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Trabalho Percepção e Memória - Doença de Alzheimer

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
CURSO DE PSICOLOGIA
PERCEPÇÃO E MEMÓRIA
ALZHEIMER
RIO DE JANEIRO – RJ
2019/2
1. Introdução
Segundo o Ministério da Saúde, Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória. Seu primeiro sintoma e o mais característico da Doença de Alzheimer é a perda de memória recente. Com a progressão da doença, vão aparecendo sintomas mais graves como, a perda de memória remota (ou seja, dos fatos mais antigos), bem como irritabilidade, falhas na linguagem, prejuízo na capacidade de se orientar no espaço e no tempo.
Além disso, segundo a mesma instituição, entre os principais sinais e sintomas do Alzheimer estão: repetição da mesma pergunta várias vezes, dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos, incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas, dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos, dificuldade para encontrar palavras que exprimam ideias ou sentimentos pessoais, irritabilidade, suspeição injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento.
Alguns fatores de risco apresentados são o histórico familiar e baixo nível de escolaridade (pessoas com maior nível de escolaridade geralmente executam atividades intelectuais mais complexas, que oferecem uma maior quantidade de estímulos cerebrais). Nesse contexto, quanto maior for a estimulação cerebral da pessoa, maior será o número de conexões criadas entre as células nervosas, os neurônios. Esses novos caminhos criados ampliam a possibilidade de contornar as lesões cerebrais, sendo necessária uma maior perda de neurônios para que os sintomas de demência comecem a aparecer.
2. Desenvolvimento
	O idoso com Doença de Alzheimer tem sua integridade física, mental e social comprometida, o que ocasiona situações de dependência, seja total ou parcial, muitas vezes com necessidade de cuidados mais complexos. Como é uma doença que atinge vários setores da vida do idoso e sua família, é preciso que haja intervenções de diferentes profissionais de saúde, por meio de ações multidisciplinares/interdisciplinares (BERTAZONE et al., 2016, p.145). 
Devido aos sintomas de DA com seus níveis variando de leve, moderado e grave os cuidados necessários podem diversificar. Bertazone et al. (2016, p.148), comentam sobre os membros das equipes que abrangem uma boa parte da área da saúde, como psicólogos, psicólogos sociais, neuropsicólogos, psiquiatras, médicos, enfermeiras, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. Cada um tem um papel importante nos cuidados do idoso e sua família. Pois a demanda de precauções é maior que alguém que não tenha Alzheimer, precisando abranger várias áreas para que a qualidade de vida seja a melhor. 
Além dos cuidados ao portador da doença é preciso ter um olhar atento aos familiares dos mesmos. Não só pelo choque inicial de receber um diagnóstico de doença degenerativa no núcleo familiar, mas também pelo trabalho desgastante, físico, mental e financeiro. Devido a isso as dificuldades na interação familiar tendem a se acirrar, despontando sentimentos como raiva, tristeza, rejeição e solidão. A pessoa cuidadora pode adoecer devido a diversos fatores, como a falta de apoio familiar, de compreensão dos outros membros e de reconhecimento de sua dedicação para com o portador (FALCÃO; BUCHER-MALUSCHKE, 2009, p.780).
A doença, além de seus efeitos biológicos, impacta de forma significativa no convívio social e na forma em que o indivíduo interage com o meio, principalmente por conta da influência do Alzheimer na personalidade, condições físicas e estilo de vida (FALCÃO; BUCHER-MALUSCHKE, 2009). Além disso, segundo um estudo com 1861 pares compostos por um idoso com a doença de Alzheimer e um familiar vivendo na mesma residência, a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia apresentou que, além dos próprios sujeitos com a doença, os familiares também são impactados, apresentando transtornos de ansiedade, transtornos do humor, insônia e abuso de drogas. 
