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ESTUDO DIRIGIDO 6 1- Quais as funções do fígado? R: Síntese de proteínas (albumina, globulinas, lipoproteínas, fibrinogênio, aminoácidos) uréia, fatores de coagulação, (exceto gamaglobulinas e FvW), Excreção de bilirrubinas, colesterol, sais biliares, drogas, toxinas, álcool. Armazenamento de glicogênio, vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K e B12) e metais (ferro, Cobre, outros). Regulação de níveis séricos – carboidratos, lipídios, proteínas. 2- Quais são os marcadores de função e de lesão hepática e o que cada grupo avalia? R: Função – avaliam a integridade da fisiologia hepática, se existe lesão nos hepatócitos. São eles: Enzimas – TGO, TGP, Fosfatase alcalina e GGT. Lesão hepática – avaliam a capacidade de depuração das toxinas e a capacidade de síntese do fígado. São eles: Bilirrubinas, Albumina e TAP. 3- Porque na doença hepática o ALT se altera antes do AST? R: Porque o ALT está presente em altas concentrações no fígado e muito baixa nos outros órgãos, tendo assim maior especificidade para injúria hepática. 4- Em que condições se altera o TGO e TGP? Exemplifique. R: TGO – quando há lesões no fígado, coração, músculo esquelético, cérebro, rins e pulmões. Ex: infarto agudo do miocárdio. TGP – quando há lesões quase que exclusivas do fígado. Ex: hepatite. 5- O que significa colestase? R: Significa estagnação de bile no fígado. Definida como a síndrome resultante do deficiente fluxo de bile para o duodeno e classificamente é dividida em pré-hepática, intra-hepática e pós-hepática. 6- Quais as enzimas marcadores de colestase e que também são marcadores de metástases hepáticas? R: Fosfatase alcalina e GGT. 7- Qual a enzima marcadora do abuso de álcool? R: A GGT. 8- Qual a enzima marcadora da divisão celular acelerada no fígado? R: Fosfatase Alcalina. 9- Explique e exemplifique as icterícias não conjugadas, conjugadas e mista. R: Não conjugada (de reação indireta) é, portanto, transportada no plasma ligada à albumina e não pode atravessar a membrana glomerular; consequentemente, não aparece na urina. A ligação se enfraquece sob certas condições (por exemplo, acidose), e existe competição entre algumas substâncias pelos sítios de ligação (por exemplo, certos antibióticos, salicilatos). Conjugada (de reação direta) essa reação, catalisada pela enzima microssômica glicuroniltransferase, torna a bilirrubina hidrossolúvel. Sob certas circunstâncias, a glicuroniltransferase forma apenas monoglicuronídeo de bilirrubina, com a segunda parte do ácido glicurônico sendo acrescida ao canalículo biliar através de um sistema enzimático diferente, mas essa reação não é amplamente considerada fisiológica. Também são formados outros conjugados de bilirrubina além do diglicuronídeo; sua importância é incerta. Indica o grau de colestase. Mista – resultado das duas reações, direta e indireta, ou seja, prejuízo da captação hepática ou diminuição da conjugação e prejuízo da excreção biliar. 10- Porque ocorre edema e ascite na doença hepática? R: Devido a incapacidade do fígado de produzir a proteína albumina suficiente para reter o líquido na corrente sanguínea, assim como obstruir o fluxo através do fígado cirrótico. 11- Qual a causa da encefalopatia hepática? R: Quando o fígado não consegue produzir a uréia para ser eliminada, há o acumulo de amônia, elas se acumulam no sangue e chegam ao cérebro, causando a encefalopatia hepática. 