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1) TRATADOS INTERNACIONAIS: É todo acordo formal e escrito, celebrado entre Estados e/ou Organizações Internacionais, que busca produzir efeitos numa ordem jurídica de Direito Internacional. PACTO DE SAN JOSE DA COSTA RICA: Convenção Americana de Direitos Humanos. O objetivo é estabelecer os direitos fundamentais da pessoa humana. Tais como, direito à vida, à liberdade, à dignidade, à integridade pessoal e moral, à educação. Proibindo a servidão humana e a escravidão. Ninguém deve ser detido por dívida (depositário Infiel) 1) Recentemente, por meio de súmula vinculante, o Supremo Tribunal Federal aplicou ao direito brasileiro as disposições da Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de San José da Costa Rica), entendendo que essa Convenção considera ilícito(a). a) a prisão de depositário infiel. OU 1) Parte inteira dos tratados, em especial o Pacto de San José da Costa Rica Sobre a prisão civil, analise as seguintes afirmativas e a relação proposta entre elas. I. Desde a adesão do Brasil, sem qualquer reserva, ao Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e à Convenção Americana sobre Direitos Humanos, não há mais base legal para prisão civil do depositário infiel. UMA VEZ QUE II. O artigo 5°, LXVII, da Constituição Federal de 1988, no que diz respeito à prisão civil por dívida do depositário infiel, foi revogado pela ratificação do Pacto de São José da Costa Rica. A respeito dessas afirmativas e da relação entre elas, é correto afirmar que • afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa Eis a redação do art. 38 do Estatuto da CIJ: “1. A Corte, cuja função seja decidir conforme o direito internacional as 2) ESTADO E SUBMISSÃO A soberania pode ser compreendida como a independência do Estado de qualquer outro poder externo. O Direito Internacional objetiva justificar a submissão de Estados Soberanos aos mandamentos das normas internacionais. Teorias: Teoria Voluntarista: asseveram que o Direito Internacional tem por alicerce a manifestação de vontade dos Estados. Teoria objetivista: defendem a obrigatoriedade do Direito Internacional, com base em seus próprios princípios, costumes e normas os quais preferem ao ordenamento jurídico e à manifestação de vontade dos Estados, em conjunto ou separadamente. 3) As fontes do Direito Internacional: A Corte, cuja função é decidir de acordo com o direito internacional as controvérsias que lhe forem submetidas, aplicará: a. as convenções internacionais, quer gerais, quer especiais, que estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes; b. o costume internacional, como prova de uma prática geral aceita como sendo o direito; c. os princípios gerais de direito, reconhecidos pelas nações civilizadas; d. sob ressalva da disposição do Artigo 59, as decisões judiciárias e a doutrina dos juristas mais qualificados das diferentes nações, como meio auxiliar para a determinação das regras de direito. A presente disposição não prejudicará a faculdade da Corte de decidir uma questão ex aequo et bono, se as partes com isto concordarem. 3) Exame da OAB/RJ Segundo o Art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça, são fontes do direito internacional as convenções internacionais o costume, os atos unilaterais e a doutrina e a jurisprudência, de forma auxiliar. o costume, princípios gerais de direito, atos unilaterais, resoluções das organizações internacionais, decisões judiciárias e a doutrina o costume internacional, os princípios gerais de direito, as decisões judiciárias e a doutrina, de forma auxiliar, admitindo, ainda a possibilidade de a Corte decidir ex aequo et bono, se as partes concordarem o costume internacional, os princípios gerais de direito, os atos unilaterais e as resoluções das organizações internacionais Ou (Prova: CESPE - 2012 - Instituto Rio Branco - Diplomata - 2ª Etapa ) Considerando as fontes de direito internacional público previstas no Estatuto da Corte Internacional de Justiça (CIJ) e as que se revelaram a posteriori, bem como a doutrina acerca das formas de expressão da disciplina jurídica, assinale a opção correta. c) As convenções internacionais, que podem ser registradas ou não pela escrita, são consideradas, independentemente de sua denominação, fontes por excelência, previstas originariamente no Estatuto da CIJ. a) De acordo com o Estatuto da Corte da Haia, a equidade constitui, apesar de seu caráter impreciso, fonte recorrente e prevista como obrigatória na resolução judicial de contenciosos internacionais. e) Ainda que não prevista em tratado ou no Estatuto da CIJ, a invocação crescente de normas imperativas