Buscar

Nascimento, crescimento e desenvolvimento: "Pelo menos uma boa notícia."

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Matheus dos Santos Correia 
UniFG - Medicina 
1 
 
PROBLEMA 04 – PELO MENOS UMA BOA NOTÍCIA 
1. Determinar os objetivos de desenvolvimento do milênio e as políticas 
públicas que objetivam alcançar essas metas. 
Foi a partir da década de 70 que se iniciaram efetivamente discursões acerca dos 
problemas ambientais, envolvendo preocupações com problemáticas econômicas e sociais. 
Nesse contexto, a partir do ano de 2000, uma quebra de paradigma em relação à 
preocupação mundial com a pobreza é apresentada: Os objetivos de Desenvolvimento do 
Milênio, que é uma agenda a ser cumprida pelos países membros da ONU nos 15 anos que se 
decorreriam, tratando-se de um instrumento na efetivação de todos aqueles ideais de 
combate as problemáticas ambientais, econômicas e sociais. 
Tendo como fim o prazo para sua implementação no ano de 2015, novas metas seriam 
traçadas pela ONU, no qual as experiências vividas pelos primeiros Objetivos serviriam como 
uma lição. Assim, foi elaborada uma nova agenda para ser cumprido nos próximos 14 anos, a 
qual conte novos 17 Objetivos, chamados de Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. 
OS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO 
Esses objetivos também conhecidos como “8 jeitos de mudar o mundo” são um conjunto 
de metas pactuadas pelos governos de 191 países-membros da ONU, com finalidade de 
tornar o mundo um lugar mais justo, solidário e melhor para se viver. 
Os países envolvidos acordaram em alcançar 8 objetivos do Milênio até 2015, visando 
solucionar alguns problemas da humanidade, como: liberdade, igualdade, solidariedade, 
tolerância, respeito pela natureza e responsabilidade comum. 
É importante destacar que para o alcance de cada um desses objetivos foram traçadas 
metas especificas, sendo estes: 
1. Erradicar a pobreza extrema e a fome: Reduzir pela metade, até 2015, a proporção da 
população com renda inferior a um dólar por dia e a proporção da população que 
sofre de fome. 
 
2. Atingir o ensino básico fundamental: Garantir que, até 2015, todas as crianças, de 
ambos os sexos, tenham recebido educação de qualidade e concluído o ensino 
básico. 
 
3. Promover a igualdade de gênero e autonomia das mulheres: Eliminar a disparidade 
entre os sexos no ensino em todos os níveis de ensino, no mais tardar até 2015. 
Matheus dos Santos Correia 
UniFG - Medicina 
2 
 
 
4. Reduzir a mortalidade infantil: Reduzir em dois terços, até 2015, a mortalidade de 
crianças menores de 5 anos. 
 
5. Melhorar a saúde materna: Reduzir em três quartos, até 2015, a taxa de mortalidade 
materna. Deter o crescimento da mortalidade por câncer de mama e de colo de 
útero. 
 
6. Combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças: Até 2015, ter detido a propagação 
do HIV/AIDS e garantido o acesso universal ao tratamento. Deter a incidência da 
malária, da tuberculose e eliminar a hanseníase. 
 
7. Garantir a sustentabilidade ambiental: Promover o desenvolvimento sustentável, reduzir 
a perda de diversidade biológica e reduzir pela metade, até 2015, a proporção da 
população sem acesso a água potável e esgotamento sanitário. 
 
8. Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento: Avançar no 
desenvolvimento de um sistema comercial e financeiro não discriminatório. Tratar 
globalmente o problema da dívida dos países em desenvolvimento. Formular e 
executar estratégias que ofereçam aos jovens um trabalho digno e produtivo. Tornar 
acessíveis os benefícios das novas tecnologias, em especial de informação e de 
comunicações. 
 
