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PETIÇÃO INICIAL AÇÃO POPULAR

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EXCELENTÍSSIMO SR. JUIZ DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA 
COMARCA DO MUNICÍPIO DE SÃO CAETANO - PE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LUIZ AUGUSTO, ​brasileiro, estado civil, profissão, devidamente inscrito no CPF sob 
o nº xxxxxxxx e RG º xxxxxxxxxxxx, Título de Eleitor nº 123456, residente e 
domiciliado na Rua xxxxx, Município de São Caetano, Estado do Pernambuco, por 
seu advogado que esta subscreve (instrumento de mandato incluso) com endereço 
profissional na Rua xxxxx, Bairro xxxxx, Estado xx, local indicado para receber as 
devidas intimações nos termos do art. 30, inciso I, do Código de Processo Civil, vem 
perante vossa excelência com fulcro no art. 5º, inciso LXXIII, da Constituição 
Federal de 1988, propor 
 
AÇÃO POPULAR 
 
em face do MUNICÍPIO DE SÃO CAETANO pessoa jurídica de direito público 
interno, com sede na xxx, bairro xxx, cidade de São Caetano, Estado de 
Pernambuco, do PREFEITO JACINTO JACARÉ, brasileiro, casado, inscrito no CPF 
sob o nº xxxxxx e RG xxxxxxxxxx, residente e domiciliado na Rua xxxxx, Município 
de São Caetano, Estado do Pernambuco e ACSC-PE (Associação de Comerciantes 
Locais), pessoa jurídica de direito privado, devidamente inscrita no CNPJ nº xxxxxx, 
com sede na xxxxx, Bairro xxxxx, cidade de São Caetano, Estado do Pernambuco, 
pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos: 
 
I - DOS FATOS 
 
O Município de São Caetano, ora primeiro réu, estabeleceu o Decreto 
Municipal nº 01/2019, no qual o Prefeito Jacinto Jacaré transferiu a cobrança do 
serviço de estacionamento em locais públicos, denominado “Zona Azul”, para uma 
associação de comerciantes locais (ACSC-PE), respectivamente segundo réu. 
Ocorre que ele transferiu o serviço sem que fosse realizada a devida 
licitação, modalidade imposta aos entes públicos para realizar a denominada 
concessão de serviços públicos. 
Tendo em vista que a transferência de tal serviço público para essa 
associação é indevida, em razão dos descumprimento de mandamentos 
constitucionais que exigem a licitação para concessão de serviços públicos, não 
resta alternativa ao autor senão o ajuizamento da presente ação popular. 
 
II - DO DIREITO 
 
a) DO CABIMENTO DA AÇÃO POPULAR 
 
O art. 5º, inciso LXXIII,da CF/88, admite a impetração de ação popular, por 
qualquer cidadão, visando anular o ato lesivo ao patrimônio público ou entidade de 
que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao 
patrimônio histórico e cultural. 
A Lei nº 4717/65 estabelece o rito da presente ação. Conforme redação da 
CF/88, a celebração do contrato de concessão, sem a devida licitação, é contrato 
que ofende a moralidade administrativa, além de ser ato lesivo ao patrimônio. 
Assim, o ajuizamento da presente ação é perfeitamente cabível. 
 
b) DA LEGITIMIDADE ATIVA E PASSIVA 
 
A ação popular tem previsão no art. 5º da CRFB, garantindo o seu 
ajuizamento a todos o cidadão no regular gozo dos seus direitos políticos, o que é o 
caso do autor, conforme de plano comprovado pelo Título de Eleitoral nº123456, e 
Certidão de Obrigações Eleitorais nº xx. 
Os réus apontados nesta peça vestibular são efetivamente os responsáveis 
pela produção do ato ilegal, lesivo ao patrimônio público, conforme art. 6º da Lei 
4.717/65: “A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as 
entidades referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários ou 
administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato 
impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os 
beneficiários diretos do mesmo”. 
 
c) DO ATO LESIVO AO PATRIMÔNIO PÚBLICO E A MORALIDADE PÚBLICA 
 
A ausência de licitação que se verifica nos fatos apresentados, afronta 
diretamente os dispositivos legais do art. 173, CF/88, art. 1º da Lei nº 4.717/65 e art. 
2º, inciso II, da Lei 8.987/95. 
Veja-se o que diz a Lei nº 8.987/95, ao considerar a necessidade de prévio 
procedimento licitatório, inclusive, para as concessões de serviços públicos. Senão, 
vejamos: 
Art. 2.º Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se: II – 
concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita 
pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de 
concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que 
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco 
e por prazo determinado; 
Assim, em se tratando de concessão de serviços públicos, sua formalização 
se dará mediante contrato com precedente licitação pública. Note-se ainda que a 
licitação deverá ser na modalidade concorrência. 
Tem-se então que a referida contratação sem o devido procedimento 
licitatório é um ato lesivo ao patrimônio municipal, pois não houve escolha de 
proposta mais vantajosa para a administração. 
Outrossim, tem-se então, a nulidade do ato praticado, senão vejamos o art. 
2º, alínea “a”, “c” e “e” da Lei nº 4.717./65: “Art. 2.º São nulos os atos lesivos ao 
patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de: a) 
incompetência; c) ilegalidade do objeto; e) desvio de finalidade. 
Com isso, requer-se desde já, a anulação do contrato celebrado entre a 
Prefeitura Munical de São Caetano e a ACSC-PE. 
 
III - DOS PEDIDOS 
 
Pelo exposto, requer a Vossa Excelência: 
a) a citação dos Réus, para, querendo, contestar a presente ação, no prazo de 
30 dias, sob pena de aplicação dos efeitos de revelia; 
b) a intimação do ilustre representante do Ministério Público; 
c) a procedência dos pedidos para decretar a invalidade do ato lesivo ao 
patrimônio público e à moralidade, condenando o Réu no pagamento das 
perdas e danos; 
d) a condenação dos Réus no pagamento, ao autor, das custas e demais 
despesas judiciais e extrajudiciais, bem como nos honorários de advogado; 
e) a produção de todas as provas em direito admitidas, especialmente 
documental. 
 
Termos em que, pede deferimento. 
 
São Caetano, xx de xx de xxxx. 
__________________________ 
OAB nº xxxxxxxxxxxxxxxx

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