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ITPAC Hérnias de parede abdominal Dra .Viviane Tiemi Kenmoti Def:'' protusão anormal de um órgão ou tecido através de um defeito nas suas paredes adjacentes, recobertas por peritônio” Ocorrem nos locais onde a aponeurose e a fáscia não são cobertas por músculo estriado O orifício está na camada músculo aponeurotica 1. Linha alba 2. Umbigo 3. Canal inguinal 4. Linha semilunar 5. Canal femoral 6. Triângulo posterior superior e inferior Pontos de fragilidade da parede abdominal Virilha 1. Inguinal 2. Femoral Localização Anterior 1. Umbilical 2. Epigástrica 3. Spiegel Localização Posterior 1. Lombar Qual o tipo de hérnia mais comum? Inguinal Das hérnias inguinais, qual o tipo mais comum? Indireta Outras : Incisionais:15-20% Epigástricas e umbilicais:10% Hérnia femoral:5% Epidemiologia A hérnia inguinal é mais comum em qual sexo? Masculino Qual tipo de hérnia inguinal é mais comum no homem? Indireta E na mulher? Indireta Raro ter hérnia direta Hérnia femoral e umbilical é mais comum em qual sexo? Feminino Qual tipo de hérnia é mais comum nas mulheres? Inguinal 10% das mulheres e 50% dos homens que tiveram uma hérnia femoral, terão ou tiveram uma hérnia inguinal Hérnia incisional é mais comum em qual sexo? 1. Mulheres Hérnia femoral e inguinal é mais comum em que lado? 1. À direita Porque? 1. Devido ao atraso na atrofia do processo vaginal do lado direito 2. Devido ao efeito tampão do sigmóide do lado esquerdo Qual faixa etária é mais susceptível ao estrangulamento? 1. Extremos da idade 2. Chance de estrangulamento aumenta com a idade Qual hérnia tem mais chance de estrangular? Femoral Qual tipo de hérnia inguinal tem mais chance de estrangulamento? Indiretas Hérnia inguinal Hérnias inguinais são os tipos mais comuns- 75% das hérnias de parede abdominal Anatomia da região inguinal 4cm Está 2-4 cm acima do ligamento inguinal Vai do anel inguinal interno ao externo Lateral para medial e de posterior para anterior Anel inguinal profundo:orifício da fáscia transversal Anel inguinal superficial : abertura na aponeurose do oblíquo externo, está superior e lateral ao tubérculo púbico Canal inguinal Parede anterior : Aponeurose do oblíquo externo ligamento inguinal ou de Poupart Parede posterior Aponeurose do transverso e fáscia transversal Parede medial : Tendão conjunto (aponeurose do oblíquo interno + aponeurose do transverso) Parede lateral Lig. Inguinal Canal inguinal Parede anterior : Aponeurose do oblíquo externo Anel inguinal externo Qual estrutura anatômica que divide em direta e indireta? Vasos epigástricos inferiores Qual músculo forma o ligamento inguinal? MOE Quem forma o tendão conjunto? MoI e transverso O músculo cremáster origina de qual músculo? MOI Quem forma o anel inguinal superficial? Abertura na aponeurose do MOE Quem forma o anel inguinal profundo? Abertura na fascia transversal Sexo masculino: 1. Funículo espermático 2. N. Ilioinguinal 3. Ramo genital do n. Genitofemoral. Sexo feminino: 1. Ligamento redondo do útero 2. A. e v. Do ligamento redondo 3. N. Ilioinguinal 4. Ramo genital do n. Genitofemoral Conteúdo do canal inguinal Qual o conteúdo do cordão espermático? 1. Mm cremaster 2. Art veia testicular 3. Ducto deferente 4. Vasos cremastéricos: ramo dos vasos epigástricos inferiores, passam na parede posterior, pode ser ligado sem prejudicar os testículos 5. Linfáticos 6. Processo vaginal 7. N. Ilioinguinal: desce junto ao funiculo 8. Ramo genital do n. Genitofemoral 9. Nervo ileo hipogastrico Quadro clinico Qual o quadro clínico de hérnia inguinal? 1. Abaulamento 2. Aparece ou piora com esforço muscular 3. Redução espontânea com o decúbito ou por pressão manual. 4. Desconforto local: pior no final do dia, alívio com o decúbito. Diagnóstico diferencial Hidrocele Varicocele Cisto de cordão espermático Adenopatia inguinal Neoplasia metastática Varicocele Cisto de cordão espermático Hidrocele Adenopatia inguinal Metástase em linfonodo inguinal Patologias prévias que são fatores de risco para recidiva e que devem ser questionados e tratados 1. Prostatismo 2. Tosse crônica 3. Ascite 4. Constipação intestinal 5. Neoplasias abdominais volumosas Classificação da hérnia inguinal: 1. Direta 2. Indireta É necessário a distinção entre as duas no pré operatório? 