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resumo de ortopedia William Gemio Jacobsen Teixeira 10Doenças hematológicas 10Doenças com falha na medula óssea 10Anemia de Fanconi 10Trombocitopenia com o rádio ausente 10Schwachman Diamond 10Hipoplasia de cabelo e cartilagem 11Doenças dos eritrócitos 11Anemia Falciforme 11Talassemia 11Anemia ferropriva 12Doenças do sistema monocítico-fagocitário 12Doença de Gaucher 12Doenças da hemostasia 12Hemofilia 14Doença de Von Willebrand 14Trombofilias 14Púrpura de Henoch-Schönlein 14Disfunção de neutrófilos e linfócitos 14Granulomatose crônica 14Agamaglobulinemia ligada ao X 14HIV 15Leucemia aguda 15Distúrbios endócrinos e metabólicos 15Fisiologia óssea 16Raquitismo 16Falta de cálcio 17Falta de fosfato 18Falta de fosfatase alcalina (hipofosfatásia) 18Outros tipos de raquitismo 18Doenças da paratireóide 18Hiperparatireoidismo 19Hipoparatireoidismo idiopático 19Pseudohipoparatiroidismo 19Osteodistrofia hereditária de Albright 19Hipercalcemia 19Hipercalcemia idiopática na infância: 19Hipertireoidismo 19Hipotireoidismo 20Deficiência de GH e hipopituitarismo 20Nanismo pituitário 20Gigantismo 20Anormalidades gonadais 20Anormalidades relacionadas a drogas 20Glicocorticoesteróides 21Anticonvulsivantes 21Paget 21Displasia fibrosa 21Distúrbios da fase orgânica da mineralização 21Osteogenesis imperfecta 22Osteoporose idiopática juvenil 23Osteopetrose 23Picnodisostose 23Reação periostal 23Doença de Caffey (Hiperostose infantil cortical) 23Hipervitaminose A 24Escorbuto 24Síndromes de importância ortopédica 24Genes estruturais 24Síndrome de Marfan 25Ehlers-Danlos 25Homocistinúria 26Síndromes de supercrescimento e doenças por genes relacionados a tumor 26Neurofibromatose 26Síndrome de Beckwith-Wiedemann 26Síndrome de Russell-Silver 26Síndrome de Proteus 27Problemas de sinalização no desenvolvimento 27Síndrome unha-patela 27Síndrome de Goldenhar 27Síndrome Cornelia de Lange 27Ambiente fetal 27Síndrome fetal alcoólica 28Anormalidades cromossômicas 28Síndrome de Down 28Síndrome de Turner 28Síndrome de Prader-Willi 28Mucopolissacaridoses 28Mucopolissacaridose tipo I - Síndrome de Hurler 29Mucopolissacaridose tipo II - Síndrome de Hunter 29Mucopolissacaridose tipo III - Síndrome de Sanfilippo 29Mucopolissacaridose tipo IV - Síndrome de Morquio 30Mucopolissacaridose tipo V - Síndrome de Scheie 30Mucopolissacaridose tipo VI - Síndrome de Maroteaux-Lamy 30Quadro com resumo das MPS 31Doença de Niemann-Pick 31Doenças reumatológicas 31Avaliação da criança com artrite 31Artrite juvenil idiopática 33Espondiloartropatias soronegativas 33Espondilite anquilosante 33Espondilite anquilosante juvenil 33Artrite psoriática 34Síndrome de Reiter 34Doença inflamatória intestinal 34Artropatia disentérica 34Artrite relacionada a entesite 35Doença de Lyme 35Lupus Eritematoso Sistêmico (LES) 35Febre reumática 35Neuroartropatias 35Articulação de Charcot 35Artrite Reumatóide 36Gota 37Condrocalcinose - pseudogota 37Doenças neuromusculares 37Distrofias musculares 37Distrofias ligadas ao X 38Distrofias autossômica dominante 38Distrofias musculares autossômicas recessivas 39Atrofia espinal muscular 39Ataxia de Friedreich 39Miotonia 39Miopatias congênitas 40Neuropatias sensitivomotoras hereditárias 40Paralisia Cerebral 41Quadriplegia espástica 42Diplegia espástica 44Hemiplegia espástica 45Atetóide 45Membro superior na paralisia cerebral 46Mielomeningocele 49Poliomielite 50Síndromes de contraturas 50Quatro extremidades 50Artrogripose congênita múltipla 51Síndrome de Larsen 51Envolvendo predominantemente mãos e pés 51Artrogripose distal 52Síndrome de Freeman-Sheldon 52Síndromes de contratura com comissuras 52Síndrome Pterígea 52Osteocondrites e osteocondroses 52Osteocondrite dissecante 53Osteocondroses 53Doença de Freiberg – cabeça do MTT 53Doença de Iselin 53Doença de Köhler - navicular 54Doença de Sever – apofisite do calcâneo 54Doença de Osgood-Schlatter 54Doença de Panner - capítulo umeral 54Deformidades de membros superiores 54Desenvolvimento 55Swanson I: Falha na formação de partes 55Deficiências transversais (I.A) 55Deficiências longitudinais (I.B) 58Swanson II: Falha na diferenciação de partes 58Sinostoses (II.A) 58Luxação congênita da cabeça do rádio (II.B) 59Sinfalangismo (II.C) 59Sindactilia(II.D) 59Contratura - partes moles (II.E.1) 61Contratura - esquelética (II.E.2) 62Swanson III: Duplicação 62Polidactilia do polegar (III.a) 62Trifalangismo / hiperfalangismo (III.b) 62Polidactilia dos dedos (III.c) 63Mão especular (III.d) 63Swanson IV: sobrecrescimento 63Macrodactilia (a) 63Swanson V: pouco crescimento 63Metacarpinanos curtos congênitos 63Swanson VI: Síndrome da banda de constrição 64Swanson VII: anormalidades esqueléticas generalizadas 64Deformidade de Madelung (a) 64Envolvimento de todo o membro 64Paralisia cerebral 65Plexopatia braquial 66Região do cotovelo e antebraço 66Luxação úmero ulnar congênita 66Osteocondromatose 67Pseudoartrose congênita do antebraço 67Região do Polegar 67Polegar em gatilho congênito 67Polegar retroflexível 67Deformidade de Sprengel 67Deformidades dos membros inferiores 67Variação rotacional 69Geno varo 70Doença de Blount infantil 71Doença de Blount do adolescente 71Geno valgo 72Arqueamento da tíbia 72Anterolateral 73Posteromedial 73Luxação congênita do joelho 74Marcha no hálux idiopática 74Discrepância de MMII 78Deficiência femoral focal 78Displasias esqueléticas 79Acondroplasia 80Hipocondroplasia 81Displasia metatrópica 81Displasia condroectodermal – Síndrome de Ellis-van Creveld 81Displasia diastrófica 82Displasia de Kneist 83Displasia espondiloepifisária congênita 83Displasia espondiloepifisária tarda 84Pseudocondroplasia 84Displasia epifisária múltipla (DEM) 84Condrodisplasia punctata 85Condroplasias metafisárias 85Aclasia diafisária (exostose osteocartilaginosa múltipla) 86Discondrosteose (Síndrome de Leri-Weill) 86Displasia cleidocraniana 86Síndrome de Larsen 86Resumo das displasias 88Tumores - geral 89Estadiamento 90Princípios da Cirurgia Oncológica 90Exame anatomopatológico 91Ressecção e Reconstrução 91Membro superior 91Carcinoma metastático 92Tumores benignos 92Lesões pseudotumorais 92Lesões fibrosas 92Defeito Cortical Fibroso 92Fibroma não-ossificante 92Histiocitoma fibroso benigno 93Desmóide Cortical 93Displasia fibrosa 93Displasia osteofibrosa (fibroma ossificante dos ossos longos) – Doença de Campanacci 93Fibroma desmoplásico 94Reação de células gigantes (Granuloma reparativo de células gigantes) 94Lesões císticas 94Cisto unicameral ou cisto ósseo simples 94Cisto ósseo aneurismático 94Cisto ganglionar do osso 94Cisto epidermóide 95Tumores formadores de osso 95Osteoma osteóide 95Tumores cartilaginosos 95Osteocondroma 96Osteocondromatose múltipla 96Condroma (incluindo encondroma e condroma periostal) 96Encondromatose múltipla (doença de Ollier) 96Tumores ósseos benignos ocasionalmente agressivos 96Tumor de células gigantes 97Condroblastoma 97Fibroma condromixóide 97Osteoblastoma 98Histiocitose de células de Langerhans (e granuloma eosinofílico) 98Miscelâneas 98Tumores de musculatura lisa 98Tumores neurais 99Tumor vascular 99Tumor de gordura 99Tumores malignos 99Osteossarcoma 100Osteossarcoma central (clássico) 100Outras variantes de osteossarcoma 102Condrossarcoma 103Sarcoma de Ewing 103Mieloma múltiplo e plasmocitoma 104Cordoma 104Adamantinoma 104Fibrossarcoma e fibro-histiocitose maligna 105Linfoma 105Sarcoma de partes moles 105Lipossarcoma 105Leiomiossarcoma 106Rabdomiossarcoma 106Outros tumores malignos 106Tumores vasculares malignos 106Tumores malignos de origem neural 106Pée tornozelo 106Exame físico 109Vias de acesso 109Avaliação radiográfica 110Entorses e lesões ligamentares crônicas do tornozelo 110Hálux varo congênito 111Hálux valgo 114Hálux valgo juvenil 114Doenças dos dedos menores 115Metatarsalgia 118Pé cavo 120Pé plano valgo 121Coalizão tarsal 122Tendinopatias 122Tendão calcâneo 124Tendão do músculo tibial anterior 124Tendão do músculo tibial posterior 126Tendão dos músculos fibulares 127Talalgias 127Talalgias plantares 129Talalgias posteriores 129Pé diabético 130Ulcera diabética 130Classificação de Wagner 131Artropatia de Charcot 131Pé reumatóide 133Pé paralítico 133Deformidade em eqüino 133Deformidade em varo 133Deformidade em valgo 134Deformidade em calcâneo 134Deformidade em cavo, cavovaro ou calcaneocavo 134Unha encravada 135Lesões cutâneas no pé 135Pé torto congênito (talipes equinovaro ou equino-cavo-varo supinado) 139Pé metatarso aduto ou metatarso varo 139Pé metatarso aduto plano 140Pé talo vertical congênito 141Pé calcaneovalgo posicional 141Joelho 141Anatomia e biomecânica 142Músculos 143Ligamentos 144Mecanismos de ruptura ligamentar 144Biomecânica aplicada à lesão ligamentar 145Joelho na marcha e na corrida 145Exame físico 147Lesão ligamentar do joelho 148Lesão do LCA 151Lesão do LCP 153Lesão ligamentar lateral e medial 154Lesão meniscal 157Lesão meniscal na criança 157Menisco discóide 158Cisto poplíteo (Cisto de Baker) 158Doenças femuropatelares 159Instabilidade patelar 160Síndrome patelar dolorosa 161Condromalácia patelar 161Síndrome de hiperpressão femoropatelar 162Lesões condrais 162Técnica das microfraturas para lesões condrais de espessura total 162Transplante de cilindro osteocondral - Mosaicoplastia osteocondral autóloga 163Osteocondrite 163Osteocondrite juvenil 164Osteocondrite dissecante – Forma adulta 165Osteonecrose 165Osteonecrose espontânea do joelho 167Osteonecrose primária X secundária 168Osteoartrose de joelho 170Classificação de Ahlback modificada por Keyes 170Osteotomias 171Osteotomia tibial proximal 174Osteotomia femoral distal 175Artroplastia do joelho 175Artroplastia total do joelho 180Prótese total unicompartimental 180Lesão do tendão patelar e