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(2) SÍNDROMES HEPÁTICAS

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SÍNDROMES HEPÁTICAS 
 
O fígado é responsável pela metabolização de substâncias. Constantemente o fígado faz o ciclo do 
reparado da lesão. Em lesão a primeira coisa que acontece é a morte dos hepatócitos, depois ocorre 
proliferação dos macrcófagos. Ocorre reparo dessa estrutura e ele volta a funcionar normalmente. 
Os hepatócitos podem funcionar como células totipotentes, por degenerar o seu núcleo e podem se 
diferenciar em outros tipos celular. 
Quando o ciclo de doença → lesão → reparo fica constante, isso é preocupante para o organismo. 
Em alguns tipos de doenças não dá para realizar o reparo da lesão. 
Se for doença de fase aguda, a célula tem necrose e apoptose, e depois vai ser regenerada pelos 
hepatócitos que estão em volta, transformando-se, degenerando seu núcleo e se redivide 
novamente. 
 
Doenças hepáticas primárias: 
- hepatite 
- carcinoma hepatocelular (CHC) 
Doenças hepáticas secundárias: 
- insuficiência cardíaca 
- câncer 
- infecções extra-hepáticas 
A quantidade que se ingere determinada droga acaba lesando cada vez mais os hepatócitos, fazendo 
com que o ciclo celular dos hepatócitos não funcione direito, levando à morte celular e deficiência do 
ciclo de reparo das lesões. 
Parou de funcionar o rim, isso sobrecarrega o fígado, e isso afeta todo o resto do metabolismo. 
 
Cicatriz hepática: Pela lesão se estimulam as células estreladas, e isso vira miofibroblastos e produz 
tecido fibroso em excesso. FIbras em volta de hepatócitos sadios, isolando em gominhos. Formam 
ilhas de hepatócitos, desconfigurando estrutura hepática. Desestrutura a ligação dos hepatócitos por 
produção do tecido fibroso, e isso pode acontecer por estímulos hormonais ou consumo exagerado 
de alguma substância tóxica. 
 
Insuficiência hepática é quando tem perda de 80% da função hepática. Muitas das doenças hepáticas 
tem a fase aguda acontecendo mais de uma vez e isso promove insuficiência hepática mais de uma 
vez. Na crônica, o final do caso é cirrose, sendo uma perda de mais de 80% da função hepática. 
Nesse ponto, a única saída é o transplante, se for ​doença genética​, se for um problema causado por 
uso de drogas durante 20 ou 30 anos, dificilmente o paciente vai entrar na lista de transplante. 
 
Cirrose hepática 
O fígado cirrótico apresenta bolinhas, que é a separação dos hepatócitos em ilhas por acúmulo de 
tecido fibroso. Causa inchaço, ascite (acúmulo de água), icterícia, pressão alta de aparecimento 
súbito, dor abdominal. 
A principal causa é alcoolismo crônico (no brasil). Para homens: ingerir mais de 80g de álcool diário e 
para mulheres: 40g/dia. Fator ambiental. 
Hepatite normalmente aparece junto. 
Antibiótico pode causar cirrose. 
Normalmente é assintomático. Os sintomas só são enxergados no final, com evolução bastante 
negativa do quadro. 
 
É uma grande deposição de colágeno no fígado. Forma uma bolinha fibrosa, onde não tem mais 
acesso de sistema sanguíneo, assim, gera morte de hepatócitos por isquemia. 
Nódulos parenquimatosos​: destruição da região hepática. São as bolinhas. Anatomicamente é um 
ponto preto. 
 
Eventos ambientais que levam à destruição hepática, se conseguir fazer supressão da droga, o 
fígado volta ao normal. 
 
É assintomático pois o quadro clínico só vai fechar com a realização da biópsia, ou uso de enzimas. 
Pode levar à anorexia, perda de peso, fraqueza. 
 
O quadro clínico completo vai ser enxergado no quadro final do paciente. As veias e artérias 
começam a deslocar pelo inchaço do fígado, e acúmulo de líquido pela ascite. 
 
