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Química InorgânicaQuímica Inorgânica EstruturaEstrutura Molecular Molecular EstruturaEstrutura Molecular Molecular e e LigaçãoLigação Referência: D. F. Shriver e P. W. Atkins, Química Inorgânica; 4ª edição; Bookman; 2008. Cap. 2. • As propriedades das substâncias são determinadas em grande parte pelas ligaçõesligações químicasquímicas que mantêm seus átomos unidos. INTRODUÇÃO • O tipo de ligação em cada substância e de que forma as características dessas ligações dão origem a diferentes propriedades físicas e químicas são determinados pelas estruturas eletrônicas dos átomos envolvidos. • Sempre que átomos ou íons estão muito ligados a outros, dizemos que existe uma ligação química entre eles. INTRODUÇÃO eles. •• LigaçãoLigação QuímicaQuímica: é a força atrativa que mantém dois ou mais átomos unidos. • Existem três tipos gerais de ligações químicas: •• IônicaIônica,, covalentecovalente ee metálicametálica. •• LigaçãoLigação IônicaIônica: Refere-se às forças eletrostáticas que existem entre íons de cargas de sinais contrários. • Os íons devem ser formados a partir de átomos pela LIGAÇÕES QUÍMICAS transferência de um ou mais elétrons de um átomo para outro. • As substâncias iônicas geralmente são resultantes da interação de metaismetais do lado esquerdo da tabela periódica com nãonão--metaismetais do lado direito (excluindo os gases nobres). •• LigaçãoLigação covalentecovalente: resulta do compartilhamento de elétrons entre dois átomos. Normalmente encontrada entre elementos nãonão--metálicosmetálicos. LIGAÇÕES QUÍMICAS •• LigaçãoLigação metálicametálica: é a força atrativa que mantém metaismetais puros unidos. São encontradas em metais como cobre, ferro e alumínio. • Nesses metais cada átomo está ligado a vários átomos vizinhos. Os elétrons ligantes estão relativamente livres para mover-se pela estrutura tridimensional do metal. ESTRUTURAS DE LEWIS � A compreensão da química inorgânica depende da correlação entre as propriedades químicas dos compostos e suas estruturas eletrônicas. � O nível mais elementar da ligação covalente se baseia no compartilhamentocompartilhamentocompartilhamentocompartilhamento dededede paresparesparespares dededede elétronselétronselétronselétrons. � Essa abordagem foi introduzida por GGGG.... NNNN.... LewisLewisLewisLewis em 1916. ESTRUTURAS DE LEWIS � Lewis propôs que a ligaçãoligaçãoligaçãoligação covalentecovalentecovalentecovalente é formada quando dois átomos vizinhos compartilham um par de elétrons.compartilham um par de elétrons. � Uma ligaçãoligaçãoligaçãoligação simplessimplessimplessimples, um par de elétrons compartilhados (AAAA::::BBBB), é simbolizado por AAAA––––BBBB. � Uma ligaçãoligaçãoligaçãoligação dupladupladupladupla, dois pares de elétrons compartilhados (AAAA::::::::BBBB), é representado por A=BA=BA=BA=B. ESTRUTURAS DE LEWIS � Uma ligaçãoligaçãoligaçãoligação triplatriplatriplatripla, três pares de elétrons compartilhados (AAAA::::::::::::BBBB), é representada por AAAA≡≡≡≡BBBB. � Um par de elétrons de valência não� Um par de elétrons de valência não compartilhado em um átomo (AAAA::::) é chamado de um parparparpar isoladoisoladoisoladoisolado. � Embora pares isolados de elétrons não contribuam diretamente para a ligação, eles influenciam na forma da molécula e nas suas propriedades químicas. ESTRUTURAS DE LEWIS A REGRA DO OCTETO � Lewis descobriu que ele podia explicar a existência de uma grande variedade de moléculas propondo a regraregraregraregra dodododo octetooctetooctetoocteto: Cada átomo compartilha elétrons com seus átomos vizinhos para alcançar um total de oito elétrons de valência (um “octetooctetooctetoocteto”). � Uma exceção é o átomo de hidrogênio, o qual preenche sua camada de valência, o orbital 1s, com dois elétrons (um “dubletodubletodubletodubleto”). ESTRUTURAS DE LEWIS A REGRA DO OCTETO � A partir da regra do octeto pode-se construir uma estruturaestruturaestruturaestrutura dededede LewisLewisLewisLewis em três etapas: 1111---- Determine o número de elétrons a serem1111---- Determine o número de elétrons a serem incluídos na estrutura somando todos os elétrons de valência fornecidos pelos átomos. 2222---- Escreva os símbolos químicos dos átomos num arranjo que mostre quais átomos estão ligados entre si. ESTRUTURAS DE LEWIS A REGRA DO OCTETO 3333---- Distribua os elétrons em pares, de forma que haja um par de elétrons formando uma ligação simples entre cada par deuma ligação simples entre cada par de átomos ligados entre si e então acrescente pares de elétrons (formando pares isolados ou ligações múltiplas) até que cada átomo tenha um octeto. � Ex.: escreva a estrutura de Lewis do íon BF4- e PF3. ESTRUTURAS DE LEWIS A REGRA DO OCTETO � Exceto nos casos mais simples, a estrutura de Lewis não indica a forma geométrica das espécies, mas apenas o esquema dasespécies, mas apenas o esquema das ligações e dos pares isolados. � Ela mostra o número de conexões e não a geometria da molécula. � Por exemplo, o íon BF4- é, na realidade, tetraédrico, e não planar, e o PF3 é uma pirâmide trigonal. ESTRUTURAS DE LEWIS RESSONÂNCIA � Frequentemente uma única estrutura de Lewis é uma descrição inadequada de uma molécula. � Por exemplo: a estrutura de Lewis do O� Por exemplo: a estrutura de Lewis do O3 sugere incorretamente que uma ligação O–O é diferente da outra, enquanto de fato elas têm comprimentos idênticos (128 pm) e intermediário entre o valor típico das ligações simples O–O e duplas O=O (148 e 121 pm, respectivamente). ESTRUTURAS DE LEWIS RESSONÂNCIA � Esta deficiência da descrição de Lewis é superada introduzindo-se o conceito de ressonânciaressonânciaressonânciaressonância, segundo o qual a verdadeiraressonânciaressonânciaressonânciaressonância, segundo o qual a verdadeira estrutura da molécula é considerada como sendo uma superposição, ou média, de todas as estruturas de Lewis possíveis para um dado arranjo atômico. � A ressonância é indicada por uma seta com duas pontas. ESTRUTURAS DE LEWIS RESSONÂNCIA � A ressonância deve ser entendida como uma misturamisturamisturamistura dededede estruturasestruturasestruturasestruturas e não como uma alternância entre elas.alternância entre elas. � A estrutura mista de duas ou mais estruturas de Lewis é chamada de híbridohíbridohíbridohíbrido dededede ressonânciaressonânciaressonânciaressonância. � A ressonância ocorre entre estruturas que diferem somentesomentesomentesomente nananana alocaçãoalocaçãoalocaçãoalocação dosdosdosdos elétronselétronselétronselétrons. ESTRUTURAS DE LEWIS RESSONÂNCIA � A ressonância tem dois efeitos principais: 1111---- A ressonância distribui a ligação por toda a molécula. 2222---- A energia de um híbrido de ressonância é2222---- A energia de um híbrido de ressonância é menor o que a de qualquer das estruturas isoladas. � Estruturas com energias diferentes também podem contribuir para um híbrido de ressonância global mas, em geral quanto maior a diferença de energia entre as estruturas de Lewis, menor é a contribuição da estrutura de maior energia. ESTRUTURAS DE LEWIS RESSONÂNCIA � A molécula de BFBFBFBF3333, por exemplo, poderia ser considerada como um híbrido de ressonância das estruturas mostradas na figura seguinte, mas a primeira estrutura é dominantedominantedominantedominante, apesar do octetoprimeira estrutura é dominantedominantedominantedominante, apesar do octeto estar incompleto. � Consequentemente, o BF3 é considerado basicamente como tendo a primeira estrutura com uma pequenapequenapequenapequena misturamisturamisturamistura dodododo carátercarátercarátercaráter dededede dupladupladupladupla ligaçãoligaçãoligaçãoligação. � Em comparação, para o íon NONONONO3333----, as três últimas estruturas são dominantes e podemos tratar o íon como tendo um carátercarátercarátercaráter parcialparcialparcialparcial dededede dupladupladupladupla ligaçãoligaçãoligaçãoligação. ESTRUTURAS DE LEWIS CARGA FORMAL � A decisão de como melhor arranjaros elétrons para formar a estrutura de Lewis de menor energia pode ser colocada de umamenor energia pode ser colocada de uma forma quantitativa simples considerando-se a cargacargacargacarga formalformalformalformal, ffff, sobre cada átomo. � Esta é a carga que cada átomo teria se a ligação fosse perfeitamente covalente, com cada par de elétrons sendo compartilhado igualmente entre os dois átomos. ESTRUTURAS DE LEWIS CARGA FORMAL � A carga formal é então a carga total do átomo baseada nesse modelo de ligação de “compartilhamento perfeito e covalência“compartilhamento perfeito e covalência pura” e é uma medida de quantos elétrons o átomo ganhou ou perdeu para formar a estrutura de Lewis. PLVf 2 1 −−= ESTRUTURAS DE LEWIS CARGA FORMAL onde VVVV é o número original de elétrons de valência no átomo, LLLL é o número de pares de elétrons isolados no átomo na estrutura de Lewis da molécula e PPPP é o número dede Lewis da molécula e PPPP é o número de elétrons compartilhados. � Assim, a carga formal é a diferença entre o número de elétrons de valência no átomo livre e o número de elétrons que o átomo tem na molécula, supondo que ele possui um elétron de cada par compartilhado e ambos os elétrons de cada par isolado. ESTRUTURAS DE LEWIS CARGA FORMAL � Geralmente, a estrutura de Lewis de menor energia é aquela com a menor carga formal nos átomos (uma vez que tal estruturanos átomos (uma vez que tal estrutura corresponde ao menor rearranjo dos elétrons) e aquela na qual ao elemento mais eletronegativo é atribuída uma carga formal negativa e ao elemento menos eletronegativo é atribuída uma carga formal positiva. Ex.: NO2F Exercícios 1- Escreva as estruturas de ressonância para o ESTRUTURAS DE