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Fichamento - Princípios Processuais Penais

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PRINCÍPIOS PROCESSUAIS PENAIS 
1. INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA
A pena deverá se adequar à medida da responsabilidade do agente e de suas características pessoais. A ação penal deve ser proposta nos limites adequados à participação de cada agente, considerando sua responsabilidade. A denúncia ou a queixa deverá descrever o fato típico minuciosamente, para fins de individualização da pena. Isso é importante, inclusive, para a promoção da ampla defesa e do contraditório.
2. DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO:
O princípio da duração razoável do processo se relaciona intimamente com os princípios da economia processual e da celeridade. Como se sabe, a persecução penal é aflitiva e, a mera deflagração da ação penal é capaz de gerar gravosas consequências ao sujeito. O mesmo pode ser dito sobre a investigação. Dessa forma, é necessário que o processo tenha uma duração razoável, a fim de proteger, em última instância, a dignidade da pessoa humana. O princípio da duração razoável do processo preconiza a eficiência dos atos processuais e da celeridade, todavia, não se descuida do respeito à ampla defesa e ao contraditório. É necessário que haja um equilíbrio, ou seja, que haja a celeridade no atendimento dos prazos processuais, mas que seja garantida uma defesa efetiva. Não há que se colocar em cheque a qualidade da prestação jurisdicional – a celeridade não pode ser óbice à prestação jurisdicional. Objetiva-se evitar a procrastinação indeterminada de uma persecução estigmatizadora e cruel, que simboliza verdadeira antecipação da pena. Implica decisivamente na legalidade da manutenção da prisão cautelar, pois o excesso prazal da custódia provisória leva à ilegalidade da segregação. O processo deve tornar viável a aplicação da pena e servir como instrumento efetivo de garantia dos direitos e liberdades individuais. O processo, porém, não pode ser desenvolvido às pressas, devendo respeitar as circunstâncias fáticas. Foram estabelecidos para cada fase, prazos, porém, o descumprimento desses prazos não implica em necessária sanção. O tempo do processo deve ser visto como garantia, não como meta. O processo deve demorar o tempo necessário para atender sua finalidade de resolver o conflito com a justiça.
3. VEDAÇÃO DA DUPLA PUNIÇÃO PELO MESMO FATO
Também chamado de ne bis in idem ou vedação ao bis in idem, esse princípio de direito penal reflete diretamente no processo penal. O direito penal veda a dupla punição e o duplo processo. Ainda que o acusado seja absolvido por insuficiência de provas, não será possível que, diante da descoberta de prova nova, seja oferecida nova denúncia, visto que tal fato representaria um bis in idem. Tal situação não se confunde com a descoberta de prova nova, referida na Súmula 524 do STF, pois em tal caso ainda não teria ocorrido efetivamente o processo penal. Não se pode processar duas vezes um indivíduo pelo mesmo fato. No processo penal há a chamada revisão absolutória – trata-se de ação destinada a desconstituir a coisa julgada penal. Esse instituto é similar à ação rescisória, que desconstitui a coisa julgada no processo civil. Sendo o réu absolvido, não há que se utilizar da revisão criminal – mesmo havendo prova nova, não cabe a revisão com o intuito de condenar o indivíduo. A revisão criminal é válida para casos em que houve condenação transitada em julgado, mas surgem novos fatos e provas. Não se pode processar alguém duas vezes com base no mesmo fato, impingindo-lhe dupla punição. A aplicação de uma sanção pena exclui, como decorrência lógica, a possibilidade de novamente sancionar o agente pelo mesmo fato. 
4. INICIATIVA DAS PARTES OU INÉRCIA
O princípio em questão determina que a jurisdição somente se movimenta quando devidamente provocada pelos legitimados para o exercício da ação penal. O princípio em tela é fundamental para a imparcialidade do magistrado, pois evita que o mesmo tenha prévia avaliação sobre um determinado fato. Decorre do referido princípio os limites da demanda impostos ao magistrado, pois após o início do processo, o juiz não está livre para julgar a demanda da forma que bem entender, vez que seu limite de julgamento está estabelecido na exposição dos fatos articulados na inicial acusatória. Trata-se ainda de um limite para o magistrado no que tange a imparcialidade – o princípio da inércia, ao impedir que o juiz persiga teses e forme juízo de valor antecipado, protege o princípio da imparcialidade. Ao falar do princípio da inércia, compreende-se que a jurisdição é inerte, e só pode ser provocada por quem tem legitimidade. O legislador brasileiro é quem indica quem são os legitimados para tanto: o Ministério Público e ofendido. 
