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BNCC_e_a_Inclusao_Escolar

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Base Nacional Comum 
Curricular e a Inclusão 
Escolar
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO NEPOMUCENO
28 DE JUNHO DE 2018
Objetivos
Proporcionar conhecimento teórico inicial 
e uma reflexão sobre a BNCC.
Discutir, de forma crítica, as implicações da 
implementação da BNCC para a inclusão 
escolar.
Refletir sobre como implementar a BNCC 
em forma de currículo visando uma 
perspectiva de educação inclusiva. 
O que é a Base 
Nacional 
Comum
Curricular?
O que é a BNCC?
➢ Documento normativo.
➢Define as aprendizagens que devem ser desenvolvidas ao longo da Educação Básica.
➢Indica os conhecimentos e competências que se espera que um estudante desenvolva ao 
longo da escolaridade.
➢ Referência para a formulação de currículos dos sistemas e das redes escolares brasileiras.
➢Ao aliar-se à LDB e às DCNs, a BNCC direciona educação brasileira para a formação humana 
integral e para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
O que NÃO é a BNCC?
➢ Currículo.
➢Projeto Político Pedagógico.
➢Parâmetros Curriculares Nacionais.
➢ Diretrizes Curriculares Nacionais.
Qual o objetivo da BNCC?
➢ Fim da fragmentação das políticas públicas educacionais.
➢Fortalecimento do regime de cooperação das 3 esferas de governo (federal – estadual –
municipal).
➢Balizar a qualidade da educação.
➢Garantir o direito dos alunos a aprender e a se desenvolver.
Como é hoje?
Atualmente, as unidades de ensino da Educação Básica constroem seus currículos baseadas 
em diretrizes estaduais e municipais, nos livros didáticos escolhidos e pelos resultados de 
testes de avaliação.
Marcos legais
➢ Constituição Federal de 1988
➢LDB
➢ DCN’s (versão 2010) 
➢ PNE – Lei 13.005/2014
Competências
Na BNCC, competência é definida como a mobilização de conhecimentos
(conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e
socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida
cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.
❖OCDE
❖Unesco
Competências
Ao adotar esse enfoque, a BNCC indica de forma clara o que os alunos devem
“saber” (conhecimentos, habilidades, atitudes e valores) e, sobretudo, do que
devem “saber fazer” (mobilização desses conhecimentos, habilidades, atitudes e
valores).
Fonte: Movimento pela Base Nacional Comum / Center for Curriculum Redesign
Estrutura BNCC – Educação Infantil
Estrutura BNCC – Educação Infantil
Leitura de modificadores de objetivos de 
aprendizagem e desenvolvimento - EI
Organização dos objetivos de 
aprendizagem e desenvolvimento
Educação Infantil
Rompe com 2 modos de educação:
➢Assistencialista
➢Escolarizante
Vê a criança como um sujeito histórico e de direitos, que brinca, imagina, fantasia, deseja, 
aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constróis sentidos sobre a natureza e sobre a 
sociedade, produzindo cultura.
Estrutura BNCC – Ensino Fundamental
Estrutura BNCC – Ensino Fundamental
Leitura de modificadores de 
Habilidades - EF
Organização das Habilidades
EF02HI02
Ensino Fundamental – Anos Iniciais
➢Valorização de situações lúdicas.
➢Articulação com vivências da Educação Infantil.
➢Ampliação das vivências.
➢Novas formas de relação com o mundo.
➢Ambiente escolar organizado em torno dos interesses das crianças.
➢Primeiros anos: foco na alfabetização.
Anos Iniciais versus Anos Finais
➢ Elaboração dos currículos e das propostas pedagógicas devem assegurar aos alunos um 
percurso contínuo de aprendizagens entre as duas fases do Ensino Fundamental.
➢Realizar as necessárias adaptações e articulações, tanto no 5º quanto no 6º ano, para apoiar os 
alunos nesse processo de transição, pode evitar ruptura no processo de aprendizagem, 
garantindo-lhes maiores condições de sucesso.
Base Comum x Parte Diversificada
Opiniões
Fonte: www12.senado.leg.br/
Princípios - professores
Fonte: http://basenacionalcomum.mec.gov.br
Práticas - professores
Fonte: http://basenacionalcomum.mec.gov.br
Tempestade de ideias
Como elaborar um plano de 
trabalho que considere os 
estudantes?
