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Direito das Sucessões
SUCESSÃO: Direito sucessório é um modo de transferência do patrimônio. Destino do patrimônio de alguém que tenha falecido. Abre-se com a morte, seja ela natural ou presumida, pela lei vigente no momento. Aceitar ou não a herança. Tendo capacidade sucessória, demonstrada pelo título que permite demonstrar que é herdeiro:
Existem dois modos de transmissão de patrimônio:
 MODO DERIVADO: O passado se transmite na aquisição. Vai transmitir patrimônio*: modo derivado – sucessões.
 MODO ORIGINÁRIO: A aquisição do direito. Ex. Usucapião. O passado não apresenta vinculação com o futuro.
*Patrimônio: conjunto de todas as situações positivas e negativas. Aquele que é herdeiro só irá suportar as dívidas do crédito transmitido. As obrigações dos herdeiros limitam-se ao patrimônio transmitido. Inexigível: dívida – se limita a suportar os créditos transmitidos. Se quiserem os herdeiros podem pagar as dividas, mas não há incidência, se trata de uma mera obrigação natural. Os herdeiros só respondem pelos débitos do falecido até o limite da herança. Se o herdeiro paga a dívida excedente, é mera obrigação natural.
A sucessão é sempre um modo derivado de aquisição do patrimônio, isso significa que existe uma vinculação entre as situações antecedentes e as que advêm da sucessão. 
ESPÉCIES DE SUCESSÃO: Como vai destinar o patrimônio? Existem 3 maneiras:
Art. 1.786. A sucessão dá-se por lei ou por disposição de última vontade
Art. 1.788. Morrendo a pessoa sem testamento, transmite a herança aos herdeiros legítimos; o mesmo ocorrerá quanto aos bens que não forem compreendidos no testamento; e subsiste a sucessão legítima se o testamento caducar, ou for julgado nulo.
1) Sucessão Legitima: é fundada exclusivamente nos parâmetros da lei: quando o de cujus faleceu sem testamento, ou se seu testamento é ineficaz ou caducou; se houver herdeiro necessário, obrigando à redução da disposição testamentária para respeitar a quota reservatória. Aqui, os descendentes do de cujus são herdeiros por excelência, pois são chamados em primeiro lugar, em atenção ao que dispõe a norma que estabelece a ordem da vocação sucessória. 
2) Sucessão Testamentária: fundada em um testamento: decorre da última vontade do autor da herança, ou seja, de testamento ou codicilo. Morrendo a pessoa sem testamento, transmite-se a herança a seus herdeiros legítimos, expressamente indicados na lei de acordo com uma ordem preferencial (de vocação hereditária).
3) Sucessão Hibrida/Mista: Fundada em parte no texto da lei e em parte no testamento.
*Se patrimônio houver, na morte, 50% são dos herdeiros legítimos (Ascendentes, descendentes e cônjuges/ companheiro)
Verificar 2 regras: quando ocorre a sucessão e qual a regra a ser aplicada:
-Quando se considera aberta a sucessão? No momento em que ocorre a morte, sendo a morte natural ou presumida. Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários.
 O novo código civil ampliou as hipóteses em que não se precisa da declaração de ausência: Art. 7º CC: Morte presumida. Ex. Voo da TAM- 36 corpos não foram localizados, então foram declarados mortos por estarem na lista de passageiros.. Jornalista da rede globo (Tim Lopes), Deputado Ulisses Guimarães – helicóptero tombou.
-A lei que rege a sucessão é a lei da data da abertura da sucessão. Ela ocorre com a morte, natural ou presumida.
Regras vigentes no momento da morte:
Art. 1.787. Regula a sucessão e a legitimação para suceder a lei vigente ao tempo da abertura daquela
12/01/2003- morto – CC1916
13/01/2003 – morto – CC2002
Lei 9278/96
Lei 8971/94
COMO SE DÁ A TRANSMISSÃO:
SAISENE é o princípio do direito francês que faz com que toda a transmissão sucessória ocorra de pleno direito, sem nenhum interregno. Transmissão de pleno direito de tudo aquilo que o falecido tinha. Assim, com a morte, todo o patrimônio se transmite aos sucessores, de pleno direito. O patrimônio do cônjuge sobrevivente não é transmitido com a morte, pois já é dele. O companheiro pode ser meeiro e herdeiro.
A meação é sempre definida pelo direito de família, enquanto que a herança, pelo de sucessões. 
Se alguém estiver morrendo, é no momento exato da morte que os herdeiros passarão a ser os possuidores, pelas dívidas inclusive, daquilo que foi disposto pelo morto. Transmissão de pleno direito daquilo tudo que o falecido detinha. Nosso sistema não estabelece qualquer espaço temporal sem dono. Sucessão legítima e testamentária.
É no momento da morte que eles tornam-se proprietários, passando a ser uma propriedade em condomínio, quando mais de um sucessor. Pode ficar ad eternum ou até que eles partilhem, por escritura publica ou ???
Não se depende de uma decisão judicial ou negócio jurídico para se tornar proprietário: ou seja, é pela morte. Em algumas hipóteses, a morte não coincide com um fato natural, como a morte dos ausentes, então depende de decisão judiciária. 
Situações afetivas com efeitos diretos:
CÔNJUGE:
Somente quem tem relação matrimonializada. (não é companheiro – quem tem relação decorrente de união estável. Há, ainda, o concubino , que é toda e qualquer relação que não tem proteção do direito civil (já é mitigado, inclusive pelos tribunais daqui): é alem do casamento, além da união estável. Quem tem união estável pode ter concubino também.
Há casos em que o concubinato é protegido: quando os três socializam e se gostam. (concubinas históricas).
A princípio, concubinos não tem qualquer direito. Não se pode testar em favor de amantes, (testamento é nulo) nem se pode doar para amantes. 
Art. 1.801. Não podem ser nomeados herdeiros nem legatários
III - o concubino do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver separado de fato do cônjuge há mais de cinco anos
Art. 1.803. É lícita a deixa ao filho do concubino, quando também o for do testador.
Todas essas pessoas tem uma organização patrimonial: uma forma de organizar o patrimônio. 
OBS: 
*BEM COMUM: aquele que se comunicou, ou seja, se for em comunhão universal de bens, em principio, só possuem bens comuns. Nesse caso, não há bens particulares.
*BEM PARTICULAR: aquele que em decorrência do casamento ou da união estável, não se comunicou para o cônjuge ou companheiro. (casos de comunhão parcial de bens, com um automóvel anterior ao casamento. Esse carro não se comunica. Se eles compram algo, será dividido entre os dois.)
UNIÃO ESTÁVEL:
Sistema anterior ao atual CC, e o vigente. A diferença é que no atual, quando não há acordo entre as partes, o sistema legal de comunicação é mais amplo que no anterior. Casamento e união estável. 
Quando um falece, uma parte não vai para a sucessão e sim, para o direito de família.
Ex: Falece Maria, mulher de João, que tinham um terreno. Meio terreno já é propriedade de João, então não vai pra sucessão. É preciso distinguir aquilo que é objeto de meação (integralmente regida pelas regras do direito de família) e o que vai ser de herança (direito sucessório). A parte do patrimônio vai ser regida pelo direito de família, quando ainda houver um cônjuge sobrevivente. Aquilo que já pertence ao cônjuge, por ser ele o titular da meação, não vai ser transmitido pela sucessão. Já é dele pela relação afetiva.Quando for casado, ou viver em união estável, a parte que se comunicou devido a união estável ou casamento, não entra para o companheiro ou cônjuge sobrevivente na sucessão.
Se o meeiro adquiriu o imóvel antes do falecimento, é importante pela questão do IR.
Implicação tributária: imposto de transmissão. Não haverá parte quando for meação, pois não há aquisição, então não há imposto ou custas. Aquilo já é do cônjuge/companheiro. Precede o que entra na herança. (tem que ver o que vai para a meação. O que sobra - se sobra - é para a sucessão.) Tudo o que é parte da meação não ocorre transmissão, então não há incidência tributária.
MEAÇÃO DO COMPANHEIRO:
A Lei diz que todos os bens adquiridos na constância do matrimônio se comunicam. Marco inicial e final, presume-se o esforço comum,ou seja, pouco importa quem suportou o ônus financeiro. No entanto, em caso de união estável, deve-se analisar se o momento da morte se deu antes ou após 2003. Até 2002, as uniões se regiam pelo contrato de convivência, onde se escolhia um regime, ou na sua ausência, se presumia o esforço comum dos bens adquiridos na constância da relação. Após o CC/2002, aplica-se o contrato de convivência ou o regime de comunhão parcial de bens, por expressa previsão legal do art. 1725.
Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens
Na antiga lei, todo o patrimônio adquirido na constância da união estável se presumia comum; no novo código civil, há o art. 1725: aplica-se na união estável o que couber ao regime da comunhão parcial de bens. Ou seja, no regime da comunhão parcial, além daquilo que foi adquirido na constância da convivência comum, há mais coisas adquiridas que se comunicam (ver artigo 1660):
Art. 1660: Entram na comunhão:
I – os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges;
II – os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior;
III – os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges;
IV – as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;
V – os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão.
Exemplo: Ele tinha aplicado 100 mil ações. Todos os dividendos seriam investidos em novas ações. Todo o período de convivência de união estável, das 100 viraram 300. A companheira terá direito (art. 1660, inciso IV e V): as primeiras 100 mil ações são só dele. As outras serão partilhadas entre ambos. Das 300 mil, ele tem direito 100 particular, 200 comuns. 200 comuns, 100 dele e 100 dela.
Exemplo 2: Companheiro falecido era dono de empresa. A companheira sobrevivente teria direito a esses lucros? Só os bens onerosamente adquiridos na constância da união estável integravam o patrimônio, então, pela antiga lei, a companheira não teria direito. Na nova lei, tem. Assim, todos os frutos de bens particulares que se colherem na constância da união estável, se comunicarão.
1660 II- caso da mega-sena. Há comunicação, mas não há direito sucessório. Esse inciso também comunica no caso de união estável. 
X tem imóveis particulares que lhe rendem aluguel. Ele não recebeu os 50 mil desse mês. Falece. Ela pode resgatar 25 mil desses bens particulares. Isso também se comunica.
Se não há nenhum contrato, aplica-se esse.
Para superar isso, deve ser feito um contrato de convivência, para reger o que o casal de companheiros entende como sendo passível de comunicação, e o que eles querem ver exclusivos de cada um. Pode-se pedir comunicação de tudo, exceto as ações do banco tal, eventuais acréscimos, frutos e dividendos sejam apenas de um. Esse contrato pode estabelecer uma maior ou menor comunicação, bem como uma exclusão total. Se o contrato da relação de união estável for exclusivamente de bens particulares, então não haverá meação. 
Em casos de união estável putativa, quando pessoas se dedicam ao transporte e tem várias mulheres ao longo dos portos. É putativa porque as duas acreditam serem exclusivas. Em tais casos, as companheiras inocentes não são prejudicadas. Aquele que impingiu a lesão a ambas é que será prejudicado. A cada companheira, retira o seu patrimônio; o que sobejar, fica para ele.
Só se pode falar em direito sucessório entre os companheiros se havia união estável existente a época da abertura da sucessão. O direito a meação subsiste. O que não existe é o direito sucessório.
*IDENTIFICAR O QUE É DA HERANÇA E O QUE É DO HERDEIRO SOBREVIVENTE (MEAÇÃO):
Ex1: João e Maria em união estável. Ele falece em 2000. E adquiriram 1000 unidades.
 –LEI VELHA: MEAÇÃO 500 E HERANÇA 500.
Ex 2: João e Maria vive em união estável . João tem 1000 unidades anteriores a união estável, e com Maria, adquiriu outras 1000 unidades. João faleceu em 2013.
- AS PRIMEIRAS 1000 SÃO HERANÇA DE BENS PATICULARES. AS 1000 ADQUIRIDAS DEPOIS – 500 HERANÇA DE BENS COMUNS E 500 MEAÇÃO – EXCLUSIVA DO ENTE SOBREVIVENTE.
Ex 3: João vive com Maria. Nada adquiriram. Sabe-se que João possui 100 mil reais em uma aplicação anterior a união estável. Quando de seu falecimento em 2015, sem que nada fosse depositado, consta um rendimento de juros de 200 mil reais. 
- OS PRIMEIROS 100 MIL SÃO BENS PARTICULARES. OS 200 MIL DE JUROS SÃO BENS COMUNS. 100 MIL DE HERANCA E 100 MIL A MEAÇAO DO COMPANHEIRO SOBREVIVENTE, POIS SE COMUNICA A ELA.
REGIME DE BENS
Pessoas casadas – regime de bens. Quem for casado, obrigatoriamente deve escolher o regime de bens; se não o fizer, a lei impõe. Em alguns casos, o regime é ditado pelo regime da lei. Três regimes:
Regime Obrigatório: art. 1641: regime de bens imposto pela lei, em determinadas circunstâncias: A separação obrigatória ou legal independe de pacto antenupcial, tendo em vista que este regime é determinado por lei. Ele ser imposto em três situações:
a) das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento: quando houver, portanto, infração às causas suspensivas previstas no artigo 1523 no cc:
a1. A pessoa casada que não ultimar o inventario do ultimo cônjuge
a2. Feito o divórcio, não tem a partilha
a3. O curador/tutor não intimar a prestação de contas com o tutelado
a4. a mulher que não pode casar-se antes de 300 dias após a extinção do matrimônio. Pode ser afastado mediante exame de gravidez.
Em tais casos, é o Regime de separação obrigatória de bens.
b) da pessoa maior de 70 anos: qualquer ou ambos os cônjuges tiverem mais de 70 anos de idade à época do matrimônio. Também é aplicável às uniões estáveis de pessoas com essa idade.
Em tais casos, é o Regime de separação obrigatória de bens. 
c) de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial: quando os nubentes casam com autorização judicial. O sistema brasileiro permite duas hipóteses para isso:
c1. Hipótese do suprimento de consentimento: Quando os nubentes têm entre 16 e 18 anos e seus responsáveis não autorizam o casamento, e negam-se, com uma negativa plausível. (se o pai não aceita porque o noivo é pobre. Isso não é plausível, e pode ser desfeito judicialmente). Se há conflitos entre os filhos e os pais, o juiz nomeia um curador (art. 9º CPC) 
c2. Hipótese de suprimento de idade. Quando em qualquer hipótese os nubentes tiverem menos de 16 anos. Casos em que a menina está grávida.
Em tais casos, é o Regime de separação obrigatória de bens.
· Em regime de separação obrigatória de bens, há a súmula 377 do STF: ainda que em separação obrigatória, os bens adquiridos na constância do matrimônio se comunicam. 
Os tribunais continuam a aplicar a súmula. Sua aplicação praticamente equipara esse regime, quando ocorrer aquisição de bens, ao regime da comunhão parcial de bens. Isso é equivocado, pois a súmula data de 1960.
Regimes eletivos: regime de bens eleito pelos cônjuges:
Exigem pacto antenupcial. Escritura pública anterior ao matrimônio, onde os nubentes, por vontade própria, escolhem o regime adequado a sua convivência. No atual CPC, tem 3 regimes de bens:
a) COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS: 
Regime pelo qual todo o patrimônio passado e presente vai se comunicar. Tudo aquilo que o casal adquirir, vai se comunicar, bens adquiridos antes do casamento, durante o casamento, doados, herdados... tudo se comunica. Neste regime resta instituído que todos os bens dos nubentes irão se comunicar após a celebração do casamento, independente de serem atuais ou futuros, e mesmo que adquiridos em nome de um único cônjuge, assim como as dívidas adquiridas antes do casamento. Somente não se comunicarão os bens doados (inter vivos ou causa mortis) com cláusula de incomunicabilidade. Por ser considerado um regime convencional, deve ser expressamentefirmado no pacto antenupcial.
A única forma de impedir um bem de alcançar o outro cônjuge são as cláusulas restritivas impostas pelo doador ou testador, que são a de incomunicabilidade ou inalienabilidade (16:10) mas se forem as legítimas, não se podem clausular livremente. É o único regime que tem meação. João casou com Maria, os aquestos (patrimônio) dos dois, unem-se, e eles passam a ser donos de 50% de tudo. Não se tem mais interesse em anular casamento, pois não há reflexos patrimoniais sobre o resultado. 
b) SEPARAÇÃO CONVENCIONAL/ TOTAL DE BENS (não é o obrigatório, da súmula 377, regime legal)
Neste regime cada cônjuge continua proprietário exclusivo de seus próprios bens, assim como se mantém na integral administração destes, podendo aliená-los e gravá-los de ônus real livremente, independente de ser o bem móvel ou imóvel. Não se fala em meação ou propriedade comum entre os cônjuges. Patrimônio de cada um dos nubentes. Nada se comunica. Nenhum patrimônio se comunica, ainda que o casal tenha comprado um apto unindo as rendas dos dois. É o único regime que permite divisões desproporcionais: Um compra 70% e outro 30%: tipo de condomínio entre os dois. Define-se a proporção de capital que cada um tem direito. 
c) PARTICIPAÇÃO FINAL DE AQUESTOS: 
Neste regime, os bens que cada cônjuge possuía ao casar serão incluídos no patrimônio próprio, assim como os por ele adquiridos, a qualquer título, desde que na constância do casamento. Cada cônjuge ficará responsável pela administração de seus bens e poderá aliená-los livremente, quando móveis. Caso ocorra a dissolução do casamento, deverá ser apurado o montante dos aquestos e excluir da soma dos patrimônios próprios dos cônjuges: os bens anteriores ao casamento e os que em seu lugar se sub-rogaram; os que sobrevieram a cada cônjuge por sucessão ou liberalidade; e as dívidas relativas a esses bens. Durante a comunhão não se comunicam os bens, apenas com sua extinção.