Não é porque o titular da ação penal iniciou o processo que o juiz poderá julgar a demanda de acordo com o que entende correto. Há o limite posto pelo princípio da demanda, de modo que o juiz está limitado aos fatos apresentados (art. 41, Código de Processo Penal). O juiz pode se valer do brocado “dai-me o fato que eu lhe darei o direito” – trata-se da emendatio libelli (art. 383, Código de Processo Penal) – o juiz está limitado ao fato, mas poderá dar a interpretação que por ele for entendida. A mutatio libelli é uma alteração dos fatos que ocorre diante de uma elementar ou circunstância nova que não está contida na denúncia, oportunidade em que deverá haver um aditamento da inicial acusatória – mesmo assim, o juiz está preso aos fatos.
Não pode o juiz agir de ofício para dar início à ação penal. Cabe ao titular da ação realizar tal providência. O Ministério Público nos casos de ação pena pública, ou o ofendido, nos casos de ação penal privada é que devem adotar tal providência. A exceção à tal princípio diz respeito à execução penal, que pode se iniciar de ofício (art. 129, I, CPP).
5. DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO
O princípio em rela estabelece que, o indivíduo submetido à jurisdição estatal tem o direito de que o processo seja submetido a mais de um órgão jurisdicional para a decisão da causa. É permitida a revisão da decisão do processo por outro órgão jurisdicional. O princípio do duplo grau de jurisdição não está expresso no ordenamento, mas advém do sistema recursal adotado pelo direito brasileiro. Visa. a assegurar ao litigante vencido o direito de submeter a matéria a uma nova apreciação dentro do mesmo processo. Alguns autores falam que não se trata de garantia constitucional, e deste modo tem-se decisão do STF. Os autores que consideram o duplo grau de jurisdição como uma garantia constitucional, indicam que se trata de uma ligação com a própria noção de Estado de Direito. Os defensores do princípio em questão se baseiam no Pacto de São José da Costa Rica (art. 8º) e entendem que se trata de uma decorrência do princípio da ampla defesa e do direito ao duplo grau de jurisdição. Alguns autores defendem que a observância do duplo grau de jurisdição contribui para a lentidão do processo, desprestígio das decisões dos magistrados de primeiro grau e quebra da unidade jurisdicional (os magistrados de primeiro grau dão uma decisão em um sentido e os tribunais em outro sentido totalmente oposto. Muitas vezes o juiz de primeiro grau teve acesso às partes, às provas, e a impressão pessoal do mesmo é importante, porém, a decisão dos Tribunais de Justiça acaba se sobrepondo à decisão do juiz). Por outro lado, é importante permitir que haja outra apreciação, já que no tribunal há um órgão colegiado (dois ou três desembargadores). Nos casos de competência originária não há como recorrer, por isso, o princípio do duplo grau de jurisdição não é garantia absoluta. O princípio do duplo grau de jurisdição dá ao réu o direito de recorrer da decisão. Não se trata de direito fundamental, mas se encontra na base do direito brasileiro. A previsão também se encontra no art. 8º, 2, h do PSJCR. 
6. DEVIDO PROCESSO
O devido processo legal é assegurar a tutela de bens jurídicos por meio do devido procedimento no campo da aplicação e elaboração normativa – deve haver uma atuação substancialmente adequada, correta e razoável. O processo deve ser instrumentode garantia contra os excessos do Estado. 
7. LEGALIDADE:
O princípio da legalidade se divide em legalidade estrita e ampla. As normas que regulam o direito penal serão obrigatoriamente reservadas à lei em sentido estrito. Tal situação foi debatida na doutrina durante um tempo, porém, atualmente resta claro na Constituição Federal que não é permitido que qualquer diploma normativo diverso de lei em sentido estrito regule temática processual penal. O princípio da legalidade ampla se aplica a todo sistema normativo brasileiro. Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pela sem prévia cominação legal. 
8. FAVOR DO REI – FAVOR LIBERTATIS – INDUBIO PRO REO
O judiciário deverá apurar a verdade no plano jurídico, certificando essa verdade. A verdade formal que aceita presunções é prejudicial para a prova no processo penal. Por outro lado, na busca da verdade real já foram vistas diversas atrocidades. Reconstituir um fato passado é construir a verdade no processo. Quando se fala em verdade se fala no que é possível realizar na fase de produção probatória. Para provar um fato em juízo, é necessário que haja a certificação e, para tanto, o juiz tem em seu poder o ônus da distribuição da prova. Hoje em dia se fala em verdade processual ou verdade possível. O juiz no momento de prolatar uma decisão penal, deverá dever em consideração que, para que uma prova altere o status de inocente do réu, precisa ser completa. Havendo deficiência da prova, diante do princípio do in dubio pro reo, esta deverá favorecer o réu. A dúvida deve favorecer ao réu e, se a prova não é suficiente para determinar sua culpa, ela não poderá alterar o status de uma pessoa de inocente para culpado. Os embargos infringentes, por exemplo, se relacionam com esse princípio – em uma decisão por maioria, é possível a interposição de embargos infringentes, pois ocorreu uma dúvida, mesmo que mínima.
