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@osonhoemeu Atenção Primária a Saúde (APS) Cenário de prática no primeiro nível de assistência, caracterizado pelas atividades realizadas nas Equipes de Saúde da Família e nas Unidades Básicas de Saúde. A APS é o primeiro nível de atenção do sistema (acesso de primeiro contato). Atenção Básica (AB) É a política nacional brasileira definida pelo Departamento de Atenção Básica vinculado ao Ministério da Saúde. Sendo, um conjunto de ações de caráter individual e coletivo situadas na APS voltadas para a promoção da saúde, a prevenção de agravos, tratamento e reabilitação. Nem sempre alterações no funcionamento da medula óssea (visíveis no hemograma) significaram uma doença hematológica especifica, na maioria das vezes é uma reação relacionada a outra coisa que está acontecendo no organismo! A medula óssea é um líquido contido dentro dos ossos longos, ex. fêmur. No adulto, as grandes quantidades de medula são encontradas no osso do quadril. Sendo que: qt menor a idade + quantidade de medula é encontrado, pois com o envelhecer a medula disponível se torna gordura. O hematócrito é o volume de células vermelhas do sangue, baseado no volume total de sangue. Hemoglobina= quantidade de hemoglobina carreadora de oxigênio dentro das hemácias. Índices hematimétricos: VCM= Volume Corpuscular Médio Indica o tamanho médio dos glóbulos vermelhos. HCM= Hemoglobina Corpuscular Média É a quantidade média de hemoglobina (hb) presente nas hemácias. CHCM= Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média É a concentração de hemoglobina em uma hemácia. RDW= Índice de anisocitose Diferença no tamanho das células do sangue. @osonhoemeu Após o sangue periférico ser coletado para análise, ele passa por um contador que verifica a quantidade de Leucócitos, Hemácias e Plaquetas. Uma quantidade dessa amostra (lâmina >distensão >coloração> microscópio) é analisada em microscópio para verificar não apenas a quantidade, mas a forma e características dos compostos. Hemácias Eliptócitos Drepanócitose Hemácias com for- mato oval, podem ser vistas em paci- entes com Elipto- citose hereditária. Hemácias com for- mato de foice, podem ser vistas em pacientes com anemia falciforme. @osonhoemeu Hemácias em Alvo Esferócitose Esquizócito,Fragmentação hemacias com formatos indefinidos Ou target cells, são hemácias mais finas que o normal, acha- tadas, com a hemo- globina em círculo, o que lhe dá o aspecto de um “alvo”. Vistas em anemia em pacientes com Talassemia. Vista em Esferoci- tose hereditária, com hemácias e microcí- ticas (pequenas) e com alta concentração de hemoglobina (normo- crômicas, porém con- centradas), de forma esférica e sem palidez central. São fragmentadas, irregularmente contraídas e mordidas. Causas: traumas mecânicos, válvulas cardíacas artificiais, agressão térmica nas queimaduras e agressão química pelo uso de fármacos oxidantes. Se a fragmentação for significativa, o paciente irá apresentar manifestações clínicas de anemia hemolítica. @osonhoemeu Média – a maioria da população está dentro dessa média= faixa de normalidade Esquerda> menos hematócrito e hemoglobina= anemia Direita> aumento de hemácias = policitemia Negros – possuem menos leucócitos que a média dos caucasianos, leucopenia pode ser característica da raça. Homens possuem mais hematócrito e hemoglobina, poia a medula óssea é mais ativada por conta da testosterona. *estudo feito nos EUA @osonhoemeu Leucócitos Ainda podem ser encontrados no Leucograma BLASTO – são células mais imaturas denominadas mieloblastos ou blastos. A porcentagem de blastos na medula óssea ou sangue é particularmente importante. Para o diagnóstico de leucemia mieloide aguda é necessário ter, pelo menos, 20% de blastos na medula óssea ou no sangue. Formas Anormais Neutrófilos Hipersegmentados – são neutrófilos maduros, que estão circulando à mais tempo que deveriam. Devido à algum problema de produção, eles permanecem mais tempo no sangue periférico, lobulando mais. Podem ser vistos em pacientes com alcolismo, deficiência vitamínica ou alteraçoes genéticas hematológicas. Granulações Grosseiras – também chamadas de granulações tóxicas, são grânulos azurófilos que se mantem no citoplasma