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FM2S.COM.BR EAD.FM2S.COM.BR A HISTÓRIA DO LEAN Dr. Virgilio F. M. dos Santos Master Black Belt, Professor Extensão Unicamp (IMECC e Economia), Engenheiro Mecânico, Mestre e Doutor na área. Dr. Murilo F. M. dos Santos Master Black Belt, Engenheiro Mecânico, Mestre e Doutor na área. Autores A HISTÓRIA DO LEAN Sumário O que é o Lean? Como tudo começou? Quem era Deming naquela época? O que mudou dessa época para agora? Sistema Toyota de Produção A inspiração para o fluxo contínuo Os ensinamentos americanos A disseminação do Sistema Toyota O que Taiichi Ohno dizia sobre o Sistema Toyota de Produção? A importância dos valores 4 6 7 7 8 9 10 11 11 13 FM2S.COM.BR 4 E-Book - A História do Lean O que é o Lean? O conceito de Lean Manufacturing, segundo a maioria popular, consiste em um grupo de técnicas que, quando combinadas e implementadas, permitirá reduzir e depois eliminar os 7 desperdícios. Assim, o sistema do Lean não somente tornará a empresa mais enxuta, mas também irá torná-la mais flexível e mais responsiva por meio da redução dos desperdícios. Além dessa definição, é possível encontrar outra através de enciclopédias virtuais, a qual informa que o sistema é um conjunto de ferramentas que auxilia na identificação e na elimina- ção do desperdício, melhora a qualidade e permite reduzir o tempo e o custo de produção. Segundo ela, também é possível perceber que os termos japoneses usados pela Toyota estão fortemente difundidos, principalmente no que tange as ferramentas. Entre elas se destacam a Melhoria Contínua de Processos (Kaizen), os 5 porquês e o Sistema à Prova de Erros (Poka-Yoke). Nesse contexto, a técnica pode ser considerada muito similar a outras centenas existentes cujo objetivo é melhorar processos. Entretanto, a técnica, na verdade, é chamada de Lean, pois depois de imple- mentada, espera obter resultados como: • Utilização de menos material; • Necessidade de menos investimento; • Redução no número de estoque; • Consumo de menos espaço; • Redução no número de pessoas. Além disso, um processo Lean é caracterizado pelo fluxo e pela previsibilidade que reduz as incertezas e o caos típico das plantas. Isso porque os funcionários trabalham com grande confiança, facilidade e tranquilidade, diferente do que ocorre na maioria dos ambientes corporativos que são caóticos, em que os planos sofrem alte- rações constantemente e que trabalhar além do planejado é considerado normal e aceitável. É por meio desse contexto que se deve entender o Lean como um sistema diferente e não apenas conjunto de https://www.fm2s.com.br/quais-sao-os-7-desperdicios-visuais-lean-manufacturing/ https://www.fm2s.com.br/5-porques-como-utilizar/ FM2S.COM.BR 5 E-Book - A História do Lean ferramentas, técnicas e mudança cultural. Ele foca no controle da quantidade produzida para reduzir o custo por meio da eliminação de desperdícios; tem como fundamentos a qualidade do processo e do produto; é com- pletamente integrado; evolui continuamente e é perpetuado por meio de uma cultura forte, que é gerenciada de forma consciente, contínua e consistente. Muito mais importante que essas características são os conceitos re- volucionários implementados pelo Taiichi Ohno, criador do Sistema de Produção Toyota. Assim, fornecer valor ao cliente, reduzir o tempo de processo e focar na eliminação dos desperdícios, especialmente os relacionados ao estoque, são os conceitos que tornaram o Lean diferente de todas as demais abordagens de melhoria. Dessa forma, ao falar em definição de valor, entende-se através da ótica do cliente. O produto ou o serviço deve ser útil na forma, aparência ou função, além de ser algo pelo qual o consumidor aceita pagar, logo o preço deve ser diretamente proporcional à quantidade de valor percebida pelo cliente. Um exemplo da definição de valor é os produtos que reduzem o custo de empacotamento e transporte. Ruben Rausing, o fundador da TetraPak, dizia que uma embalagem deveria gerar mais economia do que ela custava. Foi assim que a embalagem longa vida da empresa con- seguiu o estrondoso sucesso mundo afora. Ao invés de manter a embalagem de saco plástico para leite, que precisava de transporte refrigerado e que tinha uma vida curta nas prateleiras, ele criou uma embalagem mais cara, mas que eliminava o grande custo de refrigeração, as perdas geradas e também reduzia os custos com o empacotamento. Logo, este exemplo mos- tra como o Lean é mais que apenas um conjunto de ferramentas. Apesar de vantajoso para a produção, foi necessário observar se os clientes viram valor nessa nova embalagem, visto que estava mais cara. Assim, segundo