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Panorama da Saúde da Criança e do Adolescente no Brasil

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PANORAMA GERAL DA SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE NO BRASIL
PROFESSORAS DA DISCIPLINA
1
A Criança no contexto histórico 
 
	Século XVII	Estorvo / fardo.
	Século XVIII	Publicações recomendam o cuidado materno, evidenciando índices elevados de mortalidade por crianças cuidadas por “amas de leite”.
	Século XIX	Estado incentiva o cuidado materno como resolução de problemas, visando investimento lucrativo e não reconhecimento à cidadania.
A Criança no contexto histórico
	MARCOS LEGAIS DO SÉCULO XX	
	1924
	Declaração dos Direitos Universais da Criança e do Adolescente (ONU).
	1959	Declaração Universal dos Direitos Humanos.
	1988	Direitos da Criança e do Adolescente passaram a integrar a Constituição Brasileira.
	1990	Estatuto da Criança e do Adolescente.
A Criança no contexto histórico
	MARCOS LEGAIS DO SÉCULO XX	
	1990	Cúpula Mundial pela Criança (NY).
Metas para 2000: diminuir a mortalidade infantil, ampliar imunização e educação básica. 
	2000	Publicação oficial pelo UNICEF
 redução em 14% da mortalidade infantil;
 redução de 2/3 nos casos de sarampo, erradicação do tétano neonatal e poliomielite;
 queda em mais de 50% nos índices de desnutrição na América do Sul.
No Brasil, essa iniciativa se deu por volta 1942 quando foi criado o Serviço de Assistência ao Menor – SAM.
Toda pessoa tem direito a um padr„o de vida capaz de assegurar
a si e a sua família saúde e bem-estar, inclusive alimentação,
vestuário, habitação, assistência médica e os serviÁos sociais
indispensáveis...î.
(Declaração Universal dos Direitos Humanos, artigo 25, 1,
adotada e proclamada pela resolução 217 A, III, da Assembleia
Geral das NaÁıes Unidas em 10 de dezembro de 1948).
Objetivos do Milênio
Metas estabelecidas em 2000 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e apoiadas por 192 países:
acabar com a fome e a miséria;
 universalização da educação primária; 
promoção da igualdade de gênero e autonomia das mulheres; 
reduzir em 2/3 a mortalidade na infância;
 reduzir a mortalidade materna;
 interromper a propagação e diminuir a incidência de HIV/aids;
 universalizar o tratamento para a doença e reduzir a incidência de malária, tuberculose e outras doenças; 
- qualidade de vida e respeito ao meio ambiente, incluindo reduzir pela metade a proporção da população sem acesso permanente e sustentável à água potável e parceria mundial para o desenvolvimento.
Taxa de Mortalidade Infantil por 
mil nascidos vivos – Brasil – 1940 a 2018
	2000	2007	2018
	26,1	18,6	12,4
FONTE: IBGE 2019
ES= 8,1
AMAPÁ 22,8
TAXA DE MORTALIDADE NA INFÂNCIA: NÚMERO DE CRIANÇAS DE 1 A 5 ANOS DE IDADE MORTAS POR MIL CRIANÇAS DESTA FAIXA ETÁRIA EM 2018:
BRASIL = 14,4 
JAPÃO = 3
EXPECTATIVA DE VIDA DO BRASILEIRO NASCIDO EM 2018:
76,3 ANOS
EXPECTATIVA DE VIDA DO JAPONÊS NASCIDO EM 2018:
MULHERES = 87,3
HOMENS = 81,25
"A partir de 2018, saúde no Brasil está em retrocesso:
- subfinanceamento,
- redução progressiva de crescimento."
Fatores relacionados ao declínio da mortalidade infantil
O IBGE atribuiu o declínio na mortalidade infantil nos últimos anos ao aumento da escolaridade feminina e à elevação do percentual de domicílios com saneamento básico adequado (esgotamento sanitário, água potável e coleta de lixo), além do maior acesso da população aos serviços de saúde, o que proporcionou melhoria na qualidade do atendimento pré-natal e durante os primeiros anos de vida.
A Criança Brasileira no contexto atual
Cenário da exclusão brasileira:
Mortalidade indígena 
Mortalidade negra 
Mortalidade branca 
Crianças pobres morrem
 2 vezes mais do que as 
crianças ricas... 
