é o alvo que o empreendedor pretende atingir. É possível encontrar as oportunidades e as ameaças presentes no mercado analisando:
· Dados sobre os consumidores: quantidade, distribuição geográfica, poder aquisitivo, sazonalidade das compras, ect.
· O poder dos consumidores sobre as empresas que atuam no mercado.
· O comportamento dos consumidores: atividades e preferencias, estilos de vida, expectativas e medos coletivos, tendências e hábitos.
· Tendências sociais. 
Análise do ambiente externo: concorrência
Se os consumidores são o “alvo”, a concorrência é o “inimigo”.
A situação clássica da estratégia é aquela em que o empreendedor quer realizar um objetivo, mas outros concorrentes querem fazer o mesmo.
Para identificar as ameaças e as oportunidades oferecidas pela concorrência, o empreendedor deve analisar:
· Dados sobre as empresas que atuam no mercado: participação nas vendas, capacidade de produção, faturamento, número de funcionários, localização, etc.
· Linhas e características dos produtos disponíveis no mercado e os diferenciais que conquistam a preferência do consumidor.
· Pontos fortes e fracos dos concorrentes: suas vantagens competitivas, seus modelos de administração e recursos.
· Se há espaço para a entrada em cena de novos concorrentes.
· A probabilidade de surgirem inovações tecnológicas que possam tornar obsoletos os produtos atuais.
Análise interna
O empreendedor deve sempre estudar seu desempenho à procura de pontos fortes e fracos.
É de extrema importância pesquisar os focos de problemas em suas áreas funcionais: o desperdício de recursos, os motivos de insatisfação dos funcionários, a opinião dos fornecedores, as reclamações dos clientes.
Esses fatores devem ser comparados com outras empresas e com as melhores práticas do mercado.
No início do empreendimento, esses pontos fortes e fracos são menos numerosos e mais fáceis de detectar.
À medida que a empresa se desenvolve, aumenta o número de informações, exigindo a constante atenção do empreendedor.
Análise interna: desempenho financeiro
A análise dos indicadores financeiros vem sempre em primeiro lugar em qualquer diagnóstico de desempenho.
Para empresas em crescimento, devem ser usados os seguintes indicadores:
· Evolução da receita
· Percentual da receita gerado por novos produtos, serviços e clientes.
· Receita por funcionário
· Investimento como percentual das vendas
· Pesquisa e desenvolvimento como percentual das vendas.
Análise interna: participação dos clientes no faturamento
Essa análise tem como principal objetivo identificar os clientes ou segmentos do mercado que mantêm o maior volume de negócios com a empresa.
Isso é possível dividindo as compras de cada cliente pelo total das vendas em dinheiro ou por quantidade de itens.
Esses dados apontarão os seus clientes mais importantes e a contribuição de cada um para as receitas.
Com o tempo, esses dados revelarão a evolução das preferências e tendências desses clientes, e se os seus negócios com a empresa estão aumentando ou diminuindo.
Análise interna: participação dos produtos e serviços no faturamento
Por meio da análise sobre a participação de produtos e serviços no faturamento da empresa é possível identificar os produtos responsáveis pela maior parte das suas vendas.
O empreendedor

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