Importado da Alemanha, com a ideia de substituir o regime legal. Mas é parecido com o regime da comunhão parcial de bens, distinguindo-se:
a) Estabelece dois patrimônios enquanto houver casamento; Patrimônio de um e de outro. Há comunicação apenas pela morte, divórcio, separação, doação ou nulidade. Antes disso, os patrimônios são coisas distintas. Ele compra um carro. Enquanto estiver casado, é só dele. (No de parcial de bens, assim que pagar, instantaneamente, já passa a ser dele e dela). A união só ocorre ao final
b) Se um dos cônjuges, durante o patrimônio, se utilizou do capital de outro, isso pode ser imputado quando da extinção do patrimônio. Ele não tinha dinheiro, ela emprestou 200 mil. Eles serão devolvidos quando do final do casamento. (recobrar)
Regime convencional: separação parcial de bens. É o regime ofertado pela lei no silêncio dos nubentes, ou se o escolhido pelos nubentes for nulo ou ineficaz. Este regime estabelece que os bens adquiridos antes da celebração do casamento não serão considerados bens comuns entre os cônjuges. Sendo assim, ele institui a separação dos bens passados (que o cônjuge possuía antes do casamento) e comunhão quanto aos bens futuros (que virão a ser adquiridos durante o casamento).
São decorrentes ou do silêncio (quando o casal vai ao registro civil e nada se manifesta, o oficial coloca o regime da comunhão parcial de bens) ou quando for escolhido pelos casais, por ser mais conveniente ou adequado ao casal.
Ele não exige um pacto antenupcial, basta haver a verbalização perante o registrador. Escolheu esse regime, por ser o mais adequado. Característica: trabalha com a ideia de bens particulares e bens comuns. 
· PARTICULARES: Exclusivo de cada um: 
1º- patrimônio anterior ao casamento; 
2º- bens na constância do matrimônio sejam sub-rogados à constância anterior ao casamento; 
3º- bens doados a um dos cônjuges, 
4º- todos os bens advindos em decorrência de herança.
· COMUNS: 
1º- adquiridos na constância do matrimônio, gratuito ou oneroso, por ambos os cônjuges, 
2º- todos os bens que se comunicam por força do art. 1660 do atual CC:
Art. 1660: Entram na comunhão:
I – os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges;
II – os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior;
III – os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges;
IV – as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;
V – os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão. 
ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
Meação, herança: Aberta a sucessão, abre-se um momento para que os herdeiros possam ou aceitar ou renunciar herança. 
Art. 1.804. Aceita a herança, torna-se definitiva a sua transmissão ao herdeiro, desde a abertura da sucessão. Parágrafo único. A transmissão tem-se por não verificada quando o herdeiro renuncia à herança.
A renúncia ou aceitação implica em um ato: se aceito, aceito todo o patrimônio. Se eu não aceitar, renuncio a totalidade do patrimônio. A aceitação/renúncia engloba a totalidade do patrimônio, não podem ser ato parciais. Ou aceito em sua totalidade, ou não. Ou renuncio a tudo, ou não. 
A ACEITAÇÃO pode se dar de duas formas: 
Art. 1.805. A aceitação da herança, quando expressa, faz-se por declaração escrita; quando tácita, há de resultar tão somente de atos próprios da qualidade de herdeiro.
 § 1.º Não exprimem aceitação de herança os atos oficiosos, como o funeral do finado, os meramente conservatórios, ou os de administração e guarda provisória.
 § 2.º Não importa igualmente aceitação a cessão gratuita, pura e simples, da herança, aos demais co-herdeiros.
1º: TÁCITO: quando se praticam atos incompatíveis com a renúncia. Por exemplo, são incompatíveis com a ideia de não querer a herança, o herdeiro perceber alugueis que o falecido recebia. O fato de receber tais aluguéis evidencia que ele quer aceitar a herança. 
2º EXPRESSA: praticar atos, dizendo expressamente que quer a herança (abre o inventário ou coisas do gênero). O patrimônio incorpora-se no patrimônio daquele que aceitou. Implica na incidência tributária: há imposto de transmissão. 
Não pode ser parcial, deve se aceita a herança em sua integralidade.
RENÚNCIA:
Art. 1.806. A renúncia da herança deve constar expressamente de instrumento público ou termo judicial
Pode acontecer de o herdeiro não querer a herança, então ele pode renunciar a ela. Retroage à data da abertura de sucessão, ao período de delação, período em que se tem quando o herdeiro renuncia a abertura da sucessão. Os efeitos da renúncia retroagem a data de abertura da sucessão. Como se nunca houvesse ocorrido a transmissão da herança para o beneficiário. Duas implicações: o patrimônio do beneficiário da herança é devolvido ao monte mor, para ser partilhado entre os demais herdeiros, 2º como não ocorreu por ficção legal transmissão, na renúncia não vai existir incidência tributária. Aquele herdeiro é tido como se nunca tivesse sido herdeiro. O patrimônio é devolvido ao monte mor, e os herdeiros pagarão os impostos. Por escritura pública (pois a sucessão aberta é um imóvel por força de lei – art.80 II: os imóveis por natureza ou por força de lei; como é por força de lei, segue o art. 108 do CC) ou termo nos autos.
Art. 1.807. O interessado em que o herdeiro declare se aceita, ou não, a herança, poderá, vinte dias após aberta a sucessão, requerer ao juiz prazo razoável, não maior de trinta dias, para, nele, se pronunciar o herdeiro, sob pena de se haver a herança por aceita.
Art. 1.808. Não se pode aceitar ou renunciar a herança em parte, sob condição ou a termo.
* INEFICÁCIA DA RENÚNCIA: É ineficaz a renúncia perante os credores do renunciante, pois esses podem aceitar a herança em até 30 dias após a renúncia dos limites do seu crédito, conforme art. 1813. A venda de um bem também ocasiona fraude a credores. Essa fraude será presumida, cabendo contra ela, ação pauliana.Art. 1813: quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando à herança, poderão eles, com autorização do juiz, aceitá-la em nome do renunciante.
§1º a habilitação dos credores se fará no prazo de trinta dias seguintes ao conhecimento do fato;
§2º pagas as dívidas do renunciante, prevalece a renúncia quanto ao remanescente, que será devolvido aos demais herdeiros.
(Podem terceiros ser prejudicados com a renúncia. Em tais casos, fala-se em credores do renunciante. Nessas situações, a lei estabelece que os credores dos herdeiros podem aceitar a herança renunciada nos limites do seu crédito. Não é nulidade ou anulabilidade: a renúncia é ineficaz frente aos credores do herdeiro. Ele tem dividas de 1 milhão. Recebe herança de 1 e meio. Para não pagar, renuncia à dívida. O credor vai pegar a herança de 1 milhão, nos 30 dias subsequentes, aceitando a herança nos limites do seu crédito, assegurando receber o necessário. O restante volta ao monte mor, para os outros herdeiros.
O devedor renuncia, e tinha dois irmãos. Os dois fizeram escritura de partilha, e já está tudo em nome dos irmãos. O banco pode ingressar com a ação pauliana, pela fraude a credores, que é presumida. Não precisa provar, pois há inversão do ônus. O ato fraudulento é presumido. Além disso, é necessário que (art. 54, I, lei 13097/2015: AGORA É OBRIGATÓRIO, PARA QUESTÕES DE TERCEIROS DE BOA-FÉ. SE NÃO ESTIVER NO REGISTRO DE IMÓVEIS, NÃO SE PODE ALEGAR MAIS. PRINCÍPIO DA CONCENTRAÇÃO REGISTRAL.) se registre a citação dessa ação, em todos os imóveis que se quer ver sobre partilhados. Para que possa se alegar isso em relação a terceiros, que os irmãos não se desfaçam dos outros imóveis.
CAPACIDADE SUCESSÓRIA
QUANDO ACEITA, é preciso verificar a CAPACIDADE SUCESSÓRIA, ou seja, ter o título que o habilite a herdar aquela herança. Geralmente é o filho que herda dos pais, desde que tenha sido reconhecido como tal (certidão de nascimento). O título pode ser destruído: pode-se perder a condição de herdeiro/ possuidor de capacidade sucessória:
1ª: DECLARAÇÃO DE INDIGNIDADE:
A indignidade é pena civil causada por ato reprovável cometido contra o autor da herança, em desfavor do herdeiro ou legatário, o que significa que poderá ser aplicada tanto na sucessão legítima como na testamentária. Ex. Susane Rishtoffen.
As hipóteses são estritamente aquelas que estão na lei. Somente aquelas podem ser hipóteses de indignidade. Não se pode criar outra hipótese. Está nos estritos termos da lei.
Art. 1.815. A exclusão do herdeiro ou legatário, em qualquer desses casos de indignidade, será declarada por sentença. 
Parágrafo único. O direito de demandar a exclusão do herdeiro ou legatário extingue-se em quatro anos, contados da abertura da sucessão.
Art. 1.816. São pessoais os efeitos da exclusão; os descendentes do herdeiro excluído sucedem, como se ele morto fosse antes da abertura da sucessão.
Parágrafo único. O excluído da sucessão não terá direito ao usufruto ou à administração dos bens que a seus sucessores couberem na herança, nem à sucessão eventual desses bens
*Não podem ser simplesmente alegadas, devem ser declarados por sentença. Deve-se promover a ação de indignidade. Reconhecimento em juízo de alguma das hipóteses do art. 1814 (atentar com a vida, injúria ou ...). 
* Deve ter interesse jurídico, e não meramente econômico. *Pode, em tese, ser proposta pelo município. 
*Prazo: decadencial de quatro anos contados da abertura da sucessão. (09/12/2015 até 09/12/2019). Pode acontecer de a declaração ser feita depois de intimado o inventário. (Hipótese de chantagem: o pai tem dois filhos, e tem uma identidade sexual dupla. Um dos filhos descobre que o pai está fazendo o testamento para o amante, chantageia-o. O pai cede, e faz um testamento. Se descoberto e provado, declaração de indignidade para o que chantageou)
*Efeitos: pessoais. Ou seja, não podem passar daquele que for declarado indigno. Permite que eventualmente os descendentes daquele que foi declarado indigno possam herdar a herança da qual o indigno foi afastado, em decorrência dos efeitos pessoais, por representação. Os efeitos pessoais excluem para todo o sempre, o direito do indigno de ter a herança. Ex. Os netos herdam, o pai era indigno. Se os netos falecem, e o indigno seria do pai, não poderá ser transmitida aos pais, pois essa parcela é herança de indigno, então deve-se encontrar outro herdeiro. Aqueles que representação não forem maiores, a administração desse patrimônio deverá ficar a cargo de um administrados especialmente encarregado para cuidar desse patrimônio. A declaração de indignidade em relação aquele patrimônio, equivale a uma morte civil do indigno.
OBSERVAÇÃO: Os netos devem estar concebidos antes de aberta a sucessão, para serem representado (herdeiro por representação não pode ser concebido depois). Concebido e, pelo menos, ter nascido com vida, para transmitir seu patrimônio para a mãe ou para outro herdeiro.
[OBSERVAÇÃO: Sucessão por direito próprio: quando sucedo por meu direito: sucedi a herança do meu pai. Posso herdar, também, por representação: quando aquele que deveria herdar por direito próprio faleceu antes da abertura dessa sucessão: o sujeito faleceu dia 7/7.2015, deixando João e Pedro. Pedro faleceu em 7/4/2014, deixando dois filhos. Os netos vão herdar por representação a herança que o seu pai receberia do seu avô. O direito de representação só existe na linha descendente –jamais na ascendente, ou entre cônjuges- e na linha colateral quando tios e sobrinhos concorrerem.]
Exemplos:
a) por volta de 2000, um menino matou a pauladas seus pais, enquanto dormiam. É declarado indigno e perde sua capacidade sucessória.
b) caso da Suzane Rischtoffen. Foi declarada indigna e perdeu seus direitos sucessórios em favor do irmão.
TRÊS SITUAÇÕES PREVISTAS NO ART. 1814 CC
1814: são excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários:
I – que houverem sido autores, co-autores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente – homicídio culposo fica excluído dessa hipótese.
O sujeito matou ou tentou matar de forma dolosa o ascendente, companheiro, cônjuge, pai genitor, companheiro, esposa, ou ascendente do ascendente, descendente (vô, irmão...). Exclui-se a modalidade culposa de homicídio, pois esta não comporta a tentativa. Não se pode cogitar a ideia de que menor possa ser declarado indigno: se tem 17 anos, pode ser declarado indigno: a ideia do homicídio não está para crime, mas sim para se tirar a vida de alguém. Não seria justo ele ficar 3 anos na fase e sair rico. 
· Precisa-se aguardar o trânsito em julgado? Basta o indiciamento criminal para se fazer a ação de declaração de indignidade. No entanto, em alguns casos, é necessário esperar a ação penal terminar. No tribunal do júri, ele é declarado como não autor, mas ai já perdeu a herança, pois a ação rescisória já terá precluído. É necessário, portanto, aguardar o término da ação criminal, pois há casos que fazem coisa julgada no cível também (paradoxo). Apenas pode-se estender por um ano a ação cível.
II – que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro; crime contra a honra: caluniosamente/honra do cônjuge, companheiro. Ou calúnia em juízo, ou crime contra a honra.
III – que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade. não deixar livremente testar, ou seja, se não deixar testar livremente, pode ser declarada indigna. É necessário provar que houve a chantagem (é difícil).
A exclusão do herdeiro ou legatário em qualquer desses casos, será declarada por sentença. 
Fora isso, não há possibilidade de alguém ser declarado indigno.
Ela pode ser aplicada a qualquer uma das quatro classes de herdeiros (ascendente, descendente, cônjuge, companheiro e colaterais); e os efeitos serão pessoais. O direito de demandarexclusão do indigno extingue-se em quatro anos, contados da abertura da sucessão. Pode ser proposta mesmo depois de encerrado o processo de partilha ou inventário, fazer o disposto no artigo 54 da lei 1397/2015, tornando litigioso todos os bens que pretenderem ver sobrepartilhados.
2ª: DESERDAÇÃO:
As hipóteses são estritamente aquelas que estão na lei. Somente aquelas podem ser hipóteses de deserdação. Não se pode criar outra hipótese: está nos estritos termos da lei. Artigos 1961, 1962 e 1963.
Art. 1.961. Os herdeiros necessários podem ser privados de sua legítima, ou deserdados, em todos os casos em que podem ser excluídos da sucessão
Art. 1.962. Além das causas mencionadas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos descendentes por seus ascendentes:
 I - ofensa física;
 II - injúria grave;
 III - relações ilícitas com a madrasta ou com o padrasto;
 IV - desamparo do ascendente em alienação mental ou grave enfermidade.
Art. 1.963. Além das causas enumeradas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos ascendentes pelos descendentes:
 I - ofensa física;
 II - injúria grave;
 III - relações ilícitas com a mulher ou companheira do filho ou a do neto, ou com o marido ou companheiro da filha ou o da neta;
 IV - desamparo do filho ou neto com deficiência mental ou grave enfermidade
Art. 1.964. Somente com expressa declaração de causa pode a deserdação ser ordenada em testamento.
Art. 1.965. Ao herdeiro instituído, ou àquele a quem aproveite a deserdação, incumbe provar a veracidade da causa alegada pelo testador.
 Parágrafo único. O direito de provar a causa da deserdação extingue-se no prazo de quatro anos, a contar da data da abertura do testamento
PETIÇÃO DE HERANÇA
QUANDO NÃO SE TEM TÍTULO, MAS SE É HERDEIRO
Art. 1.824. O herdeiro pode, em ação de petição de herança, demandar o reconhecimento de seu direito sucessório, para obter a restituição da herança, ou de parte dela, contra quem, na qualidade de herdeiro, ou mesmo sem título, a possua
Nos casos em que pretensamente se é herdeiro e não há título:
Uma pessoa que, formalmente não tem título, mas é herdeira do falecido. Neste caso há a possibilidade de se propor a petição de herança, que será dada a todo aquele que se diz herdeiro, mas que não tem formalmente reconhecida essa condição. Exemplos mais clássicos são dados aos filhos em investigação de paternidade (o filho intenta a petição) e companheiros em ação declaratória de união estável.