LEWIS CARGA FORMAL 1- Escreva as estruturas de ressonância para o íon nitrito, NO2 -, e indique a carga formal nos átomos. ESTRUTURAS DE LEWIS ESTADOS DE OXIDAÇÃO � A carga formal é um parâmetro obtido exagerando-se o carátercarátercarátercaráter covalentecovalentecovalentecovalente de uma ligação. � O númeronúmeronúmeronúmero dededede oxidaçãooxidaçãooxidaçãooxidação, ωωωω (ômega), é um� O númeronúmeronúmeronúmero dededede oxidaçãooxidaçãooxidaçãooxidação, ωωωω (ômega), é um parâmetro obtido exagerando-se o carátercarátercarátercaráter iônicoiônicoiônicoiônico de uma ligação. � Ele pode ser considerado como a carga que um átomo teria se o átomo mais eletronegativo de uma ligação ficasse com os dois elétrons da ligação. ESTRUTURAS DE LEWIS ESTADOS DE OXIDAÇÃO � O estadoestadoestadoestado dededede oxidaçãooxidaçãooxidaçãooxidação é o estado físico de um elemento correspondente ao seu número de oxidação. � Assim, a um átomo pode ser atribuído um númeronúmeronúmeronúmero dededede oxidaçãooxidaçãooxidaçãooxidação em correspondência ao seu estado de oxidação. � Ex.: cada átomo de O em um composto é considerado como o íon O2-, a ele é atribuído o número de oxidação -2. ESTRUTURAS DE LEWIS ESTADOS DE OXIDAÇÃO � Ex.: NO3-, teremos N5+(O2-)3, de forma que o nº de oxidação do nitrogênio é +5, o que pode ser indicado como N(V) ou N(+5). � Na prática, os números de oxidação são atribuídos aplicando-se um conjuntoconjuntoconjuntoconjunto dededede regrasregrasregrasregras simplessimplessimplessimples. � Estas regras refletem as consequências da eletronegatividade para as estruturas “exageradamente iônicas” dos compostos. ESTRUTURAS DE LEWIS ESTADOS DE OXIDAÇÃO � Estas regras estão de acordo com o aumento no grau de oxidação que deve ser esperado à medida que aumenta o número de átomos de oxigênio no composto (Ex.: NO para NO3-). � Muitos elementos, por exemplo, o nitrogênio, os halogênios e os elementos do bloco d, podem existir em vários estados de oxidação. ESTRUTURAS DE LEWIS ESTADOS DE OXIDAÇÃO Exercícios 1- Qual é o número de oxidação do:1- Qual é o número de oxidação do: (a) S no sulfeto de hidrogênio, H2S;(2ω(H)+ω(S)= 0) (b) Mn no íon permanganato, MnO4 -; (c) O no O2 +; (d) P no PO4 3-? ESTRUTURAS DE LEWIS H IPERVALÊNCIA � Os elementos do segundo período, do Li ao Ne, obedecem muito bem à regra do octeto, mas os elementos dos períodos seguintes apresentam desvios em relação a regra.apresentam desvios em relação a regra. Ex.: a ligação no PCl5 requer que o átomo de P tenha 10 elétrons em sua camada de valência, um par para cada ligação P–Cl. Da mesma forma, no SF6 o átomo de S deve ter 12 elétrons se cada átomo de F está ligado ao átomo central de S por um par de elétrons. ESTRUTURAS DE LEWIS H IPERVALÊNCIA � Espécies deste tipo, que demandam a presença de mais do que um octeto de elétrons em torno de pelo menos um átomo,elétrons em torno de pelo menos um átomo, são denominadas hipervalenteshipervalenteshipervalenteshipervalentes. � A explicação para hipervalência geralmente invoca a disponibilidade de orbitais d parcialmente preenchidos de baixa energia, os quais podem acomodar os elétrons adicionais. ESTRUTURAS DE LEWIS H IPERVALÊNCIA � De acordo com esta explicação, um átomo de P pode acomodar mais do que oito elétrons, se ele usar os seus orbitais 3delétrons, se ele usar os seus orbitais 3d vazios. � No PCl5, com seus cinco pares de elétrons ligantes, pelo menos um orbital 3d deve ser usado além dos quatro orbitais 3s e 3p da camada de valência. ESTRUTURAS DE LEWIS H IPERVALÊNCIA � A verdadeira razão para a raridade da hipervalência no segundo período 2 pode ser devido à dificuldadedificuldadedificuldadedificuldade geométricageométricageométricageométrica de sedevido à dificuldadedificuldadedificuldadedificuldade geométricageométricageométricageométrica de se agregar mais do que quatroquatroquatroquatro átomosátomosátomosátomos ao redor de um únicoúnicoúnicoúnico átomoátomoátomoátomo centralcentralcentralcentral pequenopequenopequenopequeno, podendo, de fato, ter pouco a ver com a disponibilidade de orbitais d. ESTRUTURA E PROPRIEDADES DE LIGAÇÃO COMPRIMENTO DE L IGAÇÃO � O comprimentocomprimentocomprimentocomprimento dededede ligaçãoligaçãoligaçãoligação nononono equilíbrioequilíbrioequilíbrioequilíbrio em uma molécula é a separação internuclear de dois átomos ligados.dois átomos ligados. � Os comprimentos de ligação no equilíbrio em moléculas na fase gasosa são geralmente determinados por espectroscopia na região do infravermelho ou de micro-ondas, ou, mais diretamente, por difração de elétrons. ESTRUTURA E PROPRIEDADES DE LIGAÇÃO COMPRIMENTO DE L IGAÇÃO � Os comprimentos de ligação no equilíbrio podem ser separados nas contribuições de cada átomo desse par ligado. � A contribuição de um átomo para um ligação covalente é denominada raioraioraioraio covalentecovalentecovalentecovalente do elemento. � Pode-se usar os raios covalentes dos elementos para calcular o comprimento de uma determinada ligação. ESTRUTURA E PROPRIEDADES DE LIGAÇÃO COMPRIMENTO DE L IGAÇÃO � Por exemplo: o comprimento de uma ligação PPPP––––NNNN é 110 pm + 74 pm = 184 pm; experimentalmente, observa-se que esse comprimento de ligação tem valor próximo decomprimento de ligação tem valor próximo de 180 pm em vários compostos. � Comprimentos de ligação experimentais devem ser usados sempre que possível, mas os raios covalentes são úteis para se fazer estimativas cautelosas quando os dados experimentais não estão disponíveis. ESTRUTURA E PROPRIEDADES DE LIGAÇÃO FORÇA DE L IGAÇÃO � Uma medida termodinâmica conveniente da força de uma ligação AB é a entalpiaentalpiaentalpiaentalpia dededede dissociaçãodissociaçãodissociaçãodissociação dadadada ligaçãoligaçãoligaçãoligação, ∆Ho (A–B), a entalpia padrão de reação para o processo: AB(g) → A(g) + B(g) � A entalpiaentalpiaentalpiaentalpia médiamédiamédiamédia dededede ligaçãoligaçãoligaçãoligação, LLLLLLLL, é a entalpia média de dissociação da ligação, calculada para uma série de ligações A–B em moléculas diferentes. ESTRUTURA E PROPRIEDADES DE LIGAÇÃO FORÇA DE L IGAÇÃO � As entalpias médias de ligação podem ser usadas para estimarestimarestimarestimar as entalpias de reação. � Entretanto,os dados termodinâmicos das espécies verdadeiras devem ser usados sempreespécies verdadeiras devem ser usados sempre que possível em vez dos valores médios, porque estes últimos podem ser enganosos. � As entalpias médias podem ser usadas para fazer estimativas grosseiras das entalpias de reação quando as entalpias de formação ou as entalpias de ligação reais não são conhecidas. ESTRUTURA E PROPRIEDADES DE LIGAÇÃO FORÇA DE L IGAÇÃO Exercícios 1- Estime a entalpia de reação para a formação do SF (g) a partir do SF (g), dadoformação do SF6(g) a partir do SF4(g), dado que as entalpias médias de ligação do F2, SF4 e SF6 são +158, +343 e +327 kJ mol-1, respectivamente, a 25ºC. A reação é: SFSFSFSF4444(g)(g)(g)(g) ++++ FFFF2222(g)(g)(g)(g) →→→→ SFSFSFSF6666(g)(g)(g)(g) (o valor experimental para a reação é - 434 kJ) O MODELO RPECV � O modelomodelomodelomodelo dadadada repulsãorepulsãorepulsãorepulsão dosdosdosdos paresparesparespares dededede elétronselétronselétronselétrons dadadada camadacamadacamadacamada dededede valênciavalênciavalênciavalência (o modelo RPECVRPECVRPECVRPECVRPECVRPECVRPECVRPECV) para a forma molecular é uma simples extensão das ideias de LewisLewisLewisLewis, sendoextensão das ideias de LewisLewisLewisLewis, sendo surpreendentemente eficiente na previsão das formas das moléculas poliatômicas. � A teoria deriva das sugestões feitas por NevilNevilNevilNevil SidgwickSidgwickSidgwickSidgwick e HerbertHerbertHerbertHerbert PowellPowellPowellPowell antes de 1940 e posteriormente expandida e colocada num contexto mais moderno por Ronald GillespieGillespieGillespieGillespie e RonaldRonaldRonaldRonald NyholmNyholmNyholmNyholm. O MODELO RPECV AS FORMAS GEOMÉTRICAS BÁSICAS � A condição básica do modelo RPECV é que regiões de maiormaiormaiormaior densidadedensidadedensidadedensidade eletrônicaeletrônicaeletrônicaeletrônica, ou seja, os pares ligantes, os pares isolados ou as concentrações de elétrons associados comas concentrações de elétrons associados com as ligações múltiplas, assumem posições tão separadas quanto possível, de modo que as repulsõesrepulsõesrepulsõesrepulsões entre elas sejam minimizadas. � Ex.: 4 regiões de densidade eletrônica se localizarão nos vértices de um tetraedro regular, cinco ficarão nos vértices de uma bipirâmide trigonal e assim por diante. O MODELO RPECV AS FORMAS GEOMÉTRICAS BÁSICAS � Embora o arranjo das regiões de densidade eletrônica governe a forma da molécula, sejam estas regiões ligantes ou regiões associadas com pares isolados, o nome da forma écom pares isolados, o nome da forma é determinado pelo arranjo dos átomos, e não pelo arranjo das regiões de densidade eletrônica � Ex.: a molécula de NH3 tem quatro pares de elétrons que estão dispostos tetraedricamente, mas como um deles é um par isolado, a molécula é classificada como piramidal trigonal. O MODELO RPECV AS FORMAS GEOMÉTRICAS BÁSICAS � Da mesma forma, H2O tem um arranjo tetraédrico de seus pares de elétrons, mas como dois desses pares são isolados, acomo dois desses pares são isolados, a molécula é classificada como angular. � Para aplicar o modelo RPECV: 1- Primeiramente escrevemos a estrutura de Lewis da molécula ou íon e identificamos o átomo central. O MODELO RPECV AS FORMAS GEOMÉTRICAS BÁSICAS 2- Em seguida, contamos o número de átomos e de pares isolados em torno de cada átomo, pois cada átomo (esteja ele ligado ao átomo central por ligações simples ouátomo central por ligações simples ou múltiplas) e cada par isolado conta como uma região de alta densidade eletrônica. 