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Informações sobre doenças Doença Linfática O que é a doença linfática? Formado por gânglios, conectados uns aos outros por vasos linfáticos, o sistema linfático faz parte da defesa natural do organismo contra infecções. Localizados no pescoço, axilas e virilha, os gânglios linfáticos funcionam como filtros, retirando restos de células da circulação. Internamente, são encontrados também no tórax, abdome, amídalas, fígado, baço, medula óssea, intestinos e pele. Os vasos linfáticos transportam a linfa, um líquido claro que circula pelo corpo e é composto de água, proteínas, gorduras e até bactérias. Esses vasos contêm os linfócitos, células que defendem o organismo contra as infecções. Quando há uma infecção na garganta, por exemplo, os gânglios do pescoço inflamam-se e crescem – este “inchaço” é sinal de que o organismo está se defendendo. Mas, por razões ainda desconhecidas, os linfócitos podem se multiplicar e começar a crescer de maneira desordenada. Como conseqüência, passa a haver um excesso de produção dos tecidos, dando origem ao linfoma, tipo de câncer no sistema linfático. O linfoma surge dos linfócitos anormais e, com o tempo, espalha-se pelos demais órgãos do corpo por meio do sistema linfático, afetando o sistema nervoso central, testículos, pele, medula óssea, etc. Além das infecções, fatores ambientais (radiação), produtos químicos (pesticidas, solventes, herbicidas, fertilizantes e inseticidas) e fatores genéticos também podem estar relacionados ao aparecimento dos linfomas. Pessoas com o sistema imunológico comprometido, com doenças como Aids e/ou que passaram por um transplante de órgão sólido (fígado, coração, rins, etc), também estão mais sujeitas à doença. Os linfomas são classificados em dois grandes grupos: o Linfoma Não-Hodgkin, que reúne quase 40 formas distintas da doença, e o Linfoma de Hodgkin, com mais de 20 tipos diferentes. Sintomas e diagnóstico A inchação ou edema é o principal sinal de que algo não anda bem com os vasos linfáticos, quando acometidos por uma infecção. Febre, calafrios e o surgimento de “ínguas” (aumento do volume dos gânglios) estão entre os demais sintomas. Entre as diversas formas de comprometimento dos vasos linfáticos estão: Linfangite: processo inflamatório mais comum dos vasos linfáticos, normalmente ataca os membros inferiores. A doença pode ser provocada por bactérias, vírus, fungos ou parasitas (leishmaniose, filariose, toxoplasmose e oncocercose). Ferimentos na pele, frieiras, calos e rachaduras no calcanhar são “portas de entrada” para os germes que causam a infecção. Sintomas: febre alta, náuseas, vômitos, mal-estar, inchaço, calor, dor local e vermelhidão na região atingida. Linfedema: inchaço de origem linfático determinado por deficiência na absorção ou condução da linfa. Os linfedemas podem ser primários (sem causa definida) ou secundários a inflamações, traumas, irradiações e cirurgias. Normalmente, instalam-se nos membros inferiores ou superiores. A elefantíase, por exemplo, é um linfedema volumoso, grave, cuja aparência lembra a perna e o pé de um elefante. Erisipela: é uma linfangite determinada por uma bactéria, o estreptococo. Conforme a agressividade do agente causador ou a baixa resistência imunológica da pessoa formam-se bolhas e ulcerações (rachaduras da pele) com perda da linfa. Linfoma Não-Hodgkin: aumentam os linfonodos do pescoço, axilas e/ou virilha. Sintomas: sudorese noturna excessiva, febre alta; prurido (coceira na pele) e perda de peso repentina. Linfoma de Hodgkin: pode aparecer em qualquer parte do corpo. Os sintomas dependem da localização. Se surgem linfonodos próximos à pele, no pescoço, axilas e virilhas, os sintomas incluem linfonodos aumentados e indolores; na região do tórax, os sintomas incluem tosse, dispnéia (falta de ar) e dor no peito; na pelve e no abdome, tem-se a sensação de plenitude e distensão abdominal. Outros sintomas: febre, fadiga, sudorese noturna, perda de peso e prurido ("coceira na pele"). Para diagnosticar o tipo de linfoma são necessários exames específicos, como: biópsia (punção aspirativa por agulha fina; biópsia e aspiração de medula óssea; punção lombar) e exames de imagem (radiografias de tórax, tomografia computadorizada, ressonância nuclear magnética e cintigrafia com gálio). Uma vez diagnosticada, a doença é classificada conforme o tipo de linfoma e o estágio em que se encontra. Estas informações são essenciais para optar pela forma de tratamento mais eficiente e, assim, poder traçar um prognóstico. Tratamento e prevenção Somente um especialista qualificado pode orientar quanto ao tratamento mais adequado, pois várias são as alternativas: desde massagens, medicamentos para melhorar a função dos vasos linfáticos até cirurgia redutora, microcirurgia derivativa ou reconstrutiva. O tratamento das erisipelas e linfangites, por exemplo, pode ser feito por meio de medicamentos de combate às micoses interdigitais, cuidados especiais na higiene dos pés, atenção aos pequenos traumatismos ou arranhões e acompanhamento médico das infecções da pele. Já o tratamento dos linfomas compreende métodos mais complexos. O Linfoma Não-Hodgkin é tratado por meio da quimioterapia e radioterapia. A imunoterapia é outra forma de tratamento cada vez mais considerada pela classe médica, usada isoladamente ou em associação com a quimioterapia. Já para a Doença de Hodgkin, em geral, o tratamento consiste no uso da poliquimioterapia, com ou sem radioterapia, e o transplante de medula. Assim como em outras formas de câncer, dietas ricas em verduras e frutas podem ter um efeito protetor e preventivo contra o desenvolvimento dos linfomas. É importante lembrar que tanto a radioterapia como a quimioterapia trazem riscos para o paciente, como o desenvolvimento de outros tipos de câncer (mama, pulmão, tireóide, linfomas e leucemias) e possível infertilidade. Tais riscos, porém, não são suficientemente grandes a ponto de se questionar o seu uso, pois elas têm provado ser a melhor forma de tratamento dos linfomas. Uma vez finalizado o tratamento, o acompanhamento médico ainda deve permanecer por meio de consultas periódicas cujos intervalos aumentam progressivamente segundo cada paciente. Referências: Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (ABRALE) - http://www.abrale.org.br/doencas/linfoma/index.php?area=linfoma Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) - http://www.sbacv- nac.org.br/publico/publico_erisipelas.htm Instituto Nacional do Câncer (INCA) - http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=457 http://www.nycomedpharma.com.br/apws/site/sua_saude/patologias/ http://www.nycomedpharma.com.br/apws/site/sua_saude/patologias/ http://www.nycomedpharma.com.br/apws/site/sua_saude/patologias/ http://www.nycomedpharma.com.br/apws/site/sua_saude/patologias/
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