12- Porque o TAP se eleva nas hepatopatias crônicas? R: As doenças hepáticas graves criam alterações nos processos de coagulação, ou seja, a deficiente formação de fatores de coagulação ocorre por perda da função dos hepatócitos que deixam de os produzir e também por falta da matéria essencial à sua síntese, que é o caso da Vitamina K. 13- Faça um quadro comparativo entre as hepatites virais. Vírus A B C D E Incubação 15-45 dias 30-180 dias 15-150 dias 30-180 dias 14-60 dias Vacina Sim Sim - -- -- Crônico -- 5% 80% Sim -- Marcador HAV IgG/M HBV, Vários Ac-HCV HCV-RNA HDV IgG/M HEV IgG/M Icterícia Adultos Sim Rara Rara Assintomático Sim Transmissão Oral-fecal Sangue Sangue Sangue Oral-fecal Alvo < 10 anos Transfusão, drogas Transfusão, drogas Pior em grávidas 14- Explique o surgimento dos marcadores sorológicos da hepatite B. R: O anti-HBc IgG é o marcador de escolha para estudos epidemiológicos. -HBeAg: surge na hepatite aguda, logo após o HBsAg. É uma proteína do nucleocapsídeo viral do HBV, produzida durante a replicação viral ativa, cuja função é desconhecida. É encontrada apenas no soro HBsAg positivo. 15- Como é produzida a bilirrubina e como ela chega ao fígado? R: formada por sais biliares, gorduras, água, ácidos e por pigmentos. O pigmento predominante da bile é a bilirrubina. Este pigmento amarelado é produzido pela quebra do grupo prostético heme presente nas células sanguíneas onde a hemoglobina contida nas células é catabolizada em biliverdina. Nesse momento a biliverdina sofre ação da enzima biliverdina redutase que reduz esta, em bilirrubina. 16- Qual a diferença entre um marcador de lesão e um marcador de função hepática? R: Marcadores de lesão – indicam se há lesões nos hepatócitos através da mensuração de enzimas séricas liberadas do rompimento celular hepático, fornecendo informações da extensão, magnitude e curso da lesão. Marcadores de função hepática – avaliam a função do fígado através da mensuração de metabolitos hepáticos séricos de forma direta ou indireta, normalmente produzidos e ou excretados pelo fígado. 17- Porque é necessário realizar exames complementares além dos marcadores de lesão ou função hepática na investigação das doenças hepáticas? R: Porque os marcadores de lesão e função hepática não examinam exatamente a função hepática, mas sim a liberação sanguínea de enzimas. 18- Sobre as funções do fígado, cite quais as substâncias sintetizadas, excretadas, armazenadas e reguladas pelo fígado. R: Síntese – proteínas, uréia, fatores de coagulação. Excreção – bilirrubina, colesterol, sais biliares, drogas, toxinas e álcool. Armazenamento – glicogênio, vitaminas lipossolúveis e metais. Regulação – de níveis séricos, carboidratos, lipídios e proteínas. 19- Quais são os marcadores de LESÃO hepática e o que significam resultados elevados nestes exames? R: TGO e TGP em níveis elevados indicam necrose ou lesão hepatocelular. Fosfatase alcalina sugere colestase. GGT em níveis elevados indica doenças hepatobiliares, principalmente na colestase. 20- Quais são os marcadores de FUNÇÃO hepática e o que significam resultados elevados nestes exames? R: Bilirrubina indireta – anemias, hemoglobinopatias, síndrome de Gilbert, ou paciente fez transfusão sanguínea. Albumina – desidratação, sarcoidose, tromboangeíte. TAP – deficiência de Vitamina K, uso de anticoagulantes orais e insuficiência hepática. 21- Onde são sintetizadas a AST e ALT R: AST – citosol e mitocôndrias ALT – citosol. 22- Porque a alterações de AST indicam doença crônica do fígado e ALT indica doença aguda? R: De acordo com o Coeficiente de Ritis: AST/ALT, caso o resultado dessa divisão indique valor <1 estaremos diante de hepatites virais agudas, logo se o valor for >1 indicara hepatopatias crônicas. 23- Faça um quadro comparativo dos valores de AST e ALT nas lesões hepatocelulares leves, graves colestases agudas, crônicas, hepatite viral aguda e hepatites graves ou cirrose. 24- Explique separadamente as icterícias pré-hepáticas, hepáticas e pós-hepáticas. Cite exemplos de cada uma. R: Icterícia pré-hepatica: Ocorre por uma destruição excessiva de eritrócitos, resultando num aumento do complexo bilirrubina-albumina no sangue, excedendo a capacidade excretora do fígado. Ocorre em: eritroblastose fetal, anemia hemolítica e transfusões. Icterícia hepática: Lesão hepática (câncer, cirrose ou hepatite); Conjugação de bilirrubina diminui; Bilirrubinaconjugada não é secretada na bile, mas sim no sangue. Ocorre em: cirrose e hepatite. Icterícia pós-hepática: Caracteriza-se por uma obstrução pós-hepática, impedindo o fluxo normal da bile. Retida em qualquer local nas vias biliares, grande parte dela é reabsorvida na corrente sanguínea. Parte desse fluído sofre desidratação sendo precipitado no tecido em forma de pigmento biliar. Ocorre em: Obstrução do ducto biliar, CA de pâncreas ou vesícula biliar e calculo biliar. 