3- Para alcançar a menor energia, estas regiões assumem posições o mais distante umas das outras quanto possível, de forma que identificamos a forma básica que elas adotam consultando a tabela 2.6. O MODELO RPECV AS FORMAS GEOMÉTRICAS BÁSICAS 4- Finalmente, verificamos quais posições correspondem a átomos e identificamos a forma da molécula a partir da tabela 2.7. Ex.: a molécula SFSFSFSFSFSFSFSF , com seis ligações� Ex.: a molécula SFSFSFSFSFSFSFSF66666666, com seis ligações simples ao redor do átomo central de S, é prevista (e verificada) ser octaédricaoctaédricaoctaédricaoctaédrica, e a molécula PClPClPClPClPClPClPClPCl55555555, com cinco ligações simples e, portanto, com cinco regiões de densidade eletrônica em torno do átomo central, é prevista ser bipiramidalbipiramidalbipiramidalbipiramidal trigonaltrigonaltrigonaltrigonal. O MODELO RPECV AS FORMAS GEOMÉTRICAS BÁSICAS Exercícios 1111- Preveja a forma:1111- Preveja a forma: (a) de uma molécula de BF3; (b) de um íon SO3-2; (c) de uma molécula H2S. O MODELO RPECV AS FORMAS GEOMÉTRICAS BÁSICAS � O modelo RPECV apesar de útil, algumas vezes, entra em dificuldades quando há mais de uma forma básica com energias semelhantes.semelhantes. � Ex.: com cinco pares de elétrons ligados ao átomo central, um arranjo piramidal quadrático para as ligações é apenas um pouco mais energético do que um arranjo bipiramidal trigonal, havendo vários exemplos onde se observa a preferência do primeiro. 5 O MODELO RPECV AS FORMAS GEOMÉTRICAS BÁSICAS � Da mesma maneira, as formas básicas para sete regiões de densidade eletrônica são mais difíceis de prever do que as outras, em parte porque muitas conformaçõesparte porque muitas conformações diferentes têm energias similares. � Entretanto, no bloco p, a coordenação 7 é dominada pela estrutura bipiramidal pentagonal. � Ex.: O IFIFIFIFIFIFIFIF77777777 é bipiramidal pentagonal. O MODELO RPECV AS FORMAS GEOMÉTRICAS BÁSICAS � Pares isolados são estequiometricamente menos influentes quando pertencem a elementos pesados do bloco p. � Os íons SeF62- e TeCl62-, por exemplo, são octaédricos apesar da presença de um par isolado nos átomos de Se e de Te. � Pares isolados que não influenciam a geometria molecular são ditos estequiometricamenteestequiometricamenteestequiometricamenteestequiometricamente inertesinertesinertesinertes. O MODELO RPECV MODIFICAÇÕES DAS FORMAS BÁSICAS � Uma vez que a forma básica de uma molécula foi identificada, são feitos ajustes considerando-se as diferençasdiferençasdiferençasdiferenças dededede repulsãorepulsãorepulsãorepulsão eletrostáticaeletrostáticaeletrostáticaeletrostática entre regiões ligantes e pareseletrostáticaeletrostáticaeletrostáticaeletrostática entre regiões ligantes e pares isolados. � Assume-se que estas repulsões apresentam o seguinte ordenamento: pppparararar isolado/parisolado/parisolado/parisolado/par isoladoisoladoisoladoisolado > parparparpar isolado/regiãoisolado/regiãoisolado/regiãoisolado/região liganteliganteliganteligante > regiãoregiãoregiãoregião ligante/regiãoligante/regiãoligante/regiãoligante/região liganteliganteliganteligante. O MODELO RPECV MODIFICAÇÕES DAS FORMAS BÁSICAS � Em termos elementares, o maior efeito de repulsão de um par isolado é explicado supondo-se que o par isolado está, em média, maismaismaismais próximopróximopróximopróximo dodododo núcleonúcleonúcleonúcleo dodododo quequequeque umumumummédia, maismaismaismais próximopróximopróximopróximo dodododo núcleonúcleonúcleonúcleo dodododo quequequeque umumumum parparparpar liganteliganteliganteligante, e deste modo repele mais fortemente outros pares de elétrons. � Havendo possibilidade de escolha entre um sítio axialaxialaxialaxial e um equatorialequatorialequatorialequatorial para um par isolado em um arranjo bipiramidal trigonal, o par isolado ocupará o sítio equatorial. � Em uma molécula com dois pares ligantes adjacentes e um ou mais pares isolados, o ânguloânguloânguloângulo dededede ligaçãoligaçãoligaçãoligação diminuidiminuidiminuidiminui relativamenterelativamenterelativamenterelativamente ao que é esperado quando todos os pares são O MODELO RPECV MODIFICAÇÕES DAS FORMAS BÁSICAS que é esperado quando todos os pares são ligantes. � Ex.: o ângulo HNH no NH3 diminui do ângulo tetraédrico (109,5º) da sua forma básica para um ângulo menor, 107º. � AAAA deficiênciadeficiênciadeficiênciadeficiência dodododo modelomodelomodelomodeloRPECV,RPECV,RPECV,RPECV, entretanto,entretanto,entretanto,entretanto, éééé quequequeque eleeleeleele nãonãonãonão podepodepodepode serserserser usadousadousadousado paraparaparapara preverpreverpreverprever oooo ânguloânguloânguloângulo exatoexatoexatoexato quequequeque aaaa moléculamoléculamoléculamolécula teráteráteráterá. O MODELO RPECV MODIFICAÇÕES DAS FORMAS BÁSICAS Exercícios 1111- Preveja a forma da molécula SF4.1111- Preveja a forma da molécula SF4. 2222- Preveja a forma da molécula XeF2. A TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA � A teoriateoriateoriateoria dadadada ligaçãoligaçãoligaçãoligação dededede valênciavalênciavalênciavalência (TLV) foi a primeira teoria quanto-mecânica de ligação a ser desenvolvida, e pode ser consideradaser desenvolvida, e pode ser considerada como uma forma de expressar os conceitos de Lewis em termos de funções de onda. � A teoria de ligação de valência considera a interaçãointeraçãointeraçãointeração dosdosdosdos átomosátomosátomosátomos, inicialmente separados, à medida que eles se aproximam para formar uma molécula. A TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA A MOLÉCULA DE H IDROGÊNIO � A função de onda para dois átomos de H muito separados é: )2()1( BA φφψ = onde φJ é um orbital H1s no átomo J. � Quando os átomos estão próximos, não é possível saber se é o elétron 1 ou o elétron 2 que está em A. )1()2( BA φφψ = A TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA A MOLÉCULA DE H IDROGÊNIO � Quando dois resultados são igualmente prováveis, a mecânica quântica diz que o verdadeiro estado do sistema é uma superposiçãosuperposiçãosuperposiçãosuperposição dasdasdasdas funçõesfunçõesfunçõesfunções dededede ondaondaondaonda para cadasuperposiçãosuperposiçãosuperposiçãosuperposição dasdasdasdas funçõesfunçõesfunçõesfunções dededede ondaondaondaonda para cada possibilidade, de forma que uma descrição da molécula melhor do que qualquer das funções de onda isoladamente é a combinaçãocombinaçãocombinaçãocombinação linearlinearlinearlinear das duas possibilidades. )1()2()2()1( BABA φφφφψ += A TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA A MOLÉCULA DE H IDROGÊNIO � A onda representada pelo termo φA(1)φB(2) interfere construtivamente com a onda representada pela contribuição φA(2)φB(1), havendo um aumento da amplitude da funçãohavendo um aumento da amplitude da função de onda na região internuclear. � De acordo com o princípio de exclusão de Pauli, somente elétrons com spinsspinsspinsspins emparelhadosemparelhadosemparelhadosemparelhados podem contribuir para uma ligação na TLV. A TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA A MOLÉCULA DE H IDROGÊNIO � Assim, uma função de onda LV é formada pelo emparelhamento dos spins dos elétrons dos dois orbitais atômicos participantes. � A distribuição eletrônica descrita pela equação é denominada ligaçãoligaçãoligaçãoligação σσσσ. Uma ligação σ tem simetria cilíndrica ao redor do eixo internuclear e os elétrons neste orbital têm um momento angular orbital zero em torno do eixo. )1()2()2()1( BABA φφφφψ += A TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA MOLÉCULAS D IATÔMICAS HOMONUCLEARES � A mesma descrição pode ser aplicada a moléculas mais complexas. � As moléculasmoléculasmoléculasmoléculas diatômicasdiatômicasdiatômicasdiatômicas homonucleareshomonucleareshomonucleareshomonucleares são moléculas diatômicas nas quais ambos os átomos são do mesmo elemento (ex.: N2). � N2 (2s22px12py12pz1) para cada átomo de N. � Por convenção, toma-se o eixo z como o eixo internuclear. A TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA MOLÉCULAS D IATÔMICAS HOMONUCLEARES � De forma que podemos imaginar cada átomo como tendo um orbital 2pz apontando para o orbital 2pz do outro átomo. � E os orbitais 2px e 2py perpendiculares ao eixo da molécula. � Uma ligação σ é então formada pelo emparelhamento dos spins dos dois elétrons dos orbitais 2pz de cada átomo que estão frente a frente. A TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA MOLÉCULAS D IATÔMICAS HOMONUCLEARES � Os orbitais 2p restantes não podem se juntar para formar ligações σ porque eles não têm simetria cilíndrica em torno do eixo internuclear.internuclear. � Estes elétrons se juntam para formar duas ligaçõesligaçõesligaçõesligações ππππ. � Uma ligação π se origina do emparelhamento dos spins dos elétrons em dois orbitais p que se aproximamaproximamaproximamaproximam lateralmentelateralmentelateralmentelateralmente. A TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA MOLÉCULAS D IATÔMICAS HOMONUCLEARES � Há duas ligações π no N2. � Uma formada pelo emparelhamento dos spins em dois orbitais 2px vizinhos e a outra pelox emparelhamento dos spins em dois orbitais 2py vizinhos. � O esquema global de ligação no N2 é, deste modo, umaumaumauma ligaçãoligaçãoligaçãoligação σσσσ eeee duasduasduasduas ligaçõesligaçõesligaçõesligações ππππ, compatível com a estrutura de Lewis :N≡N:. A TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA MOLÉCULAS POLIATÔMICAS � Considerando a molécula de HHHH2222OOOO: � A configuração eletrônica de valência de um átomo de hidrogênio é 1s1 e a do átomo de O é 2s22p 22p 12p 1.