1. Não pois o tto cirúrgico é o mesmo Uma hernia inguinoescrotal provavelmente é uma hernia indireta ou direta? Indireta Qual a diferença entre uma hernia inguinal indireta e direta? Normal Indireta Direta Hérnia indireta Oblíqua externa ( externamente aos vasos epigastricos inferiores) 1. Persistência do conduto peritônio-vaginal 2. Perda da função esfincteriana do anel inguinal interno Lateral Medial Hérnia direta Obliqua interna ( internamente aos vasos epigástricos inferiores) Defeito na parede posterior: 1. Inserção alta do músculo obliquo interno 2. Alargamento do triângulo de Hesselbach 3. Enfraquecimento das fibras colágeno da parede abdominal Lateral Medial Hérnia direta Fatores ambientais: 1. Tabagismo 2. Idade avançada 3. Desnutrição 4. Doença crônica debilitante 5. Atividade física intensa Borda lateral Vv. Epigástricos inferiores Borda medial Borda lateral do reto Borda inferior Lig. Pectíneo/inguinal Triângulo de Hesselbach Exame fisico Como examinar o paciente? 1. Em pé e deitado 2. Manobra de valsalva? Palpação: Palpar o anel inguinal externo através da bolsa escrotal Exame físico da região inguinal Se a hérnia for indireta A hérnia empurra a ponta do dedo Se a hérnia for direta A hérnia empurra a polpa do dedo Exame físico da região inguinal Manobra de Landivar Obstruir o anel interno por cima da pele e pede para fazer Valsalva. Se houver abaulamento trata-se de hérnia direta, pois o orifício de saída do saco herniário indireto (anel interno) está obstruído Se o exame fisico fosse duvidoso,qual ou quais exames poderiam ser solicitados? Usg de região inguinal Tomografia Rnm Como podem ser classificadas as hérnias quanto à redutibilidade? Classificação quanto à redutibilidade 1. Redutível 2. Irredutível/encarcerada 3. Estrangulada Podem levar ao quadro de AAO Paciente 60 anos, previamente hígido e portador de hérnia inguinal esquerda de longa data, refere que sua hérnia “ saiu” e não volta mais.Refere ainda dor de forte intensidade. O que deve ser questionado para o paciente que ajuda a definir a conduta? Tempo do encarceramento Qual o limite de tempo em que posso tentar reduzir a hérnia? 6 horas O que sugere que a hérnia esteja estrangulada? 1. >6 horas 2. Dor intensa 3. Sinais flogisticos 4. Sinais sistêmicos 5. Sinais de obstrução intestinal Quais são as complicações da hérnia? Encarceramento Estrangulamento O que define uma hérnia como sendo estrangulada? Saco não redutível com sofrimento vascular do seu conteúdo. Qual a conduta em uma hérnia encarcerada há menos de 6 horas e sem sinais sistêmicos ou de obstrução? Tentativa de redução manual Posição trendelemburg Analgesia Pressão firme e constante Quando não é possivelreduzir a hérnia ou a hérnia estiver estrangulada, qual a conduta? Cirurgia de urgência Qual a via de acesso? Inguinotomia Se durante a indução anestésica, a hérnia retorna a cavidade abdominal, qual a conduta? Laparotomia exploradora O que é uma hérnia de deslizamento? Protrusão de peritônio visceral cobrindo parte de um órgão Quais órgãos geralmente estão envolvidos? Bexiga e cólon Classificação de Nyhus Indicação cirúrgica Hérnia inguinal sempre tem indicação cirurgica? Sim Tratamento cirúrgico Convencional x Vlp Acesso anterior x Reparo pré peritoneal Cirurgia convencional acesso anterior Técnica cirúrgica-acesso anterior 1. Bassini 2. Mc vay 3. Lintchenstein 4. Shouldice Padrão ouro? Lintchenstein Tempos Cirúrgicos Incisão da pele e TCSC Fascia de Camper Fascia de Scarpa Tempos Cirúrgicos Dissecção da aponeurose do m. oblíquo externo, com exposição do anel externo: E Tempos Cirúrgicos Abertura da aponeurose do m. oblíquo externo Tempos cirúrgicos da região inguinal 1. Dissecção das estruturas inguinais 2. Tratamento do saco herniário 1. Abertura do saco + ligadura 2. Invaginação