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DEFEITOS DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS

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(
Universidade Paulista – Unidade Flamboyant
Material de Estudo – Fatos e Negócios Jurídicos (Período Quarentena)
Profª
: 
Giovana
 
R M de Oliveira 
)
DEFEITOS DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS ( ART 138 A 165,Código Civil)
Conceito: Ocorre quando há desavença entre a vontade real e a declarada. Existe a vontade, porém sem correspondência com aquela que o agente desejava exteriorizar.
Os defeitos dos negócios jurídicos se classificam em:
I-Vícios do Consentimento
a) Erro ou ignorância (art 138, Código Civil)
Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio.
Ou seja, conhecimento comum que por falta de conhecimento específico induzem ao erro. Uma noção inexata , ou não verdadeira sobre alguma coisa,objeto ou pessoa que influencia na formação da vontade.
b) Erro substancial ( art 139, Código Civil)
Erro substancial está relacionado a SUBSTÂNCIA do negócio jurídico.
O erro é substancial quando:
b.1) in negativo (negócio):
Erro na natureza jurídica do negócio, ou seja, se equivoca sobre a modalidade do negócio jurídico pactuado.
Ex: Imagina-se bem sob doação, mas era bem para venda.
b.2) in corpore (objeto):
Ocorre quanto a qualidade ou quantidade.
b.3) in persona ( pessoa ):
Relacionado à identidade ou à qualidade essencial da pessoa.
b.4) in iuris ou juris (direito):
Equivoca-se sobre o alcance da lei.
Ex: Venda de um terreno no qual a construção não é permitida.
c) Dolo ( art 145 ao 150,Código Civil):
É todo artifício malicioso empregado por uma das partes ou terceiro com propósito de prejudicar outrem quando da celebração do negócio jurídico.
Ex: Um corretor de imóveis na intenção de vender um lote em um condomínio fechado, mostra ao comprador as fotos de um terreno bonito, com ruas pavimentadas e parques. Porém o condomínio ainda não possui nem ruas pavimentadas, ou seja, na intenção de vender o lote verifica-se que o vendedor agiu com dolo, induzindo o comprador ao erro.
Para que se configure o dolo são necessários três requisitos:
1° requisito: A intenção de obter um proveito, às custas de outrem (a vítima ou paciente), sem se importar se esta pessoa será ou não prejudicada;
2° requisito: Diz respeito aos artifícios fraudulentos utilizados pela parte que age com dolo. Estes devem ser graves. Na vontade ou não de se aproveitar do paciente, na ausência ou na presença da má-fé reside a diferença entre dolus bonus e dolus malus.
3°requisito: Reside no fato de que deve ser ele o motivo determinante da realização do ato. Em outras palavras, não fosse o dolo, o ato não se realizaria. Não fosse o comerciante ter apontado as “falsas” qualidades do produto, o consumidor não o teria comprado.
Espécies de Dolo
*Dolus bonus ( dolo bom) :
“o agente apenas anuncia de forma exagerada as qualidades do objeto ou as vantagens do negócio, ou, então, oculta a verdade, visando beneficiar a outra parte, como a mãe que oculta o amargor do remédio para induzir seu filho a tomá-lo. Por não haver real vontade de prejudicar, nem de obter vantagem abusiva, o dolus bonus não vicia o ato.” 
Ou seja, é o comportamento lícito e tolerado, que não induz a nulabilidade, é o dolo menos intensivo.
*Dolus malus ( dolo mau/ruim):
A vontade de prejudicar ou de obter vantagem ilegítima está presente. É o caso do comerciante que imputa a determinado produto qualidades falsas, enganando o consumidor, prejudicando-o, a fim de se enriquecer.
* Positivo ou comissivo:
Será positivo o dolo quando realizado por meio de ações, como falsas declarações.
* Negativo ou omissivo:
Negativo é o dolo se decorrer de omissão, por exemplo, quando uma das partes se calar a respeito de defeito da coisa. Um silêncio intencional.
d) Coação:
Conceito: É a exercida sobre a pessoa, à família e/ou bens, de maneira a obrigá-la ou induzi-la a praticar um ato. A violência pode ser física, como, por exemplo, uma arma apontada, ou moral, como chantagem A coação psicológica ao dano iminente, o negócio jurídico é anulado.
Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens.
e) Estado de Perigo ( art 156, Código Civil):
Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.
f) Lesão ( art 157,Código Civil):
Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. 
Ocorre a lesão, quando uma parte, aproveitando-se da inexperiência, da necessidade ou mesmo da leviandade da outra, realiza com ela negócio, em que a prestação da parte contrária seja desproporcional em relação à sua. Em outras palavras, uma das partes se aproveita da outra, a fim de levar vantagem ilegítima.
II- Vício Social:
São defeitos que afetam o ato jurídico por torná-lo desconforme ao Direito. Aqui, a vontade é perfeita, mas os efeitos são nefastos à sociedade; portanto, contrários ao Direito.
a) Fraude contra credores (art. 158 ao 165, Código Civil):
Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos.
Credores quirográficos = são aqueles que não possuem bem sob garantia.
Ex: Contrato locatício.
É a prática maliciosa pelo devedor insolvente, de atos que desfalcam o seu patrimônio, com o escopo de colocá-los a salvo de uma futura execução por dívidas em detrimento dos direitos creditórios.
É o caso do devedor que simula vender seus bens a terceiros, muitas vezes com data anterior à própria dívida, com o único objetivo de salvar seu patrimônio, em detrimento de seus credores. Na verdade, fez uma doação travestida de compra e venda.
