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Grupos pronto

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DEMÉTRIO MACIEL REBELO, FREDERICO AUGUSTO DE ALMEIDA CARMO E LEONARDO FERNANDES FERREIRA
OBSERVAÇÃO DE UM GRUPO DE ALCOÓLICOS ANÔNIMOS NO TEMPLO RELIGIOSO WESLEY NA CIDADE DE PORTO ALEGRE/RS
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL	
FACULDADE DE PSICOLOGIA
OBJETIVO
Compreender como se estabelece o agregamento de seus membros através de uma óptica grupal entre os membros dos alcoólicos anônimos (AA).
Verificar como se dá as interações e suas condutas nas intensificações de afetos estimuladas por esse grupo e também, como se sustenta essa grupalidade.
Averiguar se há, ou não interferência religiosa da instituição, e caso positivo, como ela se dá entre os AA.
Introdução
O consumo de bebidas alcoólicas no mundo possui um padrão global
4 mil anos; intrinsecamente ligado a tradições antigas
40% de consumo na população mundial
2,5 milhões de mortes associadas anualmente (OMS).
Primeiro grupo formado nos EUA – Criadores intrigados com ideia 
Ajudavam outros dependentes e acabavam ajudando a si próprios.
Método
Observação sistemática não participante
Integração Teórico-Prática
Psicologia das Massas – Influência Sugestiva
Comportamento Imitativo; indução de afeto
Desdobramentos de afetos; união do grupo
Contágio Grupal, incitação de uma espécie de hipnose
Sacríficio do interesse pessoal em prol do coletivo.
Capacidade afetiva = desestimula a criticidade
Freud (1921)
Pichon – Rivière (1998)
Remodelação da realidade – relações grupais construídas a partir da divisão de objetivos comuns
Membros adquirem uma participação crítica e criativa quando imersos nos AA.
Sistemática de um grupo operative (aprendizagem, diagnóstico, tratamento; enquadre.
Dinamismo Grupal – transpor contradições
Movimentos de estruturação, desestruturação e reestrturação.
Yalom & Leszcz (2006) 
Esperança – grande fator terapêutico; Líder designado como grande motivador
Membros – “meus problemas são únicos”, Logo, padrões de similiaridade agem – processo de diluição de ideias fixas (coesão grupal) – menor sofrimento psíquico
Superação de obstáculos através do coletivo.
Proposta de Intervenção
Maiores eventos de confraternização entre os membros; sentimentos de evitação ( diminuição do medo de não se controlarem – recaídas)
“organizar um evento com o intuito de trazer de volta a eles, estes momentos que muitas vezes os mesmos evitam, e também, como forma de integração entre os participantes do grupo.
Os eventos ocorreriam antes ou depois das reuniões, no mesmo local. Ou em outro local programado. Com a informação para eles de que haverá a oportunidade de ir a um evento em que não haja a presença do álcool”.
Proposta de Intervenção
Participação mais ativa do coordenador
Esporadicamente convidar profissionais da psicologia, bem como seus estudantes afim de dar mais embasamento técnico ao grupo.
Para especialmente, criar um manejo técnico mais efetivo de possíveis conflitos interpessoais entre os seus membros na busca de melhores resultados terapêuticos. 
Conclusão
Fica evidente que é mais fácil conter o alcoolismo em grupo do que individualmente.
Sozinho, há a presença de inibições, delimitação que não se faz presente quando em grupo.
Efetividade das influências positivas de um AA de caráter sugestivo.
Aumento das capacidades de renúncias e venerações a um ideal.
Fusão da “massa psicológica”.
Em síntese geral: “uma moralização do indivíduo pela massa” (Freud, 1921).
Referências Principais
 ANTHONY, J. C. Consumo nocivo de álcool: dados epidemiológicos mundiais.IN: Álcool e suas consequências: Uma abordagem multiconceitual. Barueri, São Paulo: Minha Editora,2009.
 FREUD, S. Psicologia das Massas e Análise do Eu. Vol. XV, Rio de Janeiro: Delta, 1921.
 JORNAL DO CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA-RJ. Drogadição e Psicologia: Abordagens e intervenções possíveis. Ano 6, nº 22, Mai, 2009.
 MÉLLO, R. P. et al. Construcionismo, práticas discursivas e possibilidades de pesquisa. Psicologia e Sociedade, v.19, n.3, p. 26-32, 2007.
 PICHON-RIVIÈRE, E. Teoria do vínculo. São Paulo: Martins Fontes, 1988. ______. O processo grupal. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
 YALOM, I.D. & LESZCZ M.. Psicoterapia de Grupo: Teoria e Prática. Porto Alegre: Artmed, 2006.

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