Em que medida o currículo 
atual atende às necessidades 
das crianças e dos jovens? 
O que os estudantes querem/esperam aprender?
Como faremos para que a realidade local esteja 
contemplada na proposta curricular?
Que tipo de mudança a BNCC traz 
para a prática do professor em sala de 
aula?
Como os educadores podem 
se organizar para auxiliar uns 
aos outros nesse processo? 
Como inserir as 10 
competências voltadas ao 
desenvolvimento humano 
integral no ensino de cada 
componente curricular? 
Inclusão
Escolar
Contextualizando
➢ Realidade atual – grandes mudanças na educação nos últimos anos.
➢ Educação em um sentido amplo cumpre a função de socialização das 
pessoas – inclui na sociedade por propiciar participação na cultura.
➢ Cada vez mais educação - atendimento à diversidade.
➢ Inclusão na escola regular de estudantes com deficiências (físicas, 
visual, auditiva, intelectual e múltipla), com transtornos globais do 
desenvolvimento e com altas habilidades/ superdotação.
Contextualizando
➢ A educação inclusiva já é realidade no ensino regular e isso se deve em 
grande parte aos esforços dos educadores
➢ Desafios aos educadores:
• O professor, como organizador da sala de aula, guia e orienta as atividades 
dos alunos durante o processo de aprendizagem para a aquisição dos 
saberes e competências.
Contextualizando 
Conhecimento orienta a prática
Prática aprofunda conhecimento
Discussão muda conhecimento e prática
Contextualizando
Ableísmo
Neologismo que descreve a 
discriminação que prejudica as 
pessoas portadoras de algum tipo 
de deficiência em favor das pessoas 
não portadoras de deficiência 
(normais ou hábeis).
Práticas discriminatórias com base 
nas capacidades.
Enfoques à Educação Inclusiva
➢Ao longo da história – diferentes enfoques
➢Atualmente 2 representações da realidade
1. Enfoque baseado nos déficits
o Foco no estudante (individual) – déficits apresentados por ele
o Situações educativas diferenciadas específicas para atendê-lo
2. Enfoque cultural-integrador
o Currículo como resposta à diversidade
o Criação de situações educativas que permitem o desenvolvimento pessoal dentro da 
diversidade
Enfoques à Educação Inclusiva
➢Pensamento educacional muda:
Estruturas (rígidas, planejadas)
Processos (flexíveis, adaptados)
➢Muda concepção – descrever alguém como deficiente não informa qual 
necessidade educativa nem qual resposta é necessária 
NEE
Enfoques à Educação Inclusiva
➢Inclusão não é só técnica educativa a ser aprendida → Filosofia fundamental 
sobre a nossa percepção das diferenças humanas
➢Compreensão fundamental da inclusão como equidade educacional.
➢Conceito de inclusão é importante a todos os alunos – mudança de 
paradigma (“as necessidades das pessoas com deficiências não são menos 
importantes que as nossas”)
O que é inclusão?
“Ensino inclusivo é a prática da inclusão de todos – independente do seu 
talento, deficiência, origem socioeconômica ou origem cultural – em salas 
de aula provedoras, onde todas essas necessidades dos alunos são 
satisfeitas.”
Stainback & Stainback (1999)
“Enquadrada como uma questão de justiça social e de equidade 
educacional, a inclusão é um sistema de crenças de âmbito escolar, no 
qual a diversidade é vista como um recurso rico para todo mundo, em vez 
de um problema a ser superado.”
Valle & Connor (2014)
Modelo Médico/Biológico
➢Classificação das deficiências
➢Definição em graus
➢Independe do contexto social, econômico, político e institucional
➢Base para a classificação dosalunos conforme funcionamento orgânico e 
psicológico
➢Homogeneizador:
o Semelhanças nas categorias diagnósticas = características similares de 
rendimento acadêmico
Enfoque cultural-integrador/ 
Modelo Social
➢Cada pessoa tem capacidade para adaptar-se, para aprender e ser criativo.
➢Todos os alunos são diferentes ao longo de um continuum de características 
físicas, intelectuais e socioculturais.
➢Adequado aos diferentes alunos.
