Buscar

TCC GEOGRAFIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MICHELLE CRISTINA ROZARIO CAMILO 
FERREIRA, Regiane Pascoal Martire. Cartografia. 2020. 18 folhas. Trabalho de Conclusão Licenciatura em Geografia – da UNAR – Centro Universitário de Araras. “Dr. Edmundo Ulson”. Bandeirantes, 2020.
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo mostrar a utilização e interpretação de mapas temáticos no ensino da geografia, como forma de compreender a realidade através da cartografia, bem como, o desenvolvimento e a capacidade de se orientar e se localizar através de sistemas de referências e estabelecer relações espaciais a partir de diferentes fenômenos representados, para que os alunos possam: ler, interpretar e produzir mapas. A cartografia é uma importante ferramenta para o entendimento da representação do espaço em que vivemos. Segundo Bordenave e Pereira (1995), a opção metodológica feita pelo professor pode ter efeitos decisivos sobre a formação da mentalidade dos alunos, de seus sistemas, de valores e de seu modo de viver. Conclui-se com este estudo, transmitir um conhecimento aperfeiçoado sobre a importância dos mapas para a humanidade, compreendendo o espaço geográfico através da cartografia.
Palavras-chave: 1. Cartografia 2. Relações Espaciais 3. Mapas 4. Espaço Geográfico.
ABSTRACT
This work aims to show the use and interpretation of thematic maps in the teaching of geography, as a way to understand reality through cartography, as well as, the development and the ability to orient and locate through reference systems and establish relationships from different represented phenomena, so that students can: read, interpret and produce maps. Cartography is an important tool for understanding the representation of the space in which we live. According to Bordenave and Pereira (1995), the methodological option made by the teacher can have decisive effects on the formation of the students' mentality, their systems, values ​​and their way of life. It concludes with this study, transmitting an improved knowledge about the importance of maps for humanity, understanding the geographical space through cartography.
Keywords: 1. Cartography 2. Spatial Relations 3. Maps 4. Geographic Space.
SUMÁRIO
Introdução ______________________________________________________04
Referencial Teórico _______________________________________________06
Considerações Finais _____________________________________________16
Referências_____________________________________________________17
INTRODUÇÃO
O projeto aqui apresentado, refere-se à utilização de mapas temáticos no ensino da Geografia, tendo estes como melhor forma de compreender a realidade através da Cartografia. 
Dessa forma, este projeto se torna de suma importância para o estudo da Geografia, haja vista que a função social da linguagem cartográfica é, a comunicação de informações sobre o espaço. Considerando ainda que, a linguagem cartográfica amplia possibilidades aos alunos, de extrair comunicar e analisar informações em vários campos de conhecimento.
Logo, pretende-se, proporcionar aos alunos a compreensão do Espaço Geográfico, através de representações cartográficas, bem como da assimilação dos conteúdos. Objetivando um melhor desenvolvimento da capacidade dos alunos de, se orientar e se localizar através de sistemas de referência e de outras convenções mundialmente aceitas; estabelecer regras espaciais a partir de diferentes fenômenos representados; produzir mapas simples partir do uso de convenções e referências como: Escala, Orientação, Legenda e Fonte; desenvolver capacidade de ler e interpretar mapas. 
O projeto apresenta como conteúdos trabalhados: Conceito sobre cartografia; Diferença entre mapas, cartas e plantas; Conceitos sobre as projeções cartográficas; Conceitos sobre escalas e sua relação de proporcionalidade; Leitura e utilização de um mapa através da decodificação da linguagem cartográfica. 
Este será desenvolvido no 2°ano do Ensino médio do colégio Huberto Teixeira Ribeiro, com o propósito de inquirir os alunos enquanto sujeitos do processo educativo, bem como explorar as imagens como: mapas, imagens de satélite, charges, fotografias, gráficos, tabelas, quadros e desenhos, ajudando a superar a associação mecânica entre mapa-imagem-realidade, assim como com base em atividades sobre cartografia.