Petição de herança: efeito patrimonial prescreve em 10 anos a contar da abertura da sucessão. (não confundir com o direito de buscar as origens: O direito de buscar suas origens é imprescritível!!) Efeitos patrimoniais de sucessão, e que não tenha título, tem 10 anos para reclamar. Pode ser feita ação de investigação de paternidade, mas nenhum efeito patrimonial decorrerá disso. O pai nunca se declarou pai, e o filho milionário morre. O pai pode intentar ação de reconhecimento de paternidade, cumulada com petição de herança.
Declaração de união estável: ?
Meu irmão não foi reconhecido. Ele falece, solteiro, possui herança. Seus pretensos irmãos podem intentar ação declaratória, para que em juízo se declare que eles são irmãos para fins sucessórios.
1º: observar o prazo de 10 anos a partir da morte;
2º observar o momento em que se encontra a partilha:
a) Se já estiver o inventário em curso, qualquer herdeiro pode postular a herança, ainda que sem título. 
Verificando a falta de título, o juízo aplica o artigo 1001 do Código de Processo Civil: ou seja, defere uma cautelar de ofício, reservado o quinhão desse herdeiro, e determina que a parte vá propor a ação necessária (investigação de paternidade....).
Deve-se habilitar no inventário, e nesse caso, o suposto herdeiro será remetido às vias ordinárias para intentar ação de paternidade e o juiz irá reservar seu quinhão na herança do inventário. Se os bens da herança não forem divisíveis na prática, a ação de inventário ficará parada até se resolver a ação de paternidade.
b) se o inventário já estiver ultimado, depois de efetuada a partilha neste caso, há duas possibilidades:
b1) se o patrimônio já estiver com terceiros, e os terceiros forem de boa-fé (os 2 irmãos venderam para terceiros), a eventual petição de herança não faz retornar ao status quo, resolve-se por indenização de perdas e danos (indenização pecuniária)
b2) se o patrimônio ainda se encontra com os herdeiros, é necessário que todos esse patrimônio se faça tornar coisa litigiosa (registro .. se não fizer isso, os outros podem vender aquilo que está sendo buscado), para que aqueles determinados patrimônios possam ser sobrepartilhados. Para tornar um bem litigioso, deve-se proceder de forma judicial com uma ação cautelar ou um protesto contra alienação dos bens, ou de forma extrajudicial (mais efetiva), juntando na matricula do registro dos imóveis a citação de investigação de paternidade, a fim de que nenhum credor de boa-fé compre o bem.
Se tiver patrimônio e transferir tudo a título não oneroso, será má-fé presumida.
A petição de herança atribui título para quem ainda não tem título para se habilitar como herdeiro.
CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS:
MANEIRAS DE SE DISPOR DA HERANÇA: JÁ É herdeiro, e quer dispor da herança: RENÚNCIA, CESSAO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS
Art. 1.793. O direito à sucessão aberta, bem como o quinhão de que disponha o coerdeiro, pode ser objeto de cessão por escritura pública.
 § 1.º Os direitos, conferidos ao herdeiro em consequência de substituição ou de direito de acrescer, presumem-se não abrangidos pela cessão feita anteriormente
 § 2.º É ineficaz a cessão, pelo coerdeiro, de seu direito hereditário sobre qualquer bem da herança considerado singularmente.
 § 3.º Ineficaz é a disposição, sem prévia autorização do juiz da sucessão, por qualquer herdeiro, de bem componente do acervo hereditário, pendente a indivisibilidade
A cessão de direitos hereditários é o contrato mediante o qual se opera a transmissão de direitos provenientes de sucessão, enquanto não dados à partilha, que declarará a partição e deferimento dos bens da herança entre os herdeiros (legítimos ou testamentários) e aos cessionários.
Diferentemente da renúncia, pressupõe a aceitação da herança. Só pode ceder os direitos hereditários quem previamente tenha aceitado a condição de herdeiro. Se na renúncia abdica-se da condição de herdeiro, na cessão, só se pode fazer depois de se ter aceito a herança. Cessão de futuros direitos sucessórios: não se pode negociar sobre herança enquanto estiver vivo: vedado o pacto sob herança por sua vida. Doação não é herança. A cessão, só depois da aceitação, não se pode prometer a cessão dos direitos hereditários e é proibida a cessão de direitos hereditários sobre bens singularmente considerados [Cessão a título universal: tanto pode ser parcial como total, mas não vai individualizar o patrimônio: cedo para ele 50 % do patrimônio deixado pelo meu pai, ou cedo o patrimônio, sem identificar os bens. Cessão a título singular: ceder a casa localizada na rua 23]
Não se pode fazer singularmente, pois eles podem não ser todos os herdeiros, e estarem omitindo algum herdeiro do tabelião. Um herdeiro pode ceder 20% da herança, mas não pode ser a “casa da rua x”, pois estaria escolhendo o patrimônio, e pode não ser isso o acordo que sairá na partilha. Só se admitem cessões a título universal. 
Art. 1.794. O coerdeiro não poderá ceder a sua quota hereditária a pessoa estranha à sucessão, se outro coerdeiro a quiser, tanto por tanto:
É possível ou não fazer-se a cessão livremente: não existe cessão livremente operada. Toda a cessão a estranhos, quando for onerosa, depende de prévia oferta aos demais herdeiros. X quer ceder metade dos seus direitos hereditários por 500 mil, então deve ofertar aos demais. Se for doação, não precisa. É obrigado a fazer a prévia oferta. Se não o fizer, a sanção é de se contar 6 meses a partir do ato de cessão. 
Art. 1.795. O coerdeiro, a quem não se der conhecimentoda cessão, poderá, depositado o preço, haver para si a quota cedida a estranho, se o requerer até cento e oitenta dias após a transmissão
Como esse ato pode ser realizado em qualquer tabelionato, como se pode saber que foi feita essa cessão? Aí se perde o direito. A interpretação mais razoável é de se contar 6 meses a partir da publicização, conhecimento da cessão. (Para que o herdeiro preterido exerça seu direito de herança através do processo de adjudicação compulsória.) Se não for feito isso, a cessão é ineficaz por 6 meses em relação ao cessionário, e ao herdeiro preterido. Por 6 meses o herdeiro preterido poderá proporá ação de adjudicação compulsória, depositar em juízo o valor necessário, para ficar com o bem.
2 formas de se fazer a cessão de direitos hereditários:
a) Através de uma escritura pública: 
b) Através de termo nos autos: 
2 impostos: estadual, de causa mortis (da aceitação) (Ver NOVA LEI!!), e inter vivos (???)
HERDEIRO > CONCEBIDO NO MOMENTO DA SUCESSAO > ACEITA/NÃO> RECUSA RETROAGE. PATRIMONIO RECUSADO VAI A TODOS OS HERDEIROS PARA SEREM PARTILHADOS > SE ACEITA, PODE CEDER OU NÃO
HERDEIROS NECESSÁRIOS:
É o nome que se dá aos herdeiros obrigatórios. Eles não podem ser alijados de uma parte do direito sucessório. Ninguém tem direito a herança, ser herdeiro, exigir de alguém a herança. Mas toda pessoa que morrer, deve deixar metade de seu patrimônio para algumas classes de herdeiros:
Art. 1.789. Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança
Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge.
Art. 1.846. Pertence aos herdeiros necessários,de pleno direito,a metade dos bens da herança,constituindo a legítima
a) descendentes (qualquer um)
b) ascendentes, na falta do a;
HERDEIROS OBRIGATÓRIOS/LEGÍTIMOS/NECESSÁRIOS
c) cônjuge, na falta do b.
Direito de perceber 50% do patrimônio: LEGÍTIMA. Esta vai integrar aquilo que é chamado de patrimônio indisponível. João tem Pedro e Paulo. Quer deixar em testamento, um patrimônio para a amiga Joana: Deixar 50% para Joana, o restante, para os herdeiros necessários. Só se pode afastar herdeiros necessários se estiver frente a uma hipótese de deserdação. Herdeiro necessário só perde a legitima se houver alguma circunstância que permita o testador afasta-lo pela deserdação (indignidade é um exemplo + 1961 e 1962).
Herdeiros legítimos: têm direito a receber 50% do patrimônio.
· PATRIMONIO DISPONIVEL: 50%, livremente disposto em testamento ou doação.
· PATRIMONIO INDISPONÍVEL: 50% não pode ser objeto de disposição nem por doação nem por testamento. Só se tiver hipóteses de deserdação, para alterar isso, tendo sido declarada, e a deserdação tendo sido reconhecida por decisão judicial..
Isso somente vale para atos gratuitos. Se o pai quer vender tudo e gastar tudo, pode. Se tiver herdeiros necessários, só pode dispor de 50% gratuitamente (doação ou testamento)
Ineficácia é só no que exceder a disposição (aquilo que era disponível, o que passa dos 50%: era 2 milhões, deu 1.200 milhões. Os 200 milhões excedentes são ineficazes).
A legítima é patrimônio intocável e indisponível. 
CLAUSULAS RESTRITIVAS
Art. 1.848. Salvo se houver justa causa, declarada no testamento, não pode o testador estabelecer cláusula de inalienabilidade, impenhorabilidade, e de incomunicabilidade, sobre os bens da legítima
§ 1.º Não é permitido ao testador estabelecer a conversão dos bens da legítima em outros de espécie diversa.
 § 2.º Mediante autorização judicial e havendo justa causa, podem ser alienados os bens gravados, convertendo-se o produto em outros bens, que ficarão sub-rogados nos ônus dos primeiros
Possibilidade de impor cláusulas restritivas nas doações ou testamentos. Podem ser impostas pelo testador ou doador
a) Inalienabilidade – impossibilidade de alienação em quaisquer termos. Compreende as outras duas:
b) Incomunicabilidade – serve apenas para pessoas casadas em regime universal, impossibilidade de comunicar os aquestos
c) Impenhorabilidade – impossibilidade de ser objeto de penhora.
Cláusulas restritivas:
Modificações – até legislação passada, em casos de doação ou testamento, as cláusulas restritivas poderiam ser livremente apostas em contrato gratuito. No novo Código Civil, será livre para se apor a herdeiros não necessários e para a parte disponível dos herdeiros necessários. Logo:
Herdeiros necessários: a liberdade só existe na parte disponível, em relação às cláusulas restritivas. Na parte indisponível, também chamada de legítima, só é possível clausular restritivamente se houver um JUSTO MOTIVO.
Esse justo motivo acarreta num duplo sentido:
1º: JUSTIFICATIVA PLAUSÍVEL: Deve-se identificar o que é isso. Por exemplo, para preservar o patrimônio da filha, que é casada com um viciado em jogo; um alcoólatra ou viciado: clausular o patrimônio para preservá-lo. Não pode ser em casos de “vai casar com alguém de cor, pobre ou de outra religião”.
2º: POSSIBILIDADE DE SER QUESTIONADO EM JUÍZO: Permitir que o judiciário avalie se há ou não o justo motivo. 
Assim, quem clausula terá o ônus da prova.
Art. 2042. Hoje, em todo e qualquer testamento, a cláusula é tida como não escrita, se não for justificada.
**COMPANHEIROS: não são tratados como herdeiros necessários no novo código civil. Afasta a concorrência do 1790, se deixou tudo para os filhos.
DIREITO DE REPRESENTAÇÃO
Art. 1.851. Dá-se o direito de representação, quando a lei chama certos parentes do falecido a suceder em todos os direitos, em que ele sucederia, se vivo fosse
Art. 1.852. O direito de representação dá-se na linha reta descendente, mas nunca na ascendente
Art. 1.853. Na linha transversal, somente se dá o direito de representação em favor dos filhos de irmãos do falecido, quando com irmãos deste concorrerem.
Art. 1.854. Os representantes só podem herdar, como tais, o que herdaria o representado, se vivo fosse.
Art. 1.855. O quinhão do representado partir-se-á por igual entre os representantes
Art. 1.856. O renunciante à herança de uma pessoa poderá representá-la na sucessão de outra
Significa que alguém vai herdar por alguém que deveria herdar, mas morreu antes.
João faleceu 
Filho 1
Filho 2 – faleceu
Neto 1
antes de João
Neto 2
Os netos herdarão por representação. A herança será dividida por 2, inicialmente (50% para o Filho 1 e 50% para o filho 2; estes 50% serão divididos entre os dois netos, restando 25% para cada um.
1º: Herda-se por direito próprio quando se apresenta o título; no entanto, se meu pai (FILHO C) ia herdar, mas faleceu, então a lei permite que eu exerça os direitos sucessórios dele por representação.
2º: A linha de representação é sempre descendente. Ascendente herda sempre por direito próprio (jamais será por representação: avô <bisavô<trisavô, se vivos, apenas o avô é quem vai herdar.)
3º: Na linha colateral, também se pode representar, mas apenas quando houver exclusivamente o concurso entre tios e sobrinhos (FILHO C está morto. FILHO A morre, sem deixar herdeiros necessários. O FILHO B (tio) e os NETOS 1 e 2 (sobrinhos) disputarão a herança de A. Como não são necessários, o FILHO A poderia ter disposto todo o seu patrimônio a qualquer um.
SUPRESSÃO DE LINHA
Quando há na linha algum herdeiro com direito próprio, não há maiores problemas. 
Pode, no entanto, ocorrer que toda uma linha seja suprimida, seja por morte anterior à sucessão, declaração de indignidade, renúncia ou deserdação. Neste caso, não há mais direito de representação: cada um dos netos herdará por direito próprio:
Assim, se a herança do Avô fosse de 160 mil, ficaria 16 mil para cada neto. Caso essa regra não existisse, e valesse o direito de representação, os netos provenientes do filho A herdariam 50 % (80 mil), e dividiriam entre si, totalizando 8 mil para cada um, e os netos provenientes do filho B herdariam os outros 50% (80 mil), e dividiriam entre si, totalizando 40 mil para cada um.
OBSERVAÇÃO: Em caso de RENÚNCIA, não haverá representação, assim, ao renunciar, o patrimônio é devolvido ao monte-mor,e, portanto, os filhos desse herdeiro não poderão receber nada.
VOCAÇÃO HEREDITÁRIA
Art. 1.798. Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da sucessão
A ordem da vocação hereditária encontra-se no artigo 1829, no atual CC, e no 1603 no antigo. 
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge
III - ao cônjuge sobrevivente
IV - aos colaterais.
Nas inseminações artificiais pós mortem, como essa questão fica? Ainda que não seja pacificado, a melhor maneira de interpretar isso é relacionando com o direito de petição de herança e seu prazo, de 10 anos. Assim, os filhos devem ser concebidos em até 10 anos do falecimento, para que seja possível reclamar alguma herança. 
Regras de concorrência entre cônjuges e ascendentes e descendentes:
1º: Examinar quando o cônjuge pode ter status de herdeiro e quando o companheiro pode ter esse mesmo status: todo o capítulo sucessório só possui dois artigos (1790 e 1844) sobre companheiros.
COMPANHEIROS:
Art. 1.790. A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas condições seguintes:
I - se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho
II - se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada um daqueles;
III - se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da herança;
IV - não havendo parentes sucessíveis, terá direito à totalidade da herança
a) se for casado, recebe tudo. Se for companheiro, enfrenta litígio com a prefeitura. Apenas bens onerosamente adquiridos é que podem ser transferidos/herdados (há, nesse caso, uma restrição ao tipo de patrimônio sujeito à comunhão: Bens passíveis de ficarem sujeitos à herança: comuns e onerosamente adquiridos no curso da união estável. Se eram bens particulares ou adquiridos gratuitamente, esses bens não terão a participação do companheiro sobrevivente). Assim, se o companheiro ganhou na mega sena, foi gratuitamente adquirido. Terá direito à meação, mas não à herança. 
Obs. Lei de sucessão de 1996: entre companheiros não há a distinção patrimonial que hoje se faz.
b) conforme o 1790, a companheira, para ser herdeira, deve ter união estável quando da abertura da sucessão da herança.
CÔNJUGES: quais podem ser herdeiros (art. 1830)1829
Art. 1.830. Somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente se, ao tempo da morte do outro, não estavam separados judicialmente, nem separados de fato há mais de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa convivência se tornara impossível sem culpa do sobrevivente.
a) aquele que, à época da abertura da sucessão estava vivendo junto com o falecido.
b) aquele separado de fato, a não mais de 2 anos, ou seja, que deixou a vida em comum sem intervenção judicial, do poder público.
c) aquele que, separado de fato, por mais de 2 anos, tenha sido inocente na separação, ou seja, aquele que não cometeu nenhuma infração aos deveres matrimoniais. 
OBS: art. 1830: aqueles que não podem ser herdeiros: separados judicialmente, divorciados, ou separados de fato por mais de 2 anos que forem culpados.
(obs. A culpa caiu em desuso para determinar a separação. Pode-se simplesmente, pelo direito potestativo, postular a separação ou divórcio.) Repercussão econômica: o marido faleceu, tinha um filho, comunhão parcial de bens. O marido tem 100 milhões de herança, recebido do pai. Discussão entre a mãe e o filho para ver que recebe (se este conseguiu afastar a mãe, ele recebe 100 milhões). Se ela afastar a inocência, a mulher receberá 50 milhões. (deve haver um culpado e um inocente. Se ambos forem inocentes, não vale. E o acusado de ser culpado é aquele que está morto.)