é 2s22px22py12pz1. � Os dois elétrons desemparelhados nos orbitais O2p podem cada um emparelhar com um elétron de um orbital H1s. � Cada combinação resulta na formação de uma ligação σ (cada ligação tem simetria cilíndrica em torno do respectivo eixo internuclear O–H). A TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA MOLÉCULAS POLIATÔMICAS � Os orbitais 2py e 2pz encontram-se a 90º um em relação ao outro, as duas ligações σ também encontram-se a 90º uma em relação a outra. � Pode-se prever, portanto, que a molécula da água deve ser angular, como de fato é. � Entretanto, a teoria prevê um ângulo de 90909090ºººº, enquanto o ângulo de ligação real é 104104104104,,,,5555ºººº. � NH3 (piramidal trigonal – 90º) – 107º. A TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA MOLÉCULAS POLIATÔMICAS � Uma outra deficiência da teoria LV é a sua incapacidade de explicar a tetravalênciatetravalênciatetravalênciatetravalência dodododo carbonocarbonocarbonocarbono, a sua capacidade de formar quatro ligações.ligações. � A configuração do estado fundamental do C é 2s22px12py1, o que sugere que um átomo de C deveria ser capaz de formar somente duas ligações e não quatro. � Estas deficiências são superadas pela introdução de dois aspectos novos, a promoçãopromoçãopromoçãopromoção e a hibridizaçãohibridizaçãohibridizaçãohibridização. A TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA MOLÉCULAS POLIATÔMICAS PromoçãoPromoçãoPromoçãoPromoçãoPromoçãoPromoçãoPromoçãoPromoção � PromoçãoPromoçãoPromoçãoPromoção é a excitação de um elétron para um orbital de maior energia durante aum orbital de maior energia durante a formação da ligação. � Ex.: no carbono, a promoção de um elétron 2s para um orbital 2p pode ser imaginado como que conduzindo à configuração 2s11112px11112py11112pz1111. A TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA MOLÉCULAS POLIATÔMICAS � Esses elétrons podem emparelhar-se com quatro elétrons de quatro outros átomos e formar quatro ligações. � A promoção e a formação de quatro ligações é� A promoção e a formação de quatro ligações é uma característica particular do C e de seus congêneres do GrupoGrupoGrupoGrupo 14141414, pois a energia de promoção é relativamente pequena. � O elétron promovido abandona um orbital ns duplamente ocupado e entre em um orbital np vazio, diminuindo a repulsãorepulsãorepulsãorepulsão elétronelétronelétronelétron----elétronelétronelétronelétron que ele experimenta no estado fundamental. A TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA MOLÉCULAS POLIATÔMICAS HibridizaçãoHibridizaçãoHibridizaçãoHibridizaçãoHibridizaçãoHibridizaçãoHibridizaçãoHibridização � A descrição da ligação nas moléculas ABABABAB4444 do Grupo 14 está ainda incompleta, porque parece indicar a presença de três ligações σ de umindicar a presença de três ligações σ de um tipo (formadas pelos orbitais φφφφBBBB e φφφφAAAA2222pppp) e uma quarta ligação σ de características distintamente diferentes (formada pelos orbitais φφφφBBBB e φφφφAAAA2222ssss), enquanto todas as evidências (comprimento, força e forma de ligação) apontam para a equivalência das quatro ligaçõesAAAA––––BBBB, como no CH4. A TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA MOLÉCULAS POLIATÔMICAS � Esse problema é superado percebendo-se que a distribuição da densidade eletrônica no átomo onde ocorreu a promoção é equivalenteátomo onde ocorreu a promoção é equivalente à densidade eletrônica na qual cada elétron ocupa um orbitalorbitalorbitalorbital híbridohíbridohíbridohíbrido formado pela interferência, ou “mistura”, entre os orbitais A2s e A2p. A TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA MOLÉCULAS POLIATÔMICAS � A origem da hibridização pode ser apreciada imaginando-se os quatro orbitais atômicos, que são ondas centradas em um núcleo, comoque são ondas centradas em um núcleo, como sendo a propagação de ondulações partindo de um único ponto na superfície de um lago: as ondas interferem destrutivamente e construtivamente em diferentes regiões, dando origem a quatroquatroquatroquatro novasnovasnovasnovas formasformasformasformas. A TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA MOLÉCULAS POLIATÔMICAS � As combinaçõescombinaçõescombinaçõescombinações lineareslineareslineareslineares específicasespecíficasespecíficasespecíficas que dão origem aos quatro orbitais híbridos equivalentes são:equivalentes são: hhhh1111 ==== ssss ++++ ppppxxxx ++++ ppppyyyy ++++ ppppzzzz hhhh2222 ==== ssss ---- ppppxxxx ---- ppppyyyy ++++ ppppzzzz hhhh3333 ==== ssss ---- ppppxxxx ++++ ppppyyyy ---- ppppzzzz hhhh4444 ==== ssss ++++ ppppxxxx ---- ppppyyyy ---- ppppzzzz A TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA MOLÉCULAS POLIATÔMICAS � Como resultado da interferência entre os orbitais componentes, cada orbital híbrido consiste em um lóbulo grande apontando na direção de um dos vértices de um tetraedrotetraedrotetraedrotetraedrodireção de um dos vértices de um tetraedrotetraedrotetraedrotetraedro regularregularregularregular e um lóbulo menor apontando na direção oposta. � O ângulo entre os eixos dos orbitais híbridos é o ânguloânguloânguloângulo tetraédrico,tetraédrico,tetraédrico,tetraédrico, 109109109109,,,,47474747ºººº. � Uma vez que cada orbital híbrido é formado por um orbital s e três orbitais p, eles são chamados de orbitaisorbitaisorbitaisorbitais híbridoshíbridoshíbridoshíbridos spspspsp3333. A TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA MOLÉCULAS POLIATÔMICAS � Cada orbital híbrido do átomo de carbono promovido contém um único elétron desemparelhado. Um elétron no φφφφ pode emparelhar-se com� Um elétron no φφφφHHHH1111ssss pode emparelhar-se com cada um destes orbitais, originando uma ligação σ apontando numa direção tetraédrica. � Uma vez que cada orbital híbrido sp3 tem a mesma composição, todas as quatroquatroquatroquatro ligaçõesligaçõesligaçõesligações σσσσ sãosãosãosão idênticasidênticasidênticasidênticas, exceto pelas suas orientações no espaço. A TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA MOLÉCULAS POLIATÔMICAS � Um orbital híbrido possui uma amplitude maior na região internuclear; como resultado dessa maior amplitude, aaaa forçaforçaforçaforça dededede ligaçãoligaçãoligaçãoligação é maior domaior amplitude, aaaa forçaforçaforçaforça dededede ligaçãoligaçãoligaçãoligação é maior do que para um orbital s ou p sozinhos. � Este aumento na força de ligação é um outro fator que ajuda a compensar a energia de promoção. A TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA MOLÉCULAS POLIATÔMICAS � Orbitais híbridos de diferentes composições são usados para produzirem as diferentes geometria moleculares e para fornecer uma basebasebasebase paraparaparapara aaaa descriçãodescriçãodescriçãodescrição LVLVLVLV. � ExExExEx....: a hibridização spspspsp2222 é usada para produzir a distribuição eletrônica necessária para as espécies trigonais planas, tais como no BBBB do BF3 e no NNNN do NO3-, e a hibridização spspspsp produz uma distribuição linear. A TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA H IBRIDIZAÇÃO E GEOMETRIA Alguns exemplos: � H2O e SO2 têm mesma geometria molecular, entretanto a hibridização do oxigênio da águaentretanto a hibridização do oxigênio da água é spspspsp3333 enquanto a do enxofre é spspspsp2222. � PCl5 e SF4 têm geometrias moleculares diferentes, entretanto a hibridização do fósforo e o do enxofre são spspspsp3333dddd. A TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA H IBRIDIZAÇÃO E GEOMETRIA � A hibridizaçãohibridizaçãohibridizaçãohibridização dodododo átomoátomoátomoátomo centralcentralcentralcentral de uma dada molécula somente poderá ser determinada conhecendo-se a geometria dos pares totaisconhecendo-se a geometria dos pares totais desse átomo central (arranjoarranjoarranjoarranjo básicobásicobásicobásico), nunca a partir da geometria molecular. � Ex.: XeF2 e CO2 têm geometria molecular linear, entretanto a hibridização do Xe é sp3d enquanto a do C é sp. A TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA H IBRIDIZAÇÃO E GEOMETRIA Ligações ππππ: � A hibridizaçãohibridizaçãohibridizaçãohibridização e a geometriageometriageometriageometria molecularmolecularmolecularmolecular de uma dada espécie podem ser determinadas auma dada espécie podem ser determinadas a partir da geometria dos pares de elétrons em torno do átomo central dessa espécie, que é prevista pela teoriateoriateoriateoria dededede repulsãorepulsãorepulsãorepulsão dosdosdosdos paresparesparespares dededede elétronselétronselétronselétrons dodododo nívelnívelnívelnível dededede valênciavalênciavalênciavalência. A TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA H IBRIDIZAÇÃO E GEOMETRIA Ligações ππππ: � No entanto, observa-se que nem sempre todos os orbitais de valência do átomo central foram utilizados na hibridização.foram utilizados na hibridização. � Estes orbitais não hibridizados que não foram utilizados para alojar pares de elétrons isolados ou compartilhados em ligações do tipo sigma (σ), são considerados orbitaisorbitaisorbitaisorbitais purospurospurospuros, e caso seja necessário, poderão ser usados para efetuar ligaçõesligaçõesligaçõesligações dodododo tipotipotipotipo pipipipi ((((ππππ)))). A TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA H IBRIDIZAÇÃO E GEOMETRIA Ligações ππππ: �� LigaçõesLigaçõesLigaçõesLigaçõesLigaçõesLigaçõesLigaçõesLigações pipipipipipipipi ((((((((ππππππππ)))))))) poderãopoderãopoderãopoderãopoderãopoderãopoderãopoderão serserserserserserserser feitasfeitasfeitasfeitasfeitasfeitasfeitasfeitas apenasapenasapenasapenasapenasapenasapenasapenas comcomcomcomcomcomcomcom orbitaisorbitaisorbitaisorbitaisorbitaisorbitaisorbitaisorbitais purospurospurospurospurospurospurospuros (não(não(não(não(não(não(não(não hibridizados)hibridizados)hibridizados)hibridizados)hibridizados)hibridizados)hibridizados)hibridizados) dodododododododo átomoátomoátomoátomoátomoátomoátomoátomoorbitaisorbitaisorbitaisorbitaisorbitaisorbitaisorbitaisorbitais purospurospurospurospurospurospurospuros (não(não(não(não(não(não(não(não hibridizados)hibridizados)hibridizados)hibridizados)hibridizados)hibridizados)hibridizados)hibridizados) dodododododododo átomoátomoátomoátomoátomoátomoátomoátomo centralcentralcentralcentralcentralcentralcentralcentral........ � Ex.: CO2 – linear – sp SO2 – trigonal plana – sp2 TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES � Generalizamos agora a descrição dos orbitaisorbitaisorbitaisorbitais atômicosatômicosatômicosatômicos dos átomo para uma descrição dos orbitaisorbitaisorbitaisorbitais molecularesmolecularesmolecularesmoleculares (OM) das moléculas, nosorbitaisorbitaisorbitaisorbitais molecularesmolecularesmolecularesmoleculares (OM) das moléculas, nos quais os elétrons se espalham sobre todos os átomos de uma molécula e se ligam a todos eles. � Consideraremos inicialmente as moléculas e os íons diatômicos homonucleares formados por dois átomos de um mesmo elemento. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES AS APROXIMAÇÕES DA TEORIA � Como na descrição das estruturas eletrônicas dos átomos, iniciamos fazendo a aproximaçãoaproximaçãoaproximaçãoaproximação orbitalorbitalorbitalorbital, na qual assumimos que a função deorbitalorbitalorbitalorbital, na qual assumimos que a função de onda, ΨΨΨΨΨΨΨΨ, dos N elétrons da molécula pode ser escrita como um produto de funções de onda de um elétron: ΨΨΨΨ ==== ψψψψ((((1111)))) ψψψψ((((2222)))) ............ψψψψ((((NNNN)))). � Estas funções de onda de um elétron são os orbitaisorbitaisorbitaisorbitais molecularesmolecularesmolecularesmoleculares da teoria. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES AS APROXIMAÇÕES DA TEORIA � Assim como para os átomos, o quadrado de uma função de onda de um elétron nos dá a distribuiçãodistribuiçãodistribuiçãodistribuição dededede probabilidadeprobabilidadeprobabilidadeprobabilidade para este elétrondistribuiçãodistribuiçãodistribuiçãodistribuição dededede probabilidadeprobabilidadeprobabilidadeprobabilidade para este elétron na molécula: um elétron em um orbital molecular tem maiormaiormaiormaior probabilidadeprobabilidadeprobabilidadeprobabilidade de ser encontrado onde o orbital tem uma grande amplitude e não será encontrado em qualquer dos seu nós. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES AS APROXIMAÇÕES DA TEORIA � Quando um elétron está próximo do núcleo de um átomo, sua função de onda assemelha-se à de um orbital atômico daquele átomo.à de um orbital atômico daquele átomo. � Ex.: quando um elétron está próximo do núcleo de um átomo de H de uma molécula, sua função de onda é semelhante à do orbital 1s daquele átomo. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES AS APROXIMAÇÕES DA TEORIA � Uma primeira aproximação do orbital molecular pode ser construída sobrepondosobrepondosobrepondosobrepondo orbitaisorbitaisorbitaisorbitais atômicosatômicosatômicosatômicos quequequeque contribuemcontribuemcontribuemcontribuem paraparaparapara oooo OMOMOMOM. � Este modelo de orbital molecular, em termos� Este modelo de orbital molecular, em termos dos orbitais atômicos contribuintes, é chamado de aproximação da combinaçãocombinaçãocombinaçãocombinação linearlinearlinearlinear dosdosdosdos orbitaisorbitaisorbitaisorbitais atômicosatômicosatômicosatômicos ((((CLOACLOACLOACLOACLOACLOACLOACLOA)))). � Orbitais atômicos de átomos contribuintes podem combinar-se para formar os orbitais moleculares que se estendem por toda a molécula. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES AS APROXIMAÇÕES DA TEORIA � Somente os orbitais atômicos da camada de valência são usados para formar os orbitais moleculares. Uma vez que o H é uma molécula diatômica� Uma vez que o H2 é uma molécula diatômica homonuclear, os seus elétrons têm probabilidades iguais de serem encontrados próximos a ambos os núcleos, de forma que a combinação linear que produz a menor energia terá contribuições iguais de cada orbital 1s (c2A = c2B). TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES AS APROXIMAÇÕES DA TEORIA � Especificamente, os coeficientes no orbital molecular não normalizados são ccccAAAA ==== ccccBBBB ==== 1111 e BA φφψ +=+ � A combinação que corresponde ao próximo orbital de energia mais alta também tem contribuições iguais de cada orbital 1s (c2A = c2B), mas os coeficientes têm sinais opostos (ccccAAAA ==== ++++1111,,,, ccccBBBB ==== ----1111). BA φφψ −=− TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES AS APROXIMAÇÕES DA TEORIA � Os sinaissinaissinaissinais relativosrelativosrelativosrelativos dosdosdosdos coeficientescoeficientescoeficientescoeficientes nananana CLOACLOACLOACLOA têm um papel muito importante na determinação das energias dos orbitais. � Os sinais relativos determinam se os orbitais atômicos interferem construtiva ou destrutivamente em diferentes regiões da molécula e, portanto, se conduzem a um aumento ou redução da densidade eletrônica nestas regiões. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES AS APROXIMAÇÕES DA TEORIA � Desse modo, dois orbitais moleculares podem ser construídos a partir de dois orbitais atômicos. Em geral, NNNN orbitaisorbitaisorbitaisorbitais molecularesmolecularesmolecularesmoleculares podem ser� Em geral, NNNN orbitaisorbitaisorbitaisorbitais molecularesmolecularesmolecularesmoleculares podem ser construídos a partir de um conjunto de base de NNNN orbitaisorbitaisorbitaisorbitais atômicosatômicosatômicosatômicos. � Ex.: se usarmos os quatro orbitais de valência de cada um dos átomos de O do O2, então de um total de oito orbitais atômicos poderemos construir oito orbitais moleculares. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES AS APROXIMAÇÕES DA TEORIA � AsAsAsAs mesmasmesmasmesmasmesmas regrasregrasregrasregras quequequeque sãosãosãosão usadasusadasusadasusadas paraparaparapara preencherpreencherpreencherpreencher comcomcomcom elétronselétronselétronselétrons osososos orbitaisorbitaisorbitaisorbitais atômicosatômicosatômicosatômicos sesesese aplicamaplicamaplicamaplicam paraparaparapara preencherpreencherpreencherpreencher osososos orbitaisorbitaisorbitaisorbitais molecularesmolecularesmolecularesmoleculares. O padrão geral das energias dos orbitais� O padrão geral das energias dos orbitais moleculares formados a partir de N orbitais atômicos é que um orbital molecular fica com energiaenergiaenergiaenergia abaixoabaixoabaixoabaixo daquela dos orbitais atômicos dos quais ele é formado, um fica com energiaenergiaenergiaenergia acimaacimaacimaacima daqueles que o originaram e os restantes ficam distribuídosdistribuídosdistribuídosdistribuídos entreentreentreentre essesessesessesesses doisdoisdoisdois extremosextremosextremosextremos. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES ORBITAIS L IGANTES E ANTILIGANTES � O orbital ψ+ é um exemplo de um orbitalorbitalorbitalorbital liganteliganteliganteligante. � É assim chamado porque se este orbital estiver ocupado por elétrons a energia daestiver ocupado por elétrons a energia da molécula será menor do que aquela dos átomos separados. � O caráter ligante de ψ+ é atribuído à interferência construtiva entre os dois orbitais atômicos e ao aumento da amplitude entre os dois núcleos que isto causa. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES ORBITAIS L IGANTES E ANTILIGANTES � Um elétron que ocupe o ψ+ tem uma maior probabilidade de ser encontrado na região internuclear e pode interagir fortemente com ambos os núcleos.ambos os núcleos. � Logo, a sobreposiçãosobreposiçãosobreposiçãosobreposição orbitalorbitalorbitalorbital, que é o espalhamento de um orbital na região ocupada por outro, conduz ao aumento da probabilidade dos elétrons serem encontrados na região internuclear, sendo tida como a origem da força das ligações. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES ORBITAIS L IGANTES E ANTILIGANTES � O orbital ψ- é um exemplo de um orbitalorbitalorbitalorbital antiliganteantiliganteantiliganteantiligante. � É assim chamado porque se este orbital estiver ocupado por elétrons a energia daestiver ocupado por elétrons a energia da molécula será maior do que aquela dos átomos separados. � A maior energia de um elétron nesse orbital se origina da interferência destrutiva entre os dois orbitais atômicos, que cancelam suas amplitudes, dando origem a um planoplanoplanoplano nodalnodalnodalnodal entre os dois núcleos. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES ORBITAIS L IGANTES E ANTILIGANTES � Elétrons que ocupam o ψ- estão significativamente excluídos da região internuclear e são forçados a ocupar posições energeticamente menos favoráveis.energeticamente menos favoráveis. � A energia de um orbital molecular em uma molécula poliatômica é tanto maior quanto mais nósnósnósnós ele possuir. � Este aumento de energia reflete o aumento da exclusão dos elétrons das regiões entre os núcleos. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES ORBITAIS L IGANTES E ANTILIGANTES � As energias dos dois orbitais moleculares do H2 são mostradas na figura seguinte, a qual é um exemplo de um diagrama dos níveis de energia dos orbitais moleculares.energia dos orbitais moleculares. � Um diagramadiagramadiagramadiagrama dosdosdosdos níveisníveisníveisníveis dededede energiaenergiaenergiaenergia dosdosdosdos orbitaisorbitaisorbitaisorbitais molecularesmolecularesmolecularesmoleculares é um diagrama que apresenta as energias relativas dos orbitais moleculares. � Os dois elétrons ocupam o orbital molecular de menor energia. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES ORBITAIS L IGANTES E ANTILIGANTES � O princípio da exclusão de Pauli limita a dois o número de elétrons que podem ocupar qualquer orbital molecular e requer que estes dois elétrons estejam emparelhados((((((((↑↓↑↓↑↓↑↓↑↓↑↓↑↓↑↓)))))))).estejam emparelhados ((((((((↑↓↑↓↑↓↑↓↑↓↑↓↑↓↑↓)))))))). � O princípio da exclusão é a origem da importância do par de elétrons na formaçãoformaçãoformaçãoformação dededede umaumaumauma ligaçãoligaçãoligaçãoligação nananana teoriateoriateoriateoria OMOMOMOM, da mesma forma como na LV. � No contexto da teoria OM, doisdoisdoisdois é o número máximo de elétrons que podem ocupar um orbital que contribui para a estabilidadeestabilidadeestabilidadeestabilidade dadadada moléculamoléculamoléculamolécula. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES ORBITAIS L IGANTES E ANTILIGANTES � A molécula de H2 tem uma energia menor que a dos átomos separados porque os dois elétrons podem ocupar o orbital ψ+ e ambos podem contribuir para a redução da suapodem contribuir para a redução da sua energia. � Uma ligação mais fraca pode ser esperada se apenas um elétron está presente no orbital ligante; apesar disso, o HHHH2222++++ é conhecido como um íon transiente em fase gasosa. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES ORBITAIS L IGANTES E ANTILIGANTES � Três elétrons, como no HHHH2222----, são menos efetivos do que dois elétrons porque o terceiro elétron deve ocupar o orbital antiligante ψ-, consequentemente desestabilizando aconsequentemente desestabilizando a molécula. � Além dos orbitais ligantes e antiligantes é possível gerar um orbital molecular que tenha a mesma energia que os orbitais atômicos originais. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES ORBITAIS L IGANTES E ANTILIGANTES � A ocupação deste orbital não estabiliza nem desestabiliza a molécula, de forma que ele é denominado um orbitalorbitalorbitalorbital nãonãonãonão----liganteliganteliganteligante.denominado um orbitalorbitalorbitalorbital nãonãonãonão----liganteliganteliganteligante. � Geralmente, um orbital não-ligante é um orbital molecular que consiste em um único orbital em um átomo, talvez porque não existia um orbital atômico no átomo vizinho com a simetria correta para ele se sobrepor. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES MOLÉCULAS D IATÔMICAS HOMONUCLEARES � Uma das mais diretas visualizações da estrutura eletrônica é obtida pela espectroscopiaespectroscopiaespectroscopiaespectroscopia fotoeletrônicafotoeletrônicafotoeletrônicafotoeletrônica nananana regiãoregiãoregiãoregião dodododoespectroscopiaespectroscopiaespectroscopiaespectroscopia fotoeletrônicafotoeletrônicafotoeletrônicafotoeletrônica nananana regiãoregiãoregiãoregião dodododo ultravioletaultravioletaultravioletaultravioleta, na qual os elétrons são ejetados dos orbitais que eles ocupam nas moléculas e as suas energias são determinadas. � O espectro nos dá uma vívida visualização dos níveisníveisníveisníveis dededede energiaenergiaenergiaenergia dosdosdosdos orbitaisorbitaisorbitaisorbitais molecularesmolecularesmolecularesmoleculares da molécula. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES MOLÉCULAS D IATÔMICAS HOMONUCLEARES Os OrbitaisOs OrbitaisOs OrbitaisOs Orbitais � Como a teoria do orbital molecular pode esclarecer as características reveladas pelaesclarecer as características reveladas pela espectroscopiaespectroscopiaespectroscopiaespectroscopia fotoeletrônicafotoeletrônicafotoeletrônicafotoeletrônica e outras técnicas, que são usadas para estudar moléculas diatômicas? � O ponto inicial da discussão teórica é o conjuntoconjuntoconjuntoconjuntoconjuntoconjuntoconjuntoconjunto dededededededede basebasebasebasebasebasebasebase mínimomínimomínimomínimomínimomínimomínimomínimo. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES MOLÉCULAS D IATÔMICAS HOMONUCLEARES Os OrbitaisOs OrbitaisOs OrbitaisOs Orbitais � O conjuntoconjuntoconjuntoconjunto dededede basebasebasebase mínimomínimomínimomínimo é o menor conjunto de orbitais atômicos a partir do qual orbitais moleculares úteis podem serorbitais moleculares úteis podem ser formados. � Para as moléculas diatômicas do Segundo Período (Ex. O2, F2), o conjunto de base mínimo consiste em um orbital de valência s e três orbitais de valência p em cada átomo, resultando num total de oito orbitais atômicos. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES MOLÉCULAS D IATÔMICAS HOMONUCLEARES Os OrbitaisOs OrbitaisOs OrbitaisOs Orbitais � Veremos agora como o conjunto de base mínimo de oito orbitais atômicos da camada de valência (quatro de cada átomo, um s ede valência (quatro de cada átomo, um s e três p) é usado para construir oito orbitais moleculares. � Usaremos o princípio de Pauli para prever as configurações eletrônicas do estado fundamental das moléculas. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES MOLÉCULAS D IATÔMICAS HOMONUCLEARES Os OrbitaisOs OrbitaisOs OrbitaisOs Orbitais � As energias dos orbitais atômicos que formam o conjunto de base são mostrados em cada lado do diagrama de orbitais moleculares dalado do diagrama de orbitais moleculares da figura seguinte. � São formados orbitaisorbitaisorbitaisorbitais σσσσ pela sobreposição dos orbitais atômicos que têm simetria cilíndrica em torno do eixo internuclear, o qual é chamado de zzzz. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES MOLÉCULAS D IATÔMICAS HOMONUCLEARES Os OrbitaisOs OrbitaisOs OrbitaisOs Orbitais � A notação σσσσσσσσ significa que o orbital tem simetria cilíndrica.cilíndrica. � Entre os orbitais atômicos que podem formar orbitais σ temos os orbitais 2s e 2pz nos dois átomos. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES MOLÉCULAS D IATÔMICAS HOMONUCLEARES Os OrbitaisOs OrbitaisOs OrbitaisOs Orbitais � Com estes quatro orbitais (os orbitais 2s e 2pz do átomo A e os orbitais correspondentes do átomo B) com simetria cilíndrica, podemosátomo B) com simetria cilíndrica, podemos construir quatro orbitais moleculares σ, dos quais se originam predominantemente das interações entre os dois orbitais 2s e dois das interações entre os orbitais 2pz. � Estes orbitais moleculares são indicados por 11111111σσσσσσσσgggggggg,,,,,,,, 11111111σσσσσσσσuuuuuuuu,,,,,,,, 22222222σσσσσσσσgggggggg eeeeeeee 22222222σσσσσσσσuuuuuuuu, respectivamente. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES MOLÉCULAS D IATÔMICAS HOMONUCLEARES Os OrbitaisOs OrbitaisOs OrbitaisOs Orbitais � Os dois orbitais 2p remanescentes em cada átomo, os quais têm um plano nodal contendoátomo, os quais têm um plano nodal contendo o eixo z, se sobrepõem para formar orbitaisorbitaisorbitaisorbitais ππππ. � OrbitaisOrbitaisOrbitaisOrbitais ππππ ligantesligantesligantesligantes eeee antiligantesantiligantesantiligantesantiligantes podem ser formados pela sobreposição mútua de dois orbitais 2222ppppxxxx e também pela sobreposição mútua de dois orbitais 2222ppppyyyy. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES MOLÉCULAS D IATÔMICAS HOMONUCLEARES Os OrbitaisOs OrbitaisOs OrbitaisOs Orbitais � Este padrão de sobreposição origina dois pares de níveis de energia duplamente degenerados (dois níveis de energia de mesma energia),(dois níveis de energia de mesma energia), indicados, na figura, por 1111ππππuuuu eeee 1111ππππgggg. � Para moléculas diatômicas homonucleares, é algumas vezes conveniente identificar a simetriasimetriasimetriasimetria dosdosdosdos orbitaisorbitaisorbitaisorbitais molecularesmolecularesmolecularesmoleculares em relação ao seu comportamento quando sujeito à inversãoinversãoinversãoinversão através do centro da molécula. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES MOLÉCULAS D IATÔMICAS HOMONUCLEARES Os OrbitaisOs OrbitaisOs OrbitaisOs Orbitais � A operação de inversãoinversãoinversãoinversão consiste em iniciar em um ponto arbitrário na molécula, caminharum ponto arbitrário na molécula, caminhar numa linha reta em direção ao centro da molécula e então continuar por uma distância igual para o outro lado do centro. � O orbital é designado gggggggg (gerade, par) se ele ficar inalterado após a inversão, e uuuuuuuu (ungerade, impar) se ele mudar de sinal. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES MOLÉCULAS D IATÔMICAS HOMONUCLEARES Os OrbitaisOs OrbitaisOs OrbitaisOs Orbitais � Então, um orbital σσσσ liganteliganteliganteligante éééé gggg e um orbitalorbitalorbitalorbital σσσσ antiliganteantiliganteantiliganteantiligante éééé uuuu.antiliganteantiliganteantiliganteantiliganteéééé uuuu. � Por outro lado, um orbitalorbitalorbitalorbital ππππ liganteliganteliganteligante éééé uuuu e um orbitalorbitalorbitalorbital ππππ antiliganteantiliganteantiliganteantiligante éééé gggg. � Note que os orbitais σσσσgggg são numerados separadamente dos orbitais σσσσuuuu, e da mesma forma para os orbitais π. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES MOLÉCULAS D IATÔMICAS HOMONUCLEARES Os OrbitaisOs OrbitaisOs OrbitaisOs Orbitais � Do Li2 até o N2 o arranjo dos orbitais é aquele mostrado na figura 2.18, enquanto que do Omostrado na figura 2.18, enquanto que do O2 ao F2 aaaa ordemordemordemordem dosdosdosdos orbitaisorbitaisorbitaisorbitais σσσσ eeee ππππ éééé invertidainvertidainvertidainvertida e o arranjo é aquele mostrado na figura 2.14. � Esta inversão de ordem pode ser atribuída ao aumentoaumentoaumentoaumento dadadada separaçãoseparaçãoseparaçãoseparação entreentreentreentre osososos orbitaisorbitaisorbitaisorbitais 2222ssss eeee 2222pppp que ocorre ao se ir para a direita ao longo do segundo período. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES MOLÉCULAS D IATÔMICAS HOMONUCLEARES Os OrbitaisOs OrbitaisOs OrbitaisOs Orbitais � Ao considerarmos espécies contendo dois átomos do blocoblocoblocobloco dddd, como no Hg 2+, tambémátomos do blocoblocoblocobloco dddd, como no Hg22+, também devemos considerar a possibilidade de formação de ligações envolvendo orbitais d. � Um orbital ddddzzzz2222 tem um simetria cilíndrica em relação ao eixo internuclear (z), e assim pode contribuir para os orbitais σ que são formados a partir dos orbitais s e pz. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES MOLÉCULAS D IATÔMICAS HOMONUCLEARES Os OrbitaisOs OrbitaisOs OrbitaisOs Orbitais � Os orbitais dyz e dzx se parecem como orbitais p quando vistos ao longo do eixo internuclear, e assim podem contribuir para os orbitais πe assim podem contribuir para os orbitais π formados a partir dos pz e py. � Os orbitais dx2-y2 e dxy não têm semelhança com os orbitais discutidos até agora. Estes dois orbitais podem se sobrepor com orbitais idênticos em outro átomo, originando pares duplamente degenerados de orbitaisorbitaisorbitaisorbitais δδδδ, ligantes e antiligantes. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES MOLÉCULAS D IATÔMICAS HOMONUCLEARES O Princípio do Preenchimento para MoléculasO Princípio do Preenchimento para MoléculasO Princípio do Preenchimento para MoléculasO Princípio do Preenchimento para Moléculas � Usamos o princípioprincípioprincípioprincípio dodododo preenchimentopreenchimentopreenchimentopreenchimento em conjunto com o diagrama dos níveis deconjunto com o diagrama dos níveis de energia dos orbitais moleculares da mesma forma como fazemos para os átomos. � A ordem de ocupação dos orbitais é a ordem do aumento de energia. � Cada orbital pode acomodar até dois elétrons. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES MOLÉCULAS D IATÔMICAS HOMONUCLEARES O Princípio do Preenchimento para MoléculasO Princípio do Preenchimento para MoléculasO Princípio do Preenchimento para MoléculasO Princípio do Preenchimento para Moléculas � Se mais do que um orbital estiver disponível para ser ocupado, então os orbitais sãopara ser ocupado, então os orbitais são ocupados separadamente. � Neste caso, os elétrons nos orbitais semipreenchidos adotam spins paralelos (↑↑↑↑↑↑↑↑), como é exigido pela regra de Hund para os átomos. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES MOLÉCULAS D IATÔMICAS HOMONUCLEARES O Princípio do Preenchimento para MoléculasO Princípio do Preenchimento para MoléculasO Princípio do Preenchimento para MoléculasO Princípio do Preenchimento para Moléculas � Com poucas exceções, essas regras conduzem à configuração real do estadoestadoestadoestadoconduzem à configuração real do estadoestadoestadoestado fundamentalfundamentalfundamentalfundamental das moléculas diatômicas do segundo período. � Ex.: A configuração eletrônica do N2, com 10 elétrons de valência, é: NNNN2222: 1111σσσσgggg22221111σσσσuuuu22221111ππππuuuu44442222σσσσgggg2222 TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES MOLÉCULAS D IATÔMICAS HOMONUCLEARES O Princípio do Preenchimento para MoléculasO Princípio do Preenchimento para MoléculasO Princípio do Preenchimento para MoléculasO Princípio do Preenchimento para Moléculas � O orbitalorbitalorbitalorbital molecularmolecularmolecularmolecular ocupadoocupadoocupadoocupado dededede maismaismaismais altaaltaaltaalta energiaenergiaenergiaenergia (HOMOHOMOHOMOHOMO) é o orbital molecular que, deenergiaenergiaenergiaenergia (HOMOHOMOHOMOHOMO) é o orbital molecular que, de acordo com o princípio do preenchimento, é o último a ser ocupado. � O orbitalorbitalorbitalorbital molecularmolecularmolecularmolecular desocupadodesocupadodesocupadodesocupado dededede maismaismaismais baixabaixabaixabaixa energiaenergiaenergiaenergia (LUMOLUMOLUMOLUMO) é o próximo orbital molecular de maior energia. � São chamados de orbitaisorbitaisorbitaisorbitais dededede fronteirafronteirafronteirafronteira. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES MOLÉCULAS D IATÔMICAS HOMONUCLEARES ExercíciosExercíciosExercíciosExercícios 1- Preveja as configurações eletrônicas do estado1- Preveja as configurações eletrônicas do estado fundamental da molécula de oxigênio, O2, do íon superóxido, O2 -, e do íon peróxido, O2 2-. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES MOLÉCULAS D IATÔMICAS HETERONUCLEARES � Os orbitais moleculares das moléculasmoléculasmoléculasmoléculas diatômicasdiatômicasdiatômicasdiatômicas heteronuclearesheteronuclearesheteronuclearesheteronucleares diferem daqueles das moléculas diatômicas homonucleares por terem contribuiçõescontribuiçõescontribuiçõescontribuições desiguaisdesiguaisdesiguaisdesiguais de cada orbitalterem contribuiçõescontribuiçõescontribuiçõescontribuições desiguaisdesiguaisdesiguaisdesiguais de cada orbital atômico. � Cada orbital molecular tem a forma: como nas moléculas homonucleares. ...++= BBAA cc φφψ TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES MOLÉCULAS D IATÔMICAS HETERONUCLEARES � Em comparação com os orbitais das espécies homonucleares, os coeficientes ccccAAAA e ccccBBBB nãonãonãonão sãosãosãosão necessariamente iguaisiguaisiguaisiguais em magnitude.sãosãosãosão necessariamente iguaisiguaisiguaisiguais em magnitude. � Se ccccccccAAAAAAAA22222222 >>>>>>>> ccccccccBBBBBBBB22222222, o orbital é composto principalmente de φA, e um elétron que ocupe este orbital molecular é mais provável de ser encontrado próximo ao átomo A do que B. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES MOLÉCULAS D IATÔMICAS HETERONUCLEARES � Em moléculas diatômicas heteronucleares, o elemento maismaismaismais eletronegativoeletronegativoeletronegativoeletronegativo apresenta uma maiormaiormaiormaior contribuiçãocontribuiçãocontribuiçãocontribuição paraparaparapara osososos orbitaisorbitaisorbitaisorbitais ligantesligantesligantesligantes e omaiormaiormaiormaior contribuiçãocontribuiçãocontribuiçãocontribuição paraparaparapara osososos orbitaisorbitaisorbitaisorbitais ligantesligantesligantesligantes e o elemento menosmenosmenosmenos eletronegativoeletronegativoeletronegativoeletronegativo apresenta uma contribuiçãocontribuiçãocontribuiçãocontribuição maiormaiormaiormaior paraparaparapara osososos orbitaisorbitaisorbitaisorbitais antiligantesantiligantesantiligantesantiligantes. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES MOLÉCULAS D IATÔMICAS HETERONUCLEARES Orbitais Moleculares Orbitais Moleculares Orbitais Moleculares Orbitais Moleculares HeteronuclearesHeteronuclearesHeteronuclearesHeteronucleares � A maior contribuição para um orbital molecular ligante normalmente vem do átomo maisligante normalmente vem do átomo mais eletronegativo: osososos elétronselétronselétronselétrons ligantesligantesligantesligantes terãoterãoterãoterão umaumaumauma maiormaiormaiormaior probabilidadeprobabilidadeprobabilidadeprobabilidade dededede seremseremseremserem encontradosencontradosencontradosencontrados próximospróximospróximospróximos aaaa esteesteesteeste átomo,átomo,átomo,átomo, eeee consequentementeconsequentementeconsequentementeconsequentemente estarãoestarãoestarãoestarãoemememem umaumaumauma posiçãoposiçãoposiçãoposição energeticamenteenergeticamenteenergeticamenteenergeticamente favorávelfavorávelfavorávelfavorável. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES MOLÉCULAS D IATÔMICAS HETERONUCLEARES Orbitais Moleculares Orbitais Moleculares Orbitais Moleculares Orbitais Moleculares HeteronuclearesHeteronuclearesHeteronuclearesHeteronucleares � O caso extremo de uma ligaçãoligaçãoligaçãoligação covalentecovalentecovalentecovalente polarpolarpolarpolar, que é uma ligação covalente formada por um par de elétrons que está compartilhadopor um par de elétrons que está compartilhado de maneira desigual pelos dois átomos, é uma ligaçãoligaçãoligaçãoligação iônicaiônicaiônicaiônica. � Em uma ligação iônica, um átomo assume o controle completo sobre o par de elétrons. � O átomo menos eletronegativo normalmente contribui mais para um orbital antiliganteantiliganteantiliganteantiligante. ---- TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES MOLÉCULAS D IATÔMICAS HETERONUCLEARES Orbitais Moleculares Orbitais Moleculares Orbitais Moleculares Orbitais Moleculares HeteronuclearesHeteronuclearesHeteronuclearesHeteronucleares � Os elétronselétronselétronselétrons antiligantesantiligantesantiligantesantiligantes terão uma maior probabilidade de serem encontrados em uma posição energeticamente desfavorável, próximopróximopróximopróximo aoaoaoao átomoátomoátomoátomo menosmenosmenosmenos eletronegativoeletronegativoeletronegativoeletronegativo. � Um outra diferença entre as moléculas diatômicas homonucleares e heteronucleares deriva da diferençadiferençadiferençadiferença dededede energiaenergiaenergiaenergia entreentreentreentre osososos doisdoisdoisdois conjuntosconjuntosconjuntosconjuntos dededede orbitaisorbitaisorbitaisorbitais atômicosatômicosatômicosatômicos paraparaparapara asasasas últimasúltimasúltimasúltimas. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES MOLÉCULAS D IATÔMICAS HETERONUCLEARES Orbitais Moleculares Orbitais Moleculares Orbitais Moleculares Orbitais Moleculares HeteronuclearesHeteronuclearesHeteronuclearesHeteronucleares � Esta dependência da separação de energia implica que aaaa diminuiçãodiminuiçãodiminuiçãodiminuição dededede energiaenergiaenergiaenergia, comoimplica que aaaa diminuiçãodiminuiçãodiminuiçãodiminuição dededede energiaenergiaenergiaenergia, como resultado da sobreposição de orbitais atômicos de átomos diferentes em uma molécula heteronuclear, éééé menosmenosmenosmenos pronunciadapronunciadapronunciadapronunciada dodododo quequequeque emememem umaumaumauma moléculamoléculamoléculamolécula homonuclearhomonuclearhomonuclearhomonuclear, na qual os orbitais têm as mesmas energias. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES MOLÉCULAS D IATÔMICAS HETERONUCLEARES Fluoreto de HidrogênioFluoreto de HidrogênioFluoreto de HidrogênioFluoreto de Hidrogênio � Para ilustrar esses aspectos gerais, consideraremos uma molécula diatômica heteronuclear simples, o HFHFHFHF.heteronuclear simples, o HFHFHFHF. � Os cinco orbitais de valência disponíveis para a formação dos orbitais moleculares são o orbital 1111ssss do HHHH e os orbitais 2222ssss e 2222pppp do FFFF. � Há 1 + 7 elétrons de valência para serem acomodados nos cinco orbitais moleculares que podem ser construídos a partir dessa base de cinco orbitais. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES MOLÉCULAS D IATÔMICAS HETERONUCLEARES Fluoreto de HidrogênioFluoreto de HidrogênioFluoreto de HidrogênioFluoreto de Hidrogênio � O orbital ligante 11111111σσσσσσσσ tem um caráter predominante de F2s.predominante de F2s. � Ele está confinado principalmente ao átomo de F, sendo não-ligante. � O orbital 22222222σσσσσσσσ é mais ligante do que o orbital 1σ e tem um caráter tanto de H1s quanto de F2s. � O orbital 33333333σσσσσσσσ é antiligante e tem um caráter principalmente de H1s. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES MOLÉCULAS D IATÔMICAS HETERONUCLEARES Fluoreto de HidrogênioFluoreto de HidrogênioFluoreto de HidrogênioFluoreto de Hidrogênio � Dois dos elétrons de valência entram no orbital 2σ, formando uma ligação entre os dois2σ, formando uma ligação entre os dois átomos. � Os outros seis entram nos orbitais 1σ e 1π. � Estes dois orbitais são principalmente não- ligantes e confinados principalmente no átomo de F. � A configuração da molécula é: 1111σσσσ22222222σσσσ22221111ππππ4444. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES MOLÉCULAS D IATÔMICAS HETERONUCLEARES Fluoreto de HidrogênioFluoreto de HidrogênioFluoreto de HidrogênioFluoreto de Hidrogênio � Todos os elétronselétronselétronselétrons ocupam orbitaisorbitaisorbitaisorbitais que são predominantemente do átomo de FFFF.predominantemente do átomo de FFFF. � Como consequência, é esperado que a molécula de HFHFHFHF seja predominantemente polarpolarpolarpolar com uma carga parcial negativa no átomo de F, o que é verificado experimentalmente. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES MOLÉCULAS D IATÔMICAS HETERONUCLEARES Monóxido de CarbonoMonóxido de CarbonoMonóxido de CarbonoMonóxido de Carbono � O diagrama dos níveis de energia dos orbitais moleculares para o monóxidomonóxidomonóxidomonóxido dededede carbonocarbonocarbonocarbono émoleculares para o monóxidomonóxidomonóxidomonóxido dededede carbonocarbonocarbonocarbono é um pouco mais complicado do que o do HF porque ambos os átomos têm orbitais 2s e 2p que podem participar na formação dos orbitais σ e π. � A configuração do estado fundamental é: CO: 1111σσσσ22222222σσσσ22221111ππππ44443333σσσσ2222 TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES MOLÉCULAS D IATÔMICAS HETERONUCLEARES Monóxido de CarbonoMonóxido de CarbonoMonóxido de CarbonoMonóxido de Carbono � O HOMOHOMOHOMOHOMO no CO é o 3σ, o qual é principalmente um par isolado não-ligante noprincipalmente um par isolado não-ligante no átomo de C. � O LUMOLUMOLUMOLUMO é o par de orbitais π antiligantes, duplamente degenerado, com caráter principalmente do orbital C2p. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES MOLÉCULAS D IATÔMICAS HETERONUCLEARES Monóxido de CarbonoMonóxido de CarbonoMonóxido de CarbonoMonóxido de Carbono � Esta combinação de orbitaisorbitaisorbitaisorbitais dededede fronteirafronteirafronteirafronteira – um orbital σ completo localizado principalmente no C e um par de orbitais π vazios – é uma razãoC e um par de orbitais π vazios – é uma razão de por que a formação das carbonilas metálicas é um dos aspectos característicos dos metaismetaismetaismetais dddd: nas carbonilas dos metais d o par isolado do orbital HOMO do CO participa na formação de uma ligação σ e o orbital LUMO π antiligante participa na formação de ligações π com o átomo central. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES PROPRIEDADES DE L IGAÇÃO Ordem de LigaçãoOrdem de LigaçãoOrdem de LigaçãoOrdem de Ligação � A ordemordemordemordem dededede ligaçãoligaçãoligaçãoligação quantifica o número de ligações entre dois átomos no formalismo dosligações entre dois átomos no formalismo dos orbitais moleculares. � Quanto maior a ordem de ligação entre um dado par de átomos, maior é a forçaforçaforçaforça dadadada ligaçãoligaçãoligaçãoligação. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES PROPRIEDADES DE L IGAÇÃO Ordem de LigaçãoOrdem de LigaçãoOrdem de LigaçãoOrdem de Ligação � A ordem de ligação, bbbbbbbb, contabiliza um par de elétrons compartilhado entre dois átomos comoelétrons compartilhado entre dois átomos como uma “ligação” e um par de elétrons em um orbital antiligante como uma “antiligação”. � A ordem de ligação é definida como: onde n é o número de elétrons nos orbitais ligantes e n* é o número nos orbitais antiligantes. )( * 2 1 nnb −= TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES PROPRIEDADES DE L IGAÇÃO Ordem de LigaçãoOrdem de LigaçãoOrdem de LigaçãoOrdem de Ligação � Ex.: FFFF2222 – 1σg21σu22σg21πu41πg4 Os orbitais 1111σσσσgggg,,,, 1111ππππuuuu e 2222σσσσgggg são ligantes.Os orbitais 1111σσσσgggg,,,, 1111ππππuuuu e 2222σσσσgggg são ligantes. Os orbitais 1111σσσσuuuu e 1111ππππgggg são antiligantes. � A ordem de ligação do F2 é 1, o que é consistente com a estrutura de Lewis FFFF –––– FFFF e a descrição da molécula como tendo uma ligaçãoligaçãoligaçãoligaçãosimplessimplessimplessimples. 1)42422( 2 1 =−−++=b TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES PROPRIEDADES DE L IGAÇÃO Ordem de LigaçãoOrdem de LigaçãoOrdem de LigaçãoOrdem de Ligação � Ex.: NNNN2222 – 1σg21σu21πu42σg2 Os orbitais 1111σσσσgggg,,,, 1111ππππuuuu e 2222σσσσgggg são ligantes.Os orbitais 1111σσσσgggg,,,, 1111ππππuuuu e 2222σσσσgggg são ligantes. O orbital 1111σσσσuuuu é antiligante. � A ordem de ligação do N2 é 3, o que é consistente com a estrutura de Lewis ::::NNNN ≡≡≡≡ NNNN:::: e a descrição da molécula como tendo uma ligaçãoligaçãoligaçãoligação triplatriplatriplatripla. 3)2242( 2 1 =−++=b TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES PROPRIEDADES DE L IGAÇÃO Ordem de LigaçãoOrdem de LigaçãoOrdem de LigaçãoOrdem de Ligação � A definição de ordem de ligação fornece uma indicação útil da multiplicidade da ligação, masindicação útil da multiplicidade da ligação, mas qualquer interpretação das contribuições para bbbb precisa ser feita considerando-se as propriedades dos orbitais calculados. � A definição de ordem de ligação permite a possibilidade de um orbital estar unicamente ocupado. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES PROPRIEDADES DE L IGAÇÃO Ordem de LigaçãoOrdem de LigaçãoOrdem de LigaçãoOrdem de Ligação � A ordem de ligação no OOOO2222----, por exemplo, é 1111,,,,5555, uma vez que três elétrons ocupam os orbitaisuma vez que três elétrons ocupam os orbitais antiligantes 1πg. � A ordem de ligação no NNNN2222++++, é 2222,,,,5555. � MoléculasMoléculasMoléculasMoléculas eeee íonsíonsíonsíons isoeletrônicosisoeletrônicosisoeletrônicosisoeletrônicos têmtêmtêmtêm aaaa mesmamesmamesmamesma ordemordemordemordem dededede ligaçãoligaçãoligaçãoligação, de forma que F2 e O22- têm ordem de ligação 1 e CO, N2 e NO+ têm ordem de ligação 3. TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES PROPRIEDADES DE L IGAÇÃO Correlações entre as Propriedades de LigaçãoCorrelações entre as Propriedades de LigaçãoCorrelações entre as Propriedades de LigaçãoCorrelações entre as Propriedades de Ligação � A força e o comprimento das ligações correlacionam-se muito bem entre si e, também, com a ordem de ligação. � Para um dado par de átomos: � AAAA entalpiaentalpiaentalpiaentalpia dededede ligaçãoligaçãoligaçãoligação aumentaaumentaaumentaaumenta àààà medidamedidamedidamedida quequequeque aaaa ordemordemordemordem dededede ligaçãoligaçãoligaçãoligação aumentaaumentaaumentaaumenta.... � OOOO comprimentocomprimentocomprimentocomprimento dededede ligaçãoligaçãoligaçãoligação diminuidiminuidiminuidiminui àààà medidamedidamedidamedida quequequeque aaaa ordemordemordemordem dededede ligaçãoligaçãoligaçãoligação aumentaaumentaaumentaaumenta.... TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES PROPRIEDADES DE L IGAÇÃO Correlações entre as Propriedades de LigaçãoCorrelações entre as Propriedades de LigaçãoCorrelações entre as Propriedades de LigaçãoCorrelações entre as Propriedades de Ligação � Estas duas correlações com a ordem de ligação, tomadas conjuntamente, indicam que,ligação, tomadas conjuntamente, indicam que, para um dado par de elementos: � AAAA entalpiaentalpiaentalpiaentalpia dededede ligaçãoligaçãoligaçãoligação aumentaaumentaaumentaaumenta àààà medidamedidamedidamedida quequequeque oooo comprimentocomprimentocomprimentocomprimento dededede ligaçãoligaçãoligaçãoligação diminuidiminuidiminuidiminui.... TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES PROPRIEDADES DE L IGAÇÃO ExercíciosExercíciosExercíciosExercícios 1- Determine a ordem de ligação da molécula de oxigênio, O2, do íon superóxido, O2 -, e do íon peróxido, O2 2-, e preveja a força e os comprimentos de ligação relativos dessas espécies. dica: O2: 1σg 21σu 22σg 21πu 41πg 2
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