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Resumo Análise institucional - Bisneto

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Universidade Federal do Rio de Janeiro
Centro de Filosofia e Ciências Humanas
Escola de Serviço Social
Disciplina: Prática Profissional
Prof.: Alzira Guarany
Aluna: Lorena Alleyne Vannelle
DRE: 118194319
Resumo: BISNETO, José Augusto. Serviço Social e saúde mental: uma análise institucional da prática. São Paulo: Cortez, 2007. cap. II. (p. 64-116).
Capítulo II: A análise institucional
	
	Bisneto utiliza-se do referencial teórico de José Augusto Guilhon Albuquerque para analisar instituições concretas a partir de categorias de Análise Institucional inspiradas no marxismo com o objetivo de analisar as possibilidades de prática do Serviço Social, de forma particular, nas instituições de Saúde Mental.
1. As instâncias econômica, política e ideológica
	Na sociedade de classes as contradições sociais são ameaças à estabilidade dos poderes estabelecidos e, portanto, as instituições aparecem como estratégias de mediação dos projetos sócio-políticos das classes, e cada um dos agentes da instituição representam os diversos interesses sociais. Isso porque, explica Bisneto, que as instituições são também aparelhos econômicos, políticos ou ideológicos, sendo assim considerados palco de lutas de classes. Como nem sempre os interesses aparecem de maneira nítida nas instituições é preciso uma análise histórica e estrutural dessas instituições e Bisneto propõe as seguintes instâncias para análise: instância econômica, que abrange as relações sociais em torno da transformação da natureza, dos bens materiais, dos objeto concretos, o consumo e circulação de mercadorias, e tudo o mais envolvido quanto à produção; a instância política, envolvendo as relações sociais que organizam os homens em suas práticas cotidianas, o que envolve o Estado, as leis, normas e costumes sociais, planejamento de trabalho, projetos de sociedade, cidadania, direitos sociais e outros; e instância ideológica, envolvendo as relações sociais e individuais que dão sentido à vida humana, como as ideologias, cultura, a linguagem, identidade pessoal, etc.
	Nesse sentido, Bisneto enquadra cada uma dessas instâncias em lugares específicos: instância econômica como o lugar do ter; instância política como o lugar do poder; e instância ideológica como o lugar do saber. Consequentemente, é pela instância econômica que as práticas econômicas da sociedade existem materialmente, pela instância política que funcionam e pela instância ideológica é que fazem sentido existirem. Essas três instâncias podem ainda ser consideradas 1) instância determinante, quando é condição de existência social; 2) instância dominante, quando é condição de reprodução social; 3) instância decisiva, quando é condição de transformação social. No caso da alternância de predominância entre as instâncias numa instituição, conforme as formulações de Albuquerque, o conceito de transversalidade pode ser utilizado substancialmente como um eixo que atravessa transversalmente os três eixos.
	As práticas sociais tendem a ser institucionalizadas e como toda instituição produz algo, se apropriam também desse algo a partir dos seus atores e, nesse sentido, todas as práticas institucionais também produzem e alienam.
2. Níveis organizacional, institucional e social
	Bisneto explica que instituição se difere de organização, pois esta última é o conjunto dos meios concretos para se alcançar determinados fins institucionais. Mas como as contradições são inerentes à sociedade de classes, o assistente social, como inserido na luta de classes, deve questionar os fins para não continuar reproduzindo o atual modo de produção e analisar o nível institucional de forma permanente para manutenção da luta história vislumbrando mudança ou transformação social.
	De tal maneira, os níveis social, institucional e organizacional devem ser compreendidos dentro do escopo da historicidade, legitimidade e racionalidade, respectivamente. E cada um desses níveis possuem como objeto a luta de classe (nível social), fins e objetivos (nível institucional) e meios e recursos (nível organizacional).
	Bisneto chama a atenção para a diferenciação da subalternidade histórica (relação entre os objetos institucionais diferenciados historicamente na sociedade), sendo esta diferente da subordinação institucional (com relação ao saber sobre o objeto institucional), a qual difere também da hierarquização organizacional (níveis hierárquicos de poder dentro da instituição). Dentro do referencial analítico priorizado por Bisneto, entende-se que a subordinação é institucional e a subalternidade é social.
3. Elementos de análise institucional
	A análise das relações sociais são bastante complexas porque são relações entre sujeitos e objetos e tanto os sujeitos como os objetos são múltiplos.	 Mas é justamente esta a finalidade de uma análise institucional: reconhecer os sujeitos e objetos das relações sociais.