confere ao jus cogens manifesta qualidade de fonte da disciplina, a par de atos de organizações internacionais, como resoluções da ONU. b) A expressão não escrita do direito das gentes conforma o costume internacional como prática reiterada e uniforme de conduta, que, incorporada com convicção jurídica, distingue-se de meros usos ou mesmo de práticas de cortesia internacional. d) Em face do caráter difuso da sociedade internacional, bem como da proliferação de tribunais internacionais, verifica-se no direito internacional crescente invocação de decisões judiciais antecedentes, arroladas como opinio juris, ainda que não previstas no Estatuto da CIJ. 4) ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS E SUA CONSTITUIÇÃO: As organizações internacionais, criadas a partir do Século XX, para auxiliar os Estados a cumprirem suas funções, são sujeitos secundários de Direito Internacional, podendo ser definidas como a associação voluntária de sujeitos de Direito Internacional, constituída por ato internacional e disciplinada nas relações entre as partes por normas de Direito Internacional, que se realiza em um ente de aspecto estável, que possui ordenamento jurídico interno e é dotado de órgãos e institutos próprios, por meio dos quais realiza as finalidades comuns de seus membros mediante funções particulares e o exercício de poderes que lhe foram conferidos. 2) Características: Como principais características das Organizações Internacionais, podemos citar as seguintes: a) Sujeitos Secundários (ou derivados) de Direito Internacional Público. Isso porque, para sua criação, é indispensável manifestação de vontade dos Estados. Em regra, as Organizações Internacionais são constituídas por Estados apenas, exceto OMC, que tem como um dos membros da U.E. b) Personalidade internacional própria: elas têm capacidade própria para celebrar tratados internacionais, por meio de seus representantes; c) Duração Indeterminada: são entes estáveis, não havendo sentido a sua constituição por prazo determinado. d) Finalidades internacionalmente relevantes: as Organizações Internacionais seguem, além dos seus atos constitutivos, o princípio das competências implícitas (ou poderes implícitos). Se o tratado confere à organização internacional uma finalidade, sem ter necessariamente feito constar sua respectiva atribuição ou competência, o Tratado deve ser interpretado no sentido de que a outorga do objetivo implicitamente outorgou os poderes necessários ao cumprimento dos objetivos. Logo, as Organizações Internacionais só podem fazer o que o tratado constitutivo autoriza. A organização internacional resulta de um tratado constitutivo. 5) Art. 49, CF e Lei 13.445/17 – Lei da imigração – levar impressa: Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional; 6) NACIONALIDADE: Art. 12. São brasileiros: I - natos: a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; (IUS SOLIS) b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro oumãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; (IUS SANGUINIS) II - naturalizados: a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; § 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição. § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados; III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas. VII - de Ministro de Estado da Defesa. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) 7) SUJEITOS DE DIREITO INTERNACIONAL 1) ESTADOS: sujeitos primários ou originários, dotados de soberania. 2) ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS: sujeitos derivados, possuem personalidade e capacidade jurídicas (competências) outorgada pelos Estados- Membros através de uma Acordo de criação. 3) A SANTA SÉ 4) INDIVÍDUOS: sujeitos sui generis, possuem direitos e deveres garantidos por Tratados Internacionais. Para a celebração de um tratado. “em todo tratado, são necessariamente pessoas de direito internacional público: tanto significa dizer os Estados soberanos – aos quais se equipara (...) a Santa Sé – e as organizações internacionais”. Assim, os verdadeiros atores ou partes de um tratado são os Estados soberanos e/ou as organizações internacionais. Mas Estados soberanos e organizações internacionais são pessoas jurídicas, devendo, então, fazer-se representar por pessoas físicas detentoras de capacidade. 8) FASES DE ELABORAÇÃO ATÉ A INTERNALIZAÇÃO DOS TRATADOS: 1ª) Negociação e assinatura, pelo presidente da República; 2ª) Análise e votação, pelo Parlamento para a aprovação do Tratado; 3ª) Ratificação pelo Presidente da República; 4ª) Publicação em meio oficial – D.O.U.
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