dos neutrófilos devido à granulocitopoese ocorrida em processos infecciosos persistentes. Blastos – não deveriam aparecer no hemograma, significam que a medula está sob stress ou leucemia. @osonhoemeu DEFINIÇÕES Leucopenia Redução no número de leucócitos no sangue total. Neutropenia É um subtipo de leucopenia, refere-se a redução do nº de granulócitos neutrófilos, sendo esta a mais abundante entre os leucócitos. Agranulocitose refere-se a queda importante de neutrófilos, geralmente abaixo de 100 células/mm3. Causas: Induzida por drogas – agranulocitose causada por propiltiuracil, metimazol, penicilinas, cloranfenicol, mebendazole, naproxeno, mirtazine, entre outros. Anemia aplástica. Mielofribrose - câncer metastático, granulomas, fibrose medular. Hematopoiese ineficaz – anemia megaloblástica, pós quimio ou radioterapia. Linfopenia Ou linfocitopenia é definida pelo número de linfócitos abaixo do normal no sangue total. Causas: Infecções recentes como gripe. Uso de corticoesteróides, infecções por HIV ou outros agentes fúngicos ou bacterianos, má- nutrição, lúpus eritematoso sistémico, artrite reumatóide, sarcoidose, pós quimioterapia. Leucocitose Contagem de leucócitos totais acima do valor normal no sangue total. Causas: É frequentementee um sinal de reação inflamatório, mais comumente o resultado de uma infecção e observado em certas infecções parasitárias. Pode ocorrer após exercício intenso, crise convulsiva, anestesia, administração de epinefrina. Há cinco principais tipos de leucocitoses: neutrofilia, a mais comum linfocitose, monocitose, eosinofilia e basofilia. Linfocitose Aumento no número absoluto ou na proporção de linfócitos no sangue. Os linfócitos normalmente representam 20-40% dos leucócitos circulantes. Linfocitose relativa ocorre quando há uma proporção maior que 40% de linfócitos entre os leucócitos, enquanto a contagem absoluta de linfócitos é normal. Linfocitose relativa é comum entre crianças abaixo de 2 anos idade, por exemplo. Causas: Infecção em crianças, doenças linfoproliferativas em idosos. Causas de linfocitose absoluta – infecções virais agudas (hepatites, EBV, CMV), pertussis, toxoplasmose, Chagas, TB, brucelose, pós- esplenectomia. Causas de linfocitose relativa – infecções virais agudas, tireotoxicose, doença de Addison, esplenomegalia com sequestro de granulócitos. Eosinofilia Aumento do número de eosinófilos no sangue periférico. A eosinofilia pode ser idiopática (primária) ou secundária a outra a outra doença. Causas: nos países desenvolvidos as causas mais comuns são ass alérgicas – asma, alergia a drogas, nos países em desenvolvimento a causa mais comum são as doenças parasitárias. As causas menos comuns são neoplasias, doenças do tecido conjuntivo, infecções não- parasitárias, entre outros. @osonhoemeu Plaquetas Trobocitose = mais plaquetas q o habitual > 450,000 , é reacional (reação da medula óssea a algo que está acontecendo no organismo, por ex. uma infecção)e normalmente ñ tem a ver com doenças hematológicas. Normal>pode variar conforme o laboratorio 150,000-450,000 Ferropenia = a medula osse aumenta a produção de cél (hemacias) com o pouco ferro disponível Trombocitose=pode ser provocada por uma invasão na medula ossea por cél de um cancêr (ñ hematologico) ou pode ser provocada por neoplasias = doenças hematológicas . Trombocitopenia/ plaquetopenia= plaquetas <150,000 , ocorre em alterações do consumo periférico >a produção está normal porém o consumo periférico está aumentado por exemplo: em PTI (Púrpura Trombocitopênica Idiopática), em infecções por vírus (HIV,HCV), em Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) e Síndrome Antifosfolipídica (SAF), em hiperesplenismo. Em pacientes hospitalizados: plaquetopenia secundária por uso de heparina, pacientes com sepse, Ccoagulação Intravascular Disceminada (CID), Púrpura Trobocitopênica Trombótica (PTT). Bicitopenia (alteração em 2)/Pancitopenia (alteração de 3 informações do hemograma)= quando essas alterações acontecerem é necessário fazer um Mielograma (avaliação da medula óssea). Pois, podem está relacionadas a problemas de consumo periferico ou doenças medulares. ►Formas incorretas de examinar: Erros pré analiticos 1> coleta feita