	Nesse sentido, Albuquerque entende como objeto o objeto de trabalho em Marx como objeto organizacional, um tipo de recurso para apropriar-se e transformá-lo. Já o produto da prática institucional é o resultado do processo de transformações a que o objeto da prática é submetido ao longo da prática institucional. E o instrumental é o conjunto de técnicas ou ferramentas concretas, teóricas ou metodológicas necessárias para operar a transformação dos objetos em produtos. No entanto, é importante salientar que entender que apenas a utilização da técnica pela técnica, de forma autônoma, é capaz de transformar o objeto, se incorre no erro em que muitos assistentes sociais estão fadados a cometer pelo uso histórico de técnicas diferentes apropriadas de diversas outras profissões.
	Partindo das categorias objeto da prática, produto e instrumental, Bisneto propõe o estudo de três outras categorias de análise ligadas às primeiras: o objeto institucional, o âmbito institucional e o saber institucional. 
	O objeto institucional é compreendido como aquele instituído por um saber sobre as práticas concretas da realidade, sendo aquilo que se quer alcançar a partir das práticas institucionais. Assim, entorno do objeto institucional se estabelecem relações de poder e possibilidades de apropriação dos agentes históricos. O objeto institucional não é algo palpável, mas imaterial, de caráter abstrato e indeterminado, o qual é reivindicado pela instituição como propriedade e monopólio de legitimidade, sendo o seu sentido totalizante e dominador.
	O âmbito institucional são todas aquelas relações sociais em que a instituição encontra o seu objeto de prática, nas quais a instituição tem reconhecido socialmente um saber como transformar os objetos segundo um projeto próprio, a concepção de um objeto institucional. E o limite do âmbito institucional de uma instituição em relação à outra se define a partir do histórico de lutas de suas institucionalizações, em conflitos umas com as outras. Nesse sentido, salienta Bisneto, que o âmbito do Serviço Social não é definido a priori por profissionais ou professores, mas construído social e culturalmente num contexto conflitante. E acrescenta ainda que o âmbito institucional pode ir muito além de suas fronteiras concretas, pois as relações sociais e os objetos institucionais vão além do nível organizacional dos estabelecimentos.
	O saber institucional é compreendido por Bisneto como o saber detidos pelos atores institucionais sobre o objeto institucional que legitimam suas atuações, intervenções e transformações dos objetos da prática em produtos da prática. Este saber é diferente dependendo do ator social, o que gera estruturas de poder de acordo com o montante de saber que cada agente tem sobre o objeto institucional. O Serviço Social, por exemplo, tem um saber característico definido histórica e socialmente construído, pelo qual é uma profissão institucionalizada, tendo um lugar na divisão técnica do trabalho.
	Quando o assistente social trabalha em estabelecimentos que não são propriamente de assistência social, como empresas, por exemplo, haverão dois objetos diferentes: o objeto institucional do ServiçoSocial e o da área de atuação da instituição. Bisneto lança mão de uma pesquisa de Weisshaupt definido quatro estratégias de convivência por parte dos assistentes sociais neste caso:
· Aceitação completa do saber institucional do Serviço Social ignorando as particularidades da área de atuação da instituição, o que faz o assistente social perder a realidade do outro objeto institucional;
· A substituição do objeto institucional do Serviço Social pelo objeto institucional da outra área, perdendo o sentido de sua própria atuação como profissional;
· Articulação entre os dois objetos institucionais nas formas mecânicas e funcionais da complementaridade, do antagonismo, sincronismo ou da particularização, o que tende a reproduzir reificações e mistificações das duas áreas de conhecimento;
· A articulação entre os dois objetos institucionais na forma de uma articulação histórica e social e, portanto, crítica e estrutural, propiciando a superação dialética das diferenças na prática profissional concreta.
4. Os atores organizacionais, institucionais e sociais
	Seja por suas diferentes instâncias econômicas, políticas e ideológicas, seja pela proximidade ou distanciamento do processo de trabalho, em qualquer relação social de produção coletiva vários sujeitos participam com posições estruturais diferenciadas, com diferentes posicionamentos em relação à propriedade dos meios de produção, aos poderes de organizá-la e aos saberes sobre o objeto institucional. Complexas são todas essas posições estruturais, mas também complementares em suas diferentes funções, bem como com conflito de interesses e diversas articulações complexas. A prática institucional é o resultado da prática de todos os atores institucionais concretos. 