o sucesso da empresa e do produto, o consumidor se mostrou dis- postos a pagar, já que estes consideravam mais vantajoso pagar 100 numa embalagem cujo processo custará 10, ao invés de desembolsar 10 em uma embalagem cujo processo custará 1000. Outro ponto interessante e importante foi que os locais em que não era possível abastecer com o saco plástico refrigerado passaram a ser alcançados com essa nova tecnologia e, por ser ter redução no custo do processo, mais pessoas puderam tomar leite em boas condições. Portanto, é essencial ter atenção dobrada às definições de Lean e também suas explicações, já que há informa- ções incorretas ou incompletas sobre o assunto e que podem afetar o seu conhecimento. FM2S.COM.BR 6 E-Book - A História do Lean Como tudo começou? Os japoneses têm sido um povo adaptável, realista e flexível, ao mesmo tempo tenaz e proposital. Isso é com- provado ao observar a história do país após a Segunda Guerra Mundial, época em que os EUA ocuparam o Japão. Assim, para que houvesse uma comunicação entre os americanos e os japoneses, o militar responsável pela operação, MacArthur, desejava rádios confiáveis para que as ordens das forças de ocupação e os progra- mas de propaganda pudessem ser ouvidos em todas as cidades e vilas no país ocupado. Porém, os fabricantes japoneses na década de 1940 não tinham o conhecimento para determinada tarefa, por isso o general enviou alguns americanos para o território asiático a fim de ensiná-los. A partir desse momento, os engenheiros americanos Homer Sarasohn, Charles Protzman e Frank Polkinghorn iniciaram o funcionamento das fábricas e ensinaram os japoneses a importância de visualizar a produção como um sistema. Para complementar a instrução, W. Edwards Deming foi convidado a ensinar controle de qualidade, dando surgimento à JUSE. Também conhecida como União de Cientistas e Engenheiros Japoneses, foi estabelecida em maio de 1946 por Ichiro Ishikawa “Para lidar com o rápido avanço da sociedade”. QUEM ERA DEMING NAQUELA ÉPOCA? Durante a guerra, Deming e outros engenheiros desenvolve- ram um curso de técnicas de controle de qualidade chamado SQC ou Controle Estatístico de Qualidade, que ensinaram 35 mil engenheiros e técnicos nas indústrias de guerra america- nas. Deming era altamente respeitado pelos líderes técnicos e industriais japoneses, já que suas palavras e maneiras suge- riam que ele respeitava os japoneses e se preocupava com o bem-estar do Japão. FM2S.COM.BR 7 E-Book - A História do Lean Ao ajudar os japoneses em 1950, Deming constituiu “14 princípios” que constituem o fundamento dos ensina- mentos. Esses conceitos constituem a essência de sua filosofia e aplicam-se tanto a organizações de qualquer porte, quanto em indústrias de transformação e também de serviços. Os princípios estão presentes no livro “Saia da Crise”, de 1982. O QUE MUDOU DESSA ÉPOCA PARA AGORA? O Japão aproveitou ao máximo o conhecimento adquirido com Deming. Em meses, eles começaram a notar melhorias. Dentro de quatro anos, al- guns dos produtos do Japão começaram a progredir no mercado mundial. A JUSE estava promovendo a filosofia de qualidade - chamada TQC para o Controle Total da Qualidade - e apresentava prêmios anuais aos indivíduos que contribuíssem para a qualidade e para as empresas que alcançaram certos padrões de qualidade descritos.O prêmio foi e ainda é chamado Prê- mio Deming. Atualmente, os termos foram transformados, mas o conceito permanece o mesmo. Enxergar a organização, seja ela grande ou uma start-up, como um sistema, garantirá mais sucesso. Todos os novos modelos de gestão partem desse ponto. A partir disso foi que surgiu o Lean, já que o MIT tentou entender o porquê as indústrias japonesas estavam se destacando na época. Os seus conceitos foram derivados dessas bases, assim como o Lean Startup e o MVP, vie- ram do Ciclo do Conhecimento do Walter A. Shewhart. Isso comprova que essas metodologias não são recentes, apenas se adaptaram à atualidade. FM2S.COM.BR 8 E-Book - A História do Lean Sistema Toyota de Produção A fim de entender um pouco mais sobre o Sistema Toyota de Produ- ção, é importante compreender como se deu a sua criação. Para isso, é preciso voltar a 1950, quando Eiji Toyoda visitou os Estados Unidos a fim de avaliar os avanços das indústrias americanas. Entretanto, o que encontraram uma produção fundamentada em numerosos lo- tes, com interrupções entre as etapas, necessitando de uma grande quantidade de material e estoque em processo. Toyoda também percebeu a existência de um sistema de metas que recompensava os gerentes que atingiam a superprodução e o fluxo descontínuo. Plantas inteiras