Portanto, pretende-se ampliar o estudo à cerca das representações cartográficas, utilizando-se de recursos didáticos como: mapa, globo terrestre e bússola, para melhor desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem da cartografia. 
Quanto a avaliação, esta será feita de forma contínua, considerando o empenho, dedicação e participação nas aulas. 
Considerando ainda que, nos dias atuais as representações cartográficas estão mais presentes em nosso cotidiano, apresentadas em diversas escalas e para diversos fins, ou seja, por meio da televisão, internet, jornais e revistas, dentre outros meios de comunicação, tornando-se cada vez mais acessível à sociedade.
No entendimento de Passini (19994), “A educação cartográfica ou alfabetização para a leitura de mapas, deve ser considerada tao importante quanto a alfabetização para a leitura da escrita”, tendo em vista que a primeira “[... ]” significa preparar o aluno para ler mapas”.
De acordo com Castrogiovanni (2009), a cartografia compreende um conjunto de estudos e operações lógicas (matemáticas e artísticas), empreendidas a partir de observações in loco e a análise de dados e de documentos, com o fim de subsidiar a “[ ...] construção de mapas, cartas, plantas e outras formas de representação, bem como seu emprego pelo homem” (p. 38).
Sendo assim, a cartografia é fundamental para a alfabetização dos alunos, de modo que a mesma auxilia na formação de cidadãos críticos, aptos a compreender a realidade do mundo. 
A cartografia então, pode ser uma aliada muito forte no processo de ensino-aprendizagem, pois essa ramificação da Geografia apresenta muitos atrativos que podem e tornam interessantes e estimulantes as aulas, servindo como uma disciplina integradora às demais e suas diversas possibilidades.
ReFERENCIAL TEÓRICO
Durante muito tempo o trabalho com Geografia foi visto pelos professores como um simples repasse de informações, não levando em conta que as crianças nem sempre compreendem os conceitos espaciais utilizados pelos adultos no cotidiano.
É na escola o local apropriado para a aprendizagem espacial levando o aluno a pensar e compreender como a sociedade organiza seu espaço, que só é possível de aprender com o uso de representações formais, ou convencionais, desse espaço. 
Para Lacoste (1997, p. 54), a criança vai para a escola para aprender a ler, escrever e contar e por que não para aprender a ler e compreender um mapa?
Mediante isso, encontramos na cartografia uma grande aliada do ensino-aprendizagem da Geografia.
A cartografia é uma linguagem que expressa fatos e fenômenos observados em determinado local e constitui importante instrumento de reflexão e informação. Possibilita assim, um conhecimento estratégico acerca do espaço geográfico, permitindo a leitura crítica de inúmeros fenômenos em diversas escalas (SEESP, 2010, p.29).
Ao ler um mapa o aluno toma posse de procedimentos que lhe permitem ter acesso a outras informações sobre o mundo e facilita compreender a realidade em que se vive.
Aprender a pensar o espaço. E, para isso, é necessário aprender a ler o espaço, “que significa criar condições para que a criança leia o espaço vivido” (Castelar, 2000, p. 30).
A cartografia é a área do conhecimento que se preocupa em produzir, analisar e interpretar as diversas formas de se representar a superfície, como os mapas, plantas, croquis e outras composições. Ela é abordada tanto como uma ciência, como uma expressão de arte, uma vez que também permite a produção de imagens e construções culturais sobre os espaços por ela representados.
Em algumas definições, a cartografia também é entendida como sendo o conjunto de técnicas resultantes da observação direta ou indireta (através do uso de imagens ou aparelhos) para documentar, retratar e representaros espaços naturais e geográficos para a produção de cartas, mapas, plantas, maquetes e outros documentos.