Para o artigo, portanto, não podem ser herdeiros, aqueles cônjuges 
a) Separados judicialmente; 
b) Divorciados;
c) Separados há mais de dois anos, que forem culpados.
RESUMO: SÃO HERDEIROS:
CÔNJUGE: se o cônjuge sobrevivente for divorciado, ele não será herdeiro. Casal sem filhos, com ascendentes mortos, e um cônjuge, divorciado. A herança, ainda que não tenha ocorrido a partilha no divórcio, não vai para o cônjuge. Se já estiver divorciado, vai para um colateral. Uma coisa é a partilha, que o cônjuge sempre terá direito (meação, direito de família), e a outra é a sucessão. Se o cônjuge for separado judicialmente, também não terá direito.
Cria-se um paradoxo: Separado de fato, e quando da separação, sem patrimônio algum. Sem filhos, ou ascendentes. Um ano depois de deixar a esposa, acumulou uma fortuna. Um ano e meio depois, 3 milhões de reais. O herdeiro desses três milhões será, pelo atual sistema, o cônjuge sobrevivente. Se tivesse ficado vivo, o cônjuge sobrevivente não teria direito a nada, pois a comunicação dos aquestos cessa quando cessa a vida em comum. (ainda que seja de fato).
Numa mesma relação sucessória pode ter harmonicamente a ex esposa e a companheira. O homem tem, antes da união estável, um terreno, de outra relação. Casou com alguém e se separou de fato para viver com a Marisete. Engravidou Marisete, configurando a união estável. Antes de dois anos de separação de fato de sua esposa, com a Marisete, adquiriu um imóvel (casa) e, depois, faleceu. Do terreno anterior, herdeiro é filho e primeira esposa. Do imóvel comprado, a companheira e o filho.
Ordem da vocação hereditária ocorre com uma pequena modificação em relação ao código anterior:
Art. 1603 – primeiro descendentes, ascendentes e cônjuges – e também companheiros. Companheiro e cônjuge recebiam, quando houvesse descendentes, o usufruto vidual = 25% da herança. Ex. os descendentes recebessem imóveis, que dessem a eles 10 mil de alugueis. Assim, o cônjuge ou companheiro, alem da sua meação, teria 25 % de usufruto no patrimônio da herança, ou seja, receberia mais 2.500 reais de alugues. No caso do casamento, casais casados regime da comunhão universal de bens eram excluídos do usufruto vidual. Caso houvesse ascendentes, os cônjuges, além da meação, receberiam 50% por usufruto vidual (então, pelo exemplo, receberiam 5.000 de alugueis recebidos, além da meação). Se só houvesse cônjuge ou companheiro, receberiam 100%. 
No novo CC, a grande modificação é que se abandonou o sistema de usufruto, seja em favor do cônjuge ou do companheiro; para que isso fosse possível, surgiu o sistema de concorrência, que em relação aos descendentes é bastante complexo.
Forma pela qual se dá a sucessão legitima de companheiros e cônjuges, próxima aula.
1830 – quando o cônjuge pode ser herdeiro (1603 usufruto, no antigo. No atual, foi abandonado pelo sistema de concorrência.)
1829, I do CC:
CONCORRÊNCIA ENTRE CÔNJUGES E DESCENDENTES:
Deve-se verificar se o cônjuge pode ser considerado herdeiro (situações do 1830). Estabelece a concorrência com descendentes. Essa concorrência tem uma particularidade: toda a concorrência vai ser disciplinada pelo regime de bens vigente quando da morte do cônjuge ao qual se refere a transmissão da herança. 
Não existe a concorrência, não obstante o cônjuge possa ser considerado herdeiro:
1º: se o casal era unido pela comunhão universal de bens. Se houver descendentes, nesse caso, não vai existir a concorrência do sobrevivente, pois aquele unido por esse regime, já possui 50% de todo o patrimônio. Se ele já é proprietário daquilo tudo que o casal tinha, não se justifica mais um “plus” hereditário daquilo que o casal tinha. Dois filhos, universal de bens. Morreu, tinha 2 mil unidades. Neste caso, a herança vai para os descendentes. A meação do cônjuge sobrevivente é de 1 mil unidades. Cada filho irá perceber 500 unidades.O regime de bens só é determinante na classe dos descendentes
2º: quando o casal é unido pelo regime da separação obrigatória de bens. Não há concorrência com os descendentes do cônjuge sobrevivente. Observar a súmula 377 do STF.
3º: se o casal era unido pelo regime da comunhão parcial de bens e existam exclusivamente bens comuns.direito a uma meação sobre os bens comuns, e o restante dos bens comuns será distribuído aos descendentes. 
Haverá concorrência entre cônjuges e descendentes:
1º: no regime da comunhão parcial de bens se houver bens particulares. (os comuns estabelecem a meação e os particulares, a concorrência)
2º no regime da separação convencional de bens.
3º regime da participação final de aquestos (sem base legal) indefinição de como se dá isso: se sobre todos ou apenas aos particulares.
Nanci Andrigues: Não existe concorrência qual for o regime de separação de bens, pois se o casal quis manter a separação antes do matrimonio; concorrência entre cônjuge e regime parcial de bens. Para ela, só há participação neste regime, nos bens comuns, pois se o casal não queria que os bens particulares não se compartilhasse, isso não deveria ser feito após a morte.
ESTABELECIMENTO DA CONCORRENCIA, QUANDO HOUVER, DOS CONJUGES COM OS FILHOS:
3 situações, duas claramente no CC.
Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes (art. 1.829, I) caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for ascendente dos herdeiros com que concorrer
1ª: quando o cônjuge concorre com filhos do autor da herança ou de sua pessoa (filhos bilaterais). Filhos do falecido e do sobrevivente. Neste caso, o cônjuge sobrevivente sempre tem o direito de pelo menos ¼ (no mínimo)da herança ser seu.
Ex.:o casal teve 10 filhos. O cônjuge sobrevivente vai receber 25%. Cada filho recebe o resto, divididos entre si (7,5%). Se é um filho, 50% para cada. Se são 3, 1/3 para cada um. Se são 4, 25% para cada um. 
?Art. 1.834. Os descendentes da mesma classe têm os mesmos direitos à sucessão de seus ascendentes.
2ª quando houver filhos unilaterais: quando os filhos são só do pai ou mãe falecido, e o sobrevivente é um terceiro. Quando o sobrevivente não tiver vínculos biológicos com os descendentes, a ele será assegurado uma cota igual. Divide-se a herança, acrescendo-se a cabeça do cônjuge sobrevivente. (4 filhos do morto, divide por 5 a herança).
3ª: quando há, simultaneamente, filhos bilaterais e unilaterais. Obedecer o principio da necessidade de se manter a igualdade entre os filhos, qual seja a sua origem. Os filhos vão ter que ser mantidos com parcelas iguais.(Não está disciplinado no CC). Atribuir uma cota igual ao cônjuge. Nesse caso, aplica-se a regra dos filhos unilaterais.
NÃO EXISTINDO DESCENDENTES, PROCURA-SE POR ASCENDENTES:
Art. 1.836. Na falta de descendentes, são chamados à sucessão os ascendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente
§ 1.º Na classe dos ascendentes, o grau mais próximo exclui o mais remoto, sem distinção de linhas
§ 2.º Havendo igualdade em grau e diversidade em linha, os ascendentes da linha paterna herdam a metade, cabendo a outra aos da linha materna
Pais do falecido, os avós, linha materna ou paterna, e assim, sucessivamente.
1ª regra: na linha colateral: a concorrência não vai observar o regime de bens. É suficiente a existência de cônjuge que possa ser herdeiro (que vivia com o falecido à época da morte, não estava separado há mais de dois anos, de fato; ou separado de fato há mais de dois anos, sendo o inocente). Estes estão aptos a concorrer com qualquer ascendente. O regime de bens é irrelevante!!!
Basta o cônjuge ter o status de herdeiro. Não há concorrência se o cônjuge sobrevivente estiver divorciado, separado de direito ou separado de fato por mais de dois anos, for o culpado.
2ª regra: sempre afastam-se os mais longínquos. Os herdeiros sempre serão os mais próximos: o pai está morto, mas tem avós paternos estão vivos e a mãe. A mãe herda, que é a mais próxima.
Divisão patrimonial: 3 regras para se disciplinar quanto de patrimônio vai ser atribuído ao cônjuge em concorrência com os ascendentes:
Art. 1.837. Concorrendo com ascendente em primeiro grau, ao cônjuge tocará um terço da herança; caber-lhe-á a metade desta se houver um só ascendente, ou se maior for aquele grau
1ª: se o cônjuge concorrer com ascendentes de 1º grau (pai e mãe do transmitente da herança) – sogro e sogra: cada um deles vai receber 1/ 3 da herança. 
2ª: se o cônjuge sobrevivente concorrer exclusivamente com o pai ou a mãe do autor da herança: o cônjuge sobrevivente recebe 50% e o ascendente, os outros 50%.
3ª: se a concorrência do cônjuge sobrevivente se der com qualquer ascendente de segundo ou grau superior, o cônjuge sempre terá direito a 50% e os outros 50% serão partilhados entre os eventuais ascendentes. (2º grau: até 4 – o cônjuge, 50%, e os 4, 12,5%) 8 bisavôs e 1 avô: o avô recebe tudo, pois não há direito de representação entre ascendentes.
QUANDO NÃO HOUVER DESCENDENTES E ASCENDENTES, O CONJUGE VAI RECOLHER TODA A HERANÇA.
Art. 1.838. Em falta de descendentes e ascendentes, será deferida a sucessão por inteiro ao cônjuge sobrevivente
· Nesses casos, o cônjuge recolhe a herança, independente da origem do patrimônio do falecido (particular ou comum)
· O único pressuposto para o cônjuge ser herdeiro, é que não tenha descendentes ou ascendentes, e que não tenha testamento.
· Ele é herdeiro necessário, então só pode ser afastado se for deserdado.
Atualmente, só pode ser deserdado nas mesmas hipóteses a ser declarado indigno. (o CC apenas legisla sobre descendentes e ascendentes para serem deserdados: 1961 e 1962)
QUANDO NÃO HÁ HERDEIROS NECESSÁRIOS:
4ª HIPÓTESE SUCESSÓRIA: LINHA COLATERAL, que pode ser livremente afastada por testamento.
Art. 1.839. Se não houver cônjuge sobrevivente, nas condições estabelecidas no art. 1.830, serão chamados a suceder os colaterais até o quarto grau
Art. 1.850. Para excluir da sucessão os herdeiros colaterais, basta que o testador disponha de seu patrimônio sem os contemplar
Em casos em que há os colaterais, herdeiros facultativos, pode-se dispor aos herdeiros parentes até no máximo 4º grau. 
1ª regra: Os colaterais têm a mesma regra dos ascendentes. Os mais próximos afastam os mais distantes. Irmãos antes dos tios e dos primos.
Art. 1.840. Na classe dos colaterais, os mais próximos excluem os mais remotos, salvo o direito de representação concedido aos filhos de irmãos
Art. 1.843. Na falta de irmãos, herdarão os filhos destes e, não os havendo, os tios.
 § 1.º Se concorrerem à herança somente filhos de irmãos falecidos, herdarão por cabeça.
§ 2.º Se concorrem filhos de irmãos bilaterais com filhos de irmãos unilaterais, cada um destes herdará a metade do que herdar cada um daqueles.
§ 3.º Se todos forem filhos de irmãos bilaterais, ou todos de irmãos unilaterais, herdarão por igual.
2ª regra: entre IRMÃOS: irmãos unilaterais (só pai ou só mãe em comum) e bilaterais (de pai e mãe comum). Se for só unilaterais ou só bilaterais, todos recebem igualmente. Se concorrerem bilaterais e unilaterais, os bilaterais recebem o dobro dos unilaterais.
Art. 1.841. Concorrendo à herança do falecido irmãos bilaterais com irmãos unilaterais, cada um destes herdará metade do que cada um daqueles herdar
Art. 1.842. Não concorrendo à herança irmão bilateral, herdarão, em partes iguais, os unilaterais
Herança de 100 unidades: 2 bilaterais e 1 unilateral: Os bilaterais recebem 40% e os unilaterais, 20% (art. 1829)
* Sucessão entre companheiros (art. 1790).
Este artigo tem uma arguição de inconstitucionalidade que ainda não foi julgada pelo STF. Novo sistema sucessório para os companheiros: 
1ª: só existe direito sucessório se a união estável ainda era vigente quando da abertura da sucessão. (direito à meação tem, o que não tem é direito sucessório);
2ª: restrição ao tipo de patrimônio que o companheiro sobrevivente terá direito de herança do companheiro falecido. Apenas bens onerosamenteadquiridos podem ser objetos de sucessão. Particulares e obtidos gratuitamente, não entram em bens passiveis de serem herdados por companheiros. Se aquele falecido tem bens particulares e comuns, haverá duas linhas sucessórias: uma para os bens particulares e outra para os bens onerosamente adquiridos. Paradoxo que ainda não tem solução: hipótese de alguém que vivia em união estável, o falecido tinha bens particulares, mas não tinha herdeiros. Nos estritos termos da lei, esse patrimônio vai para o poder público (município ou DF). Se o companheiro não fez testamento para contemplar o outro, chega-se a esse paradoxo: não existindo outros herdeiros, os bens particulares do falecido, haverá choque de interesses entre o companheiro sobrevivente e o poder público. Ex. da mega sena – patrimônio que não se enquadra no caput: a mulher ficaria com a meação dos 5 milhões, e o município, com os outros 5 (se analisar exclusivamente pela lei). Se eles fossem casados, recolheriam toda a herança, independente de serem bens particulares.
Concorrência entre companheiros
Entre companheiros, também há o sistema de concorrência, mas há muitos problemas:
1ª concorrência: do companheiro com descendentes: art. 1790:
Art. 1.790. A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas condições seguintes:
I - se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho
II - se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada um daqueles;
III - se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da herança;
IV - não havendo parentes sucessíveis, terá direito à totalidade da herança
a) INCISO I: se ocorrer com filhos comuns do companheiro sobrevivente e transmitente da herança, o companheiro tem direito a uma cota igual ao que vai ser transmitido aos filhos.
EX. Bens comuns, 1000 unidades, e um filho. A mulher, como meeira, 500 unidades. Como herdeira, 250. O filho, 250 restante.
b) INCISO II: se ocorrer com filhos unilaterais, estes receberão o dobro da companheira:
Ex. 100 de herança, dois filhos e uma companheira. Cada um dos filhos recebe 40 e a companheira, recebe 20.
c) não é prevista em lei, quando há mistura. Aos filhos não pode ser dado tratamento desigual. GRANDE PROBLEMA!
Para alguns, aplica-se o inciso I, pois o segundo tem “só” em seu texto. (ao final, os filhos bilaterais vão ganhar mais, pois os unilaterais deverão buscar em sua mãe ou pai o restante.)
Para outros, para ser mais justo, deveria dar uma cota igual a todos os filhos, e metade para o sobrevivente.
Nenhum será justo. O mais preferível, seria dando a metade à companheira, para ser justo com os outros filhos (unilaterais).
Antes da união estável, tinha 1000 unidades. Durante, 1000 (tira-se a meação, art. 1790). Das primeiras unidades, só os herdeiros participarão (a não ser que haja testamento). Bens particulares e gratuitos compõem um acervo patrimonial.
Um filho antes da união estável e um durante a união estável. Uma casa de antes da união estável (partilhada entre os dois filhos). Se eles tivessem 100 mil reais (50 mil vai pra ela, por meação; os outros 50 irá aplicar o 1790, inciso I dividindo por 3, ou inciso II, por 5 e dá peso dois para os filhos, dando 20 para cada um e 10 para a companheira).
d) INCISO III: parentes sucessíveis (ascendentes e colaterais): quando concorrerem com outros parentes sucessíveis, terão direito a sucessão de 2/3.
Absurdo: o companheiro perdendo direito sucessório para sobrinhos. X e Y, com patrimônio de 200 mil. Sem filhos e pais mortos. Sobrinho na boa esperança. O sobrinho leva 133 mil reais. Se fosse casado, ganharia tudo. Como é companheira, só leva 66 mil.
X é casado, morreu antes dos dois anos de separação, engravidou outra e configurou união estável, e a separação não teve ainda. Vai pra mulher, e para o companheiro só o que adquiriu onerosamente durante a união estável (tirando, inicialmente, a meação). 
e) INCISO IV: Questão polêmica: existência de bens comuns e particulares:
COMPANHEIROS SEM HERDEIROS:
O companheiro vai receber todos os bens onerosamente adquiridos. Em relação aos particulares, o companheiro deveria receber todo o patrimônio, mas do ponto de vista legal, o companheiro só percebe os onerosamente adquiridos. Os particulares, nessa situação sem descendentes, ascendentes, colaterais, poderia-se cogitar desse patrimônio ser destinado ao município. Nesta circunstancia, deve-se fazer um esforço de interpretação, para que tudo possa ser destinado ao companheiro sobrevivente. Alguns sustentam que o 1824 poderia de alguma forma ensejar que só não existindo descendentes ascendentes, cônjuges e companheiros é que os bens particulares deveriam ir para os cofres públicos, mas esse artigo 1844 apresenta uma fragilidade, não pode ser interpretado desgarrado do caput do 1790. Aí, chega-se ao mesmo problema: bens particulares, só existindo companheiros, ...(?)