Muitas das metas foram alcançadas, seja parcial ou totalmente, porém algumas não. Do 
mesmo modo que alguns países avançaram mais em alguns aspectos específicos dos 
objetivos, enquanto outros avançaram mais em um contexto geral. 
Matheus dos Santos Correia 
UniFG - Medicina 
3 
 
AÇÕES DO BRASIL PARA ATINGIR OS OBJETIVOS 
O desempenho brasileiro para o cumprimento de algumas metas só foi possível em função 
da participação social e de uma série de políticas públicas. 
OBJETIVO 1 – ACABAR COM A FOME E A MISÉRIA 
A meta de reduzir a pobreza extrema pela metade foi alcançada pelo Brasil em 2002, e em 
2007 alcançou a meta de reduzir a porcentagem de pobres em ¼ . 
O Brasil sem Miséria potencializou esse esforço, pois o programa pretendia retirar mais de 
16 milhões de brasileiros da extrema pobreza, através da inclusão destas no Cadastro Único, 
para que recebessem o Bolsa Família. (Destacar a importância do cadastramento unificado 
para que tenha ideia da dimensão de pessoas que necessitam de ajuda, visto que nosso país 
é bastante populoso. A valorização dessa rede de cadastramento reverbera até os dias de 
hoje, quando nos deparamos com o programa Auxílio Emergencial no qual foi possível 
“descobrir” milhares de pessoas necessitam de ajuda através das políticas públicas) 
Outra iniciativa que integra o Brasil sem Miséria é o Brasil Carinhoso, que oferece um vale 
de 70 reais para todas as famílias com crianças de 0 a 6 anos, ampliando o acesso à creche, 
pré-escola e saúde. 
Outra inciativa é o Programa Fome Zero, que tem como objetivo combater as causas 
estruturais da fome e da pobreza, através de um conjunto de políticas como: geração de 
emprego e renda, incentivo à agricultura familiar, reforma agraria, programas de 
alfabetização. 
Ressaltar a política perversa do Agronegócio. 
OBJETIVO 2 - EDUCAÇÃO BÁSICA DE QUALIDADE PARA TODOS 
Dados de 2008 garante que 94,9% das crianças e adolescentes entre 7 e 14 anos estão 
matriculados no ensino fundamental. Isso prova que o objetivo de universalizar o ensino 
básico foi praticamente alcançado, mas as taxas de frequência ainda são baixas, 
principalmente entre os mais pobres e crianças da região Norte e Nordeste. (Sobre essa 
política de ampliação do acesso à educação, podemos destacar um dos requisitos presentes 
no Programa Bolsa Família que obriga os pais a matricularem seus filhos na rede pública de 
educação) 
Esses resultados são recorrentes de um maior investimento na educação básica. 
Reverberação das ações educacionais na política, amadurecimento da democracia. 
OBJETIVO 3 - IGUALDADE ENTRE OS SEXOS E VALORIZAÇÃO DA MULHER 
No que diz respeito ao acesso à educação, o Brasil já alcançou as metas previstas nos 
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio: meninas e mulheres já são maioria em todos os 
níveis de ensino. 
Matheus dos Santos Correia 
UniFG - Medicina 
4 
 