quadricipital 180Ruptura do tendão quadricipital 181Ruptura do tendão patelar 182Condromatose sinovial 182Síndrome da plica sinovial 182Contratura do quadríceps da infância 183Quadril 183Anatomia 185Biomecânica 186Exame físico 186Adulto 187Pediátrico 187Osteoartrose do quadril 188Osteonecrose não traumática 190Osteotomias 190Femorais 192Pélvicas 194Artrodese do quadril 194Artroplastia total do quadril 195Planejamento pré-operatório 196Componentes 199Problemas cirúrgicos associados a doenças específicas 199Complicações das ATQs 203Revisão de ATQ 203Deficiências acetabulares 204Deficiências femorais 205Hemiartroplastia do quadril 205Tendinite e bursite do quadril 206Quadril em ressalto - Snapping Hip 206Otto Pelvis – Acetábulo protruso intra-pélvico 206Osteoporose transitória do quadril 207Legg-Calvé-Perthes 210Epifisiolistese 213Sinovite transitória 213Condrólise idiopática do quadril 213Coxa vara 213Coxa vara do desenvolvimento 214Displasia do desenvolvimento do quadril 217Coluna 217Anatomia e fisiologia 219Exame físico 221Coluna cervical 222Coluna torácica 223Coluna lombar 225Vias de acesso 225Acessos anteriores 227Via posterior 227Técnicas 227Radiologia 228Afecções da coluna cervical 231Escoliose 233Escoliose idiopática 235Escoliose congênita 236Síndrome da insuficiência torácica 237Escoliose neuromuscular 239Cifose 239Cifose postural 239Doença de Scheuermann 240Cifose congênita 241Espondilose e espondilolistese 244Dor lombar 244Dor lombar inespecífica 244Dor nas costas na criança e adolescente 245Doença discal 245Hérnia de disco cervical 245Hérnia de disco torácica 246Hérnia de disco lombar 247Estenose vertebral 250Espondilolistese degenerativa e escoliose 251Torcicolo muscular congênito 251Tumores da coluna 252Benignos 253Malignos primários 254Metástase 254Doenças reumatológicas na coluna 254Artrite reumatóide da coluna 256Espondilite anquilosante 257Mielopatia espondilótica cervical de múltiplos níveis 258Agenesia sacral 258Ombro 258Anatomia 259Vias de acesso 259Exame físico 261Avaliação radiológica do ombro 262Síndrome do impacto subacromial 263Lesão do manguito rotador 264Artropatia da lesão do manguito 264Tendinite calcária 265Capsulite adesiva ou ombro congelado 266Tendão da cabeça longa do bíceps 267SLAP 268Ruptura muscular afetando o manguito 268Ruptura do peitoral maior 268Ruptura do deltóide 268Ruptura do tríceps 268Ruptura do Bíceps 268Ruptura do serrátil anterior 268Ruptura do coracobraquial 268Ruptura do músculo subescapular 268Instabilidade do ombro 268Instabilidade anterior aguda 270Instabilidade anterior recorrente 271Instabilidade posterior aguda 272Instabilidade posterior recorrente 272Instabilidade multidirecional 273Instabilidade multidirecional inferior recorrente e instabilidade voluntária 273Luxação inferior – luxatio Erecta 273Luxação superior 273Luxação glenoumeral pediátrica 273Instabilidade esternoclavicular 273Síndrome do espaço quadrangular 274Compressão no nervo supra-escapular 274Síndrome escapulotorácica 274Osteoartrose do ombro 275Problemas no ombro no arremessador 275Exostose do arremessador 275Osteonecrose da cabeça umeral 275Artroscopia do ombro 276Reparo de lesões labrais 276Cotovelo 276Anatomia 277Exame físico 277Vias de acesso 279Tendinopatias do cotovelo 279Epicondilite lateral (tennis elbow) 280Epicondilite medial 280Contraturas do cotovelo 282Instabilidade do cotovelo 282Luxação posterior do cotovelo 283Outras luxações do cotovelo 283Luxação do cotovelo em crianças 284Fratura-luxação do cotovelo 285Instabilidade recorrente 285Subluxação da cabeça do rádio (pronação dolorosa) 285Lesão do tendão distal do bíceps 286Mão 286Anatomia 287Exame físico 287Punho 288Mão 290Cistos da mão 290Síndromes compressivas 291Mediano 292Nervo ulnar 294Nervo radial 295Tenossinovite estenosante 295De Quervain 295Dedo em gatilho 295Contratura de Dupuytren 297Instabilidade cárpica 297Instabilidade escafo-semilunar 298Luxação volar do semilunar 298Luxação trans-escafo-semilunar palmar 298Luxação trans-escafo-semilunar dorsal 299Instabilidade médiocárpica e piramidal semilunar 299Instabilidade palmar do capitato semilunar: 299SLAC: scapholunate advanced collapse 299Osteoartrose da mão 299Articulação trapézio-metacarpiana - Rizartrose 300Artrite reumatóide na mão 303Lesões da articulação radioulnar distal 304Impacto ulno carpal e lesão da fibrocartilagem triangular 306Pseudoartrose de escafóide 306Distrofia simpático reflexa 308Doença de Kienböck 309Lesão tendínea 309Lesão de tendões flexores 311Lesão dos tendões extensores 314Transferências tendíneas 314Lesão de nervo periférico 314Reimplante 314Retalhos Doenças hematológicas Doenças com falha na medula óssea Anemia de Fanconi · Autossomica recessiva; 1:100.000 · ♂ = ♀ · Falha na medula óssea, anormalidades esqueléticas · Pré-maligna: associado a tumores hepáticos, linfoma, mielodisplasia e outros · Pancitopenia: distúrbio hematológico geralmente tem início com idade média de 8 anos · Ordem de aparecimento do distúbio hematológico: · 1º Trombocitopenia · 2º Granulopenia · 3º Anemia · Exame físico · RN PIG · Face típica com micrognatia e nariz largo · Manchas café com leite · Deformidade de Sprengel · má-formação renal e pavilhão auricular · luxação do quadril não é rara · Síndrome de Klippel-Feil · Deformidades congênitas radiais do antebraço e mão: mais comuns · Sindactilias · Hipoplasia ou ausênciado polegar · Duplicação do polegar · Hemimelia radial · Se rádio ausente: polegar também ausente · Tratamento: · Corticoesteróides + andrógenos · Transplante de medula Trombocitopenia com o rádio ausente · Autossômica recessiva rara · Trombocitopenia grave com rádio ausente e polegar presente · Diferencial com Fanconi e trissomia do 18: se o rádio for ausente, o polegar também é · Ausência do rádio completa e quase sempre bilateral · Mão torta radial diferente do Fanconi pela presença do polegar na trombocitopenia · Hipoplasia do polegar em 50% dos casos · 40% úmero é hipoplásico ou ausente · 1/3 tem alterações da sintura escapular · 40% tem deformidades de membros inferiores Comparação entre Fanconi e Trombocitopenia com Rádio Ausente (TRA) Anemia de Fanconi TRA Rádio Ausente ou hipoplástico Ausente, bilateralmente Polegar Hipoplásico ou ausente (sempre ausente quando o rádio ausente) Sempre presente, geralmente hipoplásico MMSS Arqueamento ulnar Arqueamento ulnar, úmero pode ser hipoplásico ou ausente MMII Luxação do quadril em 10% Comum, incluíndo geno varo e alterações do côndilo femoral medial Hematológica Pancitopenia aos 7-8 anos Trombocitopenia grave nos 1os anos de vida Evolução hematológica Progressiva e fatal sem transplante Resolução espontânea > 1 ano Cancer Risco em 20-25% Sem risco aumentado Schwachman Diamond - Insuficiência pancreática exócrina - Herança autossômica recessiva · Neutropenia · Condrodisplasia metafisária em 62%, geralmente no fêmur proximal · Falha da medula óssea · Neutropenia em 95% a 100% · Trombocitopenia em 66%-70% · Anemia em 24%-50% Quadro clínico: · Má-absorção, esteatorréia e infecções recorrentes · Deformidade da coluna (escoliose, cifose) · Osteonecrose da cabeça do fêmur · Retardo da idade óssea · Estatura ↓ proporcionada · Coxa vara · Clinodactilia · Genovaro · Mielodisplasia pode evoluir para leucemia · Mortalidade precoce por infecções, pancitopenia e leucemia Tratamento: · Doses ↑ de extrato pancreático e suplementação de triglicérides de cadeia média · Transplante de medula óssea Hipoplasia de cabelo e cartilagem · condrodisplasia metafisária associada a déficit de imunidade celular · autossômica recessiva Quadro clínico: · Cabelo fino, não pigmentado · Membros curtos · Baixa estatura proporcionada · Diferencial: acondroplasia: não há alteração capilar e o crânio é normal na acondroplasia · Alteração imunológica: linfopenia leve até síndrome de imunodeficiência grave combinada · Anemia em 73%: tende a ser grave na infância com melhora com o crescimento · Tratamento: não é necessário para quem tem doença leve · Doença grave: transplante de medula óssea ( corrige a imunodeficiência mas não a condrodisplasia Doenças dos eritrócitos Anemia Falciforme · Maior prevalência em negros · presença de HbS ( falcização ( fenômenos vasoclusivos · HbS: cadeia β-globulina anormal (troca de ácido glutâmico para valina) · HbC: troca de ácido glutâmico para lisina · Tipos · SS: herança homozigótica da mutação S ( doença grave · SC: um alelo com hemoglobina S e outro com hemoglobina C · Não há produção de Hb normal mas a falcização é reduzida pela hemoglobina C · Sβ+: um alelo com hemoglobina S e outro com mutação da β-talassemia · Redução leve da síntese de globulina com alguma produção de globulina normal · Há redução da falcização · Sβ0: um alelo com hemoglobina S e outro com mutação da β-talassemia com redução intensa da síntese de β-globulina · Infartos ósseos ( ↑ da trabeculação e esclerose óssea · Osteomielite frequentemente causada por Salmonella · Osteonecrose da cabeça do fêmur ou úmero · Vértebras bicôncavas ou em “boca de peixe”. · Síndrome torácica aguda: · infiltrado pulmonar novo ao RX + febre, + dor torácica ou sintomas respiratórios · Pode ser de origem infecciosa ou embólica Tratamento: · Crise álgica: · Analgésicos · Hiperhidratação · O2 se hipoxemia arterial · Transfusão se crise refratária · as infecções músculoesqueléticas diferem pela antibioticoterapia empírica · associar cobertura para Salmonella com cefalosporina de 3ª geração · diagnóstico diferencial para infecções ósseas no falciforme: · dactilite ou síndrome mãos-pés: 20-50% dos doentes · osteonecrose · geralmente é a primeira manifestação da criança: · < 2 anos, edema e dor agudas em mão ou pé · febre de 38º, leucocitose discreta e alterações radiológicas · diagnóstico diferencial