Art. 1.844. Não sobrevivendo cônjuge, ou companheiro, nem parente algum sucessível, ou tendo eles renunciado a herança, esta se devolve ao Município ou ao Distrito Federal, se localizada nas respectivas circunscrições, ou à União, quando situada em território federal
DIREITO REAL DE HABITAÇÃO
DIREITO SUCESSÓRIO dado aos companheiros e cônjuges, que diz respeito ao direito real de habitação. Esse direito real de habitação, pelo art 1831, é conferido exclusivamente ao cônjuge. Ocorre quando o cônjuge sobrevivente ocupa uma das residências, que não vai lhe pertencer em decorrência da sucessão, mas passa a ter um direito real de habitação, ainda que o imóvel seja de outro herdeiro (pela partilha, não será dado ao cônjuge a propriedade da casa que ele ocupa). Isso só vale para cônjuges. No entanto, o art 1831, ao estabelecer exclusivamente o direito de habitação para quem é casado, deve ser combatido pelo fato de o art. 7º 9278/96 não se encontrar revogado, ou por uma interpretação conforme a CF, que se possa a partir do direito real de habitação. Se a todos é assegurado o direito de habitação, não pode haver lei infraconstitucional que trate diferentemente cônjuges e companheiros.
Art. 1.831. Ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens, será assegurado, sem prejuízo da participação que lhe caiba na herança, o direito real de habitação relativamente ao imóvel destinado à residência da família, desde que seja o único daquela natureza a inventariar.
HERANÇA JACENTE:
ART. 1819 e seguintes: Ausência de alguma das classes que possam herdar: quando não houver descendentes, ascendentes, cônjuges ou companheiros, nem colaterais ou testamento, estaremos frente a uma situação em que o patrimônio vai ser destinado ao poder público. 
Art. 1.819. Falecendo alguém sem deixar testamento nem herdeiro legítimo notoriamente conhecido, os bens da herança, depois de arrecadados, ficarão sob a guarda e administração de um curador, até a sua entrega ao sucessor devidamente habilitado ou à declaração de sua vacância
Art. 1.820. Praticadas as diligências de arrecadação e ultimado o inventário, serão expedidos editais na forma da lei processual, e, decorrido um ano de sua primeira publicação, sem que haja herdeiro habilitado, ou penda habilitação, será a herança declarada vacante
Art. 1.821. É assegurado aos credores o direito de pedir o pagamento das dívidas reconhecidas, nos limites das forças da herança
Art. 1.822. A declaração de vacância da herança não prejudicará os herdeiros que legalmente se habilitarem; mas, decorridos cinco anos da abertura da sucessão, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União quando situados em território federal
Parágrafo único. Não se habilitando até a declaração de vacância, os colaterais ficarão excluídos da sucessão.
Art. 1.823. Quando todos os chamados a suceder renunciarem à herança, será esta desdelogo declarada vacante.
Patrimônio sem titulares, destinado obrigatoriamente ao poder público (município ou DF, conforme a circunstância). Ideia de jacência da herança (5 anos), com consequente período de vacância (após os 5 anos, passa definitivamente ao poder público). Conflito aparente com os 10 anos para a petição, pois o estado pode pegar em 5 anos, e só pode reclamar em 10 se isso ainda não ocorreu.
EXERCÍCIOS:
1. João da Silva, casado com Maria da Silva, pelo regime de comunhão parcial de bens tiveram 2 filhos. João trouxe uma herança de 1.000 e durante o matrimônio, acumularam outras 1.000. João faleceu em 2014. 
Dos patrimônios comuns, Maria fica com 500 unidades, pela meação, e os outros 500 vão para os dois filhos, cada um recebe 250. Não concorre pois a concorrência vale apenas para os bens particulares.
Dos patrimônios particulares, há concorrência, então Maria deve ficar com parte igual aos filhos, 333,33 cada um.
2. João da Silva é casado com Maria em 1950, pelo regime da comunhão universal de bens. João e Maria acumularam 1.000. O casal teve 3 filhos: Pedro, Paulo e Otávio. Pedro casou-se em 1977, com Mariana, pelo regime da comunhão universal de bens, e tiveram 2 filhos: Sérgio e Carlos. Maria faleceu em 1988. Pedro faleceu em 1990. João faleceu em 1992. Sabe-se que o único patrimônio acumulado por todos foram as 1.000 unidades. Efetue a sucessão.
Com a morte de Maria, 500 unidades são de João, pela meação. As outras 500, vão ser divididas entre os filhos: 166,66 para cada um.
Com a morte de Pedro, sua parte da herança, 166,66, comunica-se com sua esposa, pois era comunhão universal. Então Mariana percebe 83,33 (a metade) e seus filhos, 41,66 cada.
Com a morte de João, suas 500 unidades serão divididas em 3: 166,66 para Otávio, 166,66 para Paulo e 166,66 para os netos, por representação, recebendo, portanto, 83,33 cada um.
3. Com os mesmos dados acima, mas trocando o regime de bens dos casais para o regime da comunhão parcial de bens, e a data das mortes, para 2008, 2010 e 2014, qual seria a solução?
Com a morte de Maria, 500 serão de João e os 500 restantes irão para os filhos, pois João não concorre com eles já que é bem comum, e a concorrência ocorre em bens particulares. Cada filho recebe 166,66.
Com a morte de Pedro, sua parte da herança, 166,66 é particular, então não se comunicará, mas haverá concorrência. Então será dividido por 3, para garantir a igualdade entre a mãe e os filhos. Cada um ficará com 55,5.
Com a morte de João, suas 500 unidades serão divididas entre os dois filhos e netos, que representarão seu pai. Assim, cada filho receberá 166,66 e os netos, cada um, 83,33.
4. João da Silva é casado pelo regime da comunhão universal de bens, com Maria. Casamento ocorrido em 1970. Desta união, resultaram 3 filhos: A, B e C. O casal acumulou 2.000 unidades. Em 1990, João deixa a casa para viver com Marisete, com quem acumulou 4.000 unidades, e teve outros 3 filhos: D, E e F. Em 2004, João abandona Marisete, e passa a viver com Francisco, com quem teve outros 3 filhos adotivos, J, K e L. João faleceu em 2013. Sabe-se que João e Francisco acumularam 8.000 unidades. Sabe-se que nenhum dos patrimônios anteriores foi partilhado entre o casal e os companheiros. A primeira esposa, Maria, faleceu em 2014, e Francisco, faleceu em março de 2015. 
Quando há a separação de Maria e João, 1000 unidades ficam para Maria, e 1000 para João.
Quando há a separação de Marisete e João, 1000 unidades ficam para Marisete e 1000 para João.
Quando João falece, 4000 unidades ficam com Francisco, pela meação.
Os bens comuns, que ficam em 4000, serão divididos:
ou pelo inciso I do art. 1790 (4000 dividido entre os 9 filhos e Francisco = 400 para cada)
ou pelo inciso II do art. 1790 (4000 dividido entre 9 filhos e Francisco, os filhos ganham o dobro -> 2x9+1=19: em tal caso, divide-se 4000 por 19, então os filhos ganharão 421,50 e Francisco, 210)
Os bens particulares, 3000, serão divididos apenas entre os filhos, então cada um receberá 333,33.
Com a morte de Maria, seus 3 filhos receberão 333,33, pois ela só tinha 1000.
Com a morte de Francisco, se foi considerado o inciso I, ele terá 4400, que será dividido por 3. Se foi considerado o inciso II, ele terá 4210, que será dividido pelos 3 filhos.
5. João da Silva casado com Maria pelo regime da comunhão parcial de bens. Tiveram 3 filhos: Pedro, Paulo e Carlos. Sabe-se que Pedro recebeu uma herança num montante de 1.000 unidades. Pedro faleceu solteiro, em 2007. O segundo filho tentou retirar o olho do pai com uma faca, e cortar sua jugular. O terceiro filho, Carlos, renunciou à herança. Sabe-se que Carlos possui 2 filhos e Paulo possui 4 filhos. João faleceu em 2014, e tinha acumulado com sua esposa, 1.000 unidades. Efetue a sucessão.
Com a morte de Pedro, sua herança vai para os pais. 500 para João e 500 para Maria.
Com a morte de João, seus bens comuns, 1000, serão 500 para Maria e 500 para os filhos. Um morreu. O que renunciou não recebe nada, nem seus descendentes. O que está indigno não recebe, mas seus filhos sim. Cada um receberá, então, 125. Dos bens particulares de João, os 500 da herança de seu filho,haverá concorrência entre a mulher e os netos, então, a ela, ficará garantido ¼, ou seja, receberá 125, e os 375 que sobram serão divididos entre os quatro netos, cada um recebendo 93,75.
EXERCÍCIOS:
1. João da Silva, solteiro, faleceu em 2014. Deixou como parentes vivos, dois tios-avós e dois filhos de tios já mortos. Acumulou 1.000 unidades. Efetue a sucessão.
Para o professor, primo terá privilégio sobre os tios-avós, mas no código não há isso. Então fica 500 para cada primo.
2. João da Silva, casado pela separação de bens, com Maria dos Santos. João e Maria tiveram 3 filhos e João acumulou 3.000 unidades. Maria acumulou outras 1.000 unidades. Maria faleceu em 2013. O primeiro filho faleceu em 2014. Sabe-se que o primeiro filho possui 2 filhos com Marisete. João faleceu em 2015.
Com a morte de Maria, suas 1000 unidades dividem-se entre os 3 filhos mais o marido. Há concorrência e deve ser garantido ¼ ao cônjuge sobrevivente. Cada um recebe 250.
Com a morte do primeiro filho, suas 250 unidades dividem-se entre os dois filhos, então cada um recebe 125.
Com a morte de João, suas 3250 vão para os filhos. Cada filho recebe 1083 e os netos recebem 541 cada um.
3. João da Silva é casado com Maria dos Santos, pelo regime da comunhão universal de bens. Acumularam 2.000 unidades. Tiveram 2 filhos. O primeiro filho, Henrique, tem um patrimônio de 2.000 unidades, e é casado com Otaviana, em comunhão parcial de bens. O segundo filho de João e Maria é Carlos que vive maritalmente com Nanci. Acumularam 2.000 unidades. Sabe-se que João e seus dois filhos faleceram quando o seu veículo Chevette colidiu contra uma carreta. Quando o socorro chegou, todos estavam carbonizados. Efetue a sucessão.
Questão de comoriência:
Com a morte de João, 2000 unidades ficam com Maria. (1000 de meação e 1000 de herdeira)
Com a morte de Henrique, art.1837, cabe metade, pois só há um ascendente vivo, Otaviana recebe 1000 de meação e 500 de herança, os outros 500 vão para a mãe, Maria.
Com a morte de Carlos, Nanci recebe 1000 de meação e 333,33 de herança, pois é união estável (1790, III – outros parentes sucessíveis, é 1/3 para o companheiro), e a mãe, Maria, recebe os 666,66.
4. João da Silva vive em união estável com Maria dos Santos. Sabe-se que João e Maria residiam numa casa que João recebeu por herança de seus pais. João ainda trouxe 2.000 unidades do período anterior à união estável. João possui um filho com Carla e outro filho com Paula. João faleceu em 2014. Efetue a sucessão.
Com a morte de João, as 2000 unidades serão divididas entre os dois filhos (1000 para cada um). A casa será dividida entre os filhos, mas conforme o art. 1831, será assegurado o direito real de habitação a sua companheira.
5. João da Silva casado pelo regime da comunhão parcial de bens, com Maria dos Santos. Sabe-se que eles acumularam 2.000 unidades e João trouxe para o casamento,2.000 unidades. O casal não teve filhos e os pais de João estão mortos. Sabe-se que dois avós na linha paterna ainda se encontram vivos, bem como um avô na linha materna. Além disso, dois trisavós na linha materna ainda estão vivos. João faleceu em 2014. E os avós paternos foram assassinados em 2015. Efetue as sucessões.
 Com a morte de João , seus bens comuns (2000) serão assim divididos: 1000 para meação de Maria, e 500 como herança (1837). Os avós paternos recebem 250 (125 para cada um) e a avó materna, os outros 250.
Dos bens particulares (2000), fica assim: há concorrência entre o cônjuge e os ascendentes, indiferente do regime de bens. Assim, Maria receberá 1000 unidades de meação e 500 de herança. Os outros 500 serão divididos entre os avós, 250 para a linha materna e 250 para a paterna (125 para cada um)
Com a morte dos avós paternos, a herança de 500 vai para o município.
6. João da Silva vive em união estável com Maria dos Santos. Não tiveram filhos e só têm como parente um filho de um irmão de João, já morto. João e Maria acumularam 2.000 unidades e João recebeu de herança outras 2.000 unidades. João faleceu em 2015. Maria, em 2015, um mês após João. Sabe-se que Maria possui seu antigo marido ainda vivo, sendo que a separação ocorreu havia quatro anos, porque o marido de Maria lhe agredia diariamente. Efetue as sucessões.
Com a morte de João, os 2000 bens comuns, 1000 ficam com Maria, pela meação e 333,33 de herança. (1/3 por ser união estável e ter parentes sucessíveis)
O filho do irmão vai ficar com 666,66 mais os 2000 particulares de João. 
Com a morte de Maria, vai tudo para o município.
EXERCÍCIOS DE REVISÃO:
1. Quando se considera aberta a sucessão? 
2. Quais leis se aplicam à sucessão e ao procedimento de partilha?
3. O que é SAISENE?
4. Como se dá a aceitação e a renúncia da herança? É possível renúncia ou aceitação parcial?
5. Existe alguma hipótese de renúncia ineficaz?
6. Qual é a forma de formalização da renúncia?
7. A eventual declaração de ineficácia sempre permite ao ofendido buscar os bens que eram objetos da renúncia hereditária? O que pode ser feito para isto prevalecer?
8. É possível cessão de direitos hereditários a título singular?
9. Quais os instrumentos que os herdeiros possuem para fazer prevalecer o direito de preferência para a hipótese de cessão, que não lhe foi comunicada?
10. Quais as diferenças entre o sistema do código de 1916 e o de 2003 em relação à vocação hereditária?
11. Como ocorre a sucessão dos cônjuges no atual código civil?
12. O sistema de sucessão dos companheiros tem qual diferença em relação aos cônjuges?
13. Qual o sistema de sucessão dos descendentes e ascendentes?
14. O que é petição de herança?
15. Qual a diferença entre indignidade e deserdação?
16. O que são herdeiros necessários?
17. O que significa herdar por representação?
18. Qual a diferença entre herança vacante e jacente?
GRAU B
TESTAMENTO
Não se encontra tanto testamento. É o último ato volitivo da pessoa, por isso não se admite testamento por procuração.
É uma manifestação solene, gratuita, revogável, de última vontade, em que a pessoa faz a disposição de conteúdo patrimonial, ou não (reconhecimento de filho, forma pela qual deseja que o túmulo seja revestido...)
Quando for interpretar o testamento, que não é a última expressão de vontade do falecido, não se trata de testamento válido no direito sucessório. (Deixo a escolha de quem de vai receber determinado objeto, não é valido ao direito sucessório do testamento por não ser a ultima expressão.)
Sempre pode ser revogado, no todo ou em parte. Dificuldade quando o testador realiza a revogação parcial do testamento. Poderá ser revogado no todo ou em parte. Pode exisir um certo grau de dificuldade quando o testador realiza a revogação parcial do testamento, deixando parte válido e parte no outro testamento. Não significa que testamento mais moderno seja sempre substituto do anterior, é preciso verificar que o novo tem todas as instituições do anterior.
Última disposição testamentária que é irrevogável: o reconhecimento de paternidade (1610). Mesmo que faça outro testamento, aquela cédula testamentária será válida.
No testamento pode existir conteúdo patrimonial ou não. (pesquisar algo, forma da capela, o reconhecimento de um filho, ou a forma pela qual se quer o tumulo seja revestido)
Pode-se ter reconhecimento não patrimonial também que uma fundação não governamental tenha atividade de pesquisa no combate ao câncer ou outra, se desejo for do falecido.
Pode ser realizado por qualquer pessoa, com mais de 16 anos. Não há coincidência entre capacidade civil e para testar. (está vinculado a tempos outros quando as pessoas tinham expectativa de vida menor).
As nulidades decorrem em 5 anos (1859 – Extinguem-se em 5 anos... contado o prazo do seu registro), mas existem julgados que dizem que não pode decair a nulidade.