inadequada; garrotiamento excessivo = destruindo hemácias; paciente super diluido= tomou mt líquido= elementos figurados mt dispersos; HEMÓLISE por erros na coletas, no transporte e armazenamento= aumento de plaquetas e diminuição de hemácias. Erros pré analíticos 2> quanto maior o tempo p/coleta, p/ esse sangue chegar na máquina e p/ chegar ao microscpio= maior probabilidade de erros= pode ocorrer o aumento do VCM hematócrito. Erros analíticos >EDTA: A coleta de um pequeno volume de sangue pode causar a rejeição da amostra, sendo esta uma das causas mais frequentes. A coleta de pequeno volume de sangue em tubo com EDTA, por exemplo, pela sobra de anticoagulante pode desidratar os eritrócitos (crenados) causando diminuição do hematócrito e do volume corpuscular médio (VCM). @osonhoemeu Pseudotrombocitopenia= pseudotrombocitopenia consiste na contagem baixa de plaquetas em amostras de sangue colhidas em etilenedinitrilotetraacetato (EDTA). Vídeo sobre Hemostasia> https://www.youtube.com/watch?v=-F73CMjVuqg é definida pela OMS como a condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal como resultado da carência de um ou mais nutrientes essenciais, seja qual for a causa dessa deficiência. >Pode variar por sexo, raça, faixa etária, altitude, atletas, tabagismo e estudo retrospectivo hemogramas. https://www.youtube.com/watch?v=-F73CMjVuqg @osonhoemeu Caso Clínico Exame de ferritina séria é feito com o objetivo de verificar a falta/excesso de ferro no organismo, por exemplo. Normalmente, em indivíduos saudáveis o valor de referência da ferritina sérica é de 23 a 336 ng/mL em homens e de 11 a 306 ng/mL em mulheres, podendo variar de acordo com o laboratório. TIBC A capacidade total de ligação do ferro (TIBC, total iron-binding capacity) ou, por vezes, a capacidade de ligação do ferro da transferrina é um exame de laboratório médico que mede a capacidade sérica de ligação do ferro à transferrina (A transferrina é uma proteína principalmente produzida pelo fígado e que tem como principal função transportar o ferro para a medula, baço, fígado e músculos, mantendo o bom funcionamento do organismo.) @osonhoemeu Exemplos de Anemia Obs. Sempre solicitar a dosagem de ambas as vitaminas na avaliação laboratorial inicial, a deficiência combinada requer um tratamento concomitante. Conceito @osonhoemeu Fatores relacionados a deficiência de ferro: Principalmente em países SUBDESENVOLVIMENTO (saneamento básico, vulnerabilidade social) NUTRICIONAL Dieta não balanceada (insuficiência de ferro), não absorção de vitamina c, dieta vegetariana (quando inapropriada, raro), dieta deficiente em idosos e pessoas com doenças psiquiátricas. GESTAÇÃO, PARTO E LACTAÇÃO (pela necessidade do período), crianças amamentadas com sangue de vaca apresentam perda crônica de sangue nas fezes. SANGRAMENTO UROGENITAL (menstruação- menorragia) o sangramento é maior em mulheres com dispositivos intrauterino, e menor em mulheres que fazem uso regular de anticoncepcionais. SANGRAMENTO GASTROINTESTINAL por uso crônico de AAS, anti- inflamatórios, carcinoma de colo, carcinoma gástrico, úlcera gástrica benigna, angiodisplasia, esofagite e carcinoma de esôfago. MÁ ABSORÇÃO INTESTINAL (doença celíaca, gastrectomia total/parcial e pessoas submetidas a cirurgia bariátrica) PARASITOSES INTESTINAIS (Necator americanus, Áscaris duodenal, Schistosoma mansoni, e Trichuris trichiura). *Hemorroidas , Hemodiálise, Doações de sangue e Causas desconhecidas Sintomas: Cansaço, fraqueza, sonolência excessiva, intolerância aos esforços, letargia, dispneia progressiva, ortopneia, palpitações, sopro cardíaco, angina, claudicação intermitente, disfagia, perversão do apetite – comer alimentos crus (pica), pagofagia (comer gelo), cefaleia, zumbidos e perda da libido. Sintomas na criança: irritabilidade, disfunção cognitiva e diminuição de desenvolvimento de ciclo de motor. Sinais importantes: queda de cabelo, palidez conjuntival (atentar p/variação individual existente), glossite, queilite angular, palidez nas palmas das mãos, unhas friáveis e quebradiças, coiloníquia, síndrome de Paterson-Kelly ou Plummer Vinson, anemia retiniana e telangiectasia. DIAGNÓSTICO @osonhoemeu O que esperar dos exames na anemia por deficiência de