FONTE:https://www.google.com/search?q=CRIAN%C3%87A+POBRE&tbm=isch&ved=2ahUKEwjRgrOI9KvnAhWbBLkGHV5ZA8QQ2-cCegQIABAA&oq=CRIAN%C3%87A+POBRE&gs_l=img.3...4894.12066..12961...0.0..3.153.4111.8j31......0....1..gws-wiz-img.....0..0i24j0j0i131j0i67j0i131i67.ruLVMF03ucI&ei=GhozXtGNFpuJ5OUP3rKNoAw&bih=576&biw=1366&rlz=1C1SQJL_pt-BRBR860BR860#imgrc=5_C37I1Spch5hM
Indicadores relevantes à mortalidade infantil
Escolaridade materna: 
< 1 ano até 93/1000 nascidos vivos (nv);
1 a 3 anos 70/1000nv;
9 a 12 anos 28/1000nv.
Em 2019 no Brasil 48% das mães tinham 12 ou mais anos de escolaridade ao parir.
https://educa.ibge.gov.br/criancas/brasil/2697-ie-ibge-educa/jovens/materias-especiais/20453-estatisticas-de-genero-indicadores-sociais-das-mulheres-no-brasil.html
Indicadores relevantes à mortalidade infantil
2. Pobreza:
Após anos de queda, a pobreza voltou a crescer no Brasil em 2018, a crise econômica impulsionou este indicador e tende a crescer nos próximos anos ...
U$5,5/dia
R$23,54/dia
R$706,20/mês
U$1,9/dia
R$8,31/dia
R$243,96/mês
26,5 em 2018
7,4 em 2018
Indicadores brasileiros de pobreza:
População urbana ---------- 86,53%
Pobreza urbana ----------- 22,10%
Saneamento em casa ----- 85%
População em favelas ----- 28% (14°)
Desigualdade social ------- 4°
Gerador de poluição ------- 2° 
http://g1.globo.com/brasil/noticia/2012/08/brasil-avanca-mas-e-quarto-pais-mais-desigual-da-america-latina-diz-onu.html
Indicadores relevantes à mortalidade infantil
3. Pré-natal: 
Avaliação do SISPRENATAL aponta que, em 2018, 1/3 dos RN nasceram sem pré natal e apenas 60% das gestantes realizaram 7 ou mais consultas pré natais.
Somente 10 Estados brasileiros têm índices acima de 50% das gestantes realizando ao menos 6 consultas pré-natais.
Indicadores relevantes à mortalidade infantil
4. Parto cesárea:
Representa 7X mais risco de morte para mãe e 3X mais risco de morte para o RN.
Incidência brasileira é a segunda maior do mundo, aproximadamente 55,6% de parto cesárea (chegando a 84,6% na rede privada), enquanto a OMS recomenda o máximo de 25 - 30%.
Número de óbitos maternos / 100 mil nascidos vivos 2017
A taxa de mortalidade materna máxima recomendadapela Organização Panamericana de Saúde - OPAS é de 20 casos a cada 100 mil nascidos vivos.
Em 2017 o índice de óbitos maternos atingiu 64,5...
Indicadores relevantes à mortalidade infantil
5. Aleitamento Materno:
Dados do Unicef revelam que 68% das crianças brasileiras são amamentadas na primeira hora de vida, 50% continuam sendo amamentadas até completar 1 ano de idade e 25% são amamentadas até os 2 anos.
Destacando avanços brasileiros em políticas de estímulo à amamentação, citando o país como referência mundial no aleitamento materno.
Indicadores relevantes à mortalidade infantil
Segundo o Ministério da Saúde aproximadamente metade das mães brasileiras amamentam em média, exclusivamente, apenas 54 dias.
Sul = 53,1 dias
Nordeste = 38,2 dias
Sudeste = 17,2 dias
CONTUDO....
Percentual de crianças nascidas de mães adolescentes entre 10 – 19 anos (2019) 
18%
+400.000 
Recém
nascidos
https://amb.org.br/noticias/gravidez-na-adolescencia/
BRASIL 68,4 RN A CADA MIL NASCIDOS VIVOS
EUA 22,3 RN A CADA MIL NASCIDOS VIVOS
MÉDIA MUNDIAL 44
Indicadores relevantes à mortalidade infantil
6. Transmissão vertical para o HIV:
Somente 31,5% das gestantes recebem quimioprofilaxia durante gestação e o parto; sem intervenção a TV é de 25,5% podendo ser reduzida à 2% com a QP.