O novo código civil trouxe um dispositivo que dirá que as nulidades decaem em 5 anos. O artigo 1859. A nulidade não apresentaria prazo para sua declaração como aparece isso agora? Alguns julgados dizem que não pode ser aplicado esse artigo porque as hipóteses de nulidade continuam sem prazo, o professor diz que este artigo está vinculado a ideia de maior segurança jurídica. Algumas indagações se enquadra no art. : xico mora em sapucaia e nunca foi em caxias do sul e quando ele morre aparece um testamento dele em caxias do sul, depois se descobre que ele é empresário o tabelião de lá tinha interesses e forjou o testamento, será que cinco anos depois os familiares irão perder todo o patrimônio que ele conquistou na vida? Este artigo não se aplica aos atos inexistentes, aquilo que foi feito sem nunca a própria pessoa ter declarado. O 1859 não se aplica a atos inexistentes. O TPR diz que não se aplicaria quando a pessoa não teria assinado o testamento, isso não é ato nulo, mas inexistente.
Não se aplica a atos inexistentes (ele nunca foi até lá, e apareceu um testamento com o nome dele: isso é ato inexistente, existe de fato, mas não juridicamente).
5 anos do registro- esse registro do testamento- toda sucessão que envolve testamento, exige alguns procedimentos: antes do ajuizamento do inventário, se faz necessário o registro, abertura, confirmação do testamento, se é público, particular (confirmado pelas testemunhas perante o juiz) ou cerrado (aberto pelo juiz na frente dos interessados). Contam-se os cinco anos do artigo 1859 do registro do testamento. Quando se realiza o procedimento de inventário antes do ajuizamento do inventário se faz necessário o registro, a abertura ou a confirmação do testamento público, particular (confirmado pelas testemunhas perante ao juiz) ou cerrado (juiz lerá o testamento e tornará público). Precede ao inventário.
O testamento é ato em que terá que ser praticado dentro dos padrões estabelecidos em lei, por isso ato formal e solene. As formas testamentarias estão estabelecidas na lei Civil e não existe outras. Existe uma única liberade de fazer ou não alguma coisa.
É de jurisdição voluntária.
Formal, solene (deve ser dentro dos padrões estabelecidos em lei). Só aquelas formas estabelecidas na lei civil (as partes não podem inovar). A única liberdade é de fazer ou não alguma coisa.
O testamento tem que ser sempre a ideia de que o sujeito está livre para manifestar sua ultima vontade, de qualquer espécie de coação, influencia que possa macular sua ultima vontade. Tem a ideia de que o sujeito está livre de coação ou de influência, para essa manifestação de última vontade.
Geralmente é escrito. Pode ser oral quando for testamento militar (soldado baleado chama o superior e passa a ditar para ele, que vai reduzir a termo: é a única hipótese verbal que a lei Civil admite.)
TESTAMENTOS ORDINÁRIOS/COMUNS
Se tem no Brasil o sistema que contempla os testamentos ordinários. Estes são públicos, cerrado e o particular.
PÚBLICO – escritura pública. No RS, com característica do cerrado, para evitar chantagens. O testamento que tem a ideia de ser público no RS não épublico porque a administração do TJ proíbe os tabeliães de fornecer certidão de existência ou inexistência de testamento público de pessoas vivas, evitando haver chantagem. O testamento público no RS tem o mesmo efeito do testamento cerrado. O testamento público é mais seguro aqui no RS e se não eficaz por efeitos formais, o prejudicado terá a quem cobrar, do tabelião.
PARTICULAR – problema – se a cédula desaparece, pois a cédula fica com particular. O testamento particular é o advogado que se aconselhar a alguém de não faze-lo, pois esse tem como problema que esse poderá sumir desaparecer, por chantagem ou qualquer interesse, porque não tem em lugar nenhum que este foi entregue a alguém diferente do cerrado que lhe é sabido para quem foi entregue.
É feito este e entregue a alguém, isso pode não ser um padrão, mas pode haver o desaparecimento da cédula do testamento.
CERRADO – enquanto não morre, ninguém sabe qual o conteúdo dele. Este testamento é um envelope fechado, que apresenta 5 pontos, que o tabelião costura e faz um nó cego em cada um deles. Sobre cada nó, pinga cera e coloca seu brasão para evitar para que se possa ser aberto antes.
TESTAMENTOS ESPECIAIS
MILITAR
MARÍTIMO
AERONÁUTICO
Eficácia de 90 dias após sua celebração. Se não ocorreu o óbito do autor em 90 dias, deve fazer pelas vias ordinárias, se quiser mantê-lo. 
Testamentos especiais tem uma eficácia de 90 dias após sua celebração. Se não ocorrer o óbito do autor em 90 dias ele deve fazer um testamento por vias comuns.
Será especial quando testamento militar, marítimo e o aeronáutico. Estes possuem somente eficácia de 90 dias após sua celebração. (aeronáutico quando alguém passa mal dentro do avião e não quer descer no lugar mais próximo, chama o comandante para ditar o testamento, só teria validade no oceano diz o professor).
CODICILO
O codicilo está no artigo 1881 do CC. as pessoas que queiram ser cremadas, pela lei são por vontade dos familiares ou pela pessoa morta? No padrão é pelos familiares, só que pela nossa lei de registros públicos a cremação de qualquer pessoa sem sua vontade só poderia ser autorizada em casos de saúde publica para tentar barrar uma inseminação e doença. Pela lei de registro públicos para isso ocorrer devá ter uma manifestação expressa em vida. O artigo 77 §2º da lei 6015/73. Codicilio são pequenas situações de conteúdo não patrimonial. O codicilo serve para situações em que se queria ou ter disposições sem conteúdo patrimonial ou com conteúdo patrimonial que seja mínimo, como destinação de livros, anéis por afetividade, entre outros.
O codicilo pode estar inserido no testamento e não existirá serventia para situações que devam ser feitos quando da morte. Se terá presente que o codicilo pode haver uma folha de forma autentica entregue a qualquer pessoa. Não se tem prática muito grande, menos que o testamento.
FORMAS DE TESTAMENTOS:
TESTAMENTOS COMUNS:
Testamento particular: o documento que é a cédula testamentária pode ser manuscrito ou datilografado (eletrônicos de digitação) podendo ser redigido em língua nacional como língua estrangeira desde que as testemunhas tenham acesso aquela língua. O testamento particular no CC revogada exigia 5 testemunhas e destas 3 eram obrigadas a confirmar o testamento perante o juiz. Se não encontrasse três testemunhas o testamento caducava e perdia sua eficácia. Nos moldes atuais só exige 3 testemunhas e destas só exige que 1 confirme o testamento. Ex: o juiz ouve as três e duas afirmam que não é o testamento, 1 afirma que é, basta uma confirmar para que seja válido a ser processado, se as três testemunhas falecerem caduca, a não ser que se faça novo testamento em vida. O novo CC abre a possibilidade de existir testamento particular sem testemunhas, ou seja, na hipótese primeiro que será feito de próprio punho pelo testador, segundo deve declinar os motivos pelos quais o testador não está tendo acesso à testemunhas (ex.: sujeito que está no fundo de uma fazenda numa noite fria sozinho e começa sentir dores e está infartando, ele pega e redige seu testamento. Outro ex.: o seujeito está sequestrado e tem certeza que a família não pagará o resgate). Se a pessoa sobreviver depois desta modalidade de testamento, para alguns se fará analogia dos 90 dias dos testamentos especiais. Outra posição dirá que como não existe nenhuma presunção legal esse terá efeitos de manifestação de ultima vontade. O testamento sem testemunha não pode ser celebrado por analfabeto? Se pedisse para alguém fazer por ele não se teria certeza de que o conteúdo é aquele que ele realmente queria.
Testamento cerrado: tem duas fases. A primeira quando o testador elabora a cédula (pode ser pelo testador ou por auxilio de outas pessoas, mas é documento particular) só não será feito pelo tabelião por impedimento e será nomeado substitutos. Se tem que o testador entrega a cédula na frente de duas testemunhas, o registrador apanhará o envelope e colocará a cédula na frente das testemunhas dentro do envelope e iniciará o auto de encerramento (cola, cinco nós, e cera, o professor diz que o conteúdo terá que ser revisado pelo tabelionato, pois é o nome dele em jogo).
Testamento público: é feito por escritura pública, como saber qual tabelionato em que o falecido deixou seu testamento? No RS, criou-se a central de testamentos públicos, toda vez que alguém faz testamento o tabelião informa essa central em porto alegre, quando alguém falece, o sujeito terá que ir na central que terá os dados gerais de todos os municípios (com a certidão de óbito). No RS a acessibilidade ao testamento só ocorre após a morte do testador. O testamento exige a presença de duas testemunhas instrumentais. Esse testamento é dos que melhor se amolda a ideia de traduzir a segurança jurídica seja par ao testador ou para o beneficiário.
A modificação pode ser feito livremente e não necessita seguir a forma anterior. O que é necessário é manter uma das formas que a lei permite para sua celebração.
Testamento Público
Pessoas cegas, analfabetas, pois a fé-pública permite isso.
TESTAMENTOS ESPECIAIS:
Questão do prazo de eficácia:
Militar – existe a possibilidade de ser feito oralmente, num primeiro momento.
Cláusula de Deserdação em Testamentos
A deserdação significa retirar a possibilidade dos herdeiros obrigatórios receberem a parte indisponível. Ela permite que o testador venha a testar a legítima em favor de outras pessoas, que não aquelas indicadas por lei. Ela só tem sentido de ser para os herdeiros obrigatórios: quando quer afastar descendente, ascendente ou cônjuge. Lembrando-se que os companheiros não necessitam ser deserdados, pois no atual sistema, não são herdeiros obrigatórios.
1790: simplesmente podem não ser contemplados com aquela parcela pelo testador.
Especificidades da cláusula:
· A cláusula busca atingir a parte indisponível da legítima, pois a disponível basta estar testada para outra pessoa.
· Há causas específicas em que se pode configurar a deserdação:
1º: Em todas as hipóteses que se pode declarar alguém indigno
2º: A deserdação também pode ser reconhecida nas hipóteses do art. 1961 e 1962: existe uma lacuna: o cônjuge não está contemplado com hipóteses especificas de deserdação: ele só pode ser deserdado nas mesmas hipóteses em que pode ser declarado indigno. O sujeito está morrendo, e a esposa não auxilia: seria hipótese de deserdação, mas não ocorre pois não há previsão legal.
Quando houver deserdação:
1º Deserdada nos estritos ritos da lei (1814, 1961, 1962). Se não for assim, a deserdação não passa de uma paranoia. Ela vai continuar a perceber os valores determinados por lei.
2º: As hipóteses, previstas em lei, devem estar expressas no testamento.
Comprovada em uma ação própria. O 1965 diz que se conta o prazo a partir da abertura do testamento. A indignidade, é contada pela morte. Aqui, é quando o portador do testamento vai a juízo, e num procedimento prévio ao inventario, faz os procedimentos específicos para cada um: o registro para publico, abertura para cerrado e confirmaçãopara testamento particular. o prazo de 4 anos passa a contar. Não se conta a partir da morte.
EFEITOS PESSOAS DA INDIGNIDADE:
Ver 1816 e 1961... 1965:
Existem duas possibilidades sobre essa questão: 
1º: não aplicar os efeitos do art. 1816: pois essa somente seria para indignidade. Efeitos pessoais somente indignidade. Para efeitos da deserdação, não há efeito pessoal.
2º: Pode-se também imaginar que,pela similitude dos institutos, deveria ser aplicado o efeito pessoal da deserdação.
-- como é incomum ter testamento, é mais incomum ainda existir deserdação. Para ser deserdado, é necessário um fato anterior à morte, e sua referência em testamento. Se não falar em testamento que o filho lhe agrediu, e inserir a comprovação dessa agressão, como um laudo médico, não será possível se falar em deserdação.
PERDÃO:
Na indignidade: por escritura pública, de forma expressa. Não pode ser tácito.
Quais os efeitos para a indignidade de uma eventual doação em vida pelo ofendido:
Eu matei a esposa do meu pai, ele me contempla com uma casa. Qual o efeito disso em relação a uma possível declaração de indignidade? (questão de perdão tácito).
Na deserdação: basta não contemplá-lo com a deserdação no testamento, ou, se já fez um testamento, fazer um novo e revogar o antigo. 
Só produz efeitos depois de ser reconhecida por sentença em juízo 
TESTAMENTO AGREDINDO ÀS LEGÍTIMAS:
É considerado ineficaz qualquer testamento que agrida a parte legítima: reduz-se a disposição testamentária até a quota parte possível de ser testada. (50%).
No contrato de doação a terceiros , o que exceder a legítima é nulo (art. 549 CC). No caso do testamento, é ineficácia e se faz uma redução (1966 CC)
Art. 1.966. O remanescente pertencerá aos herdeiros legítimos, quando o testador só em parte dispuser da quota hereditária disponível
Art. 1.967. As disposições que excederem a parte disponível reduzir-se-ão aos limites dela, de conformidade com o disposto nos parágrafos seguintes
Regras:
*Universais: de 70 para 50, de 60 para 50....
*Bens indivisíveis e divisíveis: Uma casa, terreno... Neste caso, as regras são as seguintes:
Parágrafo 1º do art 1968: 
Art. 1.968. Quando consistir em prédio divisível o legado sujeito a redução, far-se-á esta dividindo-o proporcionalmente.
 § 1.º Se não for possível a divisão, e o excesso do legado montar a mais de um quarto do valor do prédio, o legatário deixará inteiro na herança o imóvel legado, ficando com o direito de pedir aos herdeiros o valor que couber na parte disponível; se o excesso não for de mais de um quarto, aos herdeiros fará tornar em dinheiro o legatário, que ficará com o prédio
O valor do excesso e o valor do bem: se tenho legado de 800 mil e foi dado um prédio de 1milhao e trezentos, devo perder o prédio em favor dos herdeiros, e eles devem entregar o valor em dinheiro.
Legado de 1 milhão, e foi dado um prédio de 1.100,00 milhões. Eu como legatário, fico com o legado de 1100, mas fico obrigado a devolver 100 mil reais.
Vai se reduzindo até encontrar o valor. Se indivisível, regra de ¼. Se exceder ¼, o bem fica com os herdeiros, e eles devem restituir o valor. Se não exceder ¼, posso me apropriar do bem, mas devo restituir o valor aos herdeiros.
Renúncia à diminuição:
Frente a herdeiros maiores e capazes, pode ser livremente transacionado. Menores e incapazes, não pode ser transacionado.
Rompimento do testamento
Exemplos: contemplei Pedro com toda a minha herança, não sabia que tinha filhos, ou pais ou esposa vivos. Dois meses depois da minha morte, aparece o filho, esposa ou pais. O testamento se reduz ou se rompe? Se rompe 1973, na ignorância de herdeiros necessários, pois se ele soubesse que tinha filhos, pais ou esposa vivos, não se sabe se ele faria esse tipo de testamento. Assim, o Pedro não recebe nada. É como se o testamento não tivesse sido escrito. Tem até 10 anos para fazer isso. Se já tiver gastado algo, vai ter que devolver, na íntegra.
Art. 1.973. Sobrevindo descendente sucessível ao testador, que não o tinha ou não o conhecia quando testou, rompe-se o testamento em todas as suas disposições, se esse descendente sobreviver ao testador
Art. 1.974. Rompe-se também o testamento feito na ignorância de existirem outros herdeiros necessários
Art. 1.974. Rompe-se também o testamento feito na ignorância de existirem outros herdeiros necessários
Só se mantém o testamento no conhecimento de herdeiros necessários.
REVOGAÇÃO DO TESTAMENTO
1969: revoga-se da mesma forma que se tem para fazê-lo. Não precisa observar forma com forma. Pode fazer pública e cerrada, desde que seja permitida em lei.
Art. 1.969. O testamento pode ser revogado pelo mesmo modo e forma como pode ser feito
Art. 1.970. A revogação do testamento pode ser total ou parcial.
Parágrafo único. Se parcial, ou se o testamento posterior não contiver cláusula revogatória expressa, o anterior subsiste em tudo que não for contrário ao posterior
Art. 1.971. A revogação produzirá seus efeitos, ainda quando o testamento, que a encerra, vier a caducar por exclusão, incapacidade ou renúncia do herdeiro nele nomeado; não valerá, se o testamento revogatório for anulado por omissão ou infração de solenidades essenciais ou por vícios intrínsecos.
DAS SUBSTITUIÇÕES 1952-1960
O testamento cerrado se rompe se houver a vontade do testador em rasgar ou abrir.