pela punção óssea Talassemia · alteração quantitativa da hemoglobina evoluindo com alterações da hematopoiese · doença autossômica recessiva · α-talassemia: mutação ≥ 1 gene da β-globina · 1 mutação: portador · 2 mutações: traço talassêmico · Anemia leve normocítica ou microcítica · 3 mutações: talassemia · Redução da produção de α-globina · 4 mutações: hidrópsia fetal que é fatal intra-útero · β-talassemia · Talassemia menor: forma leve · Talassemia intermédia · Talassemia major · Displasia esquelética: relacionada ao tratamento com quelantes de ferro · Baixa estatura · alargamento do canal medular. · estreitamento cortical e osteoporose. · alterações inicialmente periféricas, mãos e pés. · fraturas freqüentes entre 10 e 16 anos. · Hematopoiese extramedular no espaço paravertebral pode causar compressão medular · consolidação retardada · fechamento precoce da fise · tratamento: transfusões e vitamina C Anemia ferropriva · deficiência nutricional · 6 meses a 3 anos e adolescência (pico de crescimento) · irritabilidade, fatigabilidade, retardo de crescimento · hiperplasia com alargamento do canal medular · tratamento: suplementação nutricional · anemia crônica ( alterações irreversíves do desenvolvimento Doenças do sistema monocítico-fagocitário Doença de Gaucher · Doença do estoque lisossomal: deficiência de glicocerebrosidase · Etiologia: deficiência da enzima β-glucocerebrosidase · acúmulo de glucocerebrosídeos no SRE e SNC · Hereditariedade: ↑ incidência familiar, autossômica recessiva · Quadro clínico: 3 formas distintas. · Tipo 1: forma crônica, não neuropática: forma adulta, é a forma mais comum. · Aparece progressivamente nas 2 primeiras décadas de vida · Alterações musculoesqueléticas predominantes · Mais comum em judeus · SNC é poupado · Presença de esplenomegalia, linfadenopatia, lesões ósseas, pigmentação de pele · Tipo 2: forma infantil aguda neuropática: rara, com envolvimento do SNC · Fatal: morte com 18 meses devido ao acúmulo de metabólitos tóxicos · Poucas alterações esqueléticas · Tipo 3: forma subaguda neuropática ou juvenil · hipertonia, estrabismo, convulsões e retardo mental · manifestações neurológicas e ostopédicas ocorrem na adolescência · Diagnóstico: detecção de glicocerebrosídeos no sangue e urina · Ocorre infiltração da medula óssea: pancitopenia · Manifestações ósseas · Infiltração medular: · alargamento da medular com afilamento da cortical, principalmente no fêmur distal · Aspecto de tubo de Erlenmeyer: ocorre na remodelação · A lesão cortical leva a dor · Necrose asséptica: ( compressão mecânica, edema e trombose · Principalmente na cabeça femoral, podendo ser bilateral · Rx com lesões líticas diafisárias e reação periostal · Crises ósseas: compressão mecânica dos vasos ósseos · sinais semelhantes a anemia falciforme · pode ter febre, ↑ de VHS · Cintilografia para diagnóstico diferencial · É autolimitada a dias ou semanas. · Fraturas patológicas: geralmente no fêmur proximal · Lesões líticas expansivas: em ossos longos por agregados de células de Gaucher. · Osteomielite: maior susceptibilidade devido a leucopenia, anemia e hipóxia · Diagnóstico com Gálio-67 (↑ da captação). · Tratamento: · Reposição de enzimas · Esplenectomia se hiperesplenismo · Fraturas: conservador, devido ao alto risco de infecção Doenças da hemostasia · Hemostasia · Ambas as vias da cascata ativam o fator X · Via intrínseca (TTPA): estimulada pela exposição ao colágeno · Via extrínseca(TP): estimulada pela tromboplastina tecidual · Fator Xa + Fator Va: converte protrombina ( trombina que converte fibrinogênio ( fibrina · Função plaquetária: avaliada pelo tempo de sangramento (TS) Hemofilia · distúrbio de coagulação hereditário · Hemorragias espontâneas ou após traumatismos insignificantes · Incidência rara de 3 a 4 por 100.000. · Herança ligada ao X. Mais frequente em homens · Mais freqüentemente em articulações, sendo resultado do tempo de coagulação prolongado · Deficiência dos fatores de coagulação VIII, IX ou XI Hemofilia A Hemofilia B Christmas disease Hemofilia C Freq. 80% 15% 5% Clínica A = B Forma moderada Fator Fator VIII (fator anti-hemofílico) IX XI (precursor da tromboplastina plasmática) Herança Recessiva ligada a X Dominante ligada a X · Quadro clínico: depende da gravidade · Hematomas intramusculares · Hemartrose: Joelho > Tornozelo > Cotovelo > Quadril · Dor, ↑ de temperatura e posição antálgica · Após algumas semanas o sangue é reabsorvido, mantendo-se apenas a sinovite reacional · Cada episódio agudo progressivamente limita a mobilidade articular · causa deformidade geralmente em flexão · Quadril e ombro: bloqueio da rotação · Hemartrose de repetição ( artropatia hemofílica · Profilaxia ( manter nível do fator > 1% · Síndrome compartimental · Alterações degenerativas ocorrem precocemente levando a anquilose fibrosa e atrofia muscular · Compressões nervosas · Mais comum: compressão do nervo femoral por hematoma de iliopsoas · Pseudotumor hemofílico (tem origem no hematoma) · Destroi as camadas muscular e cutânea, fistuliza e torna-se infectado · Ocorre erosão cortical: deformidade e risco de fraturas · Proximal: geralmente extra-ósseo e necessita de drenagem cirúrgica · Distal: geralmente intra-ósseo e só necessita de reposição de fator · Diagnóstico · Medida da atividade dos fatores de coagulação (+) se < 20-50% · TTPA anormal com TP, plaquetas e tempo de sangramento normal · O sangue no líquido sinovial age como um agente irritante para a membrana sinovial · Hemossiderina na camada celular superficial ou nos macrófagos e leucócitos do estrato subsinovial · Espessamento da sinovial: hiperplasia, formação de vilosidades e fibrose · O tecido de granulação da sinovial forma um pannus, que absorve a cartilagem articular periférica · Liberação de precursor da colagenase · Destruição da matriz cartilaginosa, perdendo a capacidade de absorver estresse mecânico. Patologia · Ocorre erosão articular irregular geográfica · O osso subcondral torna-se atrofiado, apresentando formação de cistos · Alargamento assimétrico da epífise (deformidades em varo ou valgo) · Crescimento longitudinal pode ser acelerado ou retardado, mas fechamento precoce da fise é mais usual Radiologia · Agudo: · distensão capsular com ↑ da densidade de partes moles · Sem alterações ósseas · Crônico · osteoporose, principalmente epifisária · crescimento assimétrico e fechamento da fise · cistos subcondrais · alargamento do intercôndilo do fêmur e troclea do úmero (reversíveis) · Estágio final de destruição · diminuição do espaço articular pela perda da cartilagem · Na fase de anquilose fibrosa: osteófitos e esclerose local · irregularidade cortical · desorganização epifisária Tratamento · Reposição de fator, crioprecipitado (VIII ou IX ) · 1 U/Kg de fator VIII eleva em 2 % · Hemorragia muscular > 20 a 30 % · Hemartrose aguda > 40 a 50 % · Hemorragia retroperitoneal > 80 a 100 % · Punção articular > 30-40% · punção articular deve ser evitada: risco de infecção e destamponamento do hematoma · Procedimento cirúrgico > 100% · manter > 60% por 4 dias · 40% por mais 4 dias · 20% na fisioterapia pós operatória · elevação do membro imobilizado e aplicação de gelo · iniciar movimento em 24h · Se houver sangramentos repetidos deve-se continuar a reposição de fator e imobilizar · Pode-se usar doses baixas de corticoesteróides · Deformidade em flexão do Joelho: · correção gradual com tração de Russel ou órtese articulada no joelho · manipulação suave sob anestesia geral apenas com níveis adequados de fator de coagulação · não responsiva ao tratamento clínico: considerar osteotomia supracondilar · Sinovectomia: indicada em hemartrose de repetição · inibir a degeneração cartilaginosa por reduizr liberação de colgenases · Pseudotumor: não deve ser aspirado · na cirurgia, usar globulina antihemofílica local para controlar o sangramento · amputação do membro pode ser necessária · radioterapia para os pequenos e inacessíveis · Fraturas: risco ↑ pela osteoporose e rigidez articular · reposição imediata de 40 a 60%, mantendo em 20 a 30% por varias semanas · tratamento conservador para fraturas estáveis e RC + FI das instáveis após reposição · fraturas patológicas: FI + enxerto ósseo · Artrodese: para destruição articular grave. · Artroplastia total: dor em artropatia avançada sem sinais de sangramento atual · Descompressão: · Síndrome compartimental: fasciotomia · Neuropraxias · tratamento. conservador com reposição, imobilização com bons resultados. · descompressão em compartimentos fechados, sinovectomia no túnel do carpo. Doença de Von Willebrand · Produção insuficiente ou produção de fator de Von Willebrand ineficaz · Carrega Fator VIII e promove agregação plaquetária · Classificação · Tipo I: deficiência parcial quantitativa (mais comum – 60-80%) · Tipo II: deficiência funcional · Tipo III: ausência quase completa do fator · Tratamento · Formas leves: análogo sintético de vasopressina que aumenta vWF e fator VIII · Forma grave com sangramento: transfusão Trombofilias · Proteína C e S: produzida no fígado, dependente de vitamina K · Ativação mediada por trombina · Efeito antitrombótico · Antitrombina: efeito estimulado pela heparina · Fator V de Leiden: mutação que impede que a forma Va seja inativada pela proteína C Púrpura de Henoch-Schönlein · Vasculite com depósitos de IgA · Envolve pele, estômago, rins e articulações · Rash purpúrico não trombocitopênico · 2x mais comum em ♂ · Vasculite mais comum das crianças · Autolimitada · 2-11 anos · Dor abdominal · Manifestação articular: geralmente poliarticular · Joelho e tornozelo são mais acometidos · Edema, dor periartricular · Tratamento de suporte Disfunção de neutrófilos e linfócitos Granulomatose crônica · rara; 1:200.000 