Mesmo que tenha havido melhorias nos indicadores, a desigualdade das mulheres em 
relação aos homens ainda persiste no mercado de trabalho, nos rendimentos e na política. E 
a violência doméstica continua atingindo milhares de mulheres brasileiras. 
O Programa de Autonomia Econômica das Mulheres e Igualdade no Mundo do Trabalho 
busca minimizar parte dos problemas ao promover ações de inserção no mercado de 
trabalho, inclusão produtiva e geração de renda, nos meios urbanos e rural. 
O Brasil celebrou ainda um acordo federativo em torno do “Pacto Nacional pelo 
Enfrentamento à Violência Contra a Mulher”, que abrange as dimensões da prevenção, 
assistência, combate e garantia de direitos às mulheres. 
OBJETIVO 4 - REDUÇÃO DA MORTALIDADE INFANTIL 
À frente de muitos países, o Brasil alcançou, em 2011, com quatro anos de antecedência, a 
meta de redução da mortalidade na infância, o quarto dos oito Objetivos de 
Desenvolvimento do Milênio (ODM), propostos pela ONU em 2000. A taxa passou de 53,7 
óbitos por mil nascidos vivos, em 1990, para 17,7 óbitos por mil, em 2011. 
O principal programa do Governo Federal para a redução da mortalidade é a Rede 
Cegonha, criado em 2011. Além disso, a Política de aleitamento materno, o Programa 
Nacional de Imunização e o Aqui tem Farmácia Popular, são outros programas do governo 
que também contribuem com a diminuição de morte do número de crianças no país. 
Luta a favor do saneamento básico, garantir o acesso à saúde e educação. 
OBJETIVO 5 - MELHORAR A SAÚDE DA GESTANTEEste é o Objetivo que o Brasil tem mais dificuldade de atingir. O país melhorou, mas ainda 
não alcançou a meta de reduzir em ¾, entre 1990 e 2015, a razão da mortalidade materna. 
Segundo estimativas da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, a razão 
da mortalidade materna era de 141 por 100 mil nascidos vivos em 1990 e declinou para 68 por 
100 mil nascidos vivos em 2010. 
O governo federal criou o “Saúde Mais Perto de Você” e o “Rede Cegonha”, que é 
composto por quatro componentes: pré-natal; parto e nascimento; puerpério e atenção 
integral à saúde da criança; e sistema logístico, com transporte sanitário e regulação. 
OBJETIVO 6 – COMBATER A AIDS, A MALÁRIA E OUTRAS DOENÇAS. 
A experiência brasileira de combate à epidemia de HIV/AIDS se tornou uma referência 
mundial. Desde o início da epidemia, em 1980, até junho de 2011, o Brasil registrou 608,2 mil 
casos de AIDS, mas a taxa de incidência passou de 20,0 por 100 mil habitantes em 2003 para 
17,9 por 100 mil habitantes em 2010. Além disso, o Brasil foi o primeiro país em 
desenvolvimento a proporcionar acesso universal e gratuito para o tratamento de HIV/AIDS na 
rede de saúde pública. (Ressaltar a função e experiência no primeiro centro) 
Matheus dos Santos Correia 
UniFG - Medicina 
5 
 
O Brasil tem conseguido controlar a malária. O número de exames positivos por mil 
habitantes caiu de 33,2, em 1990, para 13,1 em 2010. A malária está concentrada na região 
norte (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima), com mais de 95% dos casos. 
Também em relação à tuberculose, o Brasil tem conseguido alcançar a meta de reduzir a 
incidência: o número de casos novos por 100 mil habitantes caiu de 51,8, em 1990, para 37,6, 
em 2010. O Brasil antecipou em cinco anos o cumprimento da meta dos ODM, que era reduzir 
pela metade os óbitos pela doença entre 1990 e 2015. 
Aumento da qualidade de vida e maior proporção de pessoas economicamente ativas. 
OBJETIVO 7 – QUALIDADE DE VIDA E RESPEITO AO MEIO AMBIENTE 
Em relação aos compromissos de Copenhague, O Brasil já havia reduzido a emissão de 
gases de efeito estufa em 19,2%, até 2011, apenas como efeito da diminuição do 
desmatamento na Amazônia. 
 
Quanto ao desmatamento, o compromisso é alcançar uma redução de 80% em relação à 
média anual registrada entre 1996 e 2005. A queda do desmatamento já corresponde a 67% 
dessa meta. 
O Brasil já atingiu as metas dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio relativas ao 
abastecimento de água e ao esgotamento sanitário. De uma forma geral, o Brasil ruma à 
universalização do acesso ao abastecimento de água no meio urbano, com 
aproximadamente 91,9% dos domicílios ligados à rede de abastecimento; 
 
Matheus dos Santos Correia 
UniFG - Medicina 
6 
 
OBJETIVO 8 – TODO MUNDO TRABALHANDO PARA O DESENVOLVIMENTO 
Alcançar o desenvolvimento é uma responsabilidade coletiva de toda a comunidade 
internacional. No caso brasileiro, a implementação de políticas públicas é no sentido de 
aumentar a inclusão social. 
Sobre a pauta brasileira com outros países, deve-se destacar a intensificação da agenda 
bilateral e o fortalecimento das relações com países da América Latina e Caribe. 
Falar da China que comete Dumping social ao contratar pessoas carentes e ofertar uma 
precária condição de trabalho, assim, reduzindo o seu custo de mão-de-obra a fim de 
competir com o mercado internacional. 
OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
Em setembro de 2015, os 193 países membros das Nações Unidas adotaram uma nova 
política global: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que tem como objetivo 
elevar o desenvolvimento do mundo e melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas. 
Para tanto, foram estabelecidos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) com 
169 metas – a serem alcançadas por meio de uma ação conjunta que agrega diferentes 
níveis de governo, organizações, empresas e a sociedade como um todo nos âmbitos 
internacional e nacional e também local. 
 