ferro? (segundo a OMS, hemograma) Plaquetas> elevadas Reticulócitos> baixos Ferro sérico> diminuído Capacidade total de ligação do ferro> aumentada Saturação de tranferrina> baixa Ferritina sérica> baixa Esfregaço de sangue periférico> microcitose, hipocromia, eliptócitos, céls. em alvo e dacriócitos. Exame de urina> hematúria pode estar presente se a causa do sangramento dor do trato urinário. Outros exames a considerar: endoscopia do trato digestivo alto, colonoscópio. TRATAMENTO OBS.: Sabe-se que 25 mg de sulfato ferroso, contém 05 mg de ferro elementar. *Logo, um comprimido de Sulfato ferroso de 300mg possui 60 mg de ferro elementar. OBS.2: Sulfato ferroso gotas de 125 mg/ml possui 25 mg/ml. Dose usual adultos= 2 gotas/Kg *crianças> sulfato ferroso, solução de 4,5 a 6 mg/Kg/dia de 8/8h. Esperado: que a hemoglobina aumente em 1g/dL/semana, a resposta deve ocorrer dentro de 2-3 semanas. @osonhoemeu *O tratamento deve ser mantido por 4-6 meses, ou até o nível de Ferritina atingir 50 ng/mL em adultos. Crianças> tratar por 3-4 meses ou por 2 meses quando houver a normalização da hemoglobina, e fazer uma nova dosagem de Ferritina após o término da reposição. OBS.: para confirmação da normalização das reservas deve ser dado um intervalo de 7 dias após a administração do fármaco. Dar preferência para a via endovenosa, pois a intramuscular é dolorosa, lenta, errática e pode provocar mancha na pele por muito tempo no local de aplicação. Aproximadamente 1% das pessoas apresentam reação anafilática ao uso do ferro parenteral, desse modo, é recomendado uma dose teste. No Brasil a disponibilidade para uso venoso é o SACARATO DE HIDRÓXIDO FÉRRICO. Os níveis de Ferretina devem ser cuidadosamente monitorados. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL – ANEMIA CRÔNICA Talasssemia é associada ao VCM baixo (abaixo de 70 fL) e RDW diminuído ou N (normal). O melhor exame nesse caso é solicitar ELETROFORESE de hemoglobina. caso a reposição de ferro seja instituída de forma descuidada em portadores de Talassemia haverá uma sobrecarga do metal com dano tecidual, na doença crônica a dosagem do receptor de transferrina é diagnosticado no diagnóstico diferencial. @osonhoemeu Caso Clínico @osonhoemeu Anemia Macrocítica Megaloblástica – cursa com o aumento (acimade 101 fL) do VCM, quando se desenvolve por completo o VCM é maior que 110 fL, o diagnóstico é por esfregaço do sangue periférico (mostra neutrófilos hipersegmentados + os corpúsculos de Howell-Jolly que são fragmentos remanescentes de material nuclear derivados da desintegração do núcleo dos eritroblastos). A megaloblastose (VCM>100) se relaciona com a síntese de DNA defeituosa, porém, a síntese de RNA continuar, resultando em uma célula maior com núcleo menor. Vitamina B12 – ou cobalamina e o ácido fólico são importantes cofatores da síntese de DNA, a dispoiese (morte celular no interior da medula) traduz o desequilíbrio da maturidade citoplasmática maior que a nuclear dos eritrócitos, é reconhecida pelos macrófagos que destroem os megaloblastos no interior da medula óssea (eritropoese ineficaz – as quantidade de céls. produzidas não é a mesma quantidade que está chegando no sangue periférico), e consequentemente ao aparecimento de hiperbilirrubinemia indireta e hiperuricemia. A dispoiese acaba afetando todas as linhagens celulares desenvolvendo reticulocitemia, leucopenia, trombocitopenia, eritrócitos maiores e ovais acabam entrando na circulação. A vitamina b12 é encontrada apenas em alimentos de origem animal (carne, ovos, leite e seus derivados). Sendo adquirida através da dieta ligada a proteínas alimentares, no estômago sofre ação do ácido gástrico e da pepsina para romper a associação, em seguida se liga a proteína R produzida pela saliva e pelo próprio suco gástrico. No duodeno a ligação é desfeita por enzimas pancreáticas e a vitam. B12 se liga ao fator intrínseco que é secretado pelas células parietais do fundo gástrico e da cárdia, o fator intrínseco carrega a vitamina até o ílio distal para a sua absorção. No plasma, carreadores proteicos (transcobalaminas) cumprem o papel de transporte da vitamina para órgãos e tecidos. Obedecido o mecanismo de absorção, metade das reservas (duram até 12 anos) estarão