a 1:500.000 · granulócitos deficientes · infecções recorrentes, abscessos superficiais, pulmonares, hepáticos, intestinais e ósseos: · S. aureus, Serratia, E. coli, Klebsiella, Aspergillus, Nocardia, C. albicans · Tratamento: drenagem, antibiticoterapia e interferon Agamaglobulinemia ligada ao X · Defeito na maturação e função das células B · Apresentação: artrite, ao redor dos 2 anos · Diferencial: · Artrite reumatóide juvenil · presença de grande número de células T supressoras na agamaglobulinemia · Pioartrite · Infecções podem ser graves para necessitar de hospitalização · Hipótese com hipogamaglobulinemia e número baixo de linfócitos B circulantes · Tratamento: tratamento agressivo das infecções e imunoglobulinas HIV · Manifestação musculoesquelética mais comum: envolve encefalopatia · Pode ser progressiva ou estática · Risco aumentado de infecção na fase de AIDS · Risco de sarcoma de Kaposi, doenças linfoproliferativas e tumores de músculo liso Leucemia aguda · Forma mais comum de câncer infantil · 2-4 anos · 80% é LLA e 20% leucemia aguda não linfocítica · Cromossomo Philadelfia (+) ( mal prognóstico · Manifestações esqueléticas · Dor nos membros e lombar · Poliartralgia com derrame articular · Astenia, febra baixa · Fratura patológica · Osteopenia · Exames laboratoriais · Anemia · Plaquetas podem estar reduzidas · RX · Reação periostal · Lesões radioluscentes no osso cortical · Bandas radioluscentes metafisárias por mineralização anormal · Diagnóstico: biópsia de medula óssea Distúrbios endócrinos e metabólicos · 1ª semana: morfogênese · 8ªsemana: invasão vascular na diáfise umeral e formação de osso endocondral · Final da fase embriônica e início da fetal Fisiologia óssea · Fatores que regulam a densidade óssea · Osteoblastos: responsáveis pela deposição de osteóide · Derivados de células fonte · Produz fosfatase alcalina ( usada para identificar atividade · Quando fica preso no osso: fica quiescente e chamado de osteócito · Osteoblastos e osteócitos também conseguem reabsorver osso e são os primeiros a fazê-lo quando há necessidade · Osteoclastos: derivados de monócitos circulantes · Osteoclastos formam cavidades chamadas lacunas de Howship · Há relação íntima entre osteócitos e osteoclastos · PTH: ação sobre osteoclastos ocorre através dos osteócitos · Moduladores da densidade óssea · 1º: Homeostase do cálcio: principal · Cálcio: · Neurônios: atividade inversamente proporcional ao Ca++ · Cardíaco: diretamente proporcional · Balanço normal do cálcio · Absorção do estômago, armazemanto no osso e excreção renal · Estocado em ossos na forma de hidroxiapatita Ca10(PO4)6(OH)2 · Hidroxiapatita: não é solúvel em água · Ca++ sérico: excede concentração crítica no pH normal ( deposição com gasto ↓ de energia · Transporte ativo de cálcio (não há difusão passiva) · Regulado pela forma ativa da vit. D, PTH e concentração de fosfato · PTH: produção na paratireóide · (+) da expressão com cálcio ↓ · Ação direta: libera Ca++ das mitocôndrias para o ambiente intracelular · PTH + vit D: ↑ da absorção intestinal e renal e quebra de hidroxiapatia · PTH: (+) reabsorção pelo osteoblasto que (+) os osteoclastos · ↓ reabsorção tubular de fosfato ( ↑ de excreção · Vit. D: 2 fontes: dieta (vitD2) e a pele (VitD3) - são lipossolúveis · Necessita ser metabolizada para ter ação periférica · Luz ultravioleta · Fígado: é convertida em hidroxicolicalciferol (25-HCC). · Rim: transformado em dihidroxicolicalciferol (24,25 ou 1,25-DHCC) que ↑ absorção intestinal do calcio · Ca++ sérico ↓ e PTH ↑: conversão para 1,25 (mais potente) · concentração de fosfato ↑: induz formação da 24,25 (menos potente) · ↓de vitD ( ↓do Ca++ que ( (+) PTH · Necessidades dietéticas na criança: 200 UI por dia · 2º Fatores hormonais · Esteróides sexuais · Estrógeno: mais potente · (-) a ativação de RANK que inibe a ação de osteoclastos · Hormônio tireoidiano: geralmente favorece a ação de osteoclastos · Corticoesteróides · (-) ação de osteoblastos · ↑ excressão de cálcio urinário ( ↑ do PTH · Calcitonina: produzido por células parafoliculares da tireóide · Pouco papel em humanos · (-) a reabsorção óssea e a reabsorção de cálcio e fórforo no rim · 3º Força física Raquitismo · Osteomalácea: falha na mineralização do osteóide formado na cortical · Acontece junto com o raquitismo na criança e isolada no adulto · Raquitismo: mineralização inadequada do osso em crescimento nas fises · proliferação celular normal com falha na calcificação · desordem na invasão vascular, falta de reabsorção na zona de calcificação provisória e um espessamento da fise · desarranjo na disposição das fibras de colágeno no osso cortical · o osso fica amolecido e se distorce com o estresse mecânico · placa de crescimento · zona de reserva e proliferativa relativamente normal · zona hipertrófica com ↑ desordenado · zona de maturação com distorção grosseira · zona de calcificação provisória mal definida · Disturbio no metabolismo do cálcio e do fosforo · A fise é o local de maior atividade óssea, e portanto, é o local mais acometido · Quando associado a IRC, é conhecida como osteodistrofia renal · Quadro clínico · Alterações da morfologia e função da placa de crescimento · redução do crescimento longitudinal · deformidade angular dos ossos longos · Anormalidades: ocorrem antes dos 2 anos · Hipotonia com retardo do DNPM · Convulsão, estridor, tetania, irritabilidade e fraqueza · Infecções respiratórias e TGI · Altura < 3º percentil · Cardiomiopatia · Deformidade esquelética: evidente em todas as fises · Punhos, cotovelos e joelhos espessados com alargamento das metáfises · Ossos longos curtos · Geno varo ou valgo · Coxa vara · Bossa frontal e parietal evidente · Cifoescoliose · Atraso do fechamento da fontanela anterior · Alargamento costocondral: rosário raquítico · Dentição atrasada · Sulco de Harrison: identação nas costelas inferiores onde há inserção do diafragma · Risco maior de fraturas em galho verde da tíbia e fêmur · Epifisiolistese: mais comum na osteodistrofia renal · não é comum no raquitismo por deficiência de vitamina-D ou resistente a vitamina D · RX: Aparencia da placa de crescimento é quase patognomônica · Alargamento fisário: rádio distal normal – distância entre a epífise e metáfise < 1mm · Expansão lateral das placas de crescimento com carga · Metáfises ficam com aspecto de taça e espraiada · Ossos longos curtos para a idade · Evidência de osteomalácia: · Zonas de Looser ou fratura de Milkman: bandas transversas de osteóide não mineralizado · Tipicamente acontece na borda medial do fêmur proximal e posterior às costelas · Chamadas de pseudofraturas · Mais comum nos resistentes a vitamina-D e osteodistrofia renal Falta de cálcio · Nutricional · Deficiência de Vit D: comum · geralmente entre 3 e 18 meses de idade · déficit na dieta ou na exposição ao sol baixa · Crianças prematuras são mais suceptíveis: menor reserva de calcio · Leite materno com baixa quantidade de vit.D: risco no aleitamento prolongado · Avaliação laboratorial · Ca++ ↓, fosfato ↓, 25 hidroxivitamina D3 ↓, fosfatase alcalina ↑ · Fosfatase alcalina ↓ com a terapia bem sucedida · Tratamento: · Prevenção com 200 UI de VitD/d. · Não existe reserva de vitD ao nascimento · Nos prematuros é necessária uma maior dose 2.000UI/d por 3 meses · Tratamento: 2.000-5.000UI/d por 6-10 semanas, ou 600.000UI/dose úinica · Com 3 a 4 semanas ocorre melhora radiológica · Caso não ocorra melhora, suspeitar de raquitismo refratário · Deficiência isolada de cálcio · Deficiência combinada de cálcio e vitamina D: comum · Gastrointestinal: raro em crianças · Mais comum por causa hepática por alteração na produção de bile · ↓ significativa de absorção de vitamina D lipossolúvel · ↓ na produção de 25-hidroxivitamina D · Precipitação de cálcio · Outras: doença de Crohn, RCU, sarcoidose, tuberculose, cirurgia de derivação, síndromes de mal absorção · Laboratorial · Hipocalcemia, hipofosfatemia, hiperfostatásico, hipocalciúrico · Concentrações variáveis de metabólitos de vitamina D · ↑ de PTH · Deficiência de 1 α-hidroxilase · Alterações radiológicas do raquitismo · Ca++ e fosfato ↓ · fosfatase alcalina e PTH ↑ · < 24 semanas, com fraqueza, pneumonia, convulsões, dor ossea · Nível normal de 25 hidroxivitamina D3 e níveis ↓ de 1,25 por incapacidade de conversão · Tratamento: suplementação de vitaminda D3 ativa · Insensibilidade de órgão alvo à vitamina D · Raquitismo com altas taxas circulantes de 1,25 · Alopécia · Tratamento: sem tratamento eficaz · ↑ doses de vitamina D: resposta clínica incompleta · Doença grave: infusão endovenosa de cálcio · Osteodistrofia renal · Alterações ósseas da doença renal terminal · Apresentação clínica: hiperparatireoidismo com raquitismo e osteomalácia · Sinais de IRC 2 anos antes das alterações ósseas · Redução da depuração de fosfato com função renal < 25% · Hiperfosfatemia ( hipocalcemia ( (+) do PTH · Alterações pelo PTH: tumor marrom, erosão ossea · Estimulação crônica da paratireóide · função independente, mesmo após transplante renal (hiperparatireoidismo 3ário) · Redução na produção de 1,25 vit D3 · Laboratório: · Calcio sérico ↓ · Uréia e fosfato ↑ · ↓ da excreção urinária de calcio · Tratamento · ↓ no fosfato da dieta · Agentes quelantes de fosfato · Vitamina D · Transplante renal Falta de fosfato · Hipofosfatemia ligada ao X · Forma mais comum de raquitismo herdado · 2 ♀: 1 ♂ · Sem transmissão masculino ( masculino · 1/3 esporádico · Alteração genética interfereno transporte renal de fosfato ( hipofosfatemia · Há produção baixa de 1,25 dihidroxivitamina D3 · Tratamento: administração oral de fosfato e forma ativa de vitamina D3 · Complicações: intoxicação por vitamina D (sede, poliúria, anorexia), hiperparatireoidismo · Anormalidade tubular renal · Síndrome de Fanconi: falha na reabsorção de fosfato, Ca++, Mg++, Na+, bicarbonato, glicose, ácido úrico e pequenos aminoácidos · Causa predominante da doença óssea: hipofosfatemia pela espoliação renal · Falha na reabsorção renal de fosfato – diabetes hipofosfatêmico · Defeito primário no túbulo renal · Não há hiperparatireoidismo · Níveis normais de PTH, Ca++, metabólitos da vitamina D · Hiperfosfatúria (> 50%) e hipofostatemia profunda · Tratamento: aumentar fosfato neutro na dieta · Acidose tubular renal: não está diretamente relacionado à vitamina D · Distúbio adquirido ou genético no manejo de bases fixas e bicarbonato pelo rim · Formas: · Rim não consegue fazer gradiente H+ e excreta bases fixas, inclindo Na+ e Ca++ · Rim não reabsorve bicarbonato e causa perda de base fixa como cátion · Acidose hipercloremica, hiponatremia e hipocalêmica com urina alcalina · Em alguns doentes também há ↓ na reabsorção de fosfato · Calcinose renal pode levar a IRC · Tratamento: alcalinização da urina Falta de fosfatase alcalina (hipofosfatásia) · Hipofosfatásia: deficiência de fosfatase alcalina · Fisiopatologia ≠ do raquitismo · Transmissão autossômica recessiva · Heterozigotos assintomáticos: ↓ na fosfatase alcalina sérica · Doença clínica: presença de altas concentrações de fosfoetanolamina na urina · Produção de grande quantidade de osteóide sem mineralização · ↓ da concentração de fosfatase alcalina · Níveis normais de Ca++, 25 e 1,25 vit D e PTH · Alta mortalidade · Quadro clínico · Retardo de crescimento, irritabilidade, febre, constipação, aumento da pressão intracraniana · Craniossinostose é comum · Ossos arqueados · Osteopenia generalizada mais intensa em região metafisária · Centros epifisários aparecem com retardo · Forma letal perinatal · Outras formas melhoram na adolescência · Sem tratamento adequado para o defeito Outros tipos de raquitismo · Associado a aminoacidúria: · início mais precoce e bom prognóstico · lesões ósseas mais intensas · fraqueza muscular importante · glicosúria e aminoacidúria · Tratamento com altas doses de VitD · Associado a aminoacidúria e acidose: acidose, o tratamento é feito com bases e vitamina D · Associado a doença de reserva de cistina: raro, ocorre depósitos de cistina nos tecidos. · Início com 6 meses com sintomas gerais · Aos 2 anos: deformidade raquítica. · Diagnóstico: identificação de cristais de cistina nos tecidos · Sem tratamento específico, prognóstico ruim · Associado a hiperglicinúria: · Raro · lesões ósseas grave · início na adolescência · Resposta a altas doses de VitD. · Associado a síndrome oculocerebral · Glaucoma congênito · Catarata · Hipotonia · Ocorre em homens · Retardo mental Doenças da paratireóide · Não são comuns em crianças Hiperparatireoidismo · Diagnóstico: dosagem de PTH · ↑ PTH: ↑ calcemia e ↓ fosfatemia · ↑ PTH pela IRC é secundário ou terciário · Primário: hiperfunção autônoma · Hiperplasia da paratireóide: raro em crianças · Secundário é um sistema compensatório pela hipocalcemia e é reversível com a correção da IRC · Terciário é inicialmente compensatório mas pelo tempo de estímulo, a glândula torna-se autônoma · Hipercalcemia · Reabsorção osteoclástica de osso causa dor · Inibição da ação de músculos lisos · Hipotonia dos músculos do TGI · Cálculo renal · Dor abdominal · Constipação · Letargia · Hipertensão · Radiológicas · Primária é igual a secundária · Osteopenia generalizada e afilamento cortical · Laboratorial · ↑ sérico do Ca++ · ↓ do PO4- · ↑ da fosfatase alcalina · ↑ de PTH · Tratamento: indicado para correção da causa de base · Adenomas ( cirurgia Hipoparatireoidismo idiopático · Déficit na produção de PTH Quadro clínico · Tetania, laringismo, depressão mental · Perda dentição precoce, catarata. · Calcemia é normal com fosfatemia elevada. · RX: aumento da opacidade da cortical dos ossos longos, calcificação heterotópica. · Tratamento: administração de VitD e PTH. Pseudohipoparatiroidismo · ocorre produção normal do PTH mas os órgãos alvo são insensíveis · dominante ligada ao X, autossômica dominante ou autossômica recessiva Quadro clínico · início 2-4 anos com encurtamento de MTC (1,4 e 5º) · curvatura anômala do rádio · associação com síndrome de Turner, hipotireoidismo e diabetes. · face de lua cheia · calcificação do subcutâneo · nanismo · Avaliação laboratorial: · injeção de 200U de PTH por 7 dias e observa resposta · Se for pseudohipoparatireoidismo, não ocorrerá mudanças · Cálcio ↓ · Tetania, parestesias, alterações do nível de consciência · Retardo mental se em fase de desenvolvimento · Chvostek e Trousseau · Radiologia · Aumento da densidade de ossos longos e crânio · Calcificação de tecidos moles · Tratamento: Vitamina D Osteodistrofia hereditária de Albright · Baixa estatura, metacarpos curtos, face redonda · “pseudohipoparatiroidismo” por hipocalcemia e hiperfosfatemia irresponsiva a PTH Hipercalcemia - Outras causas de hipercalcemia além do hiperparatireoidismo Hipervitaminose D · Ocorre como complicação do tratamento do raquitismo refratário · A fise é normal e bem calcificada, a tendência é de reabsorver calcio do osso e não depositar. · Ocorre calcificação metastática no SCV, SNC, TGI e TGU. · Quadro clínico: · anorexia, constipação, náusea e vomito, poliúria, sede · Depois: letargia, depressão mental e esturpor que simula encefalite · Comum ter HAS e insuficiência renal · RX: · metáfise com bandas densas · diáfise com desmineralização · Osteoesclerose na base do crânio · Cranioestenose por fechamento prematuro das fontanelas · Laboratório: calcio aumentado e fosforo normal. · Tratamento: · Parar Vit D · Cortisona funciona como um competidor da Vit D - Furosemida + volume - Bom prognóstico se diagnóstico precoce Hipercalcemia idiopática na infância: · hipersensibilidade a VitD ou erro inato do metabolismo do colesterol · Quadro clínico ≈ a hipervitaminose D Hipertireoidismo · Perda óssea por aumento de turnover · T3 (+) osteoblastos e osteoclastos para reabsorção óssea · ↑ do Ca++ e fosfato: supressão de PTH e 1,25 ( ↓ absorção de Ca++ e fosfato e ↑ a excreção de Ca++ Hipotireoidismo · Congênito ou adquirido · 3 meninas:1 menino · Cretinismo é o hipotireoidismo grave: nanismo e retardo mental · resultado de deficiência congênita Quadro clínico: depende da idade · Desenvolvimento: · icterícia fisiológica prolongada · aumento abdominal · atraso no DNPM · GIG · lentidão · aumento da língua · anorexia · obstipação · Pele seca · cabelos grossos · Mais velhas: igual ao adulto · Alterações na personalidade · Baixo desempenho escolar · Retardo do crescimento · Letargia · Epifisiolistese · Esqueleto: · Alteração na ossificação endocondral com esqueleto imaturo para idade · Disgenesia epifisária: fragmentação do centro de ossificação e aparecimento tardio · A fise pode estar alargada e irregular, lembrando o raquitismo · Ossificação intramembranosa normal: o osso fica mais largo em relação ao comprimento · A cabeça é grande, desproporcional ao corpo. · Coluna: · L2 é encunhada com um esporão anterior · Ocorre cifose e espondilolistese · Prognóstico: bom se tratada precocemente com hormônio tireoidiano · Tardio: lesão irreparável do SNC Investigação: TSH e hormônios tireoidiano Tratamento: reposição hormonal · Cuidado para não provocar fechamento precoce das fises Deficiência de GH e hipopituitarismo · Estatura muito baixa com massa muscular baixa · Suplementação de GH melhora absorção de cálcio e melhora a osteoporose Nanismo pituitário · Deficiência do hormônio de crescimento · Inibição do crescimento linear e maturação· Autossômico recessivo · Pode ser associado a deficiências de fatores liberadores hipotalâmicos ou outros hormônios hipofisários · Hipófise · Anterior: GH, ACTH, TSH, FSH, prolactina, LH · Porção média: hormônio estimulante do melanócito · Posterior: ADH e ocitocina · Quadro clínico: · Ao nascimento: altura e peso normal · Podem ser leves, afetando somente o crescimento ou difusas com vasta gama de anormalidades · 1)Forma congênita: · 2-4 anos: retardo de crescimento evidente · nanismo proporcional de tronco, membros e face · presença de hipogonadismo. · Inteligência normal · 2) Forma adquirida: por destruição da hipófise - craniofaringioma, sífilis, tuberculose, sarcoidose · RX: · Retardo de maturação esquelética: epífises aparecem e fecham tardiamente · Ossos osteoporóticos. · Pode ocorrer epifiolistese do quadril. · Causas: Idiopática, TCE, desnutrição, tumor intracraniano (afastar craniofaringioma) · Diferencial · Retardo constitucional de crescimento: estirão começa mais tarde · Hipotireoidismo · Disfunção gonadal · Síndrome de Turner · Diagnóstico: teste de indução a secreção do GH induzindo hipoglicemia · Tratamento: Suplementação de GH Gigantismo · 2 formas: · Hipogonadismo: fises não se fecham. · Ocorre aumento maior dos membros superiores do que dos inferiores. · Pituitário: adenoma eosinofílico da hipófise anterior. Anormalidades gonadais · Aumento de testosterona: crescimento precoce com parada precoce do crescimento Anormalidades relacionadas a drogas Glicocorticoesteróides · Menos comuns do que no adulto · Uso intermitente não afeta massa óssea · Corticoesteróides: · ↓ síntese de colágeno e proteoglicanas · ↓ da absorção intestinal e renal de cálcio · (-) a síntese de somatomedina e GH · Apoptose de osteoblástos · Osteonecrose · (-) absorção do cálcio · Atrapalha a diferenciação de condrócitos na zona de crescimento · Osteoporose: pode ser evitada com suplementação de vitamina D Anticonvulsivantes · Mecanismo de alteração do metabolismo ósseo desconhecido · Aumenta enzimas que catabolizam a vitamina D no fígado · Tratamento com vitamina D e Ca2+ Paget · 3% das pessoas > 40 anos · ↑ com a idade e é mais