25- Porque o TAP é também um teste de função hepática? O que significa um TAP alterado nestes casos? R: Um teste de função hepática é o tempo de protrombina (TP), usado para calcular a razão normalizada internacional (RNI). Tanto o TP quando a RNI são medições do tempo necessário para o sangue coagular (o fígado sintetiza algumas proteínas necessárias para a coagulação sanguínea, denominadas fatores de coagulação sanguínea). Um TP ou RNI anormal pode indicar um distúrbio agudo do fígado. Nos distúrbios crônicos do fígado, um TP ou RNI aumentado indica, tipicamente, progressão para insuficiência hepática. 26- Que exames podem ser realizados para avaliação de abuso de álcool? R: Enzimas indicadoras de Colestase e metástases hepáticas: FA e GGT. 27- Para que serve a dosagem de alfa-feto-proteina? R: Marcador de CA hepatocelular. 28- GGT e FA são marcadores de que doenças (juntos e isolados)? R: GGT – marcador de abuso de álcool, quando aumentada também é marcador de cirrose, CA, pancreatite. FA – marcador de colestase, CA, fígado, ossos, de hepatites virais em pequena elevação. 29- Em que situações terei elevações de TGO e TGP isolados ou em conjunto? R: A elevação das transaminases indica alteração hepática, sendo a TGO menos específica de enfermidade hepática já que se encontram também no músculo cardíaco, ossos, rins, cérebro, pâncreas, pulmões, leucócitos e eritrócitos. As causas mais comuns da elevação são: abuso de álcool, exposição parenteral a vírus (dependente de drogas, tatuagens, transfusões…), enfermidade biliar prévia, fármacos hepatotóxicos, inmunosupresión, hepatopatía prévia, doença cardíaca. 30- Cite as diferenças entre as hepatites A, B, C, D, E, nos tópicos abaixo: Sintomas Formas Transmissão Existência Vacina Evolução para cura ou cronicidade Marcadores sorológicos Comunicantes ou grupos de risco HEPATITE A HEPATITE B HEPATITE C HEPATITE D HEPATITE E Sintomas Dor ou desconforto abdominal Dor muscular Fadiga Náusea e vômitos Perda de apetite Febre Urina escura Amarelamento da pele e olhos Dor ou desconforto abdominal Dor muscular Fadiga Náusea e vômitos Perda de apetite Febre Urina escura Amarelamento da pele e olhos Dor ou inchaço abdominal Fadiga Náusea e vômitos. Perda de apetite Febre Urina escura Coceira Amarelamento da pele e olhos Sangramento no esôfago ou no estômago Cansaço Tontura enjoo e/ou vômitos febre dor abdominal pele e olhos amarelados urina escura fezes claras Icterícia (amarelamento da pele), falta de apetite e náuseas. Em casos raros, pode progredir para insuficiência hepática aguda. Formas Transmissão Oral-fecal Sangue Sangue Sangue Oral-fecal Existência Vacina Sim Sim - - - Evolução para cura ou cronicidade - 5% crônico 80% crônico Crônico - Marcadores sorológicos HAV IgG/M HBV Vários Ac-HCV HCV-RNA HDV IgG/M HEV IgG/M Comunicantes ou grupos de risco Familiares ou parceiros sexuais de pessoas infectadas. Pessoas que não estejam vacinadas ou que não tenham os anticorpos necessários. Médicos e paramédicos que Transfusão drogas Transfusão drogas - Pior em grávidas trabalhem em hospitais Viajantes para países menos desenvolvidos onde a doença é endémica. Toxicodependente s que usam agulhas não esterilizadas. Tratadores de macacos. Pessoas que trabalham na recolha e processamento de lixo e nos esgotos. Homossexuais masculinos. Frequentadores e pessoal que trabalha em instituições comunitárias, nomeadamente infantários, escolas, refeitórios, entre outras.
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