do saco 3. Reconstrução da parede posterior e reconfecção do anel inguinal interno 1. Ligamento inguinal 2. Tendão conjunto 3. Fascia transversalis Tempos Cirúrgicos Dissecção do tendão conjunto e ligamento inguinal até tubérculo púbico TC L.I T.P Tempos Cirúrgicos Dissecção do cordão até o anel inguinal interno, expondo os vasos epigástricos, tendão conjunto, ligamento inguinal e fascia transversalis até tubérculo púbico Tendao conjunto T.P Tempos Cirúrgicos Identificação da hernia H.D H.I Tempos Cirúrgicos Explorar o cordão espermático à procura do saco herniário Saco está Antero superior ao cordão Branco nacarado Tempos Cirúrgicos Tratamento do saco herniário: abertura do saco, redução do conteudo e fechamento do saco Tempos Cirúrgicos Abaulamento da parede posterior: invaginação do saco Reparo de Bassini Sutura dos arcos musculoaponeuróticos do transverso do abdominal e do oblíquo interno( tendão conjunto) ao ligamento inguinal. Altas taxas de recidiva Reparo de Shouldice Embricamento de várias camadas de parede posterior do canal inguinal, utilizando sutura contínua Taxa de recidiva muito baixa. Reparo do Lig. de Cooper (Mc Vay) Um princípio importante é a necessidade da incisão de relaxamento A tensão no reparo dessas hérnias constitui a principal causa de recidiva Indicação: hérnias inguinais diretas, indiretas grande, inguinais recidivas e femorais Abertura da fascia transversalis para exposição do ligamento de cooper Suturas interrompidas aproximam a borda da aponeurose do transverso abdominal ao Ligamento de Cooper Incisão de relaxamento Método de Mc Vay Técnica de Lichtenstein Colocação de tela de polipropileno sobre a fáscia transversalis Fixado ao ligamento inguinal, tubérculo púbico, tendão conjunto Reforço junto ao anel inguinal interno ( reconfecção) LIG ING TC PUBIS DIREITO Reparo pré peritoneal Tecnica de stoppa Indicação: Hérnias inguinais recidivadas Hérnias por deslizamento Hernias bilaterais Hérnias estranguladas Hérnias femorais Vantagem: evita a mobilização do cordão espermático e a lesão de nervos sensoriais do canal inguinal Cria um espaço no espaço pre peritoneal onde é colocado a tela Cobre o defeito herniario direto,indireto e femoral Método livre de tensão Tratamento Laparoscópico É outro método de reparo livre de tensão Melhor resultado em hérnias bilaterais ou recorrentes Trans abdominal pré peritoneal: usa os trocaters intra- peritoneal Extraperitoneal total: não penetra na cavidade→ espaço pré peritoneal Laparoscopia Tempos: 1. Dissecção do peritônio. 2. Tratamento do saco herniário 3. Fixação da tela de material sintético. Prós: 1. Recuperação mais rápida 2. Menos dor 3. Melhor visualização anatômica 4. Utilidade para fixação de todos os defeitos das hérnias inguinais 5. Diminuição dos sítios para infecção cirúrgica 6. Taxas de complicações Contras: 1. Maior tempo operatório 2. Dificuldades técnicas 3. Custo elevado Taxa de recidiva semelhante a licheinstein Qual a principal causa de recidiva após hernioplastia com tela? Tensão da tela Recidiva: 1-3% Gte nos dois primeiros anos da cirurgia As que mais recidivam são as diretas Recidiva é a mesma com tela tanto aberta quanto laparoscopica Complicações pós operatórias Raras:9% Complicações de ferida operatória: 1. Hematoma 2. Seroma 3. Infecção Complicações isquêmicas Complicações neurológicas 1. Infecção da ferida operatória Risco :1 a 2% Menor nos reparos laparoscópicos Uso de antibioticoprofilaxia-controverso O uso de próteses de tela não aumenta o risco de infecção e não deve influenciar no uso de profilaxia Indicações: ASA >3, historia de infecções anteriores Cefazolina Complicações isquêmicas Resultado da trombose plexo pampiniforme→ atrofia testicular Quadro clinico: Testiculo aumentado e edemaciado 2-5d após a cirurgia Dolorosa ou não Prevenção: dissecção delicada de sacos herniários indiretos e limitando esta dissecção ao anel externo, evitando assim desalojar o testículo da bolsa escrotal Complicações isquêmicas Tratamento: clinico Não há tratamento clínico eficaz Indicação