Classificação Child-Pugh 
descompensada: encefalopatia. reverter o quadro da cirrose depende do paciente ficar longe do fator 
ambiental que está causando (ex: alcoolismo, drogas e etc). 
A evolução da doença depende da capacidade do paciente de ficar longe do fator desencadeador. 
 
Icterícia: bilirrubina. Coloração amarela na pele por deposição de bilirrubina nas membranas. 
Causas: 
- excesso de bilirrubina 
- hepatite 
- obstrução do fluxo biliar → gera também destruição do hepatócito. 
 
Demora um tempo para a pele ficar amarelada. O diagnóstico é simples, por excesso de bilirrubina, 
hepatite ou obstrução de ductos biliares, que gera obstrução do hepatócito e impede conversão 
adequada da bilirrubina. 
UGT1A1: gene que produz a enzima ​UDP glucuronil transferase que promove a conjugação da 
bilirrubina. Deficiência nesse gene gera problemas de icterícia. 
A maioria das doenças ictéricas, ou a enzima não funciona por bloqueio da expressão do gene por 
algum fator ambiental, ou nasceu com esse gene defeituoso. Existem graus das doenças, se for 
infantil tem mais problemas que a adulta. 
 
Um indivíduo pré ictérico entra de 2 até 2,5 mg/dL de bilirrubina. 
 
3 doenças mais significativas: ​crigler najjar tipo I e tipo II e síndrome de gilbert. 
crigler najjar tipo I ​tem 0 atividade da enzima. só tem bilirrubina não conjugada, precisa de 
transplante. RN normalmente nascem pré ictéricos, e com a amamentação cessa, se continuar o RN 
tem def. da enzima. Albumina extremamente elevada junto com a bilirrubina, de 30 até 40, 
classificando como icterícia severa. 
 
O alelo dominante não inibe a expressão do alelo recessivo, jamais inibe o 
alelo recessivo. O alelo dominante se expressa bem mais do que o recessivo, 
mas a informação do recessivo está presente no corpo. Toda característica 
autossômica dominante esconde a característica recessiva. 
 
Crigler najjar II → ​não é considerada 100% AD (dominante), o alelo recessivo pode estar presente, 
pois o dominante não inibe o recessivo, ele só dá uma escondida. 
Consegue estimular o retículo endoplasmático dos hepatócitos, isso pois o RE é o principal 
responsável pela conjugação de bilirrubina. Esse RE vai ser estimulado por uma droga, e não precisa 
de transplante. 
Consequência é apresentar a pele amarelada. Apesar da enzima estar diminuída, ela ainda 
consegue fazer uma pequena porcentagem de conjugação. 
 
Síndrome de Gilbert​: ​é autossômica recessiva, é benigna e flutuante (doença tem picos de icterícia, 
são os picos agudos que o próprio corpo recupera). É a mais simples das síndromes (​crigler najjar I e 
II)​ pois a mutação faz a enzima funcionar com uma eficiência menor. Remédios funcionam bem. 
 
 
HEPATITE ​é considerada como um ciclo de infecções nos hepatócitos, onde o tecido hepático passa 
por uma série de inflamações, podendo ser de picos agudos ou crônicos. Tem cura para algumas e 
para outras não. Pode ser assintomática ou sintomática, podendo ser aguda ou crônica. ​Se for 
aguda, tem a infecção uma vez e o corpo controla. Na crônica, o corpo tentou controlar mas não 
conseguiu, e começa a degradar seu fígado constantemente até chegar em cirrose. 
 
 
HEPATITE VIRAL 
Hepatite A 
Vírus demorar +/- 1 mês para incubar, ou seja, para achar os hepatócitos, e começar a fazer o 
hepatócito trabalhar para o vírus. 
Aminotransferases: vai aumentando com a infecção se elevando, são enzimas. Normalmente estão 
baixas, se tem infecção hepática elas aumentam. 
IgM = anticorpo que combate o vírus. inespecífico. 
O IgM vai ser apresentado para o linfócito T, que vai estimular o linfócito B a produzir o anticorpo 
específico. IgM acompanha a mesma curva das aminotransferases. 
IgG = começa a crescer junto quando o vírus aparece,é muito específico à uma parte do vírus (VHA), 
fica constantemente alto. Anticorpo específico para o vírus. Toda vez que entrar em contato vai 
produzir IgG. 
 