Esse fato decorre por conta dos familiares que se tornam cuidadores dedicarem mais tempo à pessoa, porém, identificarem inquietude, medo e rejeição (ALVAREZ, 2001). Segundo o mesmo autor, o impacto nas estruturas familiares, por muitas vezes, pode ser positivo, pois ocasiona uma revalorização das relações pessoais e um esforço de minimizar conflitos. Porém, ao fortalecer algumas relações, outros membros da família são excluídos, como uma filha que assume um papel parental com o pai doente, porém afastando o pai de sua esposa, gerando conflito entre a filha e a mãe. Ademais, o enfermo passa a ser limitado a certas atividades, como dirigir e trabalhar, levando seus familiares a se responsabilizarem por essas demandas, como a administração financeira da casa (RIBEIRO, 2010).
Dessa forma, a doença deve ser vista em sua totalidade, considerando seus efeitos tanto no próprio indivíduo, quanto aos que estão ao seu redor, além da maneira de que o sujeito se relaciona com os mesmos, tendo em vista a mudança de comportamento, de humor e de personalidade, podendo apresentar confusão e agressividade.
Segundo à Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, com o envelhecimento da população, a incidência de doenças relacionadas à idade está aumentando, como é o caso do Alzheimer. Já são 44 milhões de pessoas com a doença no mundo. Dados da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz) mostram que pelo menos 7,1% das pessoas acima dos 65 anos no Brasil apresentam algum tipo de demência, sendo que Alzheimer é responsável pela metade desses casos. Ainda segundo ABRAz, a cada 3 segundos uma pessoa desenvolve demência no mundo. 
Em 2018, estima-se que cerca de 50 milhões de pessoas vivem com demência no mundo, e isso deverá aumentar para 152 milhões em 2050 se estratégias efetivas de redução de risco não forem implementadas em todo o mundo. 
É uma das doenças mais frequentes em pessoas idosas, apenas no Brasil, onde hoje há mais de 29 milhões de pessoas acima dos 60 anos, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acredita-se que quase 2 milhões de pessoas têm demências, sendo que cerca de 40 a 60% delas são do tipo Alzheimer, inclusive o Brasil é o segundo país com maior índice de demência. Porém, esses dados ainda são difíceis de serem precisos pois há muitas pessoas que não recebem o diagnóstico coerente ou até mesmo nem chegam a ir ao médico.
Com o aumento da expectativa de vida, casos como demência devem aumentar 278% até 2050, conforme a Alzheimer's Disease International (ADI), federação que agrega entidades de combate à doença. Outro fator é que não deve haver médicos suficientes para tratar os casos que surgirem. Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), atualmente há 1.817 geriatras no país, e 60% deles estão na região Sudeste. É um especialista para cada 15,4 mil idosos, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda um geriatra para cada mil idosos.
A doença de Alzheimer é a causa mais frequente de demência, e seu diagnóstico é comumente feito de forma tardia. Isso ocorre porque seus sintomas se manifestam de forma gradual, e além disso, se confundem com alguns sinais normais do processo de envelhecimento e fazem com que a busca por profissionais seja adiada. 
A partir do momento em que o profissional é procurado, o diagnóstico da doença de Alzheimer depende da avaliação feita por um médico, que vai confirmar cuidadosamente ou não o mesmo, a partir de exames e da história do paciente. 
São necessários alguns critérios clínicos principais para o diagnóstico da DA. Primeiramente, com o intuito de desconsiderar como possibilidades outras doenças psiquiátricas ou a responsabilização de medicações que possam causar confusões mentais, devem ser feitos exames de sangue e de imagem, como tomografia ou ressonância magnética. Depois, a existência de sintomas cognitivos e comportamentais que interfiram na prática do trabalho ou em atividades do cotidianoe a presença do declínio em relação ao funcionamento e desempenho desses indivíduos em suas vidas, devem ser questões abordadas. 
O comprometimento cognitivo é constatado e diagnosticado por intermédio da observação do paciente, anamnese com o mesmo e com seus familiares ou acompanhantes que tenham conhecimento de sua história, junto á avaliação neuropsicológica incluindo o uso de testes psicológicos para a verificação do funcionamento cognitivo em diversos âmbitos. 
Um conjunto de sintomas se sobressaem em relação ao que se diz aos critérios principais para o diagnóstico da doença de Alzheimer, começando pela apresentação amnéstica, alteração na função executiva (raciocínio, solução de problemas), distorção nas habilidades visuais-espaciais e no domínio cognitivo da linguagem. 
