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Resenha cap 14 O Capital no Século XXI - Piketty

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Resenha do Capítulo 14 – Repensar o imposto progressivo sobre a renda
Piketty, nesse capítulo, irá abordar sobre a estrutura dos impostos, taxas e arrecadações e quais foram os resultados das políticas fiscais. Segundo ele, “a inovação mais importante do século XX em matéria fiscal foi a criação e o desenvolvimento do imposto progressivo sobre a renda”. É importante, para melhorar a explicação sobre esse capítulo, classificar os diversos tipos de impostos em progressivo, proporcional ou regressivo. Se progressivo, quanto mais se ganha ou quanto mais se tem ou quanto mais se consome, mais impostos se paga. Se progressivo, as taxas são proporcionais ao ganho e se for regressivo, quanto mais rico menos se paga. A maioria das tributações governamentais pode ser classificada como proporcionais. Ainda segundo o autor, o imposto não é uma questão mais importante de todas, já que sem impostos, a sociedade não pode ter um destino comum e a ação coletiva é impossível. Além disso, é “o cerne de cada transformação política importante, encontramos uma revolução fiscal.”
Sobre a necessidade dos impostos progressivos, aplicação destes sobre a renda e o patrimônio esbarra na necessidade de coordenação de esforços fiscais em nível internacional (idealmente) ou no mínimo em nível europeu (mais factível). Demanda também uma pressão política sobre os paraísos fiscais que concentram hoje grandes fortunas não declaradas possuídas por cidadão de diversos países. O grande problema dos impostos progressivos já aplicados no passado, para Piketty, é que eles não atingiam o grosso dos maiores patrimônios e rendas. Impostos sobre patrimônio tendem a atingir imóveis e contas bancárias, que hoje representam parcela minoritária das grandes fortunas, diluídas em sofisticados investimentos financeiros.
No entanto, vale ressaltar que Piketty não considera a implementação da visão da alíquota progressiva do século XX como algo ideal, uma vez que acredita que nenhum mecanismo fiscal inventado no século passado será suficiente no século XXI. A ferramenta essencial a ser utilizada hoje é o imposto progressivo sobre o capital e um alto nível de transparência das finanças internacionalmente.
Segundo o autor, aqueles que deveriam mudar as leis que são representantes legitimados pelo sufrágio universal são também os que mais possuem altos rendimentos. Tal ideia foi implantada no século passado graças aos choques das duas grandes guerras. A tendência é de que o século XXI mais parecido com a Belle Époque do que com os anos 1960 onde as desigualdades foram amenizadas.

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