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Aula 1 - Orientação Educacional

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Aula 1 – Orientação Educacional
Princípios e Práticas em Orientação Educacional
Objetivos
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1. Compreender o conceito de Orientação Educacional e suas atribuições no contexto escolar; 
2. Aprender que a concepção de Orientação Educacional na realidade brasileira está associada ao cenário educacional do país, revelando uma trajetória dinâmica e com diversos enfoques; 
3. Analisar a trajetória da Orientação Educacional na realidade brasileira de forma crítica, compreendendo seus períodos.
O conceito de orientação tem uma estreita relação com a educação, fazendo com que suas histórias sejam coincidentes.
O conceito etimológico de educação vem dos vocábulos latinos educare e educere.
O primeiro apresenta-nos o sentido de guiar, nortear, orientar o indivíduo. O segundo, o buscar as potencialidades do indivíduo no sentido de fazê-las vir de dentro para fora.
Início da Orientação
A orientação educacional tem sua trajetória iniciada pela área de orientação vocacional, voltada para a escolha de uma profissão, tem como seu precursor Frank Parsons, em 1908, Boston, EUA. Tinha como configuração o aconselhamento. 
Em relação às escolas, ela surge em 1912, Detroit, EUA, com Jesse Davis.
Início da Orientação no Brasil
Sob a influência americana, em especial o counseling, o Brasil viveu suas primeiras experiências em orientação na década de 20, iniciadas com os trabalhos de Robert Mange, engenheiro suíço, que iniciou em 1924, no Liceu de Artes e Ofícios, em São Paulo, os primeiros trabalhos para criação de um serviço de seleção e orientação profissional para os alunos do curso de mecânica.
Aconselhamento - conceito que faz referência ao processo de ajuda individualizado, que pretende adequada compreensão da informação profissional em relação às características pessoais.
Em 1931, Lourenço Filho criou o primeiro serviço público de orientação profissional no Brasil. 
Ainda muito voltado aos desejos da época, uma vez que focava nas aptidões naturais como forma de endosso e valorização das atividades sociais.
Outro dado marcante é o Manifesto dos Pioneiros, de 1932. 
Ele representa as causas e princípios educacionais face ao momento vigente que, se por um lado tinha um ideário dos pressupostos liberais e, portanto, a busca de uma educação integral com base nas aptidões naturais, por outro, buscava um trabalho mais dinâmico e mais ativo para seus alunos. 
Dois anos após o manifesto, a Associação Brasileira de Educação oferece o primeiro curso de extensão sobre orientação educacional.
Na década de 80, continua o trabalho da busca de uma identidade para o orientador, assim como de um referencial que atendesse às reais necessidades, dentro de um contexto mais democrático que o país começava a viver, deixando de lado as questões do ajustamento para refletir questões desta realidade.
Alguns períodos:
Assim, a Orientação Educacional passou por vários períodos que podem ser assim sintetizados:
Período Implementar: compreende o período de 1920 a 1941 e está associada à orientação profissional, preponderando a seleção e escolha profissional.
Período Institucional: de 1942 a 1961: caracterizado pela exigência legal da Orientação Educacional nos estabelecimentos de ensino e nos cursos de formação dos orientadores educacionais. Nesse período, há a divisão funcional e institucional. Surge a escola pública;
Período Transformador: de 1961 a 1970: pela Lei 4.024/61, a Orientação Educacional é caracterizada como educativa, ressaltando a formação do orientador e fixando as Diretrizes e Bases da educação nacional.
Período Disciplinador: de 1971 a 1980: conforme a Lei 5.692/71, a Orientação Educacional é obrigatória nas escolas, incluindo o aconselhamento educacional. O Decreto 72.846/73, regulamentando a Lei 5.564/68, sobre o exercício da profissão de orientador educacional, disciplina os passos a serem seguidos.
Período Questionador: de 1980 a 1990: o orientador discute suas práticas, seus valores, a questão do aluno trabalhador, enfim a sua realidade no meio social. A prática da orientação volta-se para a concepção de educação como ato político.