Matheus dos Santos Correia 
UniFG - Medicina 
7 
 
2. Diferenciar a mortalidade infantil e a taxa de mortalidade na infância, 
compreendendo seu cálculo. 
TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL 
É o número de óbitos de menores de um ano de idade, por mil nascidos vivos, na 
população residente em determinado espaço geográfico. 
1. INTERPRETAÇÃO 
Estima o risco de morte dos nascidos vivos durante o seu primeiro ano de vida. 
Refletem, de maneira geral, as condições de desenvolvimento socioeconômico, bem 
como acesso e a qualidade de recursos disponíveis para atenção à saúde materna e da 
população infantil. 
As taxas de mortalidade infantil são geralmente classificadas em altas (50 por mil ou mais), 
médias (20-49) e baixas (menos de 20). Mas esses parâmetros precisam de uma revisão 
periódica, em função das mudanças no perfil epidemiológico. 
Ressaltar a importância da primeira semana de saúde integral para a criança, reforçando o 
acesso as consultas e as visitas domiciliares. 
 
2. USOS 
Analisar variações populacionais, geográficas e temporais da mortalidade infantil. 
Contribuir na avaliação dos níveis de saúde e de desenvolvimento socioeconômico da 
população. 
Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações de saúde 
voltadas para a atenção pré-natal e ao parto e atenção infantil. 
Há consistente tendência de redução da mortalidade infantil em todas as regiões 
brasileiras, que reflete a melhoria nas condições de vida, o declínio da fecundidade e o efeito 
de intervenções públicas nas áreas de saúde, saneamento e educação. 
3. CÁLCULO 
 
Podemos ainda calcular a mortalidade infantil, através de outros componentes, como: 
Mortalidade Neonatal Precoce (0 a 6 dias), neonatal tardia (7 a 27 dias) e pós-neonatal (28 a 
364 dias). 
 
Matheus dos Santos Correia 
UniFG - Medicina 
8 
 
TAXA DE MORTALIDADE NA INFÂNCIA 
É o número de óbitos de menores de 5 anos de idade, por mil nascidos vivos, na população 
residente em um determinado espaço geográfico, no ano considerado. 
1. INTERPRETAÇÃO 
Estima o risco de morte dos nascidos vivos durante os cinco primeiros anos de vida 
De modo geral, expressão desenvolvimento socioeconômico e a infra-estrutura ambiental 
precários, que condicionam a desnutrição infantil e as infecções a ela associadas. 
É influenciada pela composição da mortalidade no primeiro ano de vida (mortalidade 
infantil), amplificando o impacto das causas pós-neonatais, a que estão expostas também as 
crianças entre 1 e 4 anos de idade. 
2. CÁLCULO 
 
3. Estudar a epidemiologia e as principais causas da mortalidade infantil e na 
infância e das mesmas. 
De acordo com os dados, podemos ver uma queda na TMI no período de 2010 a 2017, 
com um significativo aumento no ano de 2016, exceto no Sul, devido a epidemia do Zika, que 
reduziu o número de nascimentos no período, levando a população a reforçar o 
planejamento familiar. 
Com relação a TMI por região, observamos um aumento no ano de 2016 em todas as regiões 
com excessão Regiao Sul que apresentou estabilidade. Em 2017, as maiores Taxas de 
Mortalidade Infantil foram registradas no Amapá, Roraima, Amazonas, Piauí e Maranhão; por 
sua vez, as menores taxas foram registradas em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. 
 
Matheus dos Santos Correia 
UniFG - Medicina 
9 
 
 
Em relação as causas de óbito destacam-se: prematuridade no Brasil (15%), malformações 
congênitas (23%), seguido dos fatores maternos (14%), infecções perinatais (11%), 
asfixia/hipóxia (10%), infecções da criança (6%) e causas externas na criança (3%). 
No Brasil, a TMI pode ser acompanhada por meio dos dados disponíveis no Sistema de 
Informações sobre Mortalidade (SIM) e no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos 
(Sinasc), os quais podem ser obtidos por meio do (DATASUS). 
 