Além disso, existem proposições que não consideram a cartografia nem como arte e muito menos como ciências, mas sim como método acadêmico-científico, uma vez que os mapas seriam apenas os meios ou instrumentos para a compreensão da realidade e não uma finalidade em si mesma.
A Cartografia, usada no período pré-histórico, servia para delimitar territórios de caça e pesca. As primeiras representações do espaço geográfico ocorreram há muito tempo. Os mais diferentes povos procuraram expressar a ideia de universo e o conhecimento do espaço cotidiano das mais variadas formas. A mais antiga representação plana da superfície da Terra que se tem notícia foi gravada em um bloco de argila e representava a região da Mesopotâmia, no Oriente Médio, a cidade de Ga-Sur e data de aproximadamente 2500 anos a.c.
O primeiro mapa de que se teve notícia foi feito em uma tábua redonda de argila, na região da Mesopotâmia (atual Iraque). A representação feita pelos babilônios é considerada como o primeiro mapa múndi da história por representar o mundo na concepção de seus autores, mesmo que na verdade, a terra seja bem diferente disso.
A grande influência para se tornar os mapas mais exatos aconteceu na era dos descobrimentos, quando os dados coletados durante as viagens serviam de instrumentos norteadores. Com a descoberta do novo mundo, a Cartografia começou a trabalhar com projeções de superfícies curvas em impressões planas. A transformação de uma superfície esférica em uma superfície plana recebe a denominação de projeção cartográfica. Os gregos foram destaques na Cartografia porque foram os primeiros a usar uma base científica e a observação. O sistema cartográfico atual é oriundo das escolas de Alexandria e Atenas.
Tempos depois, os avanços tecnológicos relacionados às três revoluções industriais permitiram um aprimoramento das técnicas cartográficas, sobretudo na produção de imagens a partir de fotografias aéreas, procedimento denominado aerofotogrametria. O desenvolvimento dos satélites e do Geoprocessamento foram fundamentais para o aperfeiçoamento dos mapas e a função de representar o espaço geográfico.
A cartografia é importante, pois nos dá a possibilidade de entendermos melhor o mundo em que vivemos. Podemos estudar diferentes tipos de mapas e conhecer diferentes características do nosso planeta.
Podemos também observar como essa ferramenta evoluiu com o passar dos anos. Antes tínhamos diversos mapas diferentes, todos em papel. Atualmente utilizamos o Google Maps e o Google Earth para qualquer dúvida que tivermos. O conhecimento está agora ao alcance de quase todos.
A evolução tecnológica na Cartografia tem sido muito rápida. Até mesmo os especialistas acompanham os avanços com certa dificuldade. A cada dia surgem novos produtos cartográficos, jamais produzidos pelas ideias ou técnicas tradicionais. Os mapeamentos por computador e os sistemas de informações geográficas continuam explorando novos caminhos de aplicação com grande rapidez no processamento, na capacidade de armazenamento de dados, na flexibilidade de compilação e na visualização da informação. Segundo Kanakubo (1995), as mudanças filosóficas e técnicas são apenas o início de uma revolução da Cartografia no método digital, que vai exigir um amplo arcabouço teórico.
Taylor (1994) chama a atenção para o impacto destas novas tecnologias na Cartografia. Argumenta que a tecnologia é importante, mas não pode ser a única preocupação para determinar novas direções para a Cartografia. Seus impactos devem ser considerados como um desafio para a criação de um conceito radicalmente novo. Para ele, o desenvolvimento conceitual e teórico da Cartografia como uma disciplina foi retardado devido a ênfase dada ao mapeamento automatizado e ao SIG que, segundo seu ponto de vista, são técnicas. Ressalta ainda, que apesar da Cartografia ser uma disciplina aplicada, a necessidade de se desenvolver e manter uma essência teórica não aplicada é inevitável.
A cartografia é área do conhecimento responsável pela elaboração e estudos dos mapas e representações cartográficas em geral, incluindo plantas, croquis e cartas gráficas. Essa área do conhecimento é de extrema utilidade não só para os estudos em Geografia, mas também em outros campos como, Hiatória e a Sociologia, pois os mapas são formas de linguagem para expressar uma realidade.