operavam desorganizadas e fora de controle. Devido a isso, a viagem de benchmark transformou-se em uma jornada da qual poderia obter lucro que teriam caso conseguis- sem implantar os ensinamentos de Deming e Juran. Além disso, um dos gerentes de Eiji Toyoda o acompanhou nessa viagem. Taiichi Ohno ficara responsável por capturar todas as oportunidades de melhoria possíveis para a Toyota. Diante dessa missão, Ohno copiou seus competidores por meio de reiteradas visitas aos EUA e estudou os ensinamentos de Ford através do livro “To- day and Tomorrow”. Após isso, Ohno se conscientizou de que, para melhorar, a Toyota deveria dominar o fluxo contínuo, sendo o melhor exemplo para época a linha de produção de Ford, já que este conseguiu transformar sua linha de produção em algo extremamente eficiente para a realidade do início do século XX. FM2S.COM.BR 9 E-Book - A História do Lean A INSPIRAÇÃO PARA O FLUXO CONTÍNUO Em seu famoso livro, Ford prega a importância da criação do fluxo contínuo de materiais por meio do processo de manufatura e a eliminação dos desperdícios. Apesar de suas pregações, sua empresa nem sempre seguia esse princípio, já que em algumas produções utilizava grandes lotes de produção e criavam um enorme estoque intermediário que permeava toda cadeia de valor pelo qual o produto passava. A Toyota enxergou isso como uma falha inerente no sistema de produção em massa da Ford, além de que, nessa época, a Toyota não podia se dar ao luxo de ter desperdícios, pois lhe faltava espaço e dinheiro em seus armazéns e nas fábricas, assim não era possível produzir grandes lotes de um único tipo de veículo. Apesar das diferenças, Ohno percebeu que poderia utilizar a ideia original do Ford sobre fluxo contínuo para desenvolver um sistema “one-piece flow”, que acata às mudanças da demanda do cliente e que fosse, ao mesmo tempo, efi- ciente. Assim, Ohno dá início a implementação desse novo sistema, aplicando em sua fábrica o jidoka e também o fluxo contínuo. Após muitos anos seguindo esses métodos, começa a surgir o Sistema Toyota de Produção. https://www.fm2s.com.br/jidoka-o-que-e-e-como-essa-ferramenta-lean-podera-ajudar/ FM2S.COM.BR 10 E-Book - A História do Lean Os ensinamentos americanos Com os ensinamentos do Ford, o Sistema Toyota de Produção aderiu diversas ideias dos EUA. Merece destaque o conceito de sistema puxado, inspirado nos supermercados americanos, nos quais os itens são repostos na prateleira à medida que vão sendo comprados. É o consumo que puxa a reposição de estoque. Uma importante contribuição para o Sistema Toyota de Produção veio dos ensinamentos de W. Edwards Deming. Ele orientou sobre a necessidade de que organização atenda e exceda as demandas dos clientes por meio da colabo- ração de todos na empresa. Além disso, expandiu a definição de cliente, criando o conceito de cliente interno. Isso significa que cada pessoa ou etapa em uma linha de produção deve ser tratada como um cliente e ser abastecida exatamente com o que é necessário, no tempo exato. O termo em japonês utilizado para isso, atokotei wa o-kyaku- sama, tornou-se uma das expressões mais importantes do Just in Time (JIT), pois em um sistema puxado significa: o processo anterior deve sempre fazer o que o processo subsequente pede. De outro jeito, o JIT não funcionará. Deming também contribuiu com a adoção de uma abordagem sistemática para resolução de problemas, que mais tarde ficou conhecida como Ciclo de Deming ou PDSA, um pilar da melhoria contínua. Em japonês, o termo para essa abordagem é Kaizen, ou seja, o processo de realizar melhorias incrementais, não importando o quão pequenas sejam, desde que alcancem o objetivo lean de eliminar todos os desperdícios que adicionam custos, mas não valor ao processo. No kaizen ensinam-se as habilidades individuais para o trabalho efetivo em pequenos grupos, resolvendo proble- mas, documentando e melhorando processos, coletando e analisando dados e auto gerenciando os membros da equipe. Isso empurra a tomada de decisão para vários trabalhadores e necessita de uma discussão aberta e de um consenso do grupo antes que qualquer decisão seja tomada. Hoje, kaizen significa uma melhoria, seja ela grande ou pequena. Tal alteração foi feita pelo modo ocidental de trabalhar, que foca em grandes inovações de ruptura. https://www.fm2s.com.br/just-in-time-lean/ https://www.fm2s.com.br/pdsa-ou-pdca/ https://www.fm2s.com.br/kaizen-alem-de-aplicacao-de-ferramenta/ FM2S.COM.BR 11 E-Book - A História do Lean A disseminação do Sistema Toyota Com um sistema que nãos se aplicava apenas à um mercado ou uma cultura, a Toyota conseguiu dar os primeiros passos