Período Orientador: a partir de 1990: a orientação volta-se para a "construção" do cidadão comprometido com seu tempo e sua gente, trabalhando a subjetividade e a intersubjetividade, obtidas através do diálogo.
Como se encontra a orientação educacional nos dias de hoje?
A orientação educacional, hoje, caracteriza-se por um trabalho muito mais abrangente no sentido de sua dimensão pedagógica. 
Possui caráter mediador junto aos demais educadores, atuando com todos os protagonistas da escola no resgate de uma ação mais efetiva e de qualidade.
Segundo Mírian Paura, a concepção de orientação educacional deve, hoje, estar comprometida com:
· a construção do conhecimento através de uma visão da relação sujeito-objeto, em que se afirma, ao mesmo tempo, a objetividade do mundo, esta considerada como um momento individual de internalização da relação sujeito-objeto;
· a realidade concreta da vida dos alunos, vendo-os como atores de sua própria história;
· a responsabilidade do processo educacional na formação da cidadania, valorizando as questões do saber pensar, saber criar, saber agir e saber falar na prática pedagógica;
· a atividade realizada na prática social, levando-se em consideração que dessa prática provém o conhecimento e que ele se dá como um empreendimento coletivo;
· a diversidade da educação, questionando valores pessoais e sociais, submersos nos atos da escolha e da decisão do indivíduo;
· a construção da rede de subjetividade que é tecida em diferentes momentos na escola e por ela;
· o planejamento e a efetivação do projeto político-pedagógico da escola, em termos de sua finalidade, considerando os princípios que os sustentam, portanto a filosofia da educação que os fundamenta, e as demais áreas que os articulam.
Nessa aula você:
· Compreendeu o conceito de Orientação Educacional e suas atribuições no contexto escolar;
· Aprendeu que a concepção de Orientação Educacional na realidade brasileira está associada ao cenário educacional do país, revelando uma trajetória dinâmica e com diversos enfoques;
· Analisou a trajetória da Orientação Educacional na realidade brasileira de forma crítica, compreendendo seus períodos.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. A Orientação Educacional como um campo do saber embasou-se, inicialmente, nas pesquisas e estudos existentes na:
R.: Psicologia.
2. O Orientador Educacional, muitas vezes, não tem condições de realizar todas as tarefas que lhes são pertinentes, correndo o risco de tornar-se generalista, ou de esvaziar sua ação, a ponto de torná-la irrelevante na escola.
De acordo com Saviani (1980):
R.: "... a especialidade no campo educacional, como toda especialidade, só faz sentido na medida em que a área básica não seja perdida de vista... a especificidade da Orientação Educacional é apenas... a divisão no plano de educação...".
Explicação:
· Partindo da condição comum de educadores, cada um desempenha tarefas específicas, capacitado pela habilitação específica, cujo sentido é dado pelos fins comuns. A investigação sobre a realidade vivencial do aluno e sua percepção desta realidade deve ser o ponto de partida e o fio condutor do processo pedagógico.
3. O orientador educacional exerce um importante papel na escola . É necessário que ele tenha um olhar atento e, dessa maneira:
R.: atue conjuntamente com os demais profissionais da escola e com a família na busca de instrumento e recursos para a escola trabalhar com a diversidade, bem como realizar uma gestão o mais democrático possível.
4. "É instituído o Serviço de orientação Educacional, com a finalidade de correção e encaminhamento dos alunos-problemas e de elevação das qualidades morais, através de um regime de autonomia que facilita a educação social dos escolares. Referiu-se, ainda, a Lei, à facilitação da escolha profissional, esclarecendo e aconselhando, em cooperação com a família". (MAIA; GARCIA, 1995, p. 15). A Instituição do Serviço de Orientação Educacionalaconteceu na:
R.: Lei Orgância do Ensino Industrial em 1942 (Decreto-lei 4073) de Gustavo Capanema.