Qualquer testamento pode existir regras a respeito de se tentar evitar que a sucessão testamentária volte a ser uma sucessão legítima. A p rimeira maneira para evitar que volta a ser sucessão legítima, é que ele herdeiro instituído não querer receber o patrimônio, nessas circunstancias o testador nomeará um substituto (simples ou vulgar). Se joao não quiser ou não puder aceitar o testamento nomeio Pedro ou para o lugar de Pedro Paulo e josé um nomeio Carlos. A maioria dos testamentos prevê a possibilidade de ser recusado pelo herdeiro constituído (arts. 1947, 1948, 1948 1950). Pode haver uma vontade de testar para pessoas ainda não concebidas, é o chamado de substituição de ficeicomisso que significa ser uma substituição de futuros herdeiros ainda não concebidos, ou seja, com a nomeação de outro para receber no seu lugar, só terá lugar nessa circunstancia em favor dos não concebidos ao tempo da morte do testador (art. 1952). A ideia do fideicomisso é ter um testador que instituirá um proprietário fiduciário e resolúvel que sob termo ou condição ficou a obrigado a transmitir essa herança ao fideicomissário. É propriedade resolúvel quando nasce sem tempo determinado e perpétua quando um titulo que a constitui existir um termo ou condição que diga quando essa propriedade será instita estará em frente a uma propriedade resolúvel. Toda e qualquer substituição fideicomissária em primeiro momento propriedade resolúvel para num segundo momento se tornar perpétua. Ex.: sujeito institui um herdeiro dispondo que o fideicomissário resolúvel deve em 20 anos passar as propriedades recebidas. Vinte anos após o nascimento do fideicomissário terá o dever de devolver a herança à este. Se o fideicomissário renunciar à herança esta propriedade se consolidará com o fiduciário 1955. Se o fiduciário não aceitar essa condição tudo se devolve ao fideicomissário pelo art. 1954. Os efeitos da extinção da propriedade do fiduciário são exnunc ou extunc? Se os efeitos são exnunc a penhora persiste, se extunc não. Os efeitos da extinção da propriedade em fideicomisso são ex tunc. A propriedade será resolvida ao fideicomissário nas mesmas virtudes a que ela foi entregue ao fiduciário. Se o fiduciário recebeu a propriedade sem encargos, assim ela deve retornar ao fideicomissário (não veremos isso mais, por ser antigo para os tempos atuais, diz o professor). Se instituo fideicomisso e já estiver o beneficiário vivo se tem o fideicomisso transformado em usufruto.
Quem pode ser testemunha em um testamento:
Não podem ser nomeadas herdeiras no testamento 1801:
O professor diz que o artigo 1801 inciso III os cinco anos diz respeito a origem do divórcio conforme o código anterior.Esse inciso não tem mais aplicação para concubino.
O tabelião não pode ser nomeado herdeiro se houver escrito o testamento.
Os legados são instituição de herdeiros a título singular, só pela via testamentária se pode instituir esses herdeiros. Significa a ideia oposta a herdeiros a titulo universal (nomeio Ricardo beneficiário de 35% do patrimônio) já o legado (Ricardo receberá meu automóvel placa tal escolhido e determinado). É o chamado de sucessão a título singular porque singulariza o patrimônio que estará sendo transmitido (ex.: deixo para maria 100.000 mil reais).
Legado de coisa incerta que se está deixando 1000 kg de arroz pela quantidade, gênero e espécie.
Legado de usufruto dirá quem é o nu proprietário e quem ser´ao usufrutuário. Se tem a questão de que se deixa aos herdeiros a nu propriedade pode deixar para terceiro o usufruto? O usufruto sobre legados deve respeitar a ideia de herdeiros necessários, não se pode acabar com a legítima dos herdeiros necessários diz o professor. Todo beneficio que a herança podia gerar eu deixei para um terceiro, qual o benefício do nu proprietário? Nenhuma.
Legado de alimentos fica jungido a pagar os alimentos nos limites do patrimônio legado. Pode ser preso o testamenteiro se não cumprir? O professor diz que não é permitido em relações de coação pessoal só de parentesco. Para ter aplicação prática o que é necessário obrigar os herdeiros a fazerem? O juiz deverá constituir um capital prevendo o tempo que isso será dilatado com os pagamentos mensais. Indisponibilizar o patrimônio até o pagamento dos alimentos para assegurar as prestações.
Legado de crédito em favor de alguém que está devendo ao testador, para fazer frente a um débito.
...
20 anos tem o dever de devolver a propriedade ao fideicomissário. Se o fideicomissário renunciar à herança, a propriedade vai se configurar como fiduciária. Se o fiduciário não aceitar, tudo se devolver ao fideicomissário 1954, quando o ocorrer o termo ou a condição. Os efeitos são ex tunc, pois retroagem à data de entrega.
Recebi uma propr fiduciária, que hoje existe uma penhora, que não havia quando da instituição. Se for efeito ex nunc, a penhora subsiste. Se forem ex tunc, não. Assim, os efeitos são ex tunc: a propriedade é devolvida ao fideicomissário nas mesmas virtudes em que foi entregue ao fiduciário. Se não havia ônus ou encargo, o fideicomissário também a receberá nesses termos.
Art. 1.954. Salvo disposição em contrário do testador, se o fiduciário renunciar a herança ou o legado, defere-se ao fideicomissário o poder de aceitar
PESSOAS QUE NÃO PODEM SER NOMEADAS HERDEIRAS
Art. 1.801. Não podem ser nomeados herdeiros nem legatários:
I - a pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, nem o seu cônjuge ou companheiro, ou os seus ascendentes e irmãos
II - as testemunhas do testamento;
III - o concubino do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver separado de fato do cônjuge há mais de cinco anos;
IV - o tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou escrivão, perante quem se fizer, assim como o que fizer ou aprovar o testamento
OBS: III – 5 anos pois remontam à origem do divórcio: em 1977 só poderia haver divórcio 5 anos após a separação de fato. O inciso não se aplica mais. A separação de fato dá fim à ideia de concubinato, a questão de tempo não interessa mais. Pode haver concubina tendo união estável. 
O tabelião se houver subscrito o testamento não poderá também ser nomeado herdeiro.
Como se faz a colação ou se existe a possibilidade de colação quando um pai faz sucessivas doações e sempre sai da parte disponível?
Ex. Um milhão, 500 mil doados. Só tendo 500, faz doação de 250. Passados alguns meses, 125, depois de 62,500. Isso é lícito ou ilícito? Como se deve agir diante disso? Como se disciplina isso?
Colação: correção de herança. 
TESTEMUNHA EM TESTAMENTO
DOS LEGADOS
Legado é a instituição de herdeiros, a título singular. Apenas pela via testamentária pode-se instituir o legado. (Vai receber o carro tal, de placa tal).
*Herdeiros a título universal: instituídos sobre o todo, ou parte do todo, sem individualização.
*Herdeiros a título singular: bens previamente escolhidos ou determinados.
Singular, pois singulariza o patrimônio que será transmitido. Indica o que vai ser dado a pessoa. 
Tipos de legados:
- Legado de dinheiro: deixo 100 mil reais
- Legado sobre coisa incerta: Deixo 1000Kg de arroz.
- Legado de usufruto: Quem é o nu proprietário e quem é o usufrutuário. 
Deixo para os necessários a nua propriedade, e entrega para um terceiro se beneficiar como usufrutuário. Assim, parece mais correto que o usufruto em legados deva respeitar os herdeiros necessários: não pode com o usufruto, acabar com a legítima dos herdeiros necessários. Os herdeiros podem intentar nulidade do testamento.
- Legado de alimentos: só podem ser obrigados a pagar os 1000 nos limites do patrimônio. Não pode deixar legado de 1000 por mês, se não tem patrimônio para tanto.
O testamenteiro pode ser preso por não pagar alimentos? Esses aqui não permitem execução por coação pessoal.
É instituído em 120 prestações de alimentos de 1000 reais: o juiz deverá constituir um capital, prevendo o tempo que o capital será dilapidado com os pagamentos mensais. Ele tinha 400 reais, deverá deixar como patrimônio indisponível, no montante necessário a fazer frente ao pagamento, assegurando as prestações.
Art. 1.920. O legado de alimentos abrange o sustento, a cura, o vestuário e a casa, enquanto o legatário viver, além da educação, se ele for menor.
- Legado de crédito: instituir crédito em favor de alguém que esteja me devendo, para que se quite a dívida.
FORMALIZAÇÃO DE UMA SUCESSÃO
No quotidiano, como se dá a formalização de uma sucessão?
ANTES DA MORTE:
1*A forma mais comum que se têm, para pessoas que tem algum patrimônio, é tentar solucionar essa questão em vida. A sucessão em vida, que não é bem uma sucessão, é apenas uma destinação de patrimônio aos seus futuros sucessores. É feito com doações e usufruto. 
É comum anteciparem com doações, com os pais reservando para si o usufruto. Isso torna o patrimônio, em um dado momento da vida, imutável. Ninguém compra algo que está revestido de usufruto.
2*Utilização de pessoas jurídicas. Criação de holdings para se fazer a entrega dos bens, barateando os custos da sucessão.
( Grandes patrimônios não vão ser partilhados quando da morte, devido ao custo elevado.
Geralmente os pais fazem isso para baratear os custos ou para prevenir o litígio.
DEPOIS DA MORTE/ ABERTA A SUCESSÃO:
(Observa-se o paradigma que depois da morte, a formalização de qualquer partilha, vai depender da intervenção de qualquer advogado. Seja por meios judiciais ou extrajudiciais. 
1*Forma consensual:
Existem duas formas:
a) partilha extrajudicial: escritura pública de partilha. A partilha sempre pode ser feita por escritura pública. A partir de 2007, a partilha feita por escritura publica não mais dependeria de homologação judicial. Ela, por si só, permite que se tenha uma formalização de divisão patrimonial feita pelos herdeiros. Sempre se pode ter partilha, por escritura publica, mas deveria ir para juiz homologar, então ninguém fazia. Agora, como não precisa mais, é possível que a partilha por si só seja levada a efetuar a sucessão hereditária.
** Nesse caso, quando se tem herdeiros maiores e capazes, e absoluto consenso, com assistência de um advogado, pode-se optar pela via extrajudicial. Não é preciso judicializar a partilha. A escritura terá o mesmo valor que um inventário ou arrolamento. Na atual legislação, os tabeliães são obrigados a fazer gratuitamente para aqueles que eram declarados pobres. A partir do Código de Processo Civil de 2015, todas as partilhas serão pagas.
A escritura publica é mais barata que o serviço judicial.
Um imóvel de 1 milhão, ou cem imóveis de 1 milhão: será cobrado o mesmo: 2.950. Eles só podem cobrar da totalidade. Se fosse judicializado, em qualquer das duas situações, seria uns 45 mil reais. Judicializado, cobra-se o teto de todos, taxas...O registrador ganha por imóvel.
Comporta a nomeação do inventariante, a descrição de todos os imóveis, todo o patrimônio. Essa descrição acarreta depois que se faça nessa mesma escritura, a partilha desse patrimônio. Herdeiro X com a casa, Y com 300 mil reais. O novo Código de Processo Civil, afirma que a escritura publica é suficiente para sacar dinheiro em conta corrente. Diz expressamente que a escritura de partilha vale para sacar em bancos, anotar em livros de ações, transferência de automóveis. Tudo o que hoje se tem empecilhos, se passa a ter garantias que a escritura publica servirá para isso.
Não se admite sucessão testamentária em escritura pública. Nem agora, nem depois.
Comecei um processo judicial, posso transformar em posso, desde que pagar 
Posso retificar processo judicial
Pode ser feita por outra escritura pública.
Ela tira do judiciário todo o ranço que se tem no judiciário.
Não dispensa que os herdeiros tragam para o tabelião as negativas da fazenda federal, estadual e municipal. Essa necessidade de certidões negativas é do código tributário nacional. Comprovação do pagamento frente às fazendas.
Em seguida, a escritura pública será levada onde estão os imóveis/ títulos/ bens móveis...
Tabeliães de notas/ notários: a vontade das partes é transformada em escrito. Tudo o que o tabelião produz, é um escrito público (acessibilidade mediante certidão, por qualquer cidadão). Presunção de veracidade.
Alguns atos do tabelião devem ser levados a registro. Este é um ato obrigatório para constituir, modificar, ou declarar direitos.
Posso não optar em fazer a escritura pública.
b) partilha consensual judicial: se dá pelo arrolamento sumário, que também exige herdeiros maiores e capazes, bem como a presença de um advogado. É preciso saber qual o juízo que é competente, para o arrolamento sumário. Assim, é necessário saber as regras de competência:
1º: último domicílio do falecido. Essa regra é relativa, pois se pode ajuizar em outra comarca, sem maiores prejuízos. Se for arrolamento, dificilmente alguém arguirá incompetência relativa.
Os herdeiros indicam um para ser inventariante. No processo a inicial constará quem morreu, e a prova de quem morreu (atestado de óbito ou auto de necropsia), os herdeiros vão apresentar os títulos que justificam eles como herdeiros. Ou seja, deve-se demonstrar a condição de herdeiro (certidão de nascimento ou casamento. Se todos forem maiores e capazes, eles podem reconhecer a união estável. O pai faleceu, e vivia com uma mulher, em união estável. Para fins patrimoniais, podem reconhecer a união estável. Eles não podem fazer acordo para fins dessa senhora ganhar auxilio previdenciário. Para fins de divisão do patrimônio dos herdeiros com ela. Se houvesse menores e incapazes, não poderia ser feito isso, pois isso diminui o patrimônio dos herdeiros. Se já houver reconhecimento, a ação judicial ou escritura pública ou documento particular, onde se estabeleceram as regras de convivência).
Ideia de nominar-se o patrimônio que pretenda se ver partilhado. Os herdeiros vão descrever todo o patrimônio. Se for imobiliário, atentar-se à lei dos registros públicos, quanto aos rurais (art. 225 Lei 6015/73: os tabeliães.. farão com que as partes indiquem com precisão as localizações do imóvel... lado par ou ímpar do logradouro... se o imóvel for rural, já deverá ter o georeferenciamento. Isso é essencial.)
Feito a descrição de tudo o que será partilhado, bem como as dividas que serão pagas com o patrimônio, se passará ao plano de partilha. Esse plano é feito de comum acordo. Não precisa apresentar igualdade. Se não apresentar igualdade, pode representar cessão de direitos imobiliários entre os herdeiros (dupla incidência tributária: causa mortis e inter vivos, que equivale a doação entre os herdeiros)
No processo de arrolamento, não exista qualquer discussão sobre a avaliação feita pela fazenda. Pelo atual Código de Processo Civil, pode existir arrolamento sumário, sem o pagamento dos impostos, mas existe um choque com o código tributário nacional, que exige as certidões negativas federais, estaduais e municipais. Então o CTN prevalece sobre o Código de Processo Civil.
Se o arrolamento for iniciado corretamente, não deveria demorar mais que um despacho, pois deveria conter toda a descrição dos herdeiros, do patrimônio, com as negativas tributarias; o único despacho judicial seria nomear o inventariante, homologar o plano de partilha e o formal de partilha.
O arrolamento sumário, depois de pagos os impostos, expedidos formais de partilha, se houver mais de um herdeiro. Formalmente vai resultar em um formal de partilha, e no caso de um herdeiro só, uma carta de adjudicação. Formal de partilha são folhas pré-impressas. 
Ausência de litígio, e necessidade de estabelecimento da presença de um advogado, sendo os herdeiros maiores e capazes.
(Quantos dias se têm para fazer a escritura pública ou o arrolamento? 60 dias depois da morte, para ajuizar. No RS, a lei estadual não prevê sanções pela não abertura. De ofício o juiz deveria abrir os ofícios não abertos.
Existem dois casos em que não se necessita nem arrolamento, nem escritura de partilha:
1º: Lei 6858/80: Pedido de alvará para o pagamento de importância depositado em instituições financeiras, pelo falecido. Até 500 OTNs, poderia fazer só com pedido de alvará (uns 18 mil reais). Levantamento de poupança, aplicações financeiras, sem existir outros bens para se fazer o inventário, pede um alvará judicial para dividir entre os beneficiários do INSS, ou pela ordem de vocação hereditária. Existencia desse patrimônio, objeto de partilha. Se tiver mais coisa, não é possível fazer o pedido de alvará.
FGTS: se a pessoa só tem fundo, é liberado com o pedido de alvará, se era só esse patrimônio.
Inventário negativo: utilizado para fixar as dívidas do morto. Quando pode existir a dúvida de que as dívidas são de outras pessoas, e quero ter certeza de que as dívidas morrerão com o morto; quando o falecido deixou algum patrimônio a ser formalizado a sua regularização. Deixou 10 imóveis, que fez promessa de compra e venda, e já estão quitados, bastando outorgar a escritura pública. Abrir inventário para solicitar em juízo a expedição de alvará para regularizar os imóveis que foram vendidos antecipadamente. Esses constam ainda com o falecido. Abre o inventário, para exclusivamente pedir a expedição de alvará para a confecção destes registros.
2* Forma Litigiosa:
Quando há menor, incapaz, ou litígio, em que há necessidade de haver espaço procedimental maior.
Herdeiros incapazes, ou em litígio: fazer o inventário. Não pode por arrolamento sumário ou escritura pública.
1º: aberto 60 dias após a morte, ajuizado no último domicílio do falecido. Não se tem uma competência absoluta também. 
2º: verificar quem está legitimado a abrir o inventário. Os legitimados a abrir o inventário, estão nominados no atual Código de Processo Civil, no artigo 987. *art. 983: O Código de Processo Civil estabelece que o inventário deveria ser encerrado em 12 meses depois de sua abertura. (isso não ocorre, duram 20, 30 anos).
*Quem deve pedir para abrir o inventário: (Petição de abertura de inventário: dizer o porque, e que alguém morreu, com o atestado de óbito.)