Mapa (ué uma representação reduzida de uma dada área do espaço geográfico). Um mapa temático por sua vez, é uma representação de um espaço, realizada partir de uma determinada perspectiva ou tema, que pode variar entre indicadores sociais, naturais e outros.
Plantas (representação cartográfica realizada a partir de uma escala muito grande, ou seja, com uma área muito pequena em um nível de detalhamento maior). É muito utilizada para representar casas e moradias em geral, além de bairros, parques e empreendimento.
Croqui (é um esboço cartográfico de uma determinada área) ou, em outras palavras, um mapa produzido sem escala e sem procedimento padrões na sua elaboração, servindo apenas para a obtenção de informações gerais de uma área.
Escala (é a produção entre a área real e a sua representação em um mapa). Geralmente aparece designada nos próprios mapas na forma numérica e/ou na forma gráfica.
Legenda (é a utilização de símbolos em mapas para definir algumas representações e está sempre presente em mapas temáticos). Alguns símbolos cartográficos e suas legendas são padronizados para todos os mapas, como azul para designar agua e o verde para indicar uma área de vegetação, entre outros. 
Orientação (é a determinação de ao menos um dos pontos cardeais, importante para representar a direção da área de um mapa). Alguns instrumentos utilizados na determinação da orientação cartográfica são a Rosa dos Ventos, Bússola e o aparelho de GPS.
Projeções Cartográficas (são o sistema de representação da Terra, que é geoide e quase arredondada, em um plano, de forma que sempre haverá distorções). No sistema de projeções cartográficas, utiliza-se a melhor estratégia para definir quais serão as alterações entre o real e a representação cartográfica com base no tipo de mapa a ser produzido. 
Hipsometria (também chamada de altimetria, é o sistema de medicao e representação das altitudes de um determinado ambiente e suas formas de relevo). Portanto, um mapa hipsdométrico é um mapa que define por meio de cores e tons as diferenças de altitude em uma determinada região.
Latitude (é a distância, medida em graus, entre qualquer ponto da superfície terrestre e a Linha do Equador que é um traçado imaginário que se encontra igual a uma distância entre o extremo norte e o extremo sul da Terra).
Longitude (é a distância, medida em graus, entre qualquer ponto da superfície terrestre e o Meridiano de Greewich, outra linha imaginaria que é empregada para definir a separação dos hemisférios leste e oeste.
Curvas de Nível (é uma linha ou curva imaginária que indica os pontos e áreas localizados sob uma mesma altitude que possui a sua designação altimétrica feita por números representados em metros).
Aerofotogrametria (é o registro de imagens a partir de fotografias aéreas, sendo muito utilizado para produção de mapas).
SIG - Sistema de Informações Geográficas (é um conjunto de métodos e sistemas que permitem a analise, coleta, armazenamento e manipulação de informações sobre uma área do espaço geográfico). O SIG utiliza técnicas e procedimentos tecnológicos, incluindo softwares, imagens de satélites e aparelhos eletrônicos em geral.
Mapas são representações gráficas de uma área real, são de extrema importância para a sociedade e, especialmente, para determinados profissionais como, Geógrafos, Geólogos, Agrônomos, Engenheiros, Biólogos, Cartógrafos, dentre outros. Um mapa pode possuir níveis distintos de abrangência, de modo que podemos mapear o mundo, continentes ou partes deles, países, regiões, estados ou mesmo ruas. Todas as vezes que visualizarmosum mapa, independentemente do seu tema (mapa, político, físico, histórico, econômico), podemos saber a distância real que há entre dois pontos ou o tamanho de uma área. Isso é possível por meio da verificação da escala disposta nos mapas. 
Escala (é a variação de proporção de uma área a ser mapeada), quem a determina é o responsável pela elaboração do mapa.