	Albuquerque divide os atores institucionais entre internos e externos à instituição, sendo que os primeiros são aqueles que diretamente fazem a instituição e desenvolvem positivamente sua ação dentro de um quadro de um aparelho determinado, como os agentes técnicos e a clientela. Os atores internos se subdividem em agente privilegiados, agentes subordinados, agentes de apoio, clientela e dirigentes.
· Agentes privilegiados são aqueles cuja prática concretiza a própria ação institucional. Nesse caso, possuem um saber pleno quanto objeto institucional e a partir deste saber, uma posição fundamental em relação à ação institucional. É o caso dos assistentes sociais em instituições como o SESI, o SENAI e a antiga LBA. No entanto, nem sempre o agente privilegiado de uma instituição são os que dão nome às instituições.
· Agentes subordinados são aqueles atores cuja prática está ligada à ação ou objeto institucional, mas são subordinados, na ordem do saber, aos agentes privilegiados, pois possuem um saber relativo ao objeto institucional, mas no âmbito institucional mantêm uma posição de destaque quanto à ação institucional. Fazer a análise institucional para detectar se o assistente social é um agente privilegiado ou subordinado é importante para analisar suas possibilidades, autonomia e estratégias de prática.
· Agentes de apoio são aqueles que prestam serviços indispensáveis para a manutenção da organização, mas não estão ligados à ação institucional e não possuem saber sobre o objeto institucional, mas estão ligados à ação organizacional. 
· Clientela é o conjunto de indivíduos atingidos efetivamente pela ação institucional, cuja relação com a instituição é objeto da ação institucional. Não possuem saber sobre o objeto institucional, são reduzidos à passividade e tornam-se pacientes.
· Dirigentes são atores institucionais que ocupam postos de chefia da estrutura hierárquica espelhada pelo organograma. Possuem muito poder, mas podem perdê-lo de um momento ao outro, pois o poder é por mandato, é relativo e por concessão de correlação de forças.
	Os atores externos à instituição são agentes que não tem ação direta nas instituições, pois estão fora dela, mas podem interferir negativamente no processo de produção, ou seja, parar a produção. São os mandantes, o público e outras instituições de seu contexto.
· Mandantes econômicos: são os que sustentam a instituição economicamente e, portanto, exigem uma prestação dos agente privilegiados, os quais se apropriam simbolicamente do objeto material institucional. Esses mandantes se apropriam, de fato, da produção econômica da instituição e não de seu objeto institucional.
· Mandantes políticos: baseados na relação de poder, são os que nomeiam os agentes institucionais e, principalmente, os dirigentes, que serão aqueles que exercerão a direção da organização institucional. 
· Mandantes ideológicos: baseados na relação de saber, são os que garantem a legitimidade que reveste a instituição, decidindo quais as práticas permitidas e as proibidas, seguindo um critério de verdade.
· Público: o conjunto de atores coletivos ou individuais para quem a ação institucional é visível, podendo também, ou não, integrar a clientela. É ele quem vai mediar o controle democrático nas instituições e se identifica com a totalidade das relações sociais.
· Contexto entre instituições: São atores coletivos que se relacionam com as instituições e são considerados atores sociais, pois de alguma forma interagem com a instituição analisada.
	Quanto maior a diversidade de mandantes, maior o grau de autonomia, pois os agentes possuem diversas opções para se posicionar contra ou a favor. Já com uma quantidade restrita, ou quando estes mandantes coincidem, o grau de autonomia diminui, pois os agente internos possuem menor possibilidade de barganha.
	Entretanto, o fato é que em meio a diversos interesses de todos os atores envolvidos, a ação institucional é, muitas das vezes, resultado de práticas conflitantes desses diversos atores. A prática institucional do assistente social deve, portanto, considerar todas as relações sociais que envolvem todos os atores institucionais.
	Dentro das instituições há diferentes relações entre ter, poder e saber e elas tendem a se hierarquizar como se quem tivesse mais poder ganhasse mais, por exemplo, mas na realidade a relação entre profissionais e usuários depende da camada social de ambos, o poder da clientela, dos mandantes, etc. Assim, Bisneto entende que não há como hierarquizar essas relações, pois as inferências diretas entre poder, saber e ter não podem ser analisadas por fatores funcionais como salários ou hierarquia de organograma, pois esses dados são apenas indicativos, mas podem esconder realidades. Todas as combinações entre poder, hierarquia e demais relações entre poder, ter e saber são passíveis de exceção e por isso é necessária essa análise concreta da instituição para se identificar as reais relações de poder que existem dentro dela.