1- ABERTURA DO INVENTÁRIO:
Primeiro legitimado: quem está na posse e administração do espólio. (geralmente o cônjuge sobrevivente ou filho. Não necessita ser herdeiro, pode ser 3º que esteja administrando o espólio)
988 I: cônjuge (certidão matrimonial) E COMPANHEIRO também! (no novo Código de Processo Civil vem corrigido)
Se nenhum abrir, depois do cônjuge, qualquer herdeiro; legatário; testamenteiro (diferente do inventariante; aquele é nomeado pelo autor do testamento ou pelo juiz para fazer cumpri o testamento, se ele não fizer parte dos que vão receber a herança, recebe um prêmio, de 1% a 5%.); cessionário do herdeiro do legado, credor do herdeiro (quando os herdeiros não querem abrir o inventário, pelas dívidas de um irmão), síndico e...... e o último legitimado, que vai desaparecerno novo cpc, que é o juiz (até 60 dias, de ofício, se não houver a abertura por qualquer outro).
Mostrando sua condição, esses legitimados podem postular a abertura do inventário. No caso de credor, para assegurar que o credor receba o pagamento da dívida, solicita-se uma penhora no rosto dos autos (escrever na capa que está penhorando pelo fulano). Se o juiz abre o inventário, deve nomear o inventariante, que pode ter alguma relevância em valores maiores.
2- NOMEAÇÃO DO INVENTARIANTE: art. 990 
Possibilidade de nomeação de um estranho, inclusive inventariante dativo, especificamente para cuidar de algo litigioso. Como o síndico da massa falida.
3- PRESTAÇÃO DE COMPROMISSO PELO INVENTARIANTE: Então, o inventariante presta compromisso (formalização de sua função como inventariante).
4- PRIMEIRAS DECLARAÇÕES:
O inventariante vai proceder às chamadas primeiras declarações, que são limitações 
*subjetivas (dizer no processo de inventário quem ele acredita que seja herdeiro do falecido, ou que deva participar da sucessão. Nesse caso, pode acontecer que ele deixe de fora algumas pessoas. Estas pessoas que foram deixadas de fora, poderão buscar sua habilitação no processo de inventário. Distinguem-se as pessoas que têm título para suceder – era um filho, já reconhecido, com registro de nascimento, que será examinado no próprio processo de inventário – ou sem título – nesse caso, quando não existe título, e não há exclusivamente prova documental a ser apreciada, o juiz determina que a parte seja remetida às vias ordinárias, para que haja questão de alta indagação - de matéria probatória - testemunhas, perícias... A obrigação do juiz é de reservar o quinhão desse que se diz herdeiro; na prática, nesse momento, o processo para (art. 1001 do Código de Processo Civil). Caso já houvesse terminado o inventário, deve fazer a petição de herança, 10 anos da abertura da sucessão, tendo o cuidado de tornar litigiosos os bens que quer ver sobrepartilhados artigo 54 da lei 139097/2015)
*e objetivas.
AULA DIA 04/01/2015
O Código de Processo Civil faz uma formalidade para que se descreva o patrimônio do falecido. É a partir desse ponto, dessa descrição, pois, se não feita da forma exigida, pelo Código de Processo Civil, pode ser impugnada pelos herdeiros, dificultar a localização ou, até mesmo, destituir o inventariante. 
Art. 1849 – a forma de descrição do patrimônio (993) O CPC determina que os móveis sejam descritos com sinais característicos, os imóveis...
A partir desse ponto, tem alguns incidentes:
1º: incidente da ação de sonegados. Os sonegados é quando algum herdeiro, ou terceiro, dolosamente, pretende omitir que aquele bem seja objeto de partilha.Ideia de intencionalidade, em não querer que o bem seja objeto de partilha. OS sonegados podem ser bens móveis, imóveis, direitos, qualquer forma de patrimônio que se possa querer, intencionalmente omitido. Não é aquilo que se desconhece e não se faz o inventário, é preciso ser doloso. Nesse caso, os sonegados, se a prova for exclusivamente documental, e só envolverem os herdeiros, é tratado como incidente no próprio inventário. Se tiver 3os, exige citação, prova testemunhal..., é necessário se promover a ação de sonegados. A consequência varia de acordo com quem pretendia praticar a sonegação:
a) Se for herdeiro, ele perde o direito sobre o bem em questão, na partilha.
Quatro terrenos, dois herdeiros. Um sonegou um terreno. A propriedade ficará exclusivamente para o inocente. Os outros três, serão divididos entre os dois.
b) Se herdeiro e inventariante, além da perda do direito sobre o bem, vai perder a sua condição de inventariante.
c) Se for terceiro,só devolve o bem a ser partilhado entre os legítimos proprietários.
Em tais situações, o momento em que se dá a ação é importante:
Se o inventário ainda estiver em curso, o bem é devolvido ao monte mor, inclui-se o bem e faz-se a divisão com o bem incluído.
Se o inventário estiver concluído, há necessidade de se fazer uma sobrepartilha.
2º: avaliação dos bens pela fazenda pública. 
Diferente do processo sumario de arrolamento, no inventario tem-se a possibilidade de questionar as avaliações feitas. Isto é, a fazenda publica faz a avaliação, para verificar o valor do monte mor, e tem-se a condição de fazer-se as eventuais impugnações, quando achar que a avaliação foi errada.
3º Questão das dívidas:
As que podem ser habilitadas no processo de inventário são as líquidas e exigíveis. O Código de Processo Civil é omisso em relação a dívidas ilíquidas ou que estejam sendo constituídas.
Ele falece embriagado, num acidente de trânsito (matou um e morreu). O Código de Processo Civil ou CC não contemplam essa hipótese. 
Ajuizar ação contra o espólio, e pedir que seja reservado um quinhão estimativo, para fazer frente a essa dívida.
Dívidas líquidas, em processo de reconhecimento, não existe previsão legal sobre elas. Se encerrar o inventário, os herdeiros dirão que o patrimônio já foi consumido. As forças da herança estarão exauridas. (Se o espólio já estiver encerrado, tem que entrar com ação contra todos os herdeiros).
COLAÇÃO
Trazer algum bem que foi doado antecipadamente, no processo de inventário.
A colação é feita espontaneamente, ou por provocação.
Para que se possa se proceder à equivalência das legítimas.
Pode ser provocado pelas partes.
Obs: só é válido e eficaz se o pai poderia efetuar a dispensa. A filha recebe um apto de 500 mil. O pai tem que ter, no mínimo, 1 milhão em herança. A eficácia está jungida a efetivamente sair da parte disponível. (os pais dispensam o donatário da doação, pois tiraram da parte disponível)
Doou 500 mil e só tinha 800 mil de patrimônio. Deve ser levado à colação 100 mil, ou seja, o excesso. O que era possível ser disponível, permanece eficaz. 
Questão delicada. Pelo CC, eu devo auferir, se isso saiu da legítima ou não, no momento da doação. Mas quando elas forem doações sucessivas, 
1 milhão: 500 mil, 250 mil, 125 mil, 62,500, 37250... até reduzir a zero. A lei contempla doações daquele momento. As múltiplas, não é claro.
Se as doações forem distanciadas, afere-se pela última, no momento das doações, e então, é só atualizá-las. Se forem múltiplas, em evidente simulação, para deixar o patrimônio para um herdeiro só, todas as doações deveriam ser devolvidas, pois seriam inoficiosas. O conluio é a chave.
A colação pode ser dispensada não só quando sai da parte disponível mas Tb quando ocorrer que todos os herdeiros recebam acima daquilo acima do que poderia ser disposto. 80% aos dois filhos, e nenhum poderá postular a colação, pois ambos ganharam acima do permitido. Não pode ter filho discriminado/omitido. Tem que ser únicos e exclusivos herdeiros para fazer isso.
Alguns valores não poderão ser objetos de colação
· Doações com encargo, ou como remuneração de alguma atividade: filho que ganha uma casa para cuidar dos pais. (representativo do patrimônio dos pais). 
· Bens que forem entregues em forma de enxoval: feminino ou masculino. (CC velho). (faqueiro, toalhas...)
· No antigo CC, só se permitia que não fosse levado os valores dispendidos pelos pais em processos criminais, com advogados criminais, se o filho fosse absolvido. Hoje, qualquer valor dispendido, em processos criminais, não vai ser objeto de colação. O filho matou, e o pai pagou 30 mil para o advogado. Isso não poderá ser recobrado pelos irmãos, mesmo que for condenado. Se simularem honorários, para depois devolver ao filho, é hipótese de simulação, e não colação.
· Valores para manutenção dos filhos na constância do poder familiar (18 anos). Se os pais venderam a casa para pagar a faculdade de um filho, o outro poderia questionar isso, em colação.
· Mesada (pequenos valores).
Devolução do próprio bem, in natura, ou a devolução de eventual valor pecuniário.
Quando houver necessidade de colação, o bem com o herdeiro, e litígio, ao início do inventário, deve-se tornar o bem litigioso. Se houver litígio, deve-se tornar coisa litigiosa, para que esse bem não seja transferido a terceiros de boa-féao curso do inventário (lei 2015).
Feita a colação, e definido o patrimônio, com as dívidas descontadas, cada herdeiro propõe a partilha, ou seja, uma proposta para receber seu quinhão hereditário. Nesse momento, pode-se transformar aquilo que era litigioso, em algo consensual. Chega-se a um consenso sobre a divisão patrimonial.
Sem acordo, cada um faz uma proposta de divisão do patrimônio (cada herdeiro e inventariante), cabendo ao juiz fazer a divisão. Nesse Código de Processo Civil não está expresso (no novo tem), mas o juiz tem poderes para determinar a venda do patrimônio. É possível que esses herdeiros sejam obrigados a vender o patrimônio ao qual não chegaram a um consenso. (Venda tem que haver acordo entre todos, conforme regras de condomínio)
O juiz pode homologar um inventário litigioso, deixando todos os herdeiros em condomínio? Ou isso é negação de jurisdição? As decisões que homologam uma partilha, deixando todos os herdeiros em condomínio, apenas formalmente acabou com o litígio, então é negação de jurisdição. O juiz é obrigado a efetuar a divisão, podendo determinar a venda, reduzindo os bens a dinheiro, para assim fazer a divisão.
Isso resulta formalmente, em uma carta de adjudicação (um herdeiro), formais de partilha para cada um dos herdeiros que se tem, quando mais de um herdeiro.
Redução das disposições testamentárias:
O pai tem dois filhos 1 milhão, João e Pedro. O Pedro tem Paulo e José. O avô doou para Paulo 400 mil. Ele não precisa devolver nada, pois não é herdeiro. Se der 600 mil, excedendo 100 mil, seus filhos (os herdeiros) podem intentar ação de nulidade da parte que exceder aos 500 mil reais (100 mil). 
STJ determina que essas ações sejam propostas a partir do ato de doação. Absurdo, pois eles dizem que prescreve, em dez anos, a partir da doação, para se ter estabilidade jurídica, mas não há, ainda, herança (pois não há morte). 
QUESTÕES SOBRE TESTAMENTO:
1. João da Silva realizou testamento, deixando 100% de seu patrimônio para seu amigo Carlos, eis não conhecer, no momento do testamento, qualquer filho. Com a sua morte, em 2015, Pedro logrou ser filho de João. Efetue a sucessão, levando em consideração o testamento realizado.
Nesse caso, 50% deverá ir para João, visto que descendente é herdeiro necessário. Carlos, então, receberá apenas o que não ultrapassou a parte indisponível, ou seja, 50%.
Rompimento pela ignorância do conhecimento de herdeiros necessários. Só reduz se se conhece os herdeiros. Então, todo o patrimônio irá para o filho. Ineficácia do testamento.
2. João da Silva possui 4 filhos e é solteiro. Efetuou o testamento, deixando 50% do seu patrimônio de 4 mil unidades para o 1º filho. Faleceu em 2015. 
O primeiro filho recebe 2 mil unidades, patrimônio retirado da parte disponível do pai, e as outras 2 mil unidades serão divididas entre os 4 filhos. Cada um receberá, então, 500 unidades, exceto o primeiro, que receberá 2,500.
50% para o beneficiado, e os outros 50%, dividido entre os 4 filhos (62,5% para o primeiro filho)
3. João da Silva vive com Maria dos Santos e acumulou com ela, 2 mil unidades, e tiveram dois filhos. João possui um testamento onde diz que quer ver todo o seu patrimônio partilhado entre seus dois filhos. João faleceu em 2015. Efetue a sucessão.
União estável, não é herdeiro necessário. Então, 1000 unidades serão de meação com Maria, pela união estável, e, por ter deixado em testamento tudo para os filhos, as outras 1.000 serão divididas entre os dois, ou seja, 500 para cada um. Incidência do 1790 afastada pelo testamento.
4. João da Silva casado com Mário dos Santos, pelo regime da comunhão universal de bens. João e o esposo possuem 10 mil unidades. João deserdou seu esposo, Mário, porque este revelou que João seria uma “bicha louca”. Sabe-se que João possui seus pais vivos. João faleceu em 2015.
Mário será deserdado por ter ofendido a honra de João, assim sendo, 5 mil unidades ficam com Mário e 5 mil, para os ascendentes de João, 2.500 para o pai e 2.500 para a mãe.
Hipótese de deserdação de Mário. 
Fazer testamento de um homem, testador, tem uma esposa parcial de bens, 1 milhão de bens comuns e 1 milhao de bens particulares e quatro filhos. Pretende deixar o máximo possível para o filho portador de uma doença mental.
QUESTÕES:
1. É possível testamento recíproco?
2. É possível que a escolha dos herdeiros seja a encargo do testamenteiro?
3. É possível a indicação de um herdeiro para que este herdeiro escolha qual instituição de caridade deva receber o legado?
4. É possível que o erro sobre a indicação de um herdeiro testamentário seja convalidado?
5. Qual é o momento da aquisição de legados sobre coisa certa?
6. Quando é possível exigir-se juros em legados de dinheiro?
7. Qual é o momento para se exigir legado de prestações periódicas?
8. É possível legado de coisa incerta? Se possível, quais os requisitos?
9. No pagamento dos bens deixados pelo falecido, se deve pagar a sucessão universal (os herdeiros a título universal), ou os herdeiros a título singular?
10. Quais as hipóteses de caducidade dos legados?
11. João da Silva não possui filhos nem ascendentes conhecidos. É solteiro e possui quatro irmãos. O primeiro irmão foi deserdado porque agrediu ao testador. O segundo irmão também foi deserdado porque matou o único filho do testador. O terceiro irmão também foi deserdado porque espalhou pela cidade que seu irmão era pedófilo. Nenhuma das acusações foi comprovada. E o testamento contemplou apenas o quarto irmão. Nestes termos, efetue a sucessão do testador falecido em 2014.
Tudo vai para seu quarto irmão, pois irmãos não são herdeiros necessários.
12. É possível criar-se hipótese de deserdação?
Não, são exclusivamente previstas em lei.
13. João da Silva, solteiro, e vivendo em união estável com Maria e união estável putativa com Josefina. Com cada uma acumulou 10mil unidades. João teve dois filhos com a primeira e três filhos com a segunda. Ainda teve um filho, com Paula, amante de percurso. Sabe-se que João recebeu uma herança de 10 mil unidades, além do patrimônio acumulado. João faleceu em 2014. Faça a sucessão.
Cada uma tem sua meação, sobre seu patrimônio comum, pois são putativas.
5000 mil para cada companheira.
2 filhos
3 filhos
1 filho
Os filhos participam dos 5 mil e 5 mil.
14. João da Silva, casado com Maria dos Santos, pelo regime da comunhão parcial, teve dois filhos, e acumulou 10 mil unidades. Neste mesmo período, logrou casar-se com Paula, com quem teve três filhos e acumulou 10 mil unidades. Sabe-se que João, em 2014, ganhou na mega sena, e faleceu em 2015, em uma casa de tolerância.
Se de boa-fé, terão direito ao patrimônio auferido.
O casamento produz efeitos, tanto para os filhos como para o cônjuge. Só dividir como se fosse comunhão parcial. A mega sena divide uma parte para a primeira mulher, uma parte para a segunda, e o resto para os filhos.
15. João da Silva casou-se em segundas núpcias com a mãe da sua primeira esposa. João não teve filhos no primeiro casamento, e no segundo casamento, teve dois filhos. João tem 5 mil de bens particulares e 5 mil de bens comuns com sua segunda esposa. Sabe-se que antes da morte de João, em 2015, houve uma representação da mãe de sua segunda esposa, junto ao MP, postulando a nulidade do matrimônio. Igualmente sabe-se que a segunda esposa já se relacionava com o esposo, quando a primeira esposa estava viva.
Casamento nulo pelo impedimento absoluto. Parentesco por afinidade não se extingue por término da relação (1595). Se não há boa-fé, a nulidade retroage. A sogra não tem direito a nada. O patrimônio do homem será dividido entre os filhos, tanto os bens comuns como os particulares.
Lei de Sucessão dos companheiros
Herdam os direitos sucessórios do Filho 2.

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