no fígado, se houver prejuízo na absorção o estoque pode durar até 6 anos. Obs. Pessoas submetidas a cirurgias bariátricas ocorre um esgotamento mais rápido de suas reservas. Causas de deficiência de vitamina B12 – Dieta deficiente, Dieta vegetariana, Defeitos inatos (ausência congênita do fator intrínseco) , Funcionamento anormal do fator intrínseco, Defeitos do metabolismo da cobalamina, Má absorção seletiva, Uso de medicamentos (anticonvulsivantes, contraceptivos orais, metiformina), Gastrectomia total ou parcial, Doenças que afetam o ílio terminal, Super crescimento bacteriano do intestino delgado, Divertículo regional, Síndrome da alça cega, Ressecção intestinal, Doença de Crohn, Doença pancreática crônica, Síndrome de Zollinger Ellison, Tênia do peixe, etc. ►Alguns autores consideram a denominação mais apropriada para Anemia Perniciosa seja Anemia Megaloblástica por deficiência da vitamina B12. Origem> hereditária e autoimune Faixa etária> pode surgir a partir da 3º década de vida, porem com incidência maior por volta dos 60 anos. Sexo> mais comum em mulheres. Doenças associadas> Mielose funicular, Gastrite atrófica, Helicobacter pylori, Adenocarcinoma gástrico, Tireoidite de Hashimoto, Vitiligo e Doenças de Graves. @osonhoemeu SEMIOLOGIA Avaliação Laboratorial na Deficiência de Vitamina B12 Critérios e valores laboratoriais de referência para o diagnóstico e seguimento da anemia por deficiência de vitamina B12: Hemograma: VCM >101 Lâmina de sangue periférico: hipersegmentação dos neutrófilos. Dosagem de vitamina B12: níveis < 200 ng/mL= confirma, 200 ng/ml até 300 ng/ml= inconclusivo, > 300 ng/ml exclui. LDH: elevado Bilirrubina indireta: elevada Homocisteína sérica: elevada Ácido metilmalônico sérico e urinário: elevados Anticorpos bloqueadores do fator intrínseco: especifico e pouco sensível Anticorpos anti-célular parietal: presente em 90% dos casos. Endoscopia digestiva alta: gastrite atrófica Teste de Schiling Biópsia de medula ►Mesmo com seus níveis normais as manifestações neurológicas podem ocorrer com uma dosagem sérica de vitamina B12 baixa. TRATAMENTO @osonhoemeu FOLATO ou ÁCIDO FÓLICO Conceito Causas de deficiência Sinais e sintomas Tratamento Laboratório *solicitar dosagem de Folato e B12, a deficiência combinada requer tratamento concomitante. É uma das formas de anemia hemolítica crônica. Doença: hereditária, multissistêmica crônica e autossômica. Quase que exclusivamente em afrodescendente. Indivíduos que carregam o traço falciforme heterozigotos não desenvolvem a doença. o Provocada por uma modificação estrutural do DNA da hemoglobina normal (Hb A), por substituição na posição 6 do aa ácido glutâmico pela valina da cadeia β, gerando a mutação com predomínio da hemoglobina S (Hb SS). o Herdam dos pais genes que podem gerar traço falcêmico (Hb AS) ou produzir a doença falciforme propriamente dita, conforme sua homozigose (Hb SS). o O gene Hb S se combinado com outras anomalias hereditárias, como as betatalassemias, HBc, HbD e gerar várias combinações da doença falciforme. o O início da doença ocorre no primeiro ano de vida, quando há uma diminuição da hemoglobina fetal (Hb F) que confere certa proteção. @osonhoemeu Caso Clínico O que é: Anemia falciforme é uma doença hereditária (passa dos pais para os filhos) caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, tornando-os parecidos com uma foice, daí o nome falciforme. Essas células têm sua membrana alterada e rompem-se mais facilmente, causando anemia. A hemoglobina, que transporta o oxigênio e dá a cor aos glóbulos vermelhos, é essencial para a saúde de todos os órgãos do corpo. Essa condição é mais comum em indivíduos da raça negra. No Brasil, representam cerca de 8% dos negros, mas devido à intensa miscigenação historicamente ocorrida no país, pode ser observada também em pessoas de raça branca ou parda. Ver link: https://www.youtube.com/watch?time_continue=58&v=4k92ZXDUsxg&feature=emb_logo https://www.youtube.com/watch?time_continue=58&v=4k92ZXDUsxg&feature=emb_logo @osonhoemeu Fisiopatologia As hemácias falciformes passam pelo processo de hemólise crônica intravascular as custas de um aumento da bilirrubina indireto e consequente icterícia. Desencadeia fenômenos