5. Relações entre perito, cliente e objeto
	Bisneto cita, a partir de Goffman, que existem nas relações de serviço profissional pessoais analiticamente envolvidos um perito, um cliente e seu objeto e que a relação existente entre o cliente e seu objeto é de propriedade; do perito e o cliente é relação de compromisso; e entre o perito e o objeto a relação é de perícia. Nesse sentido, Bisneto explica que dentro do estabelecimento institucional as relações entre perito, cliente e objeto sofrem limitações organizacionais, institucionais e sociais que modificam as relações de propriedade, compromisso e perícia. E ainda alerta para o fato da desapropriação das relações tanto do assistente social quanto dos seus clientes dessas relações nos níveis organizacional, institucional e social. 
	As três desapropriações colocadas por Goffman, Albuquerque e Weisshaupt são: 1) apropriação de todo o cliente para além de apropriação apenas do objeto do seu cliente a ser reparado; 2) a apropriação, pelo perito, do saber de um objeto do cliente é desapropriar o próprio cliente do saber que ele tem sobre o seu próprio objeto; 3) tanto a instituição como a organização desapropriam tanto o cliente quanto o perito, reivindicando para si a única racionalidade do serviço e a legitimidade do atendimento. E em meio a esse contextode múltiplas desapropriações Bisneto cita Faleiros que propõe um processo conjunto e gradativo dos assistentes sociais junto aos usuários para organização e conscientização em um movimento contra-institucional ou contra-hegemônico institucionalmente.
6. A desapropriação institucional
	Assim como na vida cotidiana fora dos limites das instituições ocorrem a apropriação e a desapropriação dos trabalhadores nas instâncias econômica, política e ideológica, também nas instituições há relação de apropriação e desapropriação. Assim, a própria prática do assistente social, no lugar do cotidiano, precisa dessa análise, já que para a prática profissional do assistente social as relações reais da vida cotidiana e os problemas sociais atravessam os muros e as instâncias encontradas dentro da instituição e por isso encontramos o racismo, o machismo, a dependência química, entre outros problemas sociais dentro dos estabelecimentos institucionais.
	A desapropriação institucional ocorre tanto sobre sua clientela como sobre seus trabalhadores. Assim, quando a instituição é muito alienadora, uma questão de sobrevivência é a aliança entre os técnicos e usuários. Isso porque os seres humanos partem de suas condições reais de vida na prática cotidiana, mas acabam por se darem contra eles próprios devido aos processos históricos da divisão social do trabalho, propriedade privada, exploração de classe, entre outras mediações.
	Independente do tipo de instituição e de seu objeto de ação, toda análise institucional é importante porque pode levar ao aprofundamento da questão da autonomia profissional e também às formas de subalternidade social, subordinação institucional e submissão hierárquica que condicionam o assistente social e também podem contribuir para uma análise de possível reversão das formas históricas de desapropriação a que possam estar impelidos os usuários do serviço social.
7. A análise das práticas institucionais
	Para a análise da prática institucional Bisneto ressalta o que propõe Albuquerque sobre a totalidade concreta das instituições reais estudadas em planos ou níveis de análise. E que é imprescindível a análise institucional feita pelo assistente social assim que for empregado por um estabelecimento porque é essa análise que orientará sua prática profissional e ampliarão seu entendimento sobre os reais fins do estabelecimento, que muitas das vezes podem parecer óbvios, mas quantos mais evidentes suas finalidades, mais reificados são seus objetivos.
	O assistente social, indica Bisneto, necessita ir além das aparências, dos objetos fetichizados, da assistência social não crítica, de cunho humanista idealista, pois para além de um bom salário, a qualidade de um bom emprego se dá na possibilidade de ter uma prática profissional não alienada.
	Nesse sentido, finaliza Bisneto nas palavras de Lourau, que toda análise institucional serve para conhecer melhor aquilo que está estabelecido na instituição, além dos mais variados níveis contraditórios presentes nela. Por meio de uma investigação da instituição a partir de seus processos de trabalho, sua estrutura organizacional, todos os seus atores, as relações de apropriação e desapropriação e as articulações orientadas por todas as categorias vistas até o momento é que a análise institucional pode compor um quadro analítico da atuação profissional do assistente social no que se refere sua autonomia e possibilidades de prática.

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