Matheus dos Santos Correia 
UniFG - Medicina 
10 
 
4. Compreender os fatores que contribuem para prevenire aumentar a taxa 
de mortalidade infantil e da infância. 
A mortalidade em menores de 5 anos (ou mortalidade na infância) consistiu um indicador 
chave na avaliação da situação de saúde da população de um determinado país. Como foi 
discutido acima, a mortalidade infantil foi incluída entre os Objetivos de Desenvolvimento do 
Milênio (ODM) no período de 1990-2015, bem como entre os Objetivos de Desenvolvimento 
Sustentável (ODS) para o período de 2030. O acompanhamento dos dados da mortalidade 
infantil, bem como outros indicadores sociais permite aos governos subsídios importantes para 
implementação de uma política pública direcionada para minimizar tais situações. 
Nos últimos 25 anos houve um declínio importante da mortalidade na infância no Brasil, 
basta ver que o país atingiu a meta 4 dos ODM antes de 2015. Entretanto, os níveis ainda 
continuam altos, sobretudo quando comparamos cada região é possível notar as 
desigualdades bem evidentes. Sobre a mortalidade infantil é importante salientar que a 
maioria acontece no primeiro ano de vida, sobretudo no primeiro mês. Os fatores 
relacionados a essa problemática envolve questões perinatais como prematuridade, fatores 
relacionados ao parto e ao pós-parto. 
O Ministério da Saúde tem realizado investimentos na sistematização sobre a mortalidade 
infantil em âmbito nacional. Isso por meio da Programação Pactuada e Integrada dos 
municípios permite a busca ativa de óbitos e a investigação das causas dos óbitos 
declarados como mal definidos, além de estímulo aos comitês de prevenção do óbito 
materno, infantil e fetal. Entretanto, ainda é evidente as diferenças regionais de 
subnotificação de óbito e de preenchimento incorreto das causas de morte. 
Os resultados mostram que houve declínio acentuado da mortalidade infantil entre nos 
anos de 1990-2015. Essa redução possibilitou uma maior homogeneização das taxas de 
mortalidade na infância no país, com expressiva redução da amplitude dos diferenciais de 
mortalidade entre os estados ao longo do tempo. Essa redução foi expressiva, sobretudo, na 
região Nordeste a qual apresentava os níveis mais elevados no ano de 1990. 
Em relação às causas de morte: (1) óbitos pode doenças transmissíveis, afecções maternas 
neonatais e nutricionais ainda se constituem as principais causas em 2015, embora sejam 
classificadas como preveníeis; (2) uma mudança importante sobre causas de óbitos foi a 
redução expressiva de casos relacionados com doenças diarreicas passando da 2ª posição 
para a 7 ª no ranking; Essa alteração reflete a melhora das condições sanitárias e nutricionais 
do país e do acesso à atenção de saúde, além de possível impacto de ações específicas 
como a introdução da vacina contra o rotavírus em 2006 e a terapia de reidratação oral na 
atenção básica. (3) as afecções respiratórias, em especial, a coqueluche apresentou uma 
redução expressiva. Essa meta só foi alcançada devido as ações do Programa Nacional de 
Imunização (PNI) o qual possibilitou o aumento da cobertura vacinal e introdução da vacina 
tríplice viral e pneumocócica. (4) por outro lado, as anomalias congênitas apresentaram 
taxas estáveis no Brasil, sobretudo em locais de alta renda. 
Matheus dos Santos Correia 
UniFG - Medicina 
11 
 
