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Sangue eVasos Sanguíneos Se os vasos sanguíneos dilatarem, a pressão dentro do sistema circulatório cai. Se os vasos sanguíneos contraírem, a pressão sanguínea no sistema aumenta. As mudanças no volume dos vasos sanguíneos e no coração são os principais fatores que influenciam a pressão sanguínea no sistema circulatório. A velocidade do fluxo sanguíneo é menor nos capilares “Por que o sangue flui?” é que os líquidos e os gases fluem por gradientes de pressão (ΔP) de regiões de alta pressão para regiões de baixa pressão. Por essa razão, o sangue pode fluir no sistema circulatório apenas se uma região desenvolver pressão mais elevada do que outras. ΔPressão A pressão mais alta nos vasos do sistema circulatório e encontrada na aorta e nas artérias sistêmicas, as quais recebem sangue do ventrículo esquerdo. A pressão mais baixa ocorre nas veias cavas, imediatamente antes de desembocarem no átrio direito. Vasos: artérias Vasos: veias Determinantes do fluxo sanguíneo O sangue só fluirá através dos vasos sanguíneos se for forçado a fazê-lo pela aplicação de uma pressão, a qual é necessária para sobrepor uma resistência ao fluxo. Para um líquido que flui por um tubo, a resistência e influenciada por três componentes: Raio do vaso; Comprimento do vaso; Viscosidade do sangue; Lei de Poiseuille A seguinte equação, derivada pelo médico francês Jean Leonard Marie Poiseuille e conhecida como lei de Poiseuille, mostra a relação entre esses fatores: Fluxo (Q) ΔP (variação de pressão) o raio do tubo (r) o comprimento do tubo (L) e a viscosidade (“espessura”) do liquido (η, a letra grega eta). A resistência se opõe ao fluxo A tendência de o sistema circulatório se opor ao fluxo sanguíneo e denominada resistência ao fluxo. Um aumento na resistência de um vaso sanguíneo resulta em redução do fluxo por ele. Podemos expressar essa relação da seguinte forma: Quais parâmetros determinam a resistência? Lei de Poiseuille Como o valor de 8/π e uma constante, este fator pode ser removido da equação, e a relação pode ser reescrita como: Essa expressão diz que: (1) a resistência oferecida por um tubo ao fluxo do liquido aumenta quando o comprimento do tubo aumenta (2) a resistência aumenta a medida que aumenta a viscosidade do líquido, mas (3) a resistência diminui quando o raio do tubo aumenta. Comprimento dos tubos Viscosidade do líquido Raio do tubo O comprimento da circulação sistêmica e determinado pela anatomia do sistema e é essencialmente constante. A viscosidade do sangue e determinada pela razão entre os eritrócitos e o plasma, bem como pela quantidade de proteínas plasmáticas. Em geral, a viscosidade e constante, e pequenas mudanças no comprimento ou na viscosidade causam poucos efeitos na resistência. Isso faz as mudanças no raio dos vasos sanguíneos serem a principal variável que afeta a resistência na circulação sistêmica. Viscosidade do líquido Resistência ao fluxo Se considerarmos somente a resistência (R) e o raio (r) na equação , a relação entre resistência e raio pode ser expressa como: Raio do tubo O sangue flui de uma área de maior pressão para uma área de menor pressão O fluxo pelo tubo e diretamente proporcional ao (α) gradiente de pressão (ΔP) Fluxo α ΔP em que ΔP = P1- P2 Essa relação significa que quanto maior o gradiente de pressão, maior e o fluxo de liquido. Relação de pressão, fluxo e resistência Lei de Ohm F = ΔP/R Limites a Lei de Poiseuille Equação de Reynolds que considera a velocidade INTEGRAÇÃO DO CONTEÚDO E APLICAÇÕES CLÍNICAS Sopros circulatórios A circulação sanguínea é silenciosa, com fluxo laminar em todos os setores. • O aparecimento de ruído, pela presença de fluxo