de orquiectomia é rara → dificilmente ocorre necrose ou infecção no testículo acometido. Complicações neurológicas Lesão dos nervos : íleo-hipogastro, íleo-inguinal e o ramo genital do nervo gênito-femoral. Cautério, tração, aprisionamento do nervo Quadro clinico: dor Complicações neurológicas Tratamento: Na maioria dos pacientes a dor é leve e resolve-se espontaneamente em poucos meses, sendo decorrente da manipulação intra-operatória dos nervos. Dor persistente :tratamento clínico com analgesia, porém os resultados são desanimadores Encarceramento: cirurgia e retirada da tela e neurectomia Hérnias especiais Hérnia de Richter: 1. Borda anti mesentérica do id 2. Pode ter estrangulamento sem obst intestinal Hérnia de Littre 1. Divertículo de Meckel Hérnia de amyand: 1. Apêndice Hérnia femoral 3% das hérnias da virilha Mais comuns em mulheres obesas acima de 45 anos Mais comum do lado direito 20% são bilaterais Anel femoral é uma estrutura inelástica: favorece seu encarceramento e estrangulamento Abaulamento inferior ao ligamento inguinal Sempre adquirida Anel femoral Limite superior: Ligamento inguinal Limite inferior: Músculo pectíneo Limite lateral: Veia femoral Limite medial: Ligamento lacunar Tecnica de Mc Vay Tratamento Hérnia umbilical Persistência do anel umbilical sem o fechamento de sua camada aponeurótica após o nascimento Protrusão anormal do peritônio contendo tecido gorduroso pré-peritoneal (comum), omento, ou alças intestinais (raro) Hérnia umbilical Abaulamento local (só limita atividade física quando for uma hérnia grande) Tumoração umbilical que piora com esforço Hérnia que reduz espontaneamente À palpação: anel circular indolor Quadro clinico Granulomas Cistos Diagnostico diferencial Defeito congênito, mais comum em crianças negras, meninos Ocorre devido a não oclusão do anel umbilical ou ao alargamento do anel Em mais de 90% dos casos, fechaespontaneamente entre 4-6 anos Aparece antes do quarto mês de vida Indicação de reparo precoce ( antes 5 anos): Anel maior que 2 cm Derivação ventriculo peritoneal Hérnia umbilical na criança Adquirido ou hérnia congênita não diagnosticada previamente. Etiopatogenia: aumento da pressão intra abdominal Obesidade Gestações Fraqueza local por atrofia muscular Ascite Hérnia umbilical-adulto Indicação cirúrgica: 1. Dor persistente 2. Mulheres que pretendam engravidar 3. Ascite e cirrose: pode haver ruptura 4. Complicações (estrangulamento e encarceramento) Hérnia umbilical-adulto 1. Técnica de Mayo Embricação da fascia superior e inferior 2. Tela Indicadas em hérnias com anel maior que 3-4cm Recidiva 3. Laparoscopia Hérnias volumosas Colocação de tela intra abdominal Tratamento cirúrgico Hérnia umbilical Hérnia epigástrica Localização? Linha alba Entre o xifóide e umbigo Qual o conteúdo? Gordura pré peritoneal Peritonio Tratamento? Sutura simples Hérnia epigástrica Hérnia de spiegel Localização: Entre a borda lateral do reto e a linha semilunar Abaixo ou sobre a linha arqueada Ø da fascia posterior do reto nesse local contribui p o aparecimento Quadro clínico: Dor local + abaulamento É comum palpar a hérnia? Não Hérnia de spiegel Linha semi lunar Linha arqueada Diagnóstico? Tc Usg Tratamento? Sempre cirúrgico Risco de encarceramento Hérnia incisional Causas: Tensão exagerada Sutura incorreta Cicatrização deficiente Causas pós operatórias? Hematoma de parede Infecção de ferida Distensão abdominal, tosse, vômitos, soluços Hérnia incisional Que tipo de incisão tem mais tendência a hérnia? Transversal ou longitudinal? Longitudinal O uso de cinta no pós operatório previne a hérnia? Não Hérnias lombares Congênitas ou adquiridas Protrusão de gordura extra peritoneal Fraqueza da fáscia lombodorsal Raro encarcerar Hérnia lombar Mais comuns Limites 12a costela Mm paraespinhal Moi Hérnia lombar superior Grynfelt Limites: Crista iliaca Grande dorsal Moe Hérnia lombar inferior Petit Tto cirurgico Sutura primaria é dificil pela presença de osso Melhor com tela Hérnia lombar Fim
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