vaso oclusivos, pela adesão das hemácias ao endotélio capilar que provocam dor no órgão alvo acometido, isquemia e necrose tecidual. Possuem meia vida curta e são fagocitadas pelos macrófagos. Doença falciforme – a hemoglobina S sob condições como baixa tensão de oxigênio, diminuição do pH e aumento da temperatura promove uma polimerização formando hemácias rígidas em forma de foice, em condições normais a maioria das hemácias retornam a sua forma, mas existem hemácias que permanecem em forma de foice de maneira irreversível, vistas em lâmina de sangue periférico. Manifestações Clínicas Síndrome mão-pé ou Dactilite: pode ser o primeiro episódio de vaso oclusão na infância, episódio agudo que pode ser recorrente, síndrome extremamente dolorosa, edema do dorso das mãos e pés com Dactilite associada, dura de 1-2 semanas. Síndrome torácica aguda: maior causa de morte, instalação abrupta, febre, taquipneia, tosse, dor pleurítica, leucocitose, raio-x com infiltrado pulmonar difuso, micolasma e clamídia. Dor abdominal: dor aguda e difusa, hepatomegalia, sinais de irritação peritoneal, hepatite, icterícia, colelitíase e coledocolelitíase por cálculos de bilirrubinato de cálcio, esquemia e micro enfartos mesentéricos, elevação das bilirrubinas, transaminasese gama glutamil tranferases. @osonhoemeu Úlceras perimaleolares: associadas a pele ressecada, provocada por pequenos traumatismo ou picadas de insetos, apresentam-se como úlceras rasas, localiza-se mais comumente no malelos medial, lateral (uni/bilateralmente) e são recorrentes. Complicações renais: necrose de papila renal com comprometimentos obstrutivos pelo seu deslocamento, perda da capacidade de concentrar a urina-isostenuria, hematúria grosseira, glomérulo esclerose focal e segmentar, rins de tamanhos aumentados e insuficiência renal crônica. Priapismo: na maioria das vezes é de curta duração, pode ser recorrente, pode ocorrer durante o sono REM, se mais do que 24h associa-se a impotência sexual, desenvolvimento de algum grau de impotência no futuro. Gravidez: de alto risco, risco de abortamento espontâneo por insuficiência útero placentária, a gestante deve ser acompanhada por uma equipe multidisciplinar, consultas em ambulatório de alto risco de forma frequente e suplementação com ácido fólico de 1-5mg/dia. Acidente vascular cerebral: acomete as artérias do Polígono de Willis e carótidas internas, infartos silenciosos e recorrentes, AVC isquêmico em crianças, AVC hemorrágico em adultos, aneurismas e evolui com sequelas neurológicas. @osonhoemeu Exames complementares empregados para o diagnóstico e seguimento da anemia falciforme Tratamento Dor @osonhoemeu Tratamento da dor – determinação do Ministério da Saúde @osonhoemeu Alterações Plaquetária o História e exame físico completos são absolutamente fundamentais quando há suspeita de alterações da coagulação relacionadas ou não a alterações plaquetárias. o Intensidade e frequência de sangramentos espontâneos ou induzidos, incluindo história menstrual, história de equimoses e hematomas, história de sangramento não usual secundário a extrações dentárias, cirurgias prévias devem fazer parte do questionamento ao paciente. Lista completa das medicações deve ser estudada, pois medicações muito comumente são causadoras de alterações de coagulação. o História familiar de sangramentos podem apontar para alterações de coagulação frequentes como doença de Von Willebrand. o Com acesso ou não a hemograma completo e exames básicos de coagulação, se você acha que a história de sangramento de um paciente é suspeita ENCAMINHE ao hematologista. Considerações sobre a Ferretina Reflete muito bem o estoque de ferro corporal e é a principal proteína armazenadora de ferro no organismo. Se os níveis estão baixos há depleção de ferro, ferretina <12 ng/ml e anemia, significa que há uma reserva baixíssima de ferro ( p/ alguns autores reservas perto de 0). Por trata-se de uma proteína de fase aguda, pode corresponder a um valor elevado independentemente dos níveis do metal, ou seja, seus valores podem estar altos quando há deficiência de ferro. Deve-se ter muita cautela quando a anemia coexistir com infecções, por exemplo, HIV, distúrbios inflamatórios, hipertireoidismo, Diabetes