prevalente > 60 anos · Homens > Mulheres · Fisiopatologia · ↑ da reabsorção óssea ( ↑ da formação de osso anormal · Osso anormal: altamente celular, trabeculado desorganizado e numerosos espaços vasculares · Sujeito a deformação, mesmo com carga fisiológica · Quadro clínico · Assintomático · Sintomático: dor: queixa mais comum · Poliostótica: mais comum · Ossos mais envolvidos: pelve > vértebra torácica > fêmur > crânio > escápula > tíbia > úmero · Se acometimento > 35% do esqueleto: aumento do débito cardíaco pelo aumento de fluxo ósseo · Fase osteoporótica precoce ou lítica: · Cintilografia: mais vista na calota craniana como osteoporosis circumscripta · Com a atividade: captação mais intensa na periferia do que no centro · RX: lesão lítica · Progressão: equilíbrio osteolítico e osteoblástico · RX: padrão misto · Fase esclerótica: aumento na atividade osteoblástica e osteolítica reduz e a lesão cicatriza · Lesão ainda é visível ao RX · Cintilografia: pode parecer normal à cintilografia – bom para acompanhamento · Tratamento: calcitonina, bifosfonados ou mitramicina · Complicações · Fratura patológica · Doença degenerativa articular · Degeneração sarcomatosa (3%): osteossarcoma, condrossarcoma ou fibrossarcoma Displasia fibrosa · Redução na formação óssea e aumento da reabsorção · Pode ser localizada (monostótica) ou generalizada (poliostótica) · Localizada: raramente tem problemas endócrinos associados · Poliostótica: alterações grosseiras da forma óssea com deformidade · Fraturas freqüentes · Coxa vara Distúrbios da fase orgânica da mineralização · Colágeno · Tipo I: mais comum: ossos, tendões e pele · Tipo II: forma predominante na cartilagem Osteogenesis imperfecta · Doença hereditária do tecido conjuntivo · Rara: 1:15.000 · Maioria dos tipos por mutação no colágeno tipo I · Ossos frágeis com tendência a fraturas recorrentes · Quadro clínico: depende do tipo · Características gerais: arqueamento e fraturas freqüentes de ossos longos · Tempo normal de consolidação das fraturas · Osso frágil · Baixa estatura · Escoliose · Ossos difusamente osteopênicos · Dentinogenese defeituosa · Surdez de ouvido médio · Frouxidão ligamentar · Esclera azulada · Diáfises estreitas Classificação de Sillence Tipo Herança Características clínicas Colágeno I Autossômica dominante Fragilidade óssea, esclera azulada, fraturas na idade pré-escolar Forma leve Colágeno normal Deficiência quantitativa IA Sem dentinogênese imperfecta IB Com dentinogênese imperfecta II Autossômica recessiva Letal no período perinatal, esclera azul escura, concertina femurs Anormal ou deficência quantitativa grave III Autossômica recessiva Fraturas ao nascimento, deformidade progressiva, esclera e audição normal, dentinogênese imperfeita Forma grave Colágeno anormal IV Autossômica dominante Fragilidade óssea, esclera normal, audição normal IV A Sem dentinogênese imperfecta IV B Com dentinogênese imperfecta · Tipo I: forma leve · Altura normal ↓, sem deformidades de membros · Fragilidade óssea com fraturas na infância · Esclera azulada · Fraturas menos comuns após a puberdade · 50% tem surdez pré-senil, de condução: 3ª década de vida · Pode não ter (A) ou ter (B) dentinogênese imperfeita · Tipo II: mais grave (perinatal leta) · Morte geralmente por hipoplasia pulmonar e fratura de costelas · Maior parte tem esclera azulada · Malformação e hemorragia no SNC são comuns · Pode ser diagnosticada por USG pré-natal mas difícil ser diferenciada do tipo III · Tipo III: mais grave compatível com a vida · Crânio grande com ossos faciais mal desenvolvidos – aparência triangular da face · Esclera azul pálida ao nascimento com normalização na puberdade · Baixa estatura com deformidades ósseas: coxa vara, escoliose, cifose, defomidade torácica · Muitos restritos a cadeira de rodas · Tipo IV: moderada · Baixa estatura com arqueamento dos membros e fraturas vertebrais · Maior parte anda · Esclera branca · Pode não ter (A) ou ter (B) dentinogênese imperfeita · Outros tipos não classificados por Sillence · Tipo V: variedade com calo hipertrófico · Formação de grande quantidade de calo ósseo após fraturas · Calcificação das membranas interósseas · Diferencial com osteossarcoma · Tipo VI: similar fenotipicamente ao tipo IV mas com colágeno normal · Defeito na mineralização óssea sem anormalidades bioquímicas ou deformidade de placa associada a raquitismo · Diagnóstico: · Características clínicas e RX fazem o diagnóstico do tipo II e III · Esclera azulada facilita o diagnóstico do tipo I, acima de 1 ano · Fácil diagnosticar o tipo IV se dentinogênese imperfeita · Tipo IV sem dentinogênese: densitometria pode auxiliar · Outros testes diagnósticos · Cultura de fibroblastos da derme com estudo da produção do colágeno · Tratamento medicamentoso · Administração cíclica de bisfofonados intravenosos para doença grave · Não é indicado para doença leve · Complicação: osteopetrose · Outras drogas: anabolizantes (hormônio de crescimento) · Tratamento cirúrgico · Tratamento das fraturas: deve ser feito de forma a minimizar osteoporose por desuso · Doença grave: hastes intramedulares para ossos longos · Escoliose · Órteses são ineficazes · Cirurgia: maior quantidade de complicações · Maior chance de pullout: usar sistemas de instrumentação segmentar Osteoporose idiopática juvenil · Termos · Osteoporose ( Osso normal na aparência e estrutura mas com quantidade reduzida · Osteomalácia ( Matriz é depositada normalmente mas não é calcificada adequadamente · Osteíte Fibrosa ( Osso é reabsorvido rapidamente por excesso de PTH · Doença rara, autolimitada · Causa desconhecida · Início 2-3 anos antes da puberdade · Resolução espontâneaem 2-4 anos · Diferencial · Osteogênese imperfeita · Tireotoxicose · Doença de Cushing · Doenças hematológicas · Quadro clínico · Dor óssea e articular · Retardo de crescimento · Colapso vertebral · Fraturas metafisárias · Laboratorial ( hipercalciúria · Densitometria: massa óssea < 2,5 desvios-padrão · Tratamento ( Ca++, vitamina D, atividade física · Bifosfonados em casos graves Osteopetrose · Displasia esclerosante mais comum e conhecida · Desbalanço entre formação e reabsorção, favorecendo a formação · Defeito de osteoclastos · Pode ser iatrogênica por uso de bisfosfonados · Características radiológicas · ossos densos, sem canal medular e com aparência de mármore · aparência de osso dentro de osso na pelve · esclerose das placas terminais das vértebras · epífise em forma de frasco de Erlenmeyer · deformidades secundárias: coxa vara, arqueamento lateral do fêmur · 3 formas clínicas reconhecidas · Infantil: autossômica recessiva e fatal sem tratamento nos primeiros anos de vida · Anemia, trombocitopenia, hepatoesplenomegalia ( hematopoiese extra-medular · Fraturas múltiplas patológicas com grande densidade ao RX · Hipertelorismo, fronte proeminente · Compressões de pares cranianos · Intermediária: autossômica recessiva · Aparece na 1ª década · Alterações sistêmicas mais leves · Forma adulta, leve: autossômica dominante Também ém bas mais leves hepatoesplenomegalia, linfadenopatia · a e audiç “Albers-Schonberg disease” · Tratamento · Transplante de medula óssea para formas graves · altas doses de calcitriol para estimular atividade osteoclástica · interferon · Fraturas: consolidação lenta mas adequada Imagem de osso em osso Picnodisostose · similar a osteopetrose · herança autossômica recessiva · manifestação da falha de reabsorção · falha na produção de catepsina K que degrada proteínas do osso · quadro clínico · baixa estatura, pectus escavatum · cifoescoliose · ângulo oblíquo da mandíbula, proptose, bossa frontal, falha no fechamento das fontanelas · tratamento ortopédico: igual ao da osteopetrose Reação periostal Doença de Caffey (Hiperostose infantil cortical) · RX: osso subperiostal abundante com espessamento cortical · Mais comum na ulna · Doença febril com hiperirritabilidade, edema de partes moles e espessamento cortical ósseo · 6 semanas a 6 meses · Aumento de VHS e fosfatase alcalina · Anemia ferropriva, leucocitose · Resolução espontânea · Corticoesteróides podem ser úteis para reduzir morbidade · Diferencial: agressão, neoplasia metastática, infecção Hipervitaminose A · Raro, necessita de altas doses de VitA por 6 meses: não existe em crianças < 12 meses · Ocorre hiperostose e alargamento periostal · Principalmente na ulna, rádio, metacarpos e metatarsos. · Ocorre dor e edema sobre os ossos afetados · Poupa ossos da face · Fechamento prematuro da fise de crescimento leva a retardo de crescimento · Anorexia e vomitos devido a HIC · Diferencial: sifilis congênita, escorbuto e hiperostose cortical infantil. · Diagnóstico: nível sérico da VitA mostra aumentos de 5-15x o normal. · Tratamento: retirada da VitA da dieta. Escorbuto · Deficiência de VitC ( leva a disfunção dos osteoblastos · Falha na produção matriz osteóide e formação de novo osso · Condrócitos são normais · Ocorre calcificação da cartilagem, porém, não ocorre transformação em osso · Osteoporose generalizada, osso trabecular e cortical são finos: · a ação dos osteoclastos continua normal. · Ocorre alteração no colágeno que fica mais frágil · A zona de calcificação provisória é frágil e separação da epífise pode ocorrer · Netter: formação inadequada do colágeno na esponjosa secundária · Quadro clínico: · após 6-12 meses sem VitC: · Anorexia, irritabilidade e perda de peso · Progressão com hemorragia e edema gengival · Hemorragia subperiostal principalmente na parte distal do fêmur, tíbia e úmero · Hemorragia no subcutâneo, TGU e TGI · RX: principalmente nos joelhos, punhos, úmero proximal e costocondral · osteoporose generalizada · Linha de Fraenkel: acúmulo de cartilagem calcificada forma sombra opaca no lado diafisário da fise · Esporão lateral para acomodar a metáfise alargada · Zona do escorbuto é uma linha menos densa, adjacente a zona de calcificação provisória · O “angulo”, sinal do escorbuto · fissura na metáfise por defeito na esponjosa e cortical adjacente a zona de calcificação provisória · hematomas subperiostais aparecem como aumento na densidade de partes moles · Após o tratamento ( calcificação dos hematomas subperiostais · Diagnóstico: quadro clínico, alterações radiológicas e a história de ingestão baixa de VitC · Dosagem de VitC no centrifugado do sangue. · Tratamento: 100-200mg/d VitC · Prevenção 50 mg/d para crianças e 100 mg/d para adultos Síndromes de importância ortopédica Genes estruturais · Fenótipo geralmente ausente ao nascimento e evolui com o tempo · Deformidades geralmente tem recorrência após cirurgias · Tendência a herança autossômica dominante · Osteogênese imperfeita, displasia espondiloepifisária estão em outra seção do resumo Síndrome de Marfan · Doença genética do tecido conjuntivo · Autossômica dominante · Causado por mutação no gene da proteína fibrilina que tem função em manter resistência cíclica · Alterações nos sistemas ocular, esquelético e cardiovascular · Esquelético · MMSS mais longos do que o esperado · Araquinodactilia (dedos longos e finos) · Deformidades de pectus · Membros longos e finos · Escoliose · Cardiovascular: dilatação aórtica, aneurismas, prolapso mitral · Oftalmológico: luxação do cristalino superiormente (na homocistinúria é inferiormente) · Estrias na pele · Tipos clínicos · Astênico: Alterações cardíacas proeminentes · Não astênico · Contractural: articulações com ADM reduzida · Hipermóvel: ADM aumentada · Critérios para diagnóstico · Berlin: mais liberal · Ghent: mais restritivo · Ectasia dural: volume dural > 7 cm3 abaixo da placa terminal de L5 por RNM · Característica do polegar: · Sinal de Steinberg: ao prender o polegar entre os dedos, o polegar atravessa o rebordo ulnar · Hiperfrouxidão é responsável pela maior parte dos problemas ortopédicos · Escoliose: · Curvas pequenas tratadas como idiopática mas com menos eficácia da órtese · Curvas geralmente curtas com displasia vertebral · Geralmente associada à cifose, especialmente na região lombar · Cirurgia: curvas rapidamente progressivas no esqueleto maduro ou curvas grandes e progressivas no maduro · Evitar correções extremas e fazer fusão da curva primária e secudária · Ectasia dural: comum e com gravidade que ↑ com a idade · Gravidade sem relação com outros achados clínicos · Otto pelvis · Osteopenia leve Ehlers-Danlos · Varias doenças com fenótipo similar · Manifestação varia com o tipo · Hipermobilidade articular · Hiperextensibilidade da pele · Escoliose (mais comum nos tipos III e VI) · Graus variados de osteopenia · Artralgia · Instabilidade articular · Causada por mutação no gene do colágeno (AA) ou proteína que processa o colágeno (aa) · Classificação modificada · Clássico: tipo I e II · Hipermobilidade: tipo III · Vascular: tipo IV · Cifoescoliose: tipo VI · Artrocalásia: tipo VIIA e VIIB · Dermatopraxia: Tipo VIIC Tipo Variedade Herança Observações I Variedade gravis AA Hipermobilidade articular e hiperextensão de pele predominam II Variedade mitis AA ≈ ao tipo I mas mais leve III Hipermobilidade familiar benigna AA Cicatrização normal IV Vascular ou equimótico AA ou aa Anormalidade no colágeno tipo III ADM normal V Ligada à X Hipermobilidade igual ao tipo II mas < ADM e fragilidade da pele VI Ocular escoliótico aa Redução na concentração de lisina hidroxilase VII Acalasia múltipla congênita AA ou aa Alteração no colágeno tipo I Frouxidão articular extrema Displasia do quadril é comum VIII Estigma usualDoença periodontal progressiva grave · Problemas ortopédicos · Subluxações e luxações recorrentes são comuns · Procedimentos de partes moles com sucesso baixo · Osteotomias costumam ter melhores resultados · Escoliose: pode ser tratada como idiopática apesar de não haver estudos que comprovem · Risco de lesão vascular grave no tipo vascular Homocistinúria · Erro inato do metabolismo por deficiência da enzima cistationina-β-sintetase · Enzima converte metionina em cisteína (aminoácio não essencial) · Falta da enzima: acúmulo de metabolitos intermediários · Homocisteína e homocistina no sangue e homocistina na urina · Autossômica recessiva · Tipo I: Fenótipo ≈ síndrome de Marfan · Retardo mental ocorre em 50% - não ocorre no Marfan · Altos, com membros longos com aracnodactilia e escoliose · Osteoporose mais grave do que no Marfan · Trombose · Luxação de cristalino · Coagulação anormal · Diferença com Marfan · Na homocistinúria: · luxação do cristalino é inferior · coagulação é anormal · Tipo II e III: sem alterações esqueléticas e tromboses · Tratamento · Depende do tipo · Tipo I: restrição de metionina e suplementação de piridoxina · Tipo II e III: restrição de metionina é danosa · Tipo II: vitamina B12 · Tipo III: ácido fólico Síndromes de supercrescimento e doenças por genes relacionados a tumor · Mutação na linhagem germinativa: fenótipo de supercrescimento · 2ª mutação somática: neoplasia · Maior parte com herança autossômica dominante · Mutações novas associadas a idade paterna avançada Neurofibromatose · Várias formas: mais comuns, tipo I e II · Tipo I: Doença de Recklinghausen · Manifestações ortopédicas comuns · Achados clínicos variados · Associado com deformidades de costelas e vértebras · Tipo II: neurofibromatose central · manifestações ortopédicas raras · Critérios diangósticos: ≥ 2 · 6 manchas café com leite, > 5 mm em crianças e > 15 mm em adultos · 2 neurofibromas ou neurofibroma plexiforme único · Pelo menos 2 nódulos de Lisch (hamartoma da íris) · Glioma óptico · Sardas na axila e região inguinal · Parente de 1º grau com NF1 · Lesão óssea distinta · Escolise não usual, sobrecrescimento de uma parte, pseudoartrose congênita · Coxa valga, acetábulo protruso · Problemas ortopédicos · Escoliose · Curva escoliótica diastrófica: curva única, curta e aguda, envolvendo 4-6 segmentos · Curvas com início < 7 anos tem 70% de chance de ser diastrófica · São refratárias a tratamento conservador · Se cifose angular: risco alto de paraplegia · Tratamento: artrodese precoce anterior e posterior · Idiopática · Anormalidades evidentes ao RX · Curvas no corpo vertebral posterior , alargamento do forame neural e pedículos defeituosos · Pode ter neurofibroma no canal · Ectasia dural é comum · Lesões tumorais · Neurofibroma: maioria não necessita de tratamento · Lesões sintomáticas podem necessitar de excisão · Neoplasias: de 1% a 20% · Local mais comum: SNC · Glioma do nervo óptico, neurinoma do acústico, astrocitoma · Risco de transformação do neurofibroma · Lesões que aumentam de tamanho ou com novas características: investigar · Risco de Wilms ou rabdomiossarcoma Síndrome de Beckwith-Wiedemann · Tríade de organomegalia, onfalocele e língua grande · Geralmente paralisia cerebral espástica com hemihipertrofia com tamanho grande para a idade · Risco aumentado para neoplasias, principalmente Wilms · Escoliose é comum, similar a idiopática · Outros achados ortopédicos: pé cavo, luxação da cabeça radial, polidactilia Síndrome de Russell-Silver · Criança pequena com assimetria do corpo e forma facial característica · Característica diagnóstica · Peso ao nascimento ≤ 2 desvios-padrão · Crescimento pós natal baixo · Preservação da circunferência occiptofrontal · Característica facial típica · Crescimento assimético · Problemas ortopédicos · Escoliose geralmente idiopática · Mãos e pés: clinodactilia, polidactilia, hálux varo · Diplasia do quadril, necrose avascular e epifisiolistese · Tratamento: tratar a discrepância Síndrome de Proteus · Anormalidades bizarras: hemihipertrofia, macrodactilia, gigantismo parcial de mãos e pés ou ambos · Maior parte é esporádico com mosaicismo · Sem associação com tumores · Diferencial com NF tipo I: ausência de manchas café-com-leite e nódulos de Lisch · Característica típica: piora da deformidade com o tempo · Macrodactilia de dedos não adjacentes geralmente é por síndrome de Proteus · Escoliose pode ocorrer por crescimento de um lado da coluna · Espessamento e aprofundamento da pele nas palmas e plantas dos pés Problemas de sinalização no desenvolvimento · Geralmente por ação de teratogênicos · Fenótipo pode ser similar a mutação mas deformidade é estática e com bons resultados no tratamento cirúrgico Síndrome unha-patela · Displasia ungueal, hipoplasia patelar, displasia do cotovelo e cornos no ilíaco · Mutação num gene de proteína que regula a o padrão dos membros da diferenciação fetal · Patela ( Pode ser pequena ou ausente · Quando presente, é instável e pode ser encontrada em posição fixa · Valgo mais comum do que varo pelo côndilo femoral plano · Estabilidade patelar pode ser difícil de ser conseguida pela displasia condilar · Liberação de partes moles é inefetiva e deve ser combinada com realinhamento patelar proximal e distal · Luxação da cabeça radial ( Articulação do cotovelo é displásica com anormalidades no côndilo umeral lateral · Cornos dos Ilíacos ( Patognomônico · Outros órgãos ( Rim é acometido · Pode ter contraturas Síndrome de Goldenhar · Não é tão rara (1:5.600) · Displasia ocular-auricular-vertebral · Frequentemente associado a outras mal formações · Quadro clínico · Anormalidades de olhos e ouvidos, unilateral em 85% · Assimetria facial por hipoplasia de ramos mandibulares · Anomalias vertebrais: mais comum na cervical baixa e torácica alta · Hemivértebra é a mais comum · Defeito do tubo neural mais comum do que na população geral · ½ tem escoliose · Deformidade compensatória abaixo da congênita é a mais problemática · Localização da curva geralmente muito alta para ortetização ( artrodese