turbilhonar é conhecido como sopro circulatório, e pode ser normal ou patológico. • Estreitamento das válvulas cardíacas, por lesões inflamatórias ou degenerativas, que deixam cicatrizes esenosantes, pode ser responsável por fluxos de velocidade acima da velocidade crítica (Vc) e aparecem sopros. • O abaixamento da viscosidade sanguínea acarreta concomitante diminuição da Vc, com aparecimento de sopros que podem ser ouvidos em todo o tórax, e às vezes, em outras regiões • O jato de sangue que é lançado em um aneurisma, ou que sai dele, pode provocar turbulência, com ruído associado. Essa turbulência é localizada na entrada ou na saída do aneurisma, pois na região dilatada, a velocidade é menor. Resistência vs viscosidade do sangue “Quanto maior a viscosidade do sangue, maior a resistência e menor o fluxo sanguíneo” Hematócrito Plasma (50 %) Eritrócitos (45 %) Glóbulos brancos e plaquetas (5 %) Hematócrito Diminuição da Viscosidade Sg Nas anemias severas Sopro circulatório audível na parede do tórax Aumento da Viscosidade Sg Policitemia vera (aumento no nº eritrócito) Fisiopatologias relacionadas à quebra do regime estacionário • Edema pulmonar – uma das mais graves emergências circulatórias e sua gênese deve-se ao desrespeito ao regime estacionário. - A quantidade de sangue que entra na pequena circulação é maior que a que sai. - Isso pode ocorrer por aumento da resistência à circulação, por falha da bomba cardíaca. - Esse acúmulo de sangue (estase ou estagnação) impede a hematose, e tende a sair pelos alvéolos, afogando o paciente no próprio plasma. Fisiopatologias relacionadas à quebra do regime estacionário • Relação entre a velocidade de Circulação e o Diâmetro dos Vasos. Constância do Fluxo. • As variações de área são acompanhadas de variações de velocidade, de tal modo que o fluxo permanece constante. • Estenoses: estreitamento da luz do vaso. - A aterosclerose consiste na deposição de gorduras e cálcio, entre outras substâncias, no lúmem de artérias, que ficam estenosadas. - Velocidade do sangue. - Pressão lateral – nutrição tecidual = isquemia ou infarto. • Aneurisma: dilatação da luz do vaso. - Velocidade do sangue. - Pressão – tendendo a dilatação = ruptura (acidente vascular perigoso). Alterações na Pressão Osmótica da Posm intracapilar, por hipoproteinemia. Há escape de fluído para o compartimento extracelular (CEC). Edema. MICROCIRCULAÇÃO, VEIAS E RETORNO VENOSO Artérias e arteríolas carregam o sangue a partir do coração; As trocas ocorrem nos capilares A velocidade do fluxo sanguíneo é menor nos capilares Os vasos do sistema linfático interagem com outros três sistemas fisiológicos: o sistema circulatório, o sistema digestório e o sistema imune. Retorno Venoso O volume diastólico final e, em geral, determinado pelo retorno venoso, que e a quantidade de sangue que retorna ao coração pela circulação venosa. A bomba do musculo esquelético A bomba respiratória É criada pelo movimento do tórax durante a inspiração. Como o tórax se expande e o diafragma se move em direção ao abdome, a cavidade torácica se amplia e desenvolve uma pressão subatmosférica. Essa baixa pressão diminui a pressão na veia cava inferior, que passa através do tórax permitindo que mais sangue das veias abdominais entre na veia cava. A bomba respiratória é auxiliada pelo aumento da pressão exercida no lado de fora das veias abdominais quando o conteúdo abdominal e comprimido durante a inspiração. A combinação do aumento da pressão sobre as veias abdominais e da diminuição da pressão sobre as veias torácicas aumenta o retorno venoso durante a inspiração. A inervação simpática das veias Frequência cardíaca
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