não insulino dependente pela sua elevação, eleva-se também em pessoas com neoplasias ou com doenças hepáticas; aumenta com acúmulo excessivo de ferro no organismo como na hemocromatose hereditária e na hemossiderose. A deficiência de ferro sem anemia também pode ser observada por uma Ferretina baixa denominada hipoferritinemia. @osonhoemeu @osonhoemeu Plaquetopenia Plaquetopenia e Risco de Sangramento *muitas vezes a plaquetopenia será um achado ocasional. *é importante atentar para a quantidade mas também para o quão rápido o número de plaquetas está caindo. *a indicação de transfusão é para paciente com níveis abaixo de 10.000 Emergencial ou Não? Plaquetopenias não emergenciais podem ser tratadas em nível ambulatorial e plaquetopenias emergenciais, geralmente requerem internação hospitalar. Algumas sindromes podem ser emergenciais ou não dependendo da severidade da plaquetopenia. @osonhoemeu O paciente com plaquetopenia necessita de um acompanhmento continuado para verificar a gravidade com que as plaquetas estão caindo por exemplo. Geralmente emergencial> Púrpura Trombocitopênica Idiopática (PTI), Trombocitopenia induzida por Heparina (HIT), Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT), pré-eclâmpsia e Help, e outros. Geralmente não emergencial> induzida por drogas, infecções, doenças hepática e trombocitopenia gestacional. Etiologia da Trobocitopenia @osonhoemeu História da plaquetopenia @osonhoemeu Exemplos de Plaquetopenia Pseudotrombocitopenia o que fazer quando há suspeita? Solicitar uma nova coleta com o anticoagulante Citrato, se com esse anticoagulante for observado uma normalização do nº de plaquetas significa que o paciente não possui uma plaquetopenia real. Púpura trombocitopênica idiopática (PTI) PTI é uma disfunção imune adquirida caracterizada por plaquetopenia isolada e ausência de outras causas de trombocitopenia. Geralmente o hemograma é normal apenas com a exceção das plaquetas baixas, e raramente haverá achados em sangue periférico. *estatística em crianças dos EUA Trombocitopenia induzida por heparina (HIT) Púrpura trombocitopênica trombótica (PTT) o PTT ocorre primariamente em adultos. o Síndrome Hemolítico Urêmica (SHU) é a púrpura trombocitopênica trombótica com insuficiência renal aguda geralmente vista em crianças com diarréia sanguinolenta e/ou dor abdominal. Escherichia Coli produtora de toxina Shiga é o organismo mais comumente envolvido em SHU. o Fatal sem tratamento, plasmaférese deve ser iniciada imediatamente. o Frequentemente causada por deficiencia de ADAMS13. @osonhoemeu Outras causas de plaquetopenia Pacientes hospitalizados com sepse, trauma, grandes queimados ou neoplasia podem desenvolver coagulação vascular disseminada (CIVD) com consequente trombocitopenia. Drogas Geralmente a trombocitopenia acontece 5-7 dias após exposição ao gente causador e resolve em 7-14 dias após parada da droga. Se a trombocitopenia induzida por droga é suspeita a droga deve ser interrompida imediatamente e a contagem de plaquetas deve ser repetida semanalmente. Doença hepática e álcool Pré-eclâmpsia/Hellp * Deficiência de folato, secundário a desnutrição frequentemente coexiste com o alcoolismo e pode causar plaqueopenia. *A abstinência alcoólica pode levar a recuperação plaquetária na ausência de doença hepática crônica. Púrpura imune secundária @osonhoemeu Trombocitopenia gestacional Púrpura trombocitopênica imune na gestação Infecções Alterações de função plaquetária @osonhoemeu Quando encaminhar o paciente? Fluxograma – Manejo plaquetopenia Trombocitose Contagem de plaquetas acima de 450,000 por mcL. Quando encaminhar esse tipo de paciente? Sempre que a trombocitose for sustentada e a impossibilidade de diagnóstico ou ausência de trombocitose reativa. Pode ser classificada em : trombocitose reativa e trombocitose essencial @osonhoemeu Hematòcrito Elevado Definição Policitemia Vera Polictemia secundáriaAssociadas a doenças cardiopulmonares como: @osonhoemeu Anamnese Exame físico Exames O que fazer? O que não fazer? @osonhoemeu Linfadenopatias Diagnóstico diferencial e avaliação = história + exame físico É fundamental que a biologia do sistema linfático seja revisada antes da aula de linfadenopatias. Vídeo sobre o