Exemplo prático: quando se tem a intenção de construir um mapa de um espaço, de maneira que represente fielmente as medidas reais do mesmo, pode-se seguir o princípio do exemplo abaixo:
Se uma sala de aula possui cinco metros de largura por cinco metros de comprimento, a mesma pode ser representada da seguinte forma: se estabelece que cada centímetro no papel, equivale a 1 metro ou 100 centímetros no real. Desse modo, a escala produzida é 1:100 (1cm:100cm) ou 1/100 (1cm/100cm). 
Existem basicamente dois tipos de escalas ou duas formas de representação da escala: Escala Gráfica e Escala Numérica. 
Escala Gráfica (é representada por uma linha estabelecida no sentido horizontal que contém divisões precisas entre seus pontos). Na mesma se expõe as distancias que existem superfície real. 
Escala numérica (é exposta em forma fracionária, onde o numerador representa a medida no mapa e o denominador a medida da superfície real).
Logo, para melhor compreender a cartografia faz-se necessário recorrer a algumas teorias que fazem parte do estudo da mesma.
Quando uma pessoa aprende a “ler” mapas, é como se estivesse abrindo novas janelas em sua vida. A mesma consegue racionar com mais rapidez e, bem como ver mais oportunidades de uso de seu espaço, principalmente quando adquire a habilidade de sobrepor informações e analisá-las em conjunto. Por exemplo: relacionar ocupação humana ao relevo e à rede hidrográfica da cidade. Francischett (1997, p.72) afirma que “o uso do mapa desenvolve a percepção e principalmente o pensamento, pois para seu entendimento se faz necessário a compreensão e a decodificação dos signos, razões que levam a desenvolver a cognição como operação mental”.
Em contrapartida, a falta de consciência sobre a presença de geografia e de cartografia na vida cotidiana impede que as pessoas consigam relacionar teoria dos livros didáticos às suas experiências diárias. Em decorrência disto, embora haja uma utilização inconsciente dessas áreas da ciência na vida de todas as pessoas, de todos os povos do mundo, de todas as gerações da história da humanidade, a reflexão crítica sobre o espaço fica bastante limitada. 
Ao ler um mapa, o aluno toma posse de procedimentos que lhe permitem ter acesso a outras informações sobre o mundo e facilita compreender a realidade em que vive e nela atuar. 
Ler mapas é um processo que faz parte da linguagem cartográfica, e assim como outras linguagens (escrita, matemática etc.), deve ser apresentada ao aluno já nos primeiros anos do ensino fundamental.
Segundo Perez:
 A Geografia é um instrumento importante para a compreensão do mundo. Pensar o ensino de Geografia a partir de sua função alfabetizadora é articular a leitura de mundo a leitura da palavra, na perspectiva de uma política cultural, entendida como relação do homem com o seu entorno [...]. (Perez, 2001,p.104)
Callai (1988, p.59) afirma que “ a realidade, ou lugar em que se vive é o ponto de partida para se chegar à explicação dos fenômenos”. Assim, temos como objeto principal da aprendizagem o estudo do local onde vive o aluno, do seu município, da sua cidade, como um importante exercício para entender e compreender a sua realidade. 
É necessário para o aluno se apropriar dos significados dos conteúdos cartográficos ultrapassando o senso comum de maneira crítica, garantindo uma educação participativa na Geografia vivida e percebida.
Diante disso, Callai (2002) afirma que:
[...] é importante estudar o real e não o imaginário, o idealizado. O meio em que o aluno vive é rico de possibilidades de exploração de desenvolvimento de atividades, por isso deve-se sempre ter o real, o que fato existe, como ponto de partida do estudo e não situações supostamente existentes (Callai,2002,p.64) 
Estudar o bairro em que se vive, passará a construir um local de compreensão da realidade, permitindo ao aluno entender a totalidade do dos espaços interligando o lugar (próximo) com o global (distante). 
