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Prova_1_2017 2

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Disciplina: Gestão de Novos Negócios
Turma: 3711 – G028					Professor: Dionizio Gurgel da Silva
Nome do Aluno: _______________________________ Matrícula: __________
Primeira Verificação						Data: 19/09/2017
Todas as questões deverão ser respondidas considerando os conteúdos apresentados nas aulas e suas discussões. Os textos estão logo depois das questões.
Com base no texto “Pepsis” responda as questões 1 e 2 abaixo. 
1) Qual o padrão de segmentação identificado por Moskowitz? Justifique sua resposta.
2) Para um perfil de preferência semelhante ao que foi identificado por Moskowitz, qual poderia ser o posicionamento de uma empresa que pretendesse entrar num mercado com essa característica?
3) Considerando os aspectos Inovação e Novas Formas de Gestão, explique o porquê da empresa Kodak pedir concordata (falência) nos Estados Unidos. Considere as informações do texto “KODAK: uma história de derrocada ou de longevidade”?.
4) Explique o porquê do crescimento da internet e mídias sociais como opção para a comunicação (divulgação) de produtos e serviços.
5) Considerando que a venda de produtos pessoais como roupas, sapatos, bolsas, acessórios já é uma realidade, escreva um texto com uma análise resumida sobre as principais estratégias de marketing que esse novo tipo de comércio deve ter, considerando a antiga maneira de comprar esses produtos.
Pepsis
Howard Moskowitz, pesquisador de Harvard, que introduziu no mercado o conceito de segmentação, em seus estudos de psicologia na universidade de Harvard, costumava realizar pesquisas de marketing com o público-alvo de diversas empresas norte-americanas, e na década de 70 foi contratado pela Pepsi para realizar uma pesquisa buscando identificar o nível mais adequado de açúcar na fórmula do refrigerante. A Pepsi sabia que o nível adequado estava entre 8 e 12 mg de açúcar por ml de água.
Desenvolveu então um experimento que já estava acostumado a fazer, com diferentes quantidades de açúcar em vários recipientes diferentes, pediu para uma grande amostra de pessoas identificasse qual a amostra que mais gostaram. Moskowitz esperava, ao final do experimento, observar um gráfico como este:
Figura 11 – Distribuição Normal
Esta é a curva normal, uma curva que representa a distribuição estatística mais comum, encontrada em vários padrões. Na pesquisa de mercado, quando se define um público-alvo, normalmente encontra-se um gráfico deste, que indica que em média 68% dos clientes possuem um padrão de comportamento em comum, e o restante está distribuído com gostos diferentes.
Grande parte dos processos de planejamento quando abordam atender às necessidades dos clientes, partem para identificar a média (ou público-alvo), e desenvolvem seus produtos voltados à esta maioria, deixando teoricamente, 32% dos clientes sem ter suas necessidades atendidas.
Mas no caso desta pesquisa para a Pepsi, Moskowitz encontrou um padrão com o qual ele não estava acostumado, o gráfico dele era mais ou menos assim:
Figura 12 – Distribuição da pesquisa de Moskowitz
Isto representava algo totalmente diferente do que Howard estava acostumado, pois a distribuição de respostas não indicou uma, mas três níveis em que uma grande parte dos consumidores estava interessada por determinado volume de açúcar/ml.
Como a pesquisa não indicou um limite médio que atendesse às expectativas da maior parcela dos consumidores, a empresa de Howard respondeu para a Pepsi então que ela deveria colocar 10 mg de açúcar por ml (exatamente a média entre 8 e 12).
Mesmo milhares de dólares depois, Moskowitz não ficou satisfeito com o resultado da pesquisa, e aquele pensamento passou a incomodá-lo, dia após dia. Certo tempo depois, ele estava na estrada, do outro lado do país, quando de repente, a resposta veio a sua cabeça: “Nós estávamos procurando a Pepsi perfeita. Deveríamos estar procurando as Pepsis perfeitas”.
http://www.administracaoegestao.com.br/planejamento-estrategico/modulo-iii-definicao-de-objetivos-e-estrategia/segmentacao-de-mercado-caso-do-molho-de-macarrao/
KODAK: uma história de derrocada ou de longevidade? 
Por: Eliana Rezende
Era 19 de Janeiro de 2012.
A então centenária companhia fotográfica Eastman Kodak, de 135 anos de existência, por meio de um comunicado oficial anunciava:
"A companhia e suas subsidiárias nos EUA entram com pedido voluntário de 'proteção' ao Capítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos".
Pioneira dos processos fotográficos a Kodak que tinha sede em Rochester (Nova York) entrava com pedido de concordata.
“Você aperta o botão e nós fazemos o resto.” Esse era o slogan daquela que foi a mais importante fábrica de câmeras e filmes do mundo até seu pedido de concordata.
A Kodak, criada por George Eastman em 1888, foi a primeira a apostar na popularização da fotografia por meio de um modelo de câmara portátil. 
Diante de tal acontecimento, a pergunta por todo o mundo e em todos os meios empresariais era:
Faltou à KODAK visão de futuro?
A pergunta era e é tão instigadora!
Explico: 
Como uma historiadora, especialista em preservação e conservação de fotografias do século XIX  e XX, não podia deixar de pensar em como uma empresa com uma longevidade imensa podia ser acusada de falta de visão de futuro.
Não poderia pensar em falta de visão para uma empresa que por mais de 100 anos mudou completamente a forma de registrar as imagens do mundo.