Sistema Linfático: https://www.youtube.com/watch?v=BX8fBlme9vQ&feature=emb_logo ►Aproximadamente 600 linfonodos, mas somente os submandibulares, axilares e região inguinal podem ser palpáveis em pessoas saudáveis. Linfadenopatia refere-se a linfonodos anormais em tamanho, consistência ou número. Geralmente linfonodos maiores que 1cm no seu maior diâmetro são preocupantes. Linfadenopatia supraclavicular é a mais preocupante em termos de malignidade. Fisiologicamente os linfonodos aumentam quando estamos combatendo uma infecção. Os linfonodos são o local de reconhecimento de Ags, que entrando pelo vaso aferente serão apresentados aos LB, LT, macrófagos e a outras céls. do sistema imune, iniciando então uma resposta imunológica. Existem 2 tipos de linfadenopatias https://www.youtube.com/watch?v=BX8fBlme9vQ&feature=emb_logo @osonhoemeu @osonhoemeu Papel do Médico da família Frequência das linfadenopatias Local: 75% dos casos na APS (Atenção Primária em Saúde), sendo 55% dos casos na região da cabeça e pescoço, 1% dos casos na região supraclavicular, 5% axilar e 14% inguinais. Generalizadas: 25% Epidemiologia Estratégia de diagnóstico diferencial > história completa + exame físico Exame físico completo, incluindo exame de cadeias linfonodais! @osonhoemeu Caracteristicas que devem ser descritas no exame fisico linfonodal: tamanho, dor à palpação (geralmente o maligno não dói), consistência, fusionados/não fusionados e localização. Fluxograma História e Exame físico Exemplos de diagnóstico diferencial de causas de linfadenopatia: Infecções por EBV, Toxoplasmose, Citomegalovírus, Estágios iniciais de HIV, Doença da arranhadura do gato, Faringite por Estrepto A ou gonococo, Linfadenite tuberculosa, Sífilis secundária, Hepaatite B, Linfogranuloma venereo, Cancroide, Lúpus eritematoso Sistêmico, Artrite Reumatóide, Linfoma ou Leucemia, Doenças do Soro, Sarcoidose e Doença de kawasaki. Paciente com doenças mais raras: Doença de Lyme, Sarampo, Tularemia, Brucelose, Febre tifoide, Doença de Still, Dermatomiositose e Amiloidose. @osonhoemeu Medicações comuns no dia a dia do médico que podem causar linfadenopatia Atenolol, Captopril, Alopurinol, Carbamazepina, Cefalosporinas, Sais de Ouro, Hidralazina, Penicilinas, Fenitoína, Sulfonamida, entre outras. Avaliação sindrômica A presença de certas características sindrômicas podem auxiliar na determinação de casos suspeitos de linfadenopatias. Exemplos: Síndrome do tipo Mononucleose – nem sempre essa síndrome vai ser uma Mononucleose. Algumas infecções virais se apresentam de maneira semelhante: linfadenopatia generalizada, cansaço, febre, linfocitose atípica ao hemograma. A mononucleose é secundária a infecção por EBV. Monoteste confirma o diagnóstico. Falso negativo: infecção inicial e em crianças menores que 4 anos. Se Acs anti EBV estão ausentes, considerar: Toxoplasmose, CMV, Hepatite B e HIV. Síndrome Ulceroglandular – em lesão de pele com linfadenopatia associada, causas mais comuns: infecção por Estreptococo (Impetigo), Doença da arranhadura do gato. Outras causas: Tularemia e Doença de Lyme. Síndrome Oculoglandular – conjuntivites associadas a linfadenopatias pré-auriculares. Causas comuns: Ceratoconjuntivites virais e Doença da arranhadura do gatos ecundária a lesão ocular. Infecção por HIV – pensar nessa possibilidade quando o paciente apresentar linfadenopatias persistentes por pelo menos 3 meses, em pelo menos 2 sítios extra inguinais é definida como linfadenoaptia persistente generalizada e é comum em pacientes com estágios precoces de infecção pelo HIV. Outras causas de linfadenopatia generalizada em pacientes HIV+: Sarcoma de Kaposi, Linfomas, Toxoplasmose, CMV, TB, Cripto e Sífilis. Linfadenopatia não explicada por diagnóstico sindrômico @osonhoemeu Linfadenopatia Generalizada Linfadenopatia Locais Orientação ao paciente Observação: apostila feita a partir de dados e conteúdos oferecidos no curso de Hemograma, Anemia e Linfoadenopatia pelo site UNA-SUS (https://www.unasus.gov.br/ )em 2020. Outras fontes de pesquisa como o Google, foram utilizadas para complementar alguns conceitos básicos. https://www.unasus.gov.br/ @osonhoemeu REFERÊNCIAS @osonhoemeu
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