➢Alunos aprendem de forma diferente, em diferentes tempos e situações.
➢Heterogeneidade:
o Instrução e organização das aulas devem respeitar características individuais;
o Equilíbrio curricular: o que é comum a todos os alunos e o que existe de 
individual nele → currículo comum
Enfoques à Educação Inclusiva
➢Posturas da escola
o Terapêutica: deficiência característica do aluno
o Preventiva: resolver dificuldades de aprendizagem com intervenções 
educativas
Enfoques à Educação Inclusiva
➢Novas maneiras de conceber as Necessidade Educativas Especiais como 
variação humana que se tornaram categorizadas pela sociedade pouco 
disposta a se reconfigurar para remover barreiras ou restrições.
➢Novas maneiras de pensar as práticas inclusivas
➢NEE como marcador de identidade
Identificação e eliminação 
das barreiras 
Desloca-se o foco da 
condição de deficiência para 
a organização do ambiente
Enfoques à Educação Inclusiva
➢Modelos para explicar baixo rendimento acadêmico e social
Aluno deficiente
Fracasso inevitável
Solução: 
Diminuir nível de exigência;
Currículo alternativo
Escola deficiente
Escola não atendeu as 
necessidades de forma 
significativa
BNCC
• Aprendizagens essenciais à todos os estudantes
• Conhecimentos essenciais
• Direito à educação – Igualdade de oportunidades
Inclusão
• Direito de acessar o mesmo currículo para pleno 
acesso à cidadania e consequente inclusão social
Assegurar a 
todos o direito 
de aprender 
Implica 
repensar a 
escola
Desenho 
do 
currículo 
em uma 
escola 
inclusiva 
envolve:
Enfoques à Educação Inclusiva
Diversidade como critério educativo → escola deve garantir práticas 
pedagógicas adaptadas a todos.
Currículo na Educação Especial
Tema currículo gera dúvidas – na prática prevalece uma concepção de currículo 
diferenciado:
➢Redução de conteúdos disciplinares: esvaziamento dos conteúdos e baixas 
expectativas na avaliação
➢Atividades de vida diária
A perspectiva inclusiva rejeita qualquer proposta de currículo diferenciado
Currículos flexíveis comprometidos com o atendimento às NEE de qualquer 
estudante.
Flexibilização curricular
“A flexibilização curricular compreende as modificações necessárias realizadas 
em diversos elementos do currículo básico para adequar as diferentes situações, 
grupos e pessoas, ou seja, são estratégias de planejamento e de atuação 
docente voltadas às necessidades de aprendizagem de cada estudante, 
fundamentadas em uma série de critérios para guiar a tomada de decisões com 
respeito ao que se deve aprender, como e quando e qual é a melhor forma de 
organizar o ensino para que todos sejam beneficiados.”
Mercado e Fumes (2017)
Flexibilização curricular
“O desafio está na prática da flexibilização curricular, na adequação de objetivos propostos, 
na adoção de metodologias alternativas de ensino, no uso de recursos e materiais 
específicos, no redimensionamento do tempo e espaço escolar, entre outros. Aspectos 
necessários para que estudantes com deficiências exerçam o direito de aprender em 
igualdade de oportunidades e condições.
(...)
as decisões sobre as adequações a serem feitas nos componentes curriculares não podem 
estar baseadas nas características de aprendizagem próprias de cada deficiência, mas sim 
nos interesses e possibilidades de cada estudante. O princípio da flexibilização curricular 
deve ser incorporado em todas as etapas, níveis e modalidades de ensino, a fim de que não 
se tenha, novamente, que produzir propostas específicas, diferenciadas, menos complexa.” 
Concluindo
A BNCC define as aprendizagens essenciais às quais todos os estudantes
têm direito.
Todos, sem exceção, têm direito à educação, não estamos nos referindo
somente ao acesso.
Qualquer estudante tem o direito de acessar o mesmo currículo, para o
pleno exercício da cidadania e a consequente inclusão social.
Versão final da BNCC - referência com diretrizes pedagógicas para a
educação básica e orientações específicas nas quais escolas públicas e
privadas de todo o país devem se basear para constituir o próprio
currículo.
Obrigada!
www.mediardesenvolvimento.com.br
contato@mediardesenvolvimento.com.br

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