A participação de causas externas – acidentes e violência – se encontra entre as 15 
principais causas de morte em menores de 5 anos, configurando-se como um importante 
problema de saúde pública para famílias e sociedade. Em 2015 foram registrados 2,358 óbitos 
de crianças por aspiração de corpo estranho, acidentes de trânsito, afogamentos e 
homicídios, sendo que uma a cada 20 crianças com menos de 5 anos morre por essas causas 
em nosso país. É importante ressaltar que os casos de violência contra crianças, muitas vezes 
é derivado de uma violência familiar, indicando que a violência social atinge também a 
infância. 
O Relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) de 2013 destacou a importância da 
combinação de estratégias nacionais as quais foram fundamentais para o declínio da 
mortalidade infantil no Brasil, em particular o papel do Sistema Único de Saúde o qual passou 
por diversos aprimoramentos durante a última década, como melhoria no atendimento 
materno e ao recém-nascido, além da adoção de políticas de assistência social como o 
programa de transferência de renda Bolsa Família. A criação do Programa de Saúde da 
Família ampliou o acesso à assistência básica à saúde nos municípios mais carentes e teve 
impacto positivo na redução da mortalidade infantil. Sobre esse impacto positivo podemos 
destacar a redução da prevalência da desnutrição, bem como o aumento do aleitamento 
materno. 
Além disso, o Brasil avançou na cobertura da atenção pré-natal e o desafio atual é 
qualificação do cuidado, visando assegurar o manejo adequado e a disponibilidade de 
recursos para as diversas situações apresentadas. Um fato preocupante em relação a essa 
atenção é o aumento da taxa de incidência de sífilis congênita, bem como o risco da 
infecção pelo Zika vírus. Outro agravante na busca da redução da mortalidade infantil é a 
prematuridade, sendo ela constantemente associada as elevadas taxas de parto cesariano 
no país. Para isso, o país desenvolveu políticas de incentivo ao parto normal, visando a 
redução da prematuridade, buscando melhorias na sobrevivência e também na qualidade 
de vida na infância. 
5. Diferenciar fatores de mortalidade infantil perinatal e maternos e os 
principais fatores que acometem crianças maiores, destacando causas 
externas mais comuns. 
MORTALIDADE INFANTIL PERINATAL 
A mortalidade neonatal tem se configurado como crescente preocupação para a saúde 
pública no Brasil desde os anos 90, quando passou a ser o principal componente da 
mortalidade infantil, em decorrência da redução acentuada da mortalidade pós-neonatal. 
O período perinatal é aquele compreendido entre 28ª semana de gestação e o 7º dia de 
vida. 
Matheus dos Santos Correia 
UniFG - Medicina 
12 
 
Enquanto a mortalidade infantil é um indicador da condição de vida e de saúde de uma 
população, a mortalidade perinatal é considerada um indicador sensível de adequação da 
assistência obstétrica e neonatal e do impacto de programas de intervenção nesta área. 
Um dos desafios do Brasil é a qualificação da informação sobre o óbito perinatal, 
especialmente sobre o óbito fetal. Pois, somente com o registro adequado de informações e 
o continuo retorno e avaliação das informações produzidas pelos serviços de saúde, que 
poderá haver uma qualificação deste registro, de modo a propiciar melhor ocorrência desses 
óbitos, e consequentemente, melhor controle e prevenção dos eventos considerados 
evitáveis. 
No Brasil, a prevalência como causas de mortalidade perinatal são: 
1) Prematuridade; 
2) Infecções; 
3) Asfixia/hipóxia; 
4) Malformações congênitas; 
5) Fatores maternos e relacionados à gravidez 
6) Afecções respiratórias do RN. 
Alguns fatores que podem estar contribuindo para um aumento da prematuridade é um 
aumento da maternidade entre mulheres com mais de 35 anos, classificando essa gestação 
como de alto risco. 
Da mesma forma, o número elevado de mortes por asfixia, demonstra de forma geral, o 
despreparo para um cuidado imediato das complicações do parto/nascimento, como a 
reanimação e estabilização. 
Além disso, os riscos da cesariana eletiva ou programada vêm sendo apontados em 
estudos recentes, que identificaram maior frequência de prematuridade, síndrome de 
angústia respiratória, maior probabilidade de o recém-nascido apresentar baixos escores de 
Apgar, de requerer tratamento em UTI, de demandar maior suporte respiratório, de maior risco 
de apresentar icterícia neonatal de interferência negativa no aleitamento materno, entre 
outros, do que os bebês nascidos por via vaginal. 
Não há dúvidas de que os maiores riscos de mortalidade neonatal são geralmente 
associados à qualidade de atençãopré-natal, ao atendimento, ao parto e aos cuidados 
recebidos pelo RN. 
Entretanto, os resultados na saúde perinatal não estão apenas relacionados com a 
eficiência obstétrica e neonatal, mas também do desenvolvimento econômico e social da 
sociedade. 
Há clara associação entre a condição socioeconômica da mulher, sua saúde e o uso dos 
serviços de saúde. A desigualdade econômica e social brasileira se reflete no diferencial de 
Matheus dos Santos Correia 
UniFG - Medicina 
13 
 