Explicação:
O responsável pelas reformas no campo educacional foi Gustavo Capanema, à frente do Ministério da Educação e Saúde Pública no período entre 1934 -1945. Considerando o ponto de vista da concepção de tais reformas, Saviani (2007) afirma que elas apresentavam um caráter centralista e burocratizado, além de ser dualista, como já citado, pois separava o ensino secundário, destinado às elites do ensino profissional destinado aos menos favorecidos e para afirmar mais ainda essa política de exclusão somente o ensino secundário permitia o acesso às carreiras superiores.
5. Na década de 80, continua o trabalho da busca de uma identidade para o orientador, assim como de um referencial que atendesse às reais necessidades, dentro de um contexto mais democrático que o país começava a viver, deixando de lado as questões do ajustamento para refletir questões desta realidade. Então a Orientação educacional passou por vários períodos que foram sintetizados, conforme os itens abaixo.
Leia os itens a seguir e depois marque a opção CORRETA
I. Período Implementar: compreende o período de 1920 a 1941: a prática da orientação volta-se para a concepção de educação como ato político.
II. Período Institucional: de 1942 a 1961: caracterizado pela exigência legal da Orientação Educacional nos estabelecimentos de ensino e nos cursos de formação dos orientadores educacionais.
III. Período Transformador: de 1961 a 1970: pela Lei 4.024/61, a Orientação Educacional é caracterizada como educativa, ressaltando a formação do orientador e fixando as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
IV. Período Disciplinador: de 1971 a 1980: conforme a Lei 5.692/71, a Orientação Educacional é obrigatória nas escolas, incluindo o aconselhamento educacional.
V. Período Questionador: de 1980 a 1990: a orientação volta-se para a construção do cidadão comprometido com seu tempo e sua gente trabalhando a subjetividade e a intersubjetividade, obtidas através do diálogo.
R.: Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
6. Segundo Mirian Paura, a concepção de orientação educacional deve, hoje, estar comprometida com alguns aspectos, tais como: 
I - a realidade concreta da vida dos alunos, vendo-os como atores de sua própria história;
II - a construção da rede de subjetividade que é tecida em diferentes momentos na escola e por ela;
III - a responsabilidade do processo educacional na formação da cidadania, valorizando as questões do saber pensar, saber criar, saber agir e saber falar na prática pedagógica.
Marque a alternativa correta após a apreciação das proposições:
R.: Todas as proposições estão corretas.
7. A presença do Orientador Educacional, como qualidade pedagógica da escola, fundamenta-se na condução de processos de liberdade, quando este profissional entende que seu papel é de proporcionar práticas intersubjetivas em que a diferença seja vista como possibilidade de crescimento pessoal, social e de libertação. Podemos citar Atividades a serem planejadas, pelo OE, com propósitos bem definidos: 
1- Palestras com Profissionais sobre a Sexualidade, como tema transversal ao Currículo Escolar; 
2- Visitas à Instituições de atendimento a portadores de deficiências, para novo olhar as possibilidade de Inclusão; 
3- Debate sobre a Maioridade Penal, a partir de entrevista esclarecedora, com Advogados. 
4- Lista de assinaturas em aceitação a determinada norma a ser implantada pela gestão escolar. 
Visando os propósitos de liberdade e desenvolvimento, refletidos acima, podemos considerar coerentes as atividades apresentadas:
R.: A atividades 1 , 2 e 3 são coerentes a estes propósitos.
8. Desde década de 20, já existia o trabalho da busca de uma identidade para o Orientador Educacional, assim como de um referencial que atendesse às reais necessidades, dentro de um contexto mais democrático que o país começava a viver, deixando de lado as questões do ajustamento para refletir questões desta realidade. De todos os períodos, o que melhor representa a identidade do Orientador Educacional, por voltar-se a formação do educando é o:
R.: Período Orientador quando a Orientação Educacional volta-se para a construção do cidadão comprometido com seu tempo, trabalhando a subjetividade.

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