Uma empresa que por meio de sua simplificação tecnológica retirou dos ateliês fotográficos a tão sonhada possibilidade de retratar-se: de se expor e por meio de uma pose registrar uma imagem de si para a posteridade...que com um slogan tão simples como: "você aperta um botão e nós fazemos o resto", mudou comportamentos, atitudes e representações.
Influenciou hábitos, culturas e transformou a publicidade, o jornalismo, as artes impressas - para ficar só em alguns exemplos - numa outra coisa totalmente diversa de tudo o que já havia existido até então.
Até a opção da escolha do nome teve essa preocupação: um som que soasse igual em todo o mundo... daí a palavra Kodak.
Com imagens que eram fixadas em emulsões em gelatina ou com clara de ovos em placas de vidro desde sua invenção (1839) a fotografia passou à rolos de filme com a invenção da KODAK, onde podiam se trocados e revelados transformados em objetos que materializavam imagens de momentos. Era sem dúvida, uma empresa com grande capacidade empreendedora aliada ao domínio de diferentes técnicas.
Em termos estratégicos do século XIX eles atenderam, em muito, os aspectos que tomavam em conta inovações e o perfil da sociedade que estava à sua volta. Souberam imprimir por meio de um dispositivo novas concepções e formas de relações sociais, culturais, comerciais. 
A partir dos anos 1920, a KODAK passa a ter ampla publicidade nas revistas ilustradas mostrando as vantagens de uma máquina portátil, além de oferecer sugestões de situações cotidianas em que se podia utilizar a fotografia.
As pessoas eram incentivadas desde crianças a manipular as câmaras para delas obter as imagens de lembranças agradáveis. Os registros fotográficos eram trabalhados nas revistas ilustradas como sendo o meio para favorecer ou alimentar determinados valores: o lazer desfrutado em família, o carinho dos pais pelos filhos ou o registro de horas agradáveis ao lado de amigos e familiares.
	Às vezes grandes passos passam desapercebidos no seu tempo: não encontraram terreno fértil para se desenvolver. Em outro tempo e sob outras condições tornam-se amplamente fecundos.
As artes, a literatura, a técnica, a medicina... entre outras áreas de saber que o digam!
Em um momento da história social e cultural, a Kodak representou o que havia de mais inovador e ambicioso.
Revolucionou padrões e criou um novo paradigma para a sociedade.
Vejo as organizações como seres que se constituem e dialogam com seu tempo. Mas como tudo tem seu momento de ápice e derrocada. Infelizmente uma empresa desse porte e com uma história tão consistente tenha se perdido exatamente no caminho que ela própria trilhou por mais de 100anos e com muito sucesso,: sem medos de inovar e de romper com antigas formas.
Ela não se sustentava sobre o nada, e inúmeras vezes mostrou capacidade de ler e atuar no mundo e na sociedade em que estava. Tinha como principal tradição o componente criativo e empreendedor. Era o seu DNA!
	Alguns argumentarão que,só para resumir,estavam os tais prováveis erros capitais e como a empresa tentava solucioná-los. A listas enumerando os erros da empresa cresciam, bem como os debates sobre o mesmo. Dentre eles, escolho as palavras de Mércia Neves. Além dela, vc pode também ler outros com perspectivas semelhantes e que cito como as mais constantes:
“ 1 - Ignorar as mudanças do mercado 
Desde o início dos anos 90, o fim do filme fotográfico era visto como questão de tempo. A Kodak tentou negar essa realidade de todas as formas e manteve seu modelo de negócios inalterado. O que foi feito - Nos últimos cinco anos, a Kodak vem tentando reduzir sua dependência dos produtos de fotografia tradicional, um negócio que, apesar de decadente,ainda é o mais lucrativo da empresa.
2. - Hesitar ao adotar novas tecnologias
A primeira câmera digital foi desenvolvida pela Kodak em 1976. A empresa, no entanto, levou 25 anos para levar esse negócio a sério, quando o mercado já estava tomado pelos concorrente. O que foi feito: A empresa deu uma forte guinada em direção às câmeras digitais e se tornou líder nos Estados Unidos em 2003. Hoje, esse é um negócio pouco promissor em razão das margens reduzidas.
	3. - Desprezar a inovação
A Kodak sempre foi pródiga nos gastos com pesquisas, o que resultou em uma vasta base de patentes. No entanto, a maioria das inovações ficava na gaveta ou era licenciada a terceiros. O que foi feito- Antigas inovações da empresa, como as telas de OLED e sistemas de impressão com jato de tinta, foram recuperadas, atualizadas e aplicadas no desenvolvimento de novos produtos. 
	4. - Manter uma estrutura fossilizada
Uma das heranças negativas do fundador George Eastman foi uma cultura corporativa hierarquizada e lenta na tomada de decisões. Isso atrasou dramaticamente as mudanças na empresa. O que foi feito - Uma das prioridades da reestruturação foi injetar sangue novo na empresa e mudar a cultura corporativa. Hoje, 60% dos funcionários da Kodak têm menos de três anos de empresa. ”
À luz desse cenário prever o futuro da Kodak já era uma “aposta de alto risco”.
É nítida aqui má postura equivocada dos que estavam a frente no comando e que eram movidos por outras causas que no atual momento não conseguimos perceber bem porque".
http://pensadosatinta.blogspot.com.br/2014/02/kodak-uma-historia-de-derrocada-ou-de.html
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