A fraude contra credores é atacável através de AÇÃO PAULIANA OU REVOCATÓRIA. 
(conhecida também como AÇÃO ANULATÓRIA)
b)Simulação ( art. 167, Código Civil): 
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma.
§ 1o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:
I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem;
II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira;
III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.
§ 2o Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio jurídico simulado
Na simulação celebra-se um negócio jurídico que tem aparência normal, mas que na verdade, não pretende atingir o efeito que juridicamente deveria produzir.É o produto de um conluio entre os contratantes, visando obter efeito diverso daquele que o negócio aparenta conferir.
*Espécies de Simulação:
1° Simulação Absoluta:
É absoluta porque as partes na realidade não realizam nenhum negócio, apenas fingem para criar uma aparência, sem que na verdade desejem a realização do ato.
Exemplo: a pessoa que simula doar seu imóvel para liberar seu Fundo de Garantia ou o marido que transfere bens para o amigo, para impedir a partilha de bens em um futuro divórcio.
2° Simulação Relativa:
As partes pretendem realizar determinado negócio prejudicial a terceiros ou em fraude à lei. Emite-se uma declaração de vontade falsa com o propósito de encobrir ato de natureza diversa, cujos efeitos desejados pelo agente são proibidos por lei.
 Exemplo: Ocorre no caso citado acima, em que a pessoa simulou doar, quando estava vendendo.
*DISSIMULAÇÃO:
Oculto, mas verdadeiramente desejável (ato dissimulado)
Ato dissimulado= aparente e destinado a enganar.
OBS 1: na simulação procura-se aparentar o quenão existe,na dissimulação , oculta-se o que é verdadeiro.
OBS 2: Se num determinado caso houver simulação + fraude contra credores , o negócio jurídico será NULO,prevalecendo a simulação por envolver ordem pública.
III) INVALIDADE DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS (ART 166 AO 184,Código Civil)
A expressão “da invalidade do negócio jurídico” abrange a nulidade e a nulabilidade. É empregada para designar o negócio que não produz os efeitos desejados pelas partes.
A invalidade pode ser:
 (
Interesse social envolvido maior que o interesse individual
)a)ABSOLUTA (ato nulo) :
viola norma de ordem pública, recebendo como sanção a invalidade total.
b)RELATIVA (ato anulável):
Contamina por vício menos grave, decorre da infrigência de norma jurídica protetora de interesses eminentemente privados.
Não viola norma de ordem pública;
Deve ser requerida por quem sofreu dano do seu direito.
 (
•Vício de consentimento;
• Vício Social
) Ex: Todos os defeitos do negócio jurídico
c) TOTAL:
Atinge todo o negócio jurídico.
d) PARCIAL:
Atinge somente parte do negócio jurídico.
e) TEXTUAL OU EXPRESSA:
Quando vem expressa na lei.
Ex: Art 548,Código Civil.
Art. 548. É nula a doação de todos os bens sem reserva de parte, ou renda suficiente para a subsistência do doador.
f) VIRTUAL OU IMPLÍCITA:
Quando pode ser deduzida de expressões utilizadas pelo legislador, como “não podem” , “não se admite” e etc.
Ex: Art 380, Código Civil.
Art. 380. Não se admite a compensação em prejuízo de direito de terceiro. O devedor que se torne credor do seu credor, depois de penhorado o crédito deste, não pode opor ao exeqüente a compensação, de que contra o próprio credor disporia.
OBS: O prazo decadencial para se pleitear a anulação de negócios jurídicos estão estabelecidos nos Art. 178, incisos I, II e III e Art. 179, Código Civil. 
 (
São dispensáveis / não são obrigatórias
)V) ELEMENTOS ACIDENTAIS DO NEGÓCIO JURÍDICO (ART 121 AO 137,Código Civil)
CONCEITO: São cláusulas acessórias que podem aparecer em um contrato FACULTAMENTE pela vontade das partes, não necessárias à existência do negócio jurídico, porém, uma vez presentes no negócio ficam INDISSOSIAVELMENTE ligados a lei.
São acidentais, pois acidentam o negócio jurídico de forma a desviá-los do seu curso normal.
Os elementos acidentais do Negócio Jurídico são:
a) Condição;
b) Termo ;
c) Encargo.
a) CONDIÇÃO (Art 121 ao 130, Código Civil)
Art. 121. Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto.
	
Ex: O tio promete ao sobrinho a doação de um apartamento, porém esse imóvel só será doado quando o sobrinho se casar.
Ou seja, uma condição para acontecer o negócio jurídico, no caso a doação.
A condição classifica-se em:
a.1) SUSPENSIVA (Art.125 , Código Civil )
 Art. 125. Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à condição suspensiva, enquanto esta se não verificar, não se terá adquirido o direito, a que ele visa.
Ou seja, é aquela que subordina a aquisição do direito à realização da condição.
 (
Enquanto não acontecer o evento que causar o dano, não há como solicitar o reparo à seguradora.
)Ex: Contrato de seguro
	
a.2) RESOLUTIVA (Art. 127, Código Civil)
Oposto da Suspensiva
Art. 127. Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o negócio jurídico, podendo exercer-se desde a conclusão deste o direito por ele estabelecido.
Conceito: É aquela que determina o uso do direito desde o início, porém , verificada a condição extingue o direito a que ela se opõe.
Ex: O sobrinho ganha uma doação de uma apartamento do tio, porém só irá permanecer no apartamento enquanto for solteiro, caso ele se case será retirado o direito de permanecer no apartamento.

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