precoce se progressão · Outras anormalidades: doença cardíaca, fenda palatina, retardo mental (10-25%) Síndrome Cornelia de Lange · Face típica com retardo de crescimento ( diagnóstico · Mutação no gene que sinaliza o desenvolvimento do SNC · Retardo mental está associado · Deformidades ortopédicas: maior parte é leve e dos membros superiores · Membros inferiores geralmente não acometidos · Pode ter achados similares a paralisia cerebral · Escoliose: pode acontecer e deve ser tratada como na paralisia cerebral · Mortalidade alta por defeitos do mecanismo de deglutição, no 1º ano Ambiente fetal Síndrome fetal alcoólica · Mães etilistas · Síndrome completa vista somente em filhos de mães etilistas crônicas que beberam na gestação · Retardo de crescimento intra-uterino, baixo peso, baixa estatura ao nascimento · Limitações são mantidas apesar de boa nutrição na vida extra-uterina · Aparência é similar a deficiência de GH · Distúrbio de desenvolvimento do SNC · Cabeça e cérebro pequeno, atraso no DNPM · Muitos apresentam hipotonia que evoluem para espasticidade · Face típica: fissura palpebral rasa, filtro plano, lábio superior fino · Anormalidades ortopédicas em 50%: maioria não incapacitante · Pé torto · Sinostoses nos membros superiores · DDQ · Fusão C2-C3 · Restrição de ADM ao nascimento, ocasionalmente com contraturas fixas Anormalidades cromossômicas Síndrome de Down · Mais comum; incidência relacionada à idade materna · Aparência facial típica, prega palmar única, clinodactilia do 5º dedo · Atraso do DNPM · Retardo mental · Mal formações cardíacas · Malformações ortopédicas · Marcha com base larga, em rotação externa · Pelve: acetábulo raso · Baixa estatura · Anormalidades cervicais: · defeito da lâmina de C1, hipoplasia de odontóide, instabilidade ocipício-C1, espondilolistese · Escoliose:50% com padrão idiopático · DDQ não é comum mas displasia pode progredir no crescimento · Risco mais alto de osteonecrose e epifisiolistese · Geno valgo, muitos com luxação assintomática da patela que não necessita de tratamento · Artropatia poliartricular em 10% Síndrome de Turner · X0; 1:2500 · Letalidade intra-uterina de 95% · Baixa estatura, infantilismo sexual, cubito valgo · Ao nascimento: edema de mãos e pés, mamilos afastados, pescoço “webbed” · Infância: implantação baixa do cabelo, cúbito valgo, baixa estatura · Escoliose: 10% · Atraso da maturação ( maior tempo para crescimento da curva · GH que é administrado geralmente ↑ a progressão da curva · Pode ser tratada como a idiopática · Osteoporose: problema pela falta de estrógeno e metabolismo alterado da vitamina D · Corrigido com suplementação hormonal Síndrome de Prader-Willi · Hipotonia, obesidade, hipogonadismo, baixa estatura, mãos e pés pequenos e deficiência mental · Incidência 1:5.000 · Neonatos: hipotonia, retardo de DNPM · Diferencial: atrofia espinal muscular · 1 ou 2 anos: face característica, obesidade, voracidade para comer · Hipoplasia de genitais, baixa estatura, retardo mental variável · Problemas ortopédicos · Escoliose com início juvenil em 50-90% · Controle difícil com órtese pela obesidade · Pé plano, geno valgo mas sem implicações clínicas Mucopolissacaridoses · Excreção urinária de mucopolissacarídeos por alteração dos lisossomos e suas enzimas · 13 tipos, sendo classificadas conforme a substância acumulada · Podem ser diferenciadas através de exames de urina e estudos metabólicos como a cultura de fibroblastos · Maioria autossômica recessiva, exceto a tipo II (Hunter) que é ligada ao X · Não é possível diferenciá-las através das alterações radiológicas. · Tipos mais comuns: Tipo I (Hurler) e IV (Morquio) Quadro clínico · Criança é normal ao nascimento e a doença clínica começa aos 2 anos · É detectável entre 6-12 meses · Rigidez: deposição de mucopolissacarídeos na cápsula e estruturas periarticulares · Corpos vertebrais ovais · Pelve larga · Ilíaco plano · Coxa valga Mucopolissacaridose tipo I - Síndrome de Hurler · Protótipo clínico e a mais comum · Autossômica recessiva · Deficiência de α-L-iduronidase que degrada sulfato de heparan e sulfato de dermatan · Formas · Hurler: grave com morte antes dos 10 anos · Retardo mental progressivo · Deformidades esqueléticas múltiplas · Tratamento: · Transplante de medula óssea com resultado variável · Melhora a curto prazo mas sem benefício a longo prazo · Osteotomias para corrigir deformidades · ¼ deformidade na coluna cervical: tratadas como Morquio · Hipoplasia de odontóide · Massa de partes moles no canal · Túnel do carpo · Dedos em gatilho · Scheie: mais leve – expectativa de vida normal · Rigidez articular · Sem retardo mental · Diagnóstico aos 15 anos · Expectativa de vida normal Alterações radiológicas: · Crânio: normal na infância - deformidade progressiva a partir dos 2 anos (↑ do diâmetro AP) · Sela túrsica: em forma de “J” · Mandíbula: curta com alteração no côndilo · Coluna vertebral: corpo biconvexo, principalmente em T12 e L1. · Presença de cifose discreta, tornando-se evidente com 1-2 anos. · No local da giba, um corpo vertebral é hipoplásico e desviado posteriormente · Pode ter hipoplasia de odontóide · Pelve: asa do ilíaco em forma de “chama” e displasia acetabular, ísquio e o púbis são espessados. · Quadril: · Coxa valga · subluxação ou luxação da cabeça femoral é comum. · Tórax: · costelas são finas posteriormente e largas anteriormente · Clavículas são hipoplásicas · escápula é alta · aumento da área cardíaca · Ossos longos: alargamento diafisário, principalmente nos membros superiores · Úmero: curto e grosso com alargamento da medular · Rádio e ulna: são largos proximalmente mas afinam distalmente · fises distais desviadas uma para outra · Metacarpos: largos distalmente e afilados proximalmente · Falanges: curtas e grossas, sendo as FD poupadas Mucopolissacaridose tipo II - Síndrome de Hunter · Recessivo, ligado ao sexo ( Apenas ♂ · Urina: heparan sulfato(++), dermatan sulfato(+) · Deficiência da enzima sulfoiduronate sulfatase · Incidência: 1/5 da Síndrome de Hurler · Diferenças: poupa a córnea, sem cifose lombar, retardo mental tardio, surdez é freqüente (50%), alterações de pele com nodulações e prurido · RX: similar a Hurler, mas menos grave · Sobrevida até a 3º década, com hipertensão pulmonar Mucopolissacaridose tipo III - Síndrome de Sanfilippo · Deficiência de 2 enzimas: N-heparan sulfatase e α-acetilglucosaminidase · Urina: heparan-sulfato(++) · Primeiros anos de vida: normal · Característica: retardo mental grave · As deformidades no esqueleto são mínimas e regridem com a adolescência. Mucopolissacaridose tipo IV - Síndrome de Morquio · Autossômica recessiva – 3:1.000.000 · Urina: keratan sulfato(++) · Inteligência é normal · Tipo IVA: anões com tronco curto · Diagnóstico entre 1-3 anos · Aparência normal ao nascimento · Opacidade de córnea · Frouxidão ligamentar intensa · Aplasia de odontóide ( instabilidade C1-C2 · Displasia óssea · Dentição anormal · Deficiência da enzima N-Ac-Gal-6-sulfatase · Massa de partes moles no canal medular pode levar a compressão · Tipo IVB: alterações intermediárias - mais altos e dentição normal · Entre 3 anos e adolescência · Deficiência da enzima B-D-galactosidase · Tipo IVC: alterações mais leves do que IVB com diagnóstico na adolescência · Característica: · inteligência normal · platispondilia com uma língua central · pectus carinatus · frouxidão articular generalizada · deformidade das epífises, principalmente da cabeça femoral · constrição central dos metacarpos e falanges · Quadro clínico: · Cifose dorso lombar acentuada e precoce, seguido por deformidades generalizadas e simétricas · Escoliose · Deformidade com joelhos e pés valgos · Nanismo por encurtamento do tronco · Membros relativamente longos com mãos e pés curtos · Pescoço é curto, com a face de aspecto normal · Córnea pode ficar opaca · Aumento do diâmetro AP do tórax, com pectus carinatus · Alargamento das fises, principalmente nos joelhos, cotovelos, ombros, punhos e tornozelos · RX: · Coluna vertebral: corpo vertebral é ovóide no início, mas fica achatado com o tempo, com deformidades superior e inferior, com uma língua central. · Disco intervertebral fino · Cifose é comum, sendo agravada pela hipoplasia e desvio posterior de T12 e L1 · Hipoplasia ou ausência de odontóide é característica. · Alargamento de metáfises, diáfises geralmente normais, · Pelve vai se afilando, ficando com formato de copo de vinho · Ossos da face e crânio normais. · Prognóstico: raramente fatal e deformidades param com o crescimento · Tratamento: · Instabilidade atlanto-axial: fusão. · Cirurgia se dor ou dificuldade para deambular Mucopolissacaridose tipo V - Síndrome de Scheie · Raro · Deficiência da enzima α-L-iduronidase · Autossômico recessivo · Características: opacidade da córnea, retinite pigmentosa, rigidez articular, mão de palhaço, pilificação excessiva, inteligência e estatura normal. · Urina: dermatan-sulfato (++) e heparan-sulfato(+) · Sem alterações musculoesqueléticas Mucopolissacaridose tipo VI - Síndrome de Maroteaux-Lamy · Muito raro · Autossômica recessiva · Deficiência da enzima N-Ac-Gal-4-sulfatase · Início com 2-3 anos · encurtamento dos membros e tronco · deformidade dos joelhos · cifose lombar · protrusão anterior do esterno · Alteração da córnea e hepatoesplenomegalia presentes · Inteligência normal. · Alterações no esqueleto semelhantes a Hurler Quadro com resumo das MPS Doença Início Acúmulo Defeito QC QC M.E. Tipo I: Hurler Infância Dermatan e heparan α-iduronidase Opacidade de córnea, déficit auditivo, hepatoesplenomegalia Morte < 10 anos Disostose múltipla, cifose, hipoplasia de vértebra lombar, encurtamento metacarpal e falanges Tipo I : Sheie
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