Queda em transmissão vertical foi destaque no lançamento do Boletim Epidemiológico HIV/Aids 2016 pelo Ministério da Saúde: em menores de 5 anos caiu 36% nos últimos seis anos, passando de 3,9 casos por 100 mil habitantes - em 2010, para 2,5 casos por 100 mil habitantes, em 2015.
CONTUDO...
Em um período de dez anos, houve um aumento de 21,7% na taxa de detecção de HIV em gestantes: em 2007, a taxa observada foi de 2,3 casos/mil nascidos vivos e, em 2017, passou para 2,8/mil nascidos vivos. Esse aumento poderia ser explicado, em parte, pela ampliação do diagnóstico no pré-natal e a consequente melhoria da prevenção da transmissão vertical do HIV.
Indicadores relevantes à mortalidade infantil
7. Vulnerabilidade:
trabalho infantil;
maus tratos / abuso;
privação ao convívio familiar (abrigos).
O Brasil é o país com o maior número absoluto de adolescentes assassinados no mundo
Indicadores relevantes à mortalidade infantil
8. Educação infantil
“É dever do Estado assegurar atendimento em creche e pré-escola às crianças de 0 a 6 anos de idade” (inciso IV, artigo 54 do ECA)
No período de 2014 a 2018, as matrículas em creche cresceram 23,8%. Só em 2018 o aumento foi de 5,3%. O Brasil tem hoje 69,7 mil creches, sendo 74,8% delas na zona urbana. A maioria, 59,4% é municipal e 40,4%, privada, sendo que 25% das creches privadas são conveniadas com estados e/ou municípios. A educação infantil como um todo, considerando creche e pré-escola, tem 8,7 milhões de alunos.
Indicadores relevantes à mortalidade infantil
Analfabetismo:
Taxa caiu de 13,6% para 8,3% entre 2000/2015.
Analfabetismo Funcional- definido pelo IBGE como a proporção das pessoas com 15 anos ou mais com menos de 4 anos de estudo:
17,6% em 2014 ------ 29% em 2018
De forma geral, definido como a incapacidade de compreender e interpretar textos ou fazer operações matemáticas com um grau mínimo de complexidade. 
Indicadores relevantes à mortalidade infantil
COMPREENSÃO DE TEXTOS SIMPLES AINDA É DIFICULDADE:
estima-se que 27% da população brasileira não consegue compreender textos simples, segundo dados de 2012 do Instituto Paulo Montenegro. O índice mostra que uma parcela considerável da população que chegou ao ensino médio ou mesmo à universidade avançou nos estudos sem conseguir avançar na compreensão de textos ou em matemática. Em 2012, 8% dos alunos do ensino médio e 4% dos universitários eram analfabetos funcionais. A meta do Plano Nacional de Educação é erradicar o analfabetismo e reduzir pela metade o analfabetismo funcional até 2024.
Fatores que interferem na saúde da criança
	Social	Desemprego / educação precária / analfabetismo / comportamento familiar / violência / drogas
	Econômico	Alimentação inadequada / condições de moradia / trabalho infantil / prostituição
	Cultural	Preconceitos (racial / social) / lazer insuficiente
	Biológico	Saúde precária/ alterações neurológicas, emocionais e fisiológicas
Principais esforços governamentais: SUSTENTÁVEIS 
ESTRATÉGIA EM SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF):
Mudança do modelo tradicional: tratamento / curativo >>>> prevenção / promoção à saúde;
Ampliação do programa;
Segundo MS, a educação causa o maior impacto sobre a redução da taxa de mortalidade infantil (16,8%), seguida pelo PSF (4,6%), acesso à água filtrada (3%) e leitos hospitalares (1,4%).
Principais esforços governamentais: IMEDIATOS 
Leve leite;
Bolsa família;
Auxílio gás;
Renda mínima;
Auxílio penitenciário;
Vai e volta...
 TODOS
 INSUSTENTÁVEIS!!!
Criança saudável
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Limpo
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