Atualmente, devido ao avanço da medicina junto às descobertas adquiridas pela tecnologia, são oferecidas à população melhores condições de tratamento e de ter diagnosticada a doença de Alzheimer nos estágios iniciais. Porém, é necessário um alerta e incentivos a reeducação direcionados a sociedade, para que os indivíduos saibam melhor em que momento procurar os profissionais de saúde, já que a maioria acaba postergando isso confundindo os sintomas com etapas naturais do processo da velhice.
3. Conclusão
Diante do exposto, pode-se concluir que a doença de Alzheimer influencia na percepção e a memória do indivíduo, como na função central nos processos cognitivos. Além disso, a memória tem relação direta com atividades que afetam a autonomia e dependência do indivíduo. Sabemos que pessoas com Alzheimer carecem de outros tipos de apoio além do simples acesso às informações, consultas e medicamentos. 
É importante que sejam pensadas estratégias relacionadas à educação, exercícios físicos, reabilitação cognitiva, atividades sociais e artísticas, perante o ponto de vista de cuidado com as dimensões de qualidade de vida percebidas negativamente.
4. Referências
A CADA TRÊS SEGUNDOS, UM IDOSO DESENVOLVE ALGUM TIPO DE DEMÊNCIA NO MUNDO. Disponível em: < http://abraz.org.br/web/2018/08/31/a-cada-tres-segundos-um-idoso-desenvolve-algum-tipo-de-demencia-no-mundo/>. Acesso em: 28 nov. 2019.
ALVAREZ, A. M. Tendo que cuidar: a vivência do idoso e sua família cuidadora no processo de cuidar e ser cuidado em contexto domiciliar. Florianópolis (SC): UFSC, 2001.
ALZHEIMER: BRASIL TEM 55 MIL NOVOS CASOS POR ANO. Disponível em: < http://pioneiro.clicrbs.com.br/rs/geral/cidades/noticia/
2018/09/alzheimer-brasil-tem-55-mil-novos-casos-por-ano-10598789
.html>. Acesso em: 28 nov. 2019.
ALZHEIMER: O QUE É, CAUSAS, SINTOMAS, TRATAMENTO, DIAGNÓSTICO E PREVENÇÃO. Disponível em: < http://saude.gov.br/saude-de-a-z/alzheimer>. Acesso em: 26 nov. 2019.
BERTAZONE, ALEXANDRE; et al. Ações multidisciplinares/interdisciplinares no cuidado ao idoso com Doença de Alzheimer. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste, vol.17,2016.Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=3
24044160019. Acesso em: 28 nov. 2019.
EM DIA MUNDIAL DO ALZHEIMER, DADOS AINDA SÃO SUBESTIMADOS, APESAR DE AVANÇOS NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA DOENÇA. Disponível em: < https://sbgg.org.br/em-dia-mundial-do-alzheimer-dados-ainda-sao-subestimados-apesar-de-avancos-no-diagnostico-e-tratamento-da-doenca/>. Acesso em: 29 nov. 2019.
FALCÃO, D. V. S.; BUCHER-MALUSCHKE, J. S. N. F. O impacto da doença de Alzheimer nas relações intergeracionais. Rio de Janeiro (RJ): Psicol. clin., 2009.
FALCÃO, DEUSIVANIA; BUCHER-MALUSCHKE, JÚLIA. Cuidar de familiares idosos com a doença de Alzheimer: uma reflexão sobre aspectos psicossociais. Universidade de Brasília, 2009. Disponivel em: https://repositorio.unb.br/handle/10482/27543. Acesso em: 28 nov. 2019.
IMPACTO DA DOENÇA DE ALZHEIMER. Disponível em: <https://sbgg.org.br/publicacoes-cientificas/sbgg-atual/sbgg-artigos-n-18/impacto-da-doenca-de-alzheimer/>. Acesso em: 09 nov. 2019.
RIBEIRO, C. F. Doença de Alzheimer: a principal causa de demência nos idosos e seus impactos na vida dos familiares e cuidadores. Belo Horizonte (MG):UFMG, 2010.

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