 
Hepatite B 
mais complicada, afeta ⅓ da população, normalmente relacionada com regiões sem nada de 
saneamento. os casos tem aumentado. 
Esse tipo que tem problema de infecção crônica. 
Marcadores sorológicos dizem se tem a partezinha do vírus no corpo do paciente. Corpo identifica 
marcação, e tem elevação destes marcadores. Como é uma doença aguda, vai ter icterícia apenas 
nessa parte. 
O corpo tem anticorpo específico, e combate, gasta 20 semanas. → ​Tudo certo. 
Marcador sorológico fica constante na ​hepatite B durante anos, não consegue combater o vírus. 
Tem produção menor deles, mas não consegue combater o vírus. Paciente tem infecção aguda, e 
quando a dor e icterícia passam, ele acha que solucionou, não tratando e permanece com o quadro 
crônico, evoluindo até cirrose.Vai chegar a ter quadro cirrótico, precisa de transplante. 
Tem vacina, que funciona bem menos de administrada pós infecção do paciente. 
 
Infecções crônicas: sistema imune não tem condições de combater. 
 
Hepatite C 
Não tem como fazer vacina, pois atinge de modo rápido e tem muitas mutações de suas cepas. 
O vírus sofre mutação demais e rapidamente, então a vacina não adianta. 
A doença crônica tem sintomas pontuais, de semana em semana vai aparecendo um sintoma novo. 
Não tem cura. 
A transmissão é por transfusão sanguínea, relação sexual sem preservativo, compartilhamento de 
agulhas e etc. 
Normalmente leva à cirrose. 
Tratamento paliativo: Interferon e babirinico. Pode ser que funcione ou não, tem pessoas que mesmo 
com o tratamento apresentem cirrose. 
 
Hepatite D​ só ocorre se tiver hepatite B. ​Hepatite E​ é mais de boa. 
 
 
 
 
 
O uso constante de paracetamol por muito tempo e em altas doses pode levar à desenvolvimento de 
hepatite e também cirrose. Etanol é o fator ambiental que pode levar todos os tipos de hepatites e 
ocasionar cirrose. 
Hepatite; esteatose e cirrose. 
 
Esteatose​: ​fígado gorduroso. Tem acúmulos de gotas no tecido hepático, acontece por consumo 
excessivo de álcool. Gera dor abdominal, pois o fígado incha. Tecido adiposo acumulando no fígado. 
 
Ação de neutrófilo significa que é infecção crônica. 
 
Tecido adiposo gera sinal para reação inflamatória na região hepática e isso leva à destruição de 
hepatócitos. 
Normalmente esse é o caso de quem tem hepatite alcoólica, podendo apresentar região ventral com 
dor. Alcoólatra não entra na fila de transplante. 
 
Cirrose é o isolamento dos hepatócitos por tecido fibroso. 
Até 80g de álcool (6 latas de cerveja), tem esteatose irreversível, é reversível. 
O efeito do álcool dura 72 até 96 horas. Os hepatócitos ajudam a livrar o álcool do corpo. Tem certo 
comprometimento hepático que gera insuficiência. 
 
Alcoólatras têm consumo de álcool de 10 a 20 anos. 
Mulher é mais intolerante ao álcool. 
Origem asiática x Origem europeia → Europeus bebem e tem menos desidrogenase alcoólica. Tem 
muitos fatores genéticos envolvidos na predisposição do metabolismo alcoólico. 
Não se sabe identificar de onde veio a característica de identificar a molécula de álcool no corpo. 
 
Excesso de cobre pode gerar dano significativo. ATPase produzida pelo gene, essa atpase se não 
funciona, não tem potencial de ação e não consegue bombear cobre pros locais adequados, e pode 
acumular nos hepatócitos, gerando danos. Normalmente metal, no corpo, precisa ser conjugado com 
alguma coisa, por isso precisa de medicamento para fazer isso. Doença rara, que afeta uma parte do 
metabolismo. Tem 300 variâncias genéticas responsáveis por essa doença. ​Precisa fazer biópsia, 
hoje já consegue fazer biópsia líquida, que é menos invasiva, para algumas doenças.

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