para disseminar o Sistema Toyota de Produção para seus fornecedores chave. Esse fato transformou suas plantas lean, antes isoladas, em uma cadeia enxuta, com todos os elos operando no sistema. Foi somente em 1973, durante o primeiro choque do petróleo, que as pessoas começaram a se interessar pelo assunto, entretanto, nesse período, a indústria japonesa entrou em um espiral recessivo. No meio da crise, o go- verno japonês começou a notar que a Toyota foi a empresa que saiu mais rápido do prejuízo. Diante disso, tomou iniciativa e começou a criar seminários sobre Sistema Toyota de Produção, mesmo que o conteúdo apresentado fosse apenas uma fração do que levou a Toyota ao sucesso. Em 1980, Deming, Juran e Ishikawa disseminaram a qualidade puxada ao mundo. Assim, por meio deles, tornou- -se conhecimento geral que o foco na qualidade reduzia mais o custo do que o mirar apenas neles. O QUE TAIICHI OHNO DIZIA SOBRE O SISTEMA TOYOTA DE PRODUÇÃO? Através do “The Toyota Production System, Beyond Large-Scale Production”, livro escrito por Taiichi Ohno, cria- dor do Sistema Toyota de Produção é possível encontrar a definição do Sistema Toyota de Produção (STP): “A base do Sistema Toyota de Produção é a eliminação absoluta do desperdício”. (pág. 4) ● “Redução de custos é a meta.” (pág. 8) FM2S.COM.BR 12 E-Book - A História do Lean “Após a Segunda Guerra Mundial, nossa maior preocupação era como produzir bens de alta qua- lidade. Após 1955, entretanto, a questão se tornou como produzir exatamente a quantidade que o cliente queria.” (pág. 33). Juntando tudo isso, pode-se definir o STP como um sistema de produção em que o sistema de controle de quantidade, basea- do no fundamento da qualidade, tem como meta a redução dos custos e, para isso, deve-se buscar a eliminação absoluta de des- perdícios. Ohno descreve o sistema como um compilado de várias técnicas que foram desenvolvidas para reduzir os custos de produção. Seu método para a redução de custos é eliminar o desperdício,sendo esse sistema de eliminação de desperdícios suportado por dois pilares: Just in time (JIT) O objetivo dessa técnica é suprir a quantidade certa no tempo e nos lugares corretos. É o controle de quantidade, podendo ser considerada o coração do STP. Muitas pessoas enca- ram esse pilar como controle de estoque. Entretanto, JIT é muito mais do que um sistema para controlar o inventário. O que é surpresa para um grande número de pessoas é que no coração do JIT está o profundo entendimento e controle da variação. Jidoka Jidoka é uma série de temas culturais e técnicos a respeito da utilização de máquinas e mão de obra juntas. O pilar sugere a utilização das pessoas somente nas tarefas em que elas estão aptas a desempenhar e a busca para que as máquinas autorregulem sua qualidade. Tecnicamente, o jidoka utiliza táticas como o poka-yoke (métodos a prova de erros), andons (controles visuais como luzes para indicar o status e as anomalias nos processos) e 100% das inspeções feitas pelas próprias máquinas. Além disso, o conceito defende que nenhuma peça defeituosa deverá progredir na linha de produção. FM2S.COM.BR 13 E-Book - A História do Lean A importância dos valores Através dos valores da família Toyota, que era inovadora, pragmática, aprendia fazendo e que sempre acreditava no dever de contribuir para sociedade, o Sistema Toyota de Produção evoluiu para atender as diferentes necessi- dades que iam surgindo conforme a empresa crescia. Nesse processo, ficou claro o espírito desbravador e a acei- tação da responsabilidade de se enfrentar os desafios. Todo este sistema está num documento interno chamado Toyota Way que registra este espírito. O documento diz: “Nós aceitamos os desafios com um espírito criativo e coragem para realizar nossos sonhos sem perder o que nos move ou nossa energia. Nós trabalhamos de maneira vi- gorosa, com otimismo e uma crença sincera no valor de nossa contribuição”. “Nós nos esforçamos para fazer o nosso próprio destino. Agimos com autoconfiança, acreditando em nossas próprias habilidades. Nós aceitamos nossa responsabilidade pela condução, manutenção e melhoria das habilidades que nos permitem produzir valor agregado”. Tais palavras descrevem o que a equipe do Toyota conseguiu. Saídos do hor- ror da Segunda Guerra Mundial, aceitaram o desafio de bater a Ford em pro- dutividade. Com seu espírito criativo e com coragem, resolvendo problema após problema, criaram um novo Sistema de Produção e alcançaram seu sonho. Continue... Essa é só uma amostra! Quer saber mais sobre a metodologia Lean? Veja outros materiais no nosso Espaço Lean. 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