acesso à assistência qualificada de pré-natal, ao parto e ao RN, com concentração de óbitos 
nos grupos sociais de baixa renda. 
Além da assistência pré-natal e a assistência hospitalar à mulher e ao RN, que são as 
principais variáveis relativas aos serviços de saúde, algumas características maternas têm sido 
tradicionalmente relacionadas à mortalidade neonatal, como a idade materna, estado civil, 
tabagismo, alcoolismo, uso de drogas e patologias maternas. 
MORTALIDADE MATERNA 
Em muitos países, as mortes relacionadas à gravidez são importantes causas de morte de 
mulheres em idade reprodutiva. A mortalidade materna é um indicador do acesso à atenção 
obstétrica de qualidade e das condições de vida das mulheres 
No Brasil, as principais causas de óbitos maternas são as obstétricas diretas, sobressaindo-se 
as doenças hipertensivas e as síndromes hemorrágicas. 
Além disso, estudos têm revelado como fatores de risco para a mortalidade materna a 
idade materna mais elevada, o menor nível de escolaridade, o tipo de ocupação, o número 
reduzido de consultas de pré-natal, a ausência de companheiro e as condições prévias de 
saúde. 
Conceitos 
Morte Materna: é a morte de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o 
término da gestação. É causado por qualquer fator relacionado ou agravado pela gravidez 
ou por medidas tomadas em relação a ela. 
Morte Materna Obstétrica: podem ser por dois tipos: 
a) Morte materna obstétrica direta: é aquela que ocorre com complicações obstétricas 
durante a gravidez, parto ou puerpério devido a intervenções, omissões, tratamento 
incorreto. 
b) Morte materna Obstétrica indireta: é aquela resultante de doenças que existiam antes 
da gestação ou que desenvolveram durante esse período. 
CAUSAS EXTERNAS MAIS COMUNS 
Os acidentes e violências representam o grupo predominante de causas de morte entre as 
crianças. Excluindo-se os óbitos infantis, as causas externas são o primeiro motivo de morte no 
país na infância. 
No Brasil, a cada ano, uma em cada 10 crianças necessita de pelo menos um atendimento 
no sistema de saúde em virtude de traumas físicos. Esses agravos correspondem a 20% das 
causas de internação hospitalar e deixam mais de 200 mil crianças e jovens com 
incapacidade física para o resto da vida. 
Matheus dos Santos Correia 
UniFG - Medicina 
14 
 
As principais causas externas de morte em crianças no Brasil são os acidentes de transporte, 
afogamentos, outros riscos acidentais à respiração e agressões (violências). As lesões mais 
comuns decorrentes dessas causas são os traumatismos de cabeça/face e membros 
superiores e inferiores. 
A falta de informação, de infraestrutura adequada, de espaços de lazer, creches e escolas 
e de políticas públicas direcionadas à prevenção de acidentes são alguns exemplos desta 
relação. Sabe-se que alguns fatores como pobreza, mãe solteira e jovem, baixo nível de 
educação materna, habitações precárias e famílias numerosas estão associados aos riscos de 
acidentes. Por outro lado, é importante ressaltar que qualquer criança, independentemente 
de sua classe social, está vulnerável à ocorrência de um acidente. 
O Ministério da Saúde implantou em 2006 o Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes 
(VIVA), que possui um componente realizado por inquéritos periódicos em serviços de 
urgência e emergência da rede assistencial do Sistema Único de Saúde (SUS), considerados 
sentinelas para causas externas. 
Neste contexto, medidas de prevenção devem ser adotadas pelos pais e responsáveis, 
como cuidados com pisos molhados, proteção em quinas de móveis, em objetos de vidros, 
proteção nos berços, nas janelas e escadas, cuidados com tapetes soltos, brinquedos 
espalhados, pequenas peças que possam ser introduzidos em orifícios cuidados com as 
cozinhas, panelas aquecidas.

Continue navegando