Para Straforini (2004, p.83), “a totalidade está sempre se refazendo, está sempre em movimento”.
A Cartografia vem auxiliar a Geografia no que diz respeito à comunicação sobre os eventos ocorridos nesse quadro, por meio da espacialização das informações, permitindo que essas sejam visualizadas no mapa. Enquanto a Geografia, a mesma analisa a organização dos elementos físicos e biológicos no espaço, Cartografia pesquisa e averigua a disposição desses elementos. Nas palavras de Oliveira (1978, p.22) “as funções do mapa são: representar as superfícies terrestre, expressar o pensamento do mapeador, e atuar socialmente como meio de comunicação.
Cada vez que o aluno descobre algo novo seja através de aulas formais, seja por iniciativa própria, novos horizontes surgem e geram curiosidade para que ele avance mais em suas pesquisas. O aprofundamento do conhecimento vai mostrando que sempre há algo a mais para descobrir e que cada nova descoberta vai ficando mais rica e interessante. Nesse sentido, descobrir que o mapa é o desenho de uma área vista de cima já é algo fantástico. É como descobrir que “abóbora” e ‘azar” começam com a mesma letra, mesmo tendo significados tão diferentes. Daí defendermos a expressão alfabetização cartográfica, que consiste no processo de ensino/aprendizagem para que a pessoa consiga compreender todas as informações contidas no mapa. Segundo Simielli (1999, p.98).
É importante que o aluno entenda que o entendimento da cartografia e o manuseio dessas geotcnologias, é fruto direto de trabalhos de campo e reflexões teóricas conceituais, que transitam pela produção acadêmica sobre os mais diversos assuntos trabalhados na concepção do espaço geográfico realizada desde há muitos anos atrás, e que culminou no que se tem hoje em meio digital, sendo a principal representação expressa por meio de mapas.
Devemos considerar o mapa como um meio de comunicação, contendo objetos definidos por pontos, linhas e polígonos, permeados por uma linguagem composta de sinais, símbolos e significados. Sendo a sua estrutura formada por uma base cartográfica, relacionada diretamente a objetos e fenômenos observados ou percebidos no espaço geográfico. 
Por isso, é de suma importância que o professor de Geografia desenvolva uma metodologia para o ensino de Cartografia em sala de aula, visando à melhoria por parte dos alunos na leitura e compreensão de cartas e mapas temáticos.
Devemos começar a história de cartografia através da vivencia dos alunos com atividades que envolvam a representação gráfica da sala de aula, da escola ou do caminho do aluno entre a sua casa e escola. 
É essencial que o professor utilize alguns mapas temáticos e destrinche-os em sala de aula. Podem ser utilizados mapas existentes no próprio livro didático, em capítulos sobre a economia, urbanização, população, relevo e outros temas, ou até mesmo outros mapas disponibilizados na internet.
Podemos dizer que a cartografia é um tema transversal da Geografia, ou seja, ela está presente em inúmeros outros assuntos que o professor dessa disciplina trabalha em sala de aula. Por esse motivo, sempre que o professor utilizar um mapa, ele pode e, deve retomar alguns conceitos da Geografia.
Portanto, para que os alunos continuem um bom nível de alfabetização cartográfica, é necessário praticar. 
Para Paulo Menezes e Manoel Couto Fernandes: Face à Geografia, a Cartografia apresenta-se funcionalmente, como uma ferramenta de apoio, permitindo, por seu intermédio, a espacialização de toda e qualquer tipo de informação geográfica. Desta forma, para o geografo, é imprescindível o conhecimento dos aspectos básicos da cartografia bem como dos fundamentos de projeto de mapas.
Para Almeida e Passini (2002), interpretarmapas refere-se a dominar a linguagem cartográfica. Preparar o aluno para essa leitura deve passar por preocupações metodológicas tão importantes quanto as que envolvem o ensino da leitura e escrita e das operações matemáticas básicas. Os mapas abordam questões relacionadas ao que Sampaio (2005, p.17), definiu como “construção do raciocínio espacial”. Essa ideia é importante para o cotidiano da criança, do adolescente e do adulto, pois é possível compreender que a aprendizagem cartográfica perpassa por todas as fases do homem.
De acordo com ANDRADE (2005), ‘ a importância da abordagem cartográfica em sala de aula está diretamente ligada aos livros didáticos, ou seja, mapas com excesso ou falta de informação podem retardar ou mesmo retroceder todo o processo de aprendizagem”. 
Dessa forma, há necessidade de atenção na escolha e utilização dos livros didáticos. Fernandes (2004) afirma que muitos símbolos e signos estão presentes no livro didático e são instrumentos usados de forma contínua nas salas de aula. Nessas obras inclusive, existem muitos mapas que orientam e “ilustram” as aulas de professores. Torna-se fundamental então, aliar livro didático ao uso de mapa, principalmente como metodologia de trabalho.
Almeida (2003) aponta que o conhecimento do tema pelo professor é de fundamental importância para que o processo de ensino/aprendizagem se torne mais concreto. Dessa forma, o professor além de dominar as práticas pedagógicas, precisa apresentar um conhecimento adequado para explanação do conteúdo.
A cartografia é abordada no processo de ensino/aprendizagem através da geografia, por esta ligação diretamente com objeto de estudo geográfico, o Espaço. Os mapas abordam questões relacionadas à “construção do raciocínio espacial”. 
Portanto, analisar o espaço, orientar-se, localizar-se, confeccionar mapas, interpretá-los, conhecer o mundo através de uma representação gráfica em um plano, são essenciais nos dias atuais, cabendo ao professor estimular e utilizar as técnicas inovadoras em parceria com seus conhecimentos.
Os mapas constituem um dos mais valiosos recursos do professor de geografia. “Eles ocupam um lugar definido na educação geográfica de crianças e de adolescentes, integrando as atividades, áreas de estudos ou disciplinas, porque atendem a uma variedade de propósitos e são usados em quase todas as disciplinas escolares”. 
Mas é somente o professor de geografia que tem formação básica para propiciar as condições didáticas para o aluno manipular o mapa. Como parte inerente de todos os programas de geografia, qualquer que seja o assunto tratado ou a serie considerada, o mapa ocupa um lugar de destaque. (OLIVEIRA. p. 18 . 1978). 
Partindo do princípio de que a escola precisa fazer o seu papel de formadora do saber científico ao aluno, gradativamente, conforme o grau de compreensão, os conceitos dos elementos vivenciados por ele. Baseado no princípio de que:
O aluno deve estar inserido dentro daquilo que se está estudando, proporcionando a compreensão de que ele é um participante ativo na produção do espaço geográfico. A realidade tem que ser entendida como algo em processo, em constante movimento, pois a produção do espaço nunca está pronta, encerrada: há uma dinamicidade constante. (STRAFORINI, 2002).
Mediante as afirmações, o papel do professor de geografia é, ainda que difícil, ir à busca da elaboração de material apropriados para cada localidade que atua. Procurando fazer a ponte entre a teoria e a prática.
Tendo como fonte inicial de referência as Diretrizes Curriculares de Geografia do Estado do Paraná, que propõem a contextualização dos conteúdos, estudando o espaço de vivência da criança para a construção de conceitos geográficos, para depois ampliar para a compreensão dos espaços regional e global. Oferecer informações locais com fundamentação científica e organizá-las de modo satisfatório pode auxiliar muito o professor no trabalho da compreensão dos conceitos geográficos.
 Reconhecer o espaço, coletar dados, construir material, subentende-se que não se trata de considerar somente a visão da teoria construtivista, que relaciona o objeto com o imediato concreto, como afirma Straforini (2002), “O aluno deve estar inserido dentro daquilo que está estudando, proporcionando a compreensão de que ele é um participante ativo na produção do espaço geográfico”. A criança compreende muito mais o conteúdo, quando o estudo parte de exemplos ou experiências vividas e observadas. O reconhecimento do espaço, observado no cotidiano, serve de motivação para iniciar a construção de conceitos geográficos.
E como citam as DCEs, “contextualizar o conteúdo é mais do que relacioná-lo à realidade vivida pelo aluno, é, principalmente, situá-lo historicamente e nas relações políticas, sociais, econômicas e culturais, em manifestações espaciais concretas, nas diversas escalas geográficas”.
Considerações finais
O trabalho aqui apresentado teve por objetivo a compreensão do espaço geográfico através da cartografia.
A cartografia desde os primórdios, foi utilizada para indicar uma localização. Atualmente as projeções nos ajudam, através de escalas diversificadas, medir e traçar rotas entendendo a relação entre estes.
Mediante isso, pode-se afirmar que para melhorar o ensino da cartografia então, é preciso rever a concepção de geografia ligada ao trabalho docente, assim como sua função na escola.
Pode-se concluir então, que a função social da linguagem cartográfica é a comunicação de informações sobre o espaço, onde a linguagem cartográfica amplia as possibilidades dos alunos de extrair e analisar informações em vários campos de conhecimento.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Rosângela D. de. Do Desenho ao Mapa – Iniciação Cartográfica na Escola. São Paulo: Contexto, 2003.
BRASIL. Ministério da Integração. Política Nacional de Ordenamento Territorial. (PNOT). Brasília, 2006.
CARLOS, Ana Fani Alessandri, (Org). A Geografia na Sala de Aula. São Paulo: Contexto, 2007. 
CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, Escola e Construção de Conhecimentos. Campinas, SP: Papiro, 2005.
FERREIRA, Graça Maria Lemos. Geografia em mapas: noções básicas de Geografia. Comunicação cartográfica. Marcello Martinelli. 3. ed. ver. E atual. São Paulo: Moderna 2000.
MARTINELLI, Marcelo. Mapas da Geografia e Cartografia Temática. São Paulo: Contexto, 2007.
OLIVEIRA, Ariovaldo U. de. (org) Para onde vai o ensino de geografia? São Paulo: Contexto, 1989.
PARANÁ - Secretaria Estadual de Educação. Diretrizes Curriculares de Geografia do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2007.
SANTOS, Milton. Pensando o espaço do homem. São Paulo: Hucitec, 1986. 
SIMIELLI, Maria Elena. Primeiros Mapas como entender e construir. São Paulo Ativa, 2002.
______________________. Cartografia no ensino fundamental e médio. In: CARLOS, Ana Fani A. (org.) A Geografia na Sala de Aula. São Paulo: Contexto, 2007.
SOMMA, Miguel Ligüera. Alguns Problemas Metodológicos no Ensino de Geografia. In: CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos [et al]. Livro Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. Porto Alegre: UFRGS. p. 160-167. 
STRAFORINI, Rafael. A totalidade Mundo das Primeiras Séries do Ensino Fundamental: Um desafio a ser enfrentado. In: Mudanças Globais. São Paulo: AGB, vol 1, nº 18. 2002. pp. 95-114. 
VENTURI, Luís Antonio Bittar (org.). Praticando a geografia: técnicas de campo e laboratório em geografia e análise ambiental. São Paulo: Oficina de Textos, 2005.
lICENCIATURA EM GEOGRAFIA
Cartografia
regiane pascoal martire ferreira
ra= 1930687
Bandeirantes
2020
Cartografia
regiane pascoal martire ferreira
Orientador: 
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC apresentado como exigência parcial para a conclusão do curso de Licenciatura em Geografia da UNAR – Centro Universitário de Araras. “Dr. Edmundo Ulson”.Bandeirantes
2020

Outros materiais