Trata-se da ponderação entre o direito de punir do Estado e o estado de liberdade. A ausência de provas suficientes implica na absolvição do réu.
9. ESTADO DE INOCÊNCIA – PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA
O princípio da presunção de inocência encontra previsão na Constituição Federal e na Convenção Americana de Direitos Humanos. O sujeito somente pode ser considerado culpado após trânsito em julgado de sentença penal condenatória. Antes desse marco, o sujeito é presumidamente inocente. O encarceramento antes do trânsito em julgado é uma exceção. Por conta desse princípio, as medidas cautelares tomadas ao longo do processo devem exigir cuidado redobrado. Retiram-se daqui duas regras: a parte acusadora deve demonstrar a culpabilidade do acusado e, ninguém pode ser considerado culpado senão após o trânsito em julgado. Ainda que o sujeito não seja considerado culpado, o STF admite benefícios da Lei de Execução Penal sem o trânsito julgado (progressão) – Súmulas 716 e 717. 
10. CONTRADITÓRIO
O contraditório garante que no processo penal brasileiro deverá existir a bilateralidade da audiência, sendo permitido ao acusado e a defesa a apresentação de suas teses, bem como a produção e a impugnação de provas, de modo a demonstrar à jurisdição a pertinência de sua tese para o reconhecimento da mesma. A partir do diálogo equilibrado diante da jurisdição, deverá ocorrer a prolação de uma decisão. Falar em processo penal no Brasil é permitir o diálogo entre acusador e acusado. Consagra-se que a acusação se submete a limites impostos por lei, impedindo arbítrios estatais. Essa construção processual pautada no diálogo possibilita a liberdade defensiva e instrumentaliza o acusador público de poderes. Ao mesmo tempo que há a limitação, há a realização processual do devido processo legal. Falar em devido processo legal é reconhecer que o processo se desenvolveu respeitando todas as etapas impostas pelo ordenamento, com a participação das partes e da jurisdição, atuando na forma determinada pela Constituição Federal e pelas leis infraconstitucionais. Reconhecer a atenção a esse caminhar devido é atestar ao final da demanda o devido processo legal.
O contraditório é a possibilidade de influir no convencimento do magistrado. Trata-se da participação e manifestação da parte sobre os atos que constituem a evolução processual. O ordenamento impõe a obrigatoriedade de assistência técnica de um defensor. Como consectário lógico do contraditório há o direito à informação. O contraditório para a prova é a manifestação contemporânea à prova, a informação antes de sua criação. O contraditório sobre a prova é a manifestação posterior à produção de prova. Não se exige contraditório no inquérito policial. 
11. AMPLA DEFESA
A ampla defesa permite que o réu se utilize de todos os meios que permitam a oposição à persecução penal. A ampla defesa constitui-se de duas etapas: defesa técnica e defesa pessoal. A defesa pessoal é exercida pelo próprio acusado, que perante a jurisdição apresenta sua versão e suas provas, sendo comum o ato do interrogatório. A defesa técnica é irrenunciável e deverá ser exercida por um advogado público ou privado, habilitado tecnicamente para o exercício da advocacia. A defesa pessoal do réu deve ser assistida por um defensor técnico.
Trata-se de uma garantia ao acusado e, divide-se em defesa técnica e autodefesa. A defesa técnica é a defesa obrigatória, produzida por um defensor público ou constituído. A autodefesa está no âmbito de conveniência do réu, e divide-se em direito de audiência e direito de presença. O direito de audiência é o direito de influir na defesa por meio de interrogatório. O direito de presença é o direito de o réu tomar presença a todo momento sobre o material produzido, garantindo a intermediação entre defensor, juiz e prova. Um processo sem defesa constitui nulidade absoluta. A ampla defesa está adstrita aos argumentos jurídicos.
· Plenitude de defesa: Já a plenitude de defesa autoriza a utilização da natureza sentimental, social e até mesmo político-criminal (júri). A fase sumariante é uma fase em que, perante um juiz singular, o acusador tenta demonstra a viabilidade de uma condenação ao plenário. Ao fim dessa fase, o juiz analisa se existem requisitos ou não para encaminhar o réu à fase do plenário. Quando o juiz emite um pronunciamento, se segue uma outra fase. O impronunciamento é ato que não leva o réu ao plenário, por falta de elementos probatório. O réu do júri precisa de uma defesa que seja plena. Autoriza-se a utilização não só de argumentos técnicos, mas também de natureza sentimental, social e até mesmo de política criminal, com o intuito de convencer os jurados. Isso porque a defesa será apresentada perante leigos na fase de plenário. 
12. JUIZ NATURAL E VEDAÇÃO A JUIZO OU TRIBUNAL DE EXCEÇÃO: 
Determina que o órgão jurisdicional habilitado ao julgamento o processo penal deve decorrer, sua competência, de previa determinação legal, o mesmo deve ser imparcial e a sua existência, mesmo que definida legalmente deve encontrar amparo constitucional. Falar em juiz natural é associar a ideia de juiz investido de funções judicantes, e esta investidura deve ser anterior ao fato. É ainda importante lembrar que o princípio do juiz natural é fundamental para o bom exercício do sistema acusatório, pois, de nada adianta a ideia de um terceiro como julgador (fiel da balança) se essa figura não estiver fortalecida e reconhecida como impessoal na prestação jurisdicional. 
O réu tem direito de ser processado por juiz competente. Veda-se a possibilidade de criação de tribunais de exceção. A alteração de juiz conforme a lei não constitui ofensa ao referido princípio.
13. PROMOTOR NATURAL
É vedada a distribuição arbitraria de promotor para patrocinar caso específico. O promotor deve ser sempre aquele previamente estatuído por lei. A abrangência desse princípio é limitada à fase processual. Diligências realizadas na fase de investigação policial a partir de requisição de promotor distinto daquele que deve atuar não desnatura o princípio.
14. IMPARCIALIDADE
O juiz não pode possuir vínculo subjetivo com o processo. A imparcialidade subjetiva é aquelaque determina que os magistrados não poderão ter relações com os envolvidos no processo; não poderão ter interesse na causa. A imparcialidade objetiva/impartialidade, por sua vez, determina que o magistrado não pode antecipar a tese vencedora; não pode prejulgar teses; não pode perseguir teses, pois ele não é parte. A imparcialidade do magistrado é diferente da imparcialidade do Ministério Público. O magistrado é impartial, ao passo que o Ministério Público é partial, porque ele é parte e persegue os argumentos para comprovar sua tese. Note-se que o Ministério Público é partial quando ele é o dono da ação/titular da ação. Quando o Ministério Público é custus legis, nas ações privadas, por exemplo, ele é imparcial.
15. PUBLICIDADE
O princípio da publicidade garante acesso de todo e qualquer cidadão aos atos praticados no curso do protesto. O sigilo e admissível quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem. A publicidade de atos processuais deve se manter intocada, já que protege o contraditório. Pode haver a ocorrência de comunicação posterior sobre um ato, a exemplo do que se dá na intercepção telefônica. A publicidade interna se refere às partes do processo e a externa se refere à toda sociedade. A publicidade ativa ocorre quando a informação vai ao público e a publicidade passiva ocorre quando o público vai à informação. A publicidade imediata ocorre quando a informação está disponível a todos indistintamente. A publicidade mediata é disponível em certidões, cópias, imprensa, etc. 
16. IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ
É direito do acusado ser interrogado precisamente por aquela pessoa que será responsável por seu veredicto (art. 339, §2º). 
17. IMPULSO OFICIAL
Uma vez iniciado o processo com o recebimento da inicial acusatória, cabe ao magistrado velar para que este chegue ao fim, seja marcando audiências, seja estipulando prazos, seja impulsionando o atendimento do procedimento.
18. MOTIVAÇÃO
O juiz é livre para decidir, desde que o faça de modo motivado. A fundamentação deve se basear nos elementos produzidos perante o contraditório.
19. ECONOMIA PROCESSUAL E CELERIDADE PROCESSUAL
A celeridade não pode afastar a qualidade jurisdicional, porém não devem haver atos procrastinatórios no processo.
20. INADMISSIBILIDADE DE PROVAS OBTIDAS POR MEIOS ILÍCITOS:
Prova ilícita possui relação com a formação e obtenção da prova. Uma prova formada de forma ilegal seria aquela decorrente de uma escuta ilegal, por exemplo. A obtenção ilegal seria o ingresso indevido em uma residência para obtenção de prova - não há autorização para uma busca e apreensão, por exemplo. A Constituição veda a utilização da prova ilícita. Consagrou-se também a Teoria da Prova Ilícita por Derivação (Teoria dos Frutos Envenenados). Para acolher a prova ilicitamente produzida, parte da doutrina acredita na Teoria da Proporcionalidade, indicando a necessidade de equilibrar interesses individuais aos interesses da sociedade. Se uma prova obtida por meio ilícito for capaz de absolver o acusado, deverá ser admitida, tendo em conta que o erro do judiciário deve ser evitado a qualquer custo. 
21. VERDADE REAL
O magistrado deve tentar buscar a verdade dos fatos, superando eventual desídia das partes na colheita probatória. Existem limites, a exemplo